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terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Último Matador

Título no Brasil: O Último Matador
Título Original: Last Man Standing
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Walter Hill
Roteiro: Walter Hill
Elenco: Bruce Willis, Bruce Dern, William Sanderson, Christopher Walken

Sinopse:
John Smith (Bruce Willis) é um assassino profissional que chega na pequena cidade de Jericho, no Texas, bem no começo dos anos 30. O lugar está sendo disputado com violência entre dois grupos rivais. O ambiente ideal para Smith ganhar muito dinheiro com seus "serviços". O que ele não desconfia é que em breve terá que ele próprio impor justiça naquela terra sem lei, algo que mudará completamente seus planos iniciais.

Comentários:
Poucos sabem, mas "Last Man Standing" é na verdade um remake americano do clássico "Yojimbo" do mestre Akira Kurosawa. Inicialmente a versão Made in USA seria passada no velho oeste, adotando como era de se esperar um tom bem ao estilo do western americano mais clássico. Isso mudou porém quando Bruce Willis resolveu aceitar o convite para realizar o filme. O diretor Walter Hill entendeu que seria melhor mudar o cenário onde o enredo iria se desenvolver, transportando todo o argumento para a década de 1930 onde reinavam os grandes gangsters do período da lei seca. Curiosamente Hill não jogou toda a ambientação western fora, mantendo as filmagens na inóspita e ensolarada região de Galisteo, New Mexico, locação muitas vezes utilizada para filmagens de faroestes. Isso deu ao filme um colorido bem diferenciado onde o background natural parece ser o de um filme de western da velha escola com atores vestindo figurinos de filmes policiais noir. Bruce Willis encontra um personagem bem adequado para seu estilo, com poucas palavras e muita ação. Infelizmente a profundidade e a sutileza psicológica do filme original foram deixadas de lado, até porque não era pretensão de Walter Hill seguir minuciosamente o trabalho de Kurosawa. Mesmo assim é aquele tipo de filme que vale a pena assistir, nem que seja pelo menos uma única vez na vida. Um bom entretenimento.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Caminhos Violentos

Título no Brasil: Caminhos Violentos
Título Original: At Close Range
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Hemdale Film
Direção: James Foley
Roteiro: Elliott Lewitt, Nicholas Kazan
Elenco: Sean Penn, Christopher Walken, Mary Stuart Masterson

Sinopse:
Brad Whitewood Jr. (Sean Penn) é um típico jovem do interior do Tennessee que vê sua vida mudar radicalmente após o rotorno de seu pai, Brad Whitewood (Christopher Walken) para casa. Ele é um sujeito durão, envolvido com atividades criminosas e que não pensa duas vezes antes de colocar o próprio filho para também gerir os seus "negócios". O filho que está apaixonado pela doce Terry (Mary Stuart Masterson) e pensando em se casar com ela um dia, resolve entrar com tudo na criminalidade, formando inclusive sua própria gangue de jovens criminosos.

Comentários:
Filme muito bom que anda bem esquecido. Até fiquei surpreso ao me deparar com ele na grade de programação da TV a cabo (que tem saturado muitos filmes, reprisando alguns títulos em excesso). Pois bem, aqui temos um misto de drama com filme de ação que deu muito certo. Penn, muito jovem ainda, já demonstrava que era um ator diferente, muito intenso e completamente absorvido em seu personagem. Christopher Walken também está inspirado. Seus maneirismos e maneira de ser já são bem conhecidos dos cinéfilos, a tal ponto inclusive de ter virado sátira no programa de humor SNL. Seu estilo "perturbado" combinou perfeitamente com o papel. A canção "Live To Tell" de Patrick Leonard virou hit na rádios e o diretor James Foley arrancou uma indicação de Melhor Direção no Festival de Berlim. Apesar disso a produção não chegou a ser exatamente um sucesso de público, apenas de crítica, o que a faz ser o programa perfeito para rever (ou assistir pela primeira vez) hoje em dia. Analisando-se bem é uma pequena obra prima dos anos 80. Um belo trabalho cinematográfico sem dúvida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Click

Título no Brasil: Click
Título Original: Click
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Steve Koren, Mark O'Keefe
Elenco: Adam Sandler, Kate Beckinsale, Christopher Walken, Henry Winkler, David Hasselhoff

Sinopse:
Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto viciado em trabalho que em determinado momento de sua vida não consegue mais conciliar seus interesses de trabalho com sua família que passa a ser negligenciada. Certo dia se irrita completamente com o controle remoto de sua TV e deseja ter um controle remoto universal que controlasse inclusive o ritmo de sua vida, indo e voltando do passado e futuro de acordo com sua vontade.

Comentários:
Quem acompanha o blog sabe que nunca morri de amores pelo trabalho do comediante Adam Sandler. Agora tenho que admitir que se tivesse que escolher um de seus filmes que fossem minimamente assistíveis acho que escolheria esse Click. Não que seja um filme bom, pelo contrário, mas é um daqueles em que você pelo menos fica interessado em querer saber como tudo vai terminar. Além disso o roteiro dá uma guinada melancólica no final do enredo que nos deixa até mesmo admirados que algo assim esteja em uma fita com Adam Sandler. Outro ponto de interesse vem na presença de Christopher Walken que aqui vira uma caricatura de si mesmo, o que convenhamos não deixa de ser muito divertido. Enfim, arrisque, quem sabe você não tire algo de bom dessa pequena fábula sobre o tempo que nunca pára em nossas vidas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de março de 2014

Chamas da Vingança

Título no Brasil: Chamas da Vingança
Título Original: Man on Fire
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: Tony Scott
Roteiro: A.J. Quinnell, Brian Helgeland
Elenco: Denzel Washington, Christopher Walken, Dakota Fanning

Sinopse:
Joyhn W. Creasy (Denzel Washington) é um veterano que aceita trabalhar para uma família rica na Cidade do México. A cidade, dominada pelo crime organizado, tem altos índices de assassinatos e sequestros. Para milionários ou estrangeiros ricos a situação se torna bem pior pois automaticamente viram alvos da criminalidade. Creasy então é designado para garantir a segurança da jovem Pinta Balleto (Dakota Fanning). Logo ambos criam uma amizade sincera que é interrompida brutalmente quando Pinta é violentamente sequestrada por criminosos. Agora Creasy terá que achar seu cativeiro, libertá-la e punir os sequestradores de forma exemplar.

Comentários:
"Chamas da Vingança" mostra a situação do México atualmente. O país está virando praticamente um narcoestado, dominado por grupos de criminosos poderosos e com influência em todos os setores, inclusive na alta esfera política. Assim o diretor Tony Scott achou o cenário ideal para desenvolver esse eficiente filme de ação que só não alcança maiores patamares por causa de sua decisão em realizar uma produção pipoca voltada para o puro entretenimento. Scott, que morreu tragicamente em agosto de 2012, ao cair (ou pular) de uma ponte, sempre procurou fazer um cinema bem menos pretensioso do que seu irmão Ridley Scott. Ele não procurava realizar exercícios estilísticos ou algo do tipo mas bons e movimentados filmes de ação para as massas. Esse aqui não foge muito disso e se apóia bastante no sempre presente carisma de Denzel Washington. Ator e diretor se deram tão bem que voltariam a trabalhar juntos em "Déjà Vu" e "Incontrolável", que se tornaria o último filme da carreira do cineasta. Assim, apesar de certos clichês, "Man on Fire" é certamente uma boa pedida para os fãs do estilo.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Metido em Encrencas

Título no Brasil: Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern

Sinopse: 
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.

Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de novembro de 2013

Batman - O Retorno

Título no Brasil: Batman - O Retorno
Título Original: Batman Returns
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: Daniel Waters
Elenco: Michael Keaton, Danny DeVito, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken.

Sinopse: 
Batman (Michael Keaton) terá agora que enfrentar dois novos vilões em Gotham City. O primeiro é um sujeito com deformações físicas e mentais chamado Oswald Cobblepot (Danny DeVito) que usando de suas ligações com o submundo se torna um empresário rico e poderoso. Conhecido como Pinguim ele busca vingança contra todos aqueles que o prejudicaram no passado. Já a atrapalhada secretária Selina Kyle (Michelle Pfeiffer) acaba assumindo a identidade criminosa da Mulher-Gato após sofrer um sério acidente. Especialista em roubos de jóias valiosas ela se tornará mais um problema na vida do Homem-Morcego.

Comentários:
Depois do simpático "Frankie e Johnny" a atriz Michelle Pfeiffer foi escolhida pelo diretor Tim Burton para estrelar essa sequência do fenomenal sucesso "Batman". O curioso é que Burton diria anos depois que esse era de fato o primeiro filme dele na franquia. Explicou que as pressões na primeira produção eram tão grandes que muitas das decisões não tinham sido tomadas por ele e sim por executivos da Warner. Assim "Batman - O Retorno" era de fato o primeiro filme em que ele teve realmente controle completo sobre o resultado final. Como sempre acontece em filmes de Batman o destaque aqui vai mais uma vez para a galeria de vilões. Danny DeVito, por exemplo, se revelou perfeito para o papel de Oswald Cobblepot, mais conhecido como Pinguim. Mesmo assim nada consegue chegar perto da atuação de Michelle Pfeiffer como Catwoman. Aliás sua performance foi tão marcante que muitos só lembram desse filme justamente por causa da imagem ícone de Pfeiffer em sua roupa negra colante. Esse foi o personagem que mais marcou na carreira da atriz, tanto que ela teria dificuldade de se livrar dessa imagem anos depois. De uma forma ou outra "Batman - O Retorno" é um ótimo entretenimento e na minha opinião é também o melhor filme da franquia original. Infelizmente Burton sairia da série logo depois e a qualidade dos filmes do Batman só iriam decair nos anos seguintes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Hairspray: Em Busca da Fama

Remake de um famoso e interessante musical de 1988 dirigido pelo sempre cultuado John Waters. Se aquele era de certa forma uma produção até modesta e sem grandes pretensões, aqui temos um filme que custou mais de 70 milhões de dólares, com elenco de astros e marketing de blockbuster. Até mesmo o star John Travolta se despiu de seu status de símbolo sexual para viver um papel feminino. Sob forte maquiagem Travolta deixa os embalos de sábado à noite para encarnar Edna Turnblad, uma típica dona de casa dos anos 60. Para o público adolescente "Hairspray" ainda traz o ídolo teen Zac Efron que tanto sucesso fez em musicais da Disney há alguns anos. Se ambos estão muito bem em seus personagens nada se compara a fenomenal atuação da atriz Nikki Blonsky. Ela dança, canta e impressiona com seu trabalho. Interpretando a adolescente Tracy Turnblad que sonha vencer um concurso de dança na TV. Um dos aspectos mais importantes a se falar sobre ela é que mesmo acima do peso ideal a atriz mostra que quando se tem talento tudo isso vira apenas um mero detalhe.

"Hairspray: Em Busca da Fama" é colorido, divertido, dançante e muito simpático. Mostra que o gênero musical ainda não está morto nos dias atuais e que basta uma boa direção, um roteiro convincente e uma trilha sonora bem composta para se voltar aos dias de glória do gênero. O cineasta Adam Shankman que dirigiu o filme é muito talentoso de fato. Atualmente ele vive uma de suas fases mais populares, não no cinema, mas na TV com o fenômeno "Glee". Além disso mostrou bem recentemente que consegue fazer qualquer um se dar bem em musicais, como bem provou com Tom Cruise em "Rock of Ages: O Filme". Talentoso e muito criterioso nas produções em que se envolve Shankman mostra que basta um pouco mais de capricho para encantar a todos, até mesmo os que sempre torceram o nariz para esse tipo de produção. Assim se você ainda não viu esse remake de "Hairspray" não perca mais tempo pois certamente você terá duas horas bem encantadoras, pode apostar.

Hairspray: Em Busca da Fama (Hairspray, Estados Unidos, 2007) Direção: Adam Shankman / Roteiro: Leslie Dixon, John Waters / Elenco: John Travolta, Queen Latifah, Nikki Blonsky, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Amanda Bynes, Zac Efron / Sinopse: Uma adolescente na Baltimore dos anos 60 sonha em vencer um concurso de dança na TV.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Poder de Alguns

Duas da tarde em um bairro barra pesada de uma grande cidade qualquer dos Estados Unidos. Várias estórias paralelas vão se desenvolvendo ao mesmo tempo, nesse mesmo horário. Na primeira um garoto resolve tomar uma decisão extrema para conseguir o dinheiro necessário para a compra de um remédio para seu irmão mais jovem, um pequeno bebê. Na segunda uma jovem que trabalha com sua pequena lambreta resolve levar uma perigosa encomenda para entregar a uma mulher desconhecida no meio da rua. Na terceira uma dupla de tiras tenta colocar as mãos em um sujeito que parece ser um terrorista infiltrado na América. Por fim, dois negros fortemente armados saem na caça de uma testemunha vital que em breve estará reconhecendo em um tribunal o principal líder de sua gangue. Passeando por todos os eventos surgem dois moradores de rua, um ex-jornalista e um anão, que acabam servindo de elo para todos os acontecimentos. Na TV o noticiário não consegue parar de mostrar o recente roubo no Vaticano do famoso Santo Sudário, o suposto pano que cobriu o corpo de Jesus após ele ser morto pelos romanos na cruz.

"O Poder de Alguns" tem um roteiro fragmentado, típico dos filmes do saudoso Robert Altman. Várias estórias, independentes entre si, vão se desenvolvendo para no final convergirem para uma mesma situação. É divertido e intrigante acompanhar como tudo vai terminar. O roteiro é bem inteligente e muito bem estruturado. Há vários personagens, tramas acontecendo, mas no final tudo se resume a uma só conexão que liga todos eles. No elenco se destacam a presença de Christopher Walken, como o sem-teto Doke e Christian Slater como Clyde, um policial disfarçado de motorista de Táxi que acaba se envolvendo em uma conspiração completamente surreal. É aquele tipo de produção pequena, sem maiores pretensões, que satisfaz plenamente o espectador. Além disso tem uma linha narrativa esperta e inteligente, que mistura religião e ciência, o que no final das contas acaba mantendo o espectador interessado o tempo todo.

O Poder de Alguns (The Power of Few, Estados Unidos, 2013) Direção: Leone Marucci / Roteiro: Leone Marucci / Elenco: Christopher Walken, Q'orianka Kilcher, Juvenile, Christian Slater, Nicky Whelan / Sinopse: Várias estórias paralelas e independentes convergem para uma só trama, envolvendo religião, ciência e clones!

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pulp Fiction

O termo "Pulp Fiction" era usado para designar um tipo de publicação que se tornou muito popular nos EUA nas décadas de 50 e 60. Era uma linha de livros de bolsos com estórias cheias de violência, sexo e ação que logo caiu no gosto do grande público, principalmente entre jovens. E foi um desses garotos chamado Quentin Tarantino que resolveu homenagear esse tipo de literatura na década de 90 com esse filme, que muito provavelmente é o seu melhor momento no cinema. Unindo as características daquele tipo de texto com uma linha narrativa ousada e inovadora no cinema, Tarantino começou uma nova era dos filmes de ação de Hollywood. Obviamente que a violência extrema e irracional está lá em doses generosas, assim como as cenas absurdas, uma atrás da outra, mas pontuando tudo isso o espectador é bombardeado com uma sequência de diálogos espertos e bem escritos com referências mil à cultura pop, fruto obviamente da cultura nerd que Tarantino acumulou durante anos e anos. O resultado é realmente de impacto, pois o filme soa completamente original, diferente de tudo o que já havia sido lançado antes. De certo modo foi o filme certo, na hora exata, para o público ideal. A Academia, tão conservadora, se rendeu a esse texto extremamente criativo e inovador e premiou Tarantino com o Oscar de Melhor Roteiro Original. Um feito e tanto para alguém que naquele momento não passava de um cineasta em começo de carreira.

A trama é básica: dois assassinos profissionais, Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), são contratados para realizar cobranças para um grande criminoso do submundo. Durante seus "serviços" enfrentam todos os tipos de imprevistos e problemas. Enquanto tentam executar as ordens que lhes foram dadas vão discutindo sobre a vida e o mundo. O pior acontece quando são designados para cuidar da esposa de seu chefe, a piradinha Mia Wallace (Uma Thurman), que parece mais interessada em se divertir até o fim. Numa segunda linha narrativa acompanhamos um momento decisivo da vida do lutador  Butch Coolidge (Bruce Willis) que procura por redenção em sua carreira e em sua vida. Além da ótima direção de Tarantino o filme tem um excelente timing - com destaque para as cenas entre John Travolta e Samul L. Jackson, que aqui consolida o tipo de personagem que iria repetir durante toda a sua carreira. Para Travolta foi um renascimento pois sua carreira foi marcada por altos e baixos, sendo que Pulp Fiction lhe deu uma enorme sobrevida em Hollywood. Outro aspecto do filme digno de nota é sua trilha sonora inspirada, cheia de canções obscuras que foram resgatadas por Tarantino, dando uma personalidade sonora ao filme que até hoje lhe soa como verdadeira marca registrada. Em suma, Pulp Fiction é uma obra prima Tarantinesca, com tudo de bom e ruim que isso significa. Não deixe de assistir. 

Pulp Fiction (Pulp Fiction, Estados Unidos, 1994) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino, Roger Avary / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis, Tim Roth, Harvey Keitel, Amanda Plummer, Ving Rhames, Eric Stoltz, Maria de Medeiros, Christopher Walken, Rosanna Arquette. / Sinopse: Dois assassinos profissionais passam por maus bocados enquanto tentam executar suas últimas ordens. Enquanto isso um lutador fracassado procura por algum tipo de redenção em sua carreira e em sua vida.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Homeboy

Lutador fracassado de boxe tenta se redimir em sua vida profissional e afetiva participando de uma última luta decisiva em sua vida. "Homeboy" é provavelmente o filme mais pessoal da carreira de Mickey Rourke mas é pouquíssimo conhecido entre o público em geral. O roteiro foi escrito por ele usando de um pseudônimo (Eddie Cook). Quem apreciou "O Lutador" com o ator vai certamente apreciar também "Homeboy". Eu tenho uma entrevista antiga do ator feita no lançamento de "Coração Satânico" em que ele diz que seu próximo filme seria a realização de um de seus sonhos, um roteiro que mostrava a vida de um lutador de boxe fracassado que queria mostrar seu valor mas ao mesmo tempo era manipulado por um sujeito que queria ganhar as apostas das lutas que ele fazia. Pois bem era justamente de "Homeboy" que Rourke se referia naquela ocasião. Porque Mickey Rourke teve tanto interesse em filmar "Homeboy"? Ora. por causa da própria vida do ator. Ele tinha sido lutador de boxe antes de estourar como intérprete e tinha esse desejo de ter vencido no esporte que adorava. Infelizmente os palcos trouxeram a Rourke um meio de vida que o boxe não lhe proporcionava. Interessante é que após filmar "Homeboy" ele ficou tão influenciado pelo personagem que resolveu voltar aos rinques na vida real, volta essa que só durou algumas lutas já que sua idade não permitia continuar. 

O ritmo de "Homeboy" é lento, bastante contemplativo. Rourke desfila seu estilo próprio numa caracterização bem sutil. O filme foi dirigido por Michael Seresin, que havia trabalhado como diretor de fotografia de "Coração Satânico". O curioso é que esse aliás foi o único filme dirigido por Seresin pois ele na verdade sempre preferiu trabalhar como diretor de fotografia. Talvez essa falta de intimidade com a direção de atores tenha deixado "Homeboy" um pouco mais lento do que seria adequado mas mesmo assim nada que comprometa o resultado final. O elenco de apoio conta com a sempre interessante participação de Christopher Walken. Debra Feuer, a atriz que contracena com Rourke era sua namorada na época. Enfim fica a dica para os fãs de Rourke."Homeboy", um filme que diz muito sobre a vida e a personalidade do próprio ator. Uma produção pouco conhecida que merece ser redescoberta.  

Homeboy - Chance de Vencer (Homeboy, Estados Unidos, 1988) Direção: Michael Seresin / Roteiro: Mickey Rourke sob o pseudônimo de Eddie Cook / Elenco: Mickey Rourke, Debra Feuer, Chrisopher Walken / Sinopse: Johnny Walker (Mickey Rourke) é um boxeador fracassado que tenta redenção em sua carreira e vida emocional. Para isso ele terá que superar enormes desafios.  

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de abril de 2012

007 Na Mira dos Assassinos

É o último filme de Roger Moore como James Bond. Assistindo realmente chegamos na conclusão que era o fim da linha para Moore. Ele já estava velho demais para bancar o agente inglês (sinais da idade estão em toda parte, até seu pescoço, por exemplo, que mostra claros sinais da passagem do tempo). Além disso ele surge usando um cabelo estranho, de cor nada natural, bem artificial. Roger Moore foi um bom ator para a franquia. Ele nunca se levava muito à sério, seu filmes sempre tinham um lado de chanchada bem diferente dos que foram feitos por Sean Connery que apresentavam uma postura mais séria com o personagem. O roteiro é baseado em um pequeno conto de Ian Fleming publicado em 1960 (praticamente todos seus livros já tinham sido adaptados e por isso tiveram que apelar para pequenos textos deixados pelo autor). Para completar a trama misturaram com outros filmes de James Bond e o resultado de tanta mistura surge em cena. O filme não é ruim, tanto que anos depois o próprio Roger Moore confessou ser esse seu filme preferido com o personagem, mas a sensação de Deja Vu é muito forte.

Os vilões são bacanas - o antagonista de Bond, o industrial Zorin, é interpretado por um Christopher Walken com peruca loira totalmente fake (o que torna tudo ainda mais divertido). Ele está totalmente sem freios em cena! Já a vilã é feita por uma estranha Grace Jones (ok, seu tipo exótico era bem curioso mas não tem como negar que ela era uma péssima, péssima atriz, daquelas que não conseguem falar uma linha de diálogo com veracidade). A trilha sonora é assinada pelo grupo Duran Duran (grupo extremamente popular na década de 1980). O interessante é que em seu último trabalho como o agente inglês as antigas galhofas que faziam parte dos filmes com Roger Moore são deixadas de lado. "007 Na Mira dos Assassinos" é bem mais sisudo e menos galhofeiro do que os outros filmes feitos por ele mas mantém o interesse por causa de algumas cenas legais (como as feitas na Torre Eiffel em Paris e na Ponte de São Francisco). Claro que a trama é uma bobagem, mas releve! Vale a curtição de se ver (ou rever).

007 Na Mira dos Assassinos (A View to a Kill, Estados Unidos, Inglaterra, 1985) Direção: John Glen / Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson / Elenco: Roger Moore, Tanya Roberts, Christopher Walken, Grace Jones, Patrick Macnee, Fiona Fullerton, Desmond Llewelyn, Robert Brown./ Sinopse: James Bond (Roger Moore) é o agente do serviço secreto inglês que tem que enfrentar o industrial Max Zorin (Christopher Walken), um empresário francês que planeja provocar um grande terremoto para destruir o Vale do Silício, na Califórnia, se tornando assim o único a explorar o mercado de tecnologia.

Pablo Aluísio.