segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

8 de janeiro - Um Ano Depois...

8 de janeiro - Um Ano Depois...
Faz um ano que se tentou dar um golpe de Estado em nosso país. Como advogado me sinto na obrigação de escrever um texto sobre o que aconteceu. Aquelas pessoas que tentaram destruir nosso Estado Democrático de Direito eram pessoas sórdidas, criminosas e moralmente doentes. Não tinha nada de gente de bem, nem de patriota e nem de religioso. Eram apenas criminosos vis e sórdidos. Nada justifica o que foi feito. Embora o sistema democrático tenha seus problemas, principalmente no Brasil, não existe alternativa para qualquer tipo de autoritarismo e regime ditadorial. 

Ainda mais em se tratando dessa agressiva, insana e violenta extrema-direita. O que começou como um movimento legítimo, de pessoas que estavam indignadas com casos de corrupção de atores políticos da esquerda, logo desandou para um radicalismo insano, desconectado com a realidade, fanatizado por toneladas de fakes news produzidos em massa em redes sociais. O que sobrou é o que se pode chamar de Bolsonarismo, o que há de pior que foi produzido na política nacional nas últimas décadas. O lixo da ignorância política e a escória da intolerância. 

Essas pessoas alinhadas com o radicalismo calcado nas raias da loucura, não são atores políticos legítimos. Não estão na margem da civilidade, não estão dentro da legalidade. Em palavras sinceras são pessoas vis, nojentas, cheias de ódio, prontas para cometerem as maiores barbaridades que se possa imaginar. O sadismo louco e insano desse tipo de fanático deve ser punido de forma exemplar. Além de criminosos, são perigosos e devem ser levadas às rais da punição penal, como aliás estão sendo. Os executores já estão sendo sentenciados com penas pesadas. Faltam os mentores, os autores intelectuais, que todos conhecem, mas que ainda estão sendo investigadas, com produção de material probatório pela polícia federal. 

E o papel das forças armadas também precisa ser bem avaliado. Embora a instituição militar não tenha dado apoio ao golpismo, é fato que existem muitos fanáticos extremistas dentro das fileiras das forças armadas. Essas pessoas precisam ser identificadas e se tiveram alguma participação em tudo o que aconteceu, devem ser criminalizadas. Não há espaço para anistia, principalmente em relação a criminosos fardados. Muitos só não foram em frente pois sabiam que o golpe iria cair rapidamente, frente à organização da sociedade civil e apoio internacional. As forças armadas não mandam no povo brasileiro, não estão acima dos poderes constituídos e precisam atuar apenas dentro de sua competência legal e constitucional. Nunca atuar como agente político agindo de força e violência para aniquilar grupos políticos antagônicos. 

Em conclusão. Viva a democracia brasileira, vida o Estado Democrático de Direito. Não existe caminho fora dessas escolhas políticas. O que sobra é loucura, fanatismo, insanidade, violência, ignorância política, perversidade e criminalidade. Devemos sempre valorizar nossa democracia, a protegendo desse tipo de inseto que quer destruir nosso regime democrático. 

Pablo Aluísio. 

4 comentários:

  1. Pablo, você vai me perdoar, mas quando o STF se vale de filigranas jurídicas pra soltar um ladrão condenado em duas instâncias, pra que esse se candidate a presidente do pais que ele mesmo roubou, roubo que pode chegar a trilhões de dolares, tudo se torna justificável, até a ação tresloucada desses mongoloides partidários do Bolsonaro. Eu não aceito um presidente ladrão, presidiário, chefe de uma quadrilha comunista. Essa gente não tem moral pra manter ninguém preso usando a lei como amparo, pois são criminosos.

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  2. Não é justificável em nenhum aspecto. Injustiças são cometidas pelo judiciário e eu bem sei disso. Pois conheço de dentro. Mas nada justifica golpe na democracia. Bolsonaro também tem muitos problemas legais e não vejo essa indignação toda nos falsos patriotas. São fanáticos insanos! Ditadura nunca mais!

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  3. Praticamente um discurso de ódio e intolerância, mas não de um bolsonarista.

    O judiciário, principalmente no regime vigente, que de maneira natural é corruptor, certamente é como a maioria das instituições que são votadas, não sendo o caso do STF por exemplo, recorre e replica suas consideradas injustiças. No caso do nosso país, mas não apenas por aqui também, o supremo tribunal ultrapassa as suas simplórias injustiças perante o desajustado sistema capitalista neoliberal, cuja democracia liberal passa a anos luz de uma real, e transgride constantemente aquilo que diz salvaguardar: a carta magna da nação. E trata-se não de uma injustiça com o tribunal quase monárquico, mas a constatação de uma recorrência de arbitrariedades flagrantes e objetivamente políticas, que vem de muito antes do golpe de 2016, fato impulsionado também por ele. Assim como o despertar da extrema-direita, que agora de maneira cínica e ilusoriamente heróica, ficção por incrível que pareça promovida inclusive pelo setor da esquerda antes golpeado, ele procura se livrar.

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