A grande falha aqui é realmente do roteiro. A trama é dispersa demais, o foco é inteiramente colocado em cima do animal e os personagens humanos nunca são bem desenvolvidos ou construídos. Como o cavalo vai passando de mão em mão durante o filme não temos tempo de criar vínculo com seus donos - mal nos acostumamos com alguns deles e de repente o Cavalo é passado para frente, vendido, trocado ou capturado por tropas, sejam inglesas ou alemãs. Sem personagens humanos fortes para nos identificarmos acabamos perdendo um pouco o interesse sobre o que acontece em cena.
Além da falta de bons personagens humanos o filme também sofre da falta de bons e marcantes atores. O elenco é supostamente liderado por Jeremy Irvine mas esse ator é tão sem carisma, tão inexpressivo que acabamos perdendo até mesmo a noção de sua existência no filme. Lá pela parte final quando ele retorna até levamos um pouco de tempo para reconhecer ele de novo - de tão apática que é sua participação. Spielberg também comete erros básicos de biologia. O cavalo Joey parece ter sentimentos humanos, com atos de bravura, de coragem, coisas que soam fora de propósito em um animal irracional. Como eu disse, focar tudo em cima dele não foi uma boa ideia. Enfim, é isso. O produto é muito bonito, bem agradável de ver, mas o diretor esqueceu que o público tem que ter algum personagem humano para criar vínculo, sem isso tudo soa vazio e sem cumplicidade por parte do espectador. Definitivamente não é nem de longe um dos melhores trabalhos do famoso diretor.
Cavalo de Guerra (War Horse, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Lee Hall e Richard Curtis / Elenco: Jeremy Irvine, Emily Watson, David Thewlis e Benedict Cumberbatch / Sinopse: Cavalo é enviado para o front da I Guerra Mundial, passando por diversos donos e vivendo muitas aventuras.
Pablo Aluísio.
Além da falta de bons personagens humanos o filme também sofre da falta de bons e marcantes atores. O elenco é supostamente liderado por Jeremy Irvine mas esse ator é tão sem carisma, tão inexpressivo que acabamos perdendo até mesmo a noção de sua existência no filme. Lá pela parte final quando ele retorna até levamos um pouco de tempo para reconhecer ele de novo - de tão apática que é sua participação. Spielberg também comete erros básicos de biologia. O cavalo Joey parece ter sentimentos humanos, com atos de bravura, de coragem, coisas que soam fora de propósito em um animal irracional. Como eu disse, focar tudo em cima dele não foi uma boa ideia. Enfim, é isso. O produto é muito bonito, bem agradável de ver, mas o diretor esqueceu que o público tem que ter algum personagem humano para criar vínculo, sem isso tudo soa vazio e sem cumplicidade por parte do espectador. Definitivamente não é nem de longe um dos melhores trabalhos do famoso diretor.
Cavalo de Guerra (War Horse, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Lee Hall e Richard Curtis / Elenco: Jeremy Irvine, Emily Watson, David Thewlis e Benedict Cumberbatch / Sinopse: Cavalo é enviado para o front da I Guerra Mundial, passando por diversos donos e vivendo muitas aventuras.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.6
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
E o que você falou. Antropomorfizam o animal, achando que isso basta pra levar o filme, e esquecem de escrever boas histórias para os personagens. Não é a primeira vez que isso acontece.
ResponderExcluirNa boa, cavalo com sentimentos humanos não dá! Quem conhece esses bichos de perto sabem que isso não existe. Se fosse pelo menos um doguinho, ainda vai... Nem gato serve, porque gatos são maus... rsrs
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