domingo, 4 de dezembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega em Nova Iorque, durante a década de 1920, para adquirir uma nova espécime para sua coleção. Ele é um bruxo, especialista em animais mágicos. Ao chegar lá acaba perdendo sua mala especial, onde coloca todos os tipos de animais fantásticos. Em pouco tempo acaba se vendo em um verdadeiro caos, pois alguns de seus bichinhos fogem, trazendo grandes problemas para ele. Ao mesmo tempo a cidade parece ser atacada por uma criatura desconhecida, que fora de controle, começa a destruir ruas e prédios. Cabe agora a Scamander a complicada tarefa de reunir todos os seus animais fugitivos, enquanto enfrenta a terrível besta desconhecida. Essa é a nova franquia da Warner Bros passada no mesmo universo de Harry Potter. Como está acontecendo com "Star Wars" os estúdios finalmente entenderam que podem explorar outras estórias dentro de universos de sucesso, já testados nas telas de cinema. É uma ótima jogada de marketing, além de ser uma boa notícia para quem curte os filmes. Assim a escritora J.K. Rowling (que escreveu os livros de Harry Potter) adaptou ela mesma para o cinema essa nova série. Pela primeira vez escrevendo um roteiro para o cinema, ele acabou se saindo muito bem, pois o enredo se mostra bem desenvolvido, sem grandes arestas a promover.

Com orçamento milionário e produção realmente excelente, o diretor David Yates teve todos os meios disponíveis para contar a estória. De maneira em geral é realmente um bom filme, pura diversão pop, que vai agradar aos fãs de Harry Potter. O protagonista Newt Scamander (bem interpretado por Eddie Redmayne) é um sujeito tímido, nerd, que prefere mais a companhia de seus bichos mágicos do que de seres humanos. Não tem o mesmo carisma que o garoto Potter. Talvez esse seja um problema para os próximos filmes. Será que esse introvertido Newt dará conta do recado e manterá o interesse dos fãs filme após filme? Eu tenho minhas dúvidas. Em termos de elenco temos algumas boas presenças. Digo presenças porque os grandes atores não possuem muito espaço dentro do filme. Colin Farrell é um vilão coadjuvante e vacilante, que age pouco, em momentos esparsos. E se você é fã de Johnny Depp... bom, ele tem apenas uma apresentação rápida em cena. Apenas abre caminho para o rol de maldades que fará nos filmes que virão. O veterano Jon Voight também não tem muito espaço. Interpretando um magnata da imprensa, ele tem apenas duas ou três cenas. Pior acontece com Ron Perlman que sequer aparece em carne e osso. Ele apenas dubla uma criatura, um traficante de animais que se encontra com Newt em um bar cheio de criminosos. Então é isso. Tecnicamente perfeito, com roteiro bem estruturado, esse novo filme chega cheio de pretensões comerciais e artísticas. Vai dar certo essa nova franquia Potter? Só o tempo dirá...

Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them, Estado Unidos, 2016) Direção: David Yates / Roteiro: J.K. Rowling / Elenco: Eddie Redmayne, Colin Farrell, Johnny Depp, Katherine Waterston, Ron Perlman, Jon Voight, Alison Sudol / Sinopse: Especialista em animais mágicos, Newt (Redmayne) passa por apuros enquanto tenta recuperar sua mala enfeitiçada , ao mesmo tempo em que combate uma criatura desconhecida de grande poder.

Pablo Aluísio.

Despertar de um Pesadelo

Título no Brasil: Despertar de um Pesadelo
Título Original: The Long Kiss Goodnight
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Shane Black
Elenco: Geena Davis, Samuel L. Jackson, Yvonne Zima
  
Sinopse:
Samantha Caine (Geena Davis) parece ser uma dona de casa comum, como tantas outras de sua idade. O que a diferencia é das demais é que ela sofre de uma rara amnésia que a impede de lembrar de fatos muito recentes. Samantha também não faz a menor ideia de quem ela realmente é: uma assassina profissional altamente treinada pelo serviço de inteligência dos EUA. Agora ela terá que enfrentar aqueles que desejam sua morte, como parte de uma grande operação de queima de arquivo.

Comentários:
Nem sempre orçamento generoso significa qualidade cinematográfica. Esse filme aqui chamado "The Long Kiss Goodnight" foi considerado uma das produções mais caras daquele ano, com muitas cenas de explosão, efeitos especiais e tudo o mais que o dinheiro pode comprar em Hollywood. Também teve uma campanha de marketing das mais agressivas. Nada disso evitou de ser um enorme fracasso de bilheteria - o filme sempre é colocado em listas dos maiores fracassos dos anos 90. A razão de ser de ter sido tornado uma bomba comercial (e artística) fica claro desde as primeiras cenas. Em poucas palavras: esse roteiro é muito estúpido e idiota. Para piorar ainda mais a atriz principal Geena Davis era casada na época com o diretor Renny Harlin, o que ajudou o filme a se tornar mais insuportável do que já era! Resultado de tantos erros: O filme afundou as carreiras tanto de Geena Davis, a grandalhona que vinha em uma boa maré de sucessos no cinema, e do arrogante Renny Harlin, que depois desse fiasco foi parar na rua da amargura, merecidamente aliás.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Capsule

Supostamente o governo russo teria liberado uma série de documentos classificados como Top Secret após a queda do muro de Berlim. Neles havia uma informação historicamente muito interessante: no ano de 1959 uma missão espacial inglesa chamada Hermes teria sobrevoado o território soviético. A nave britânica estaria com problemas técnicos, à deriva, pedindo por ajuda aos russos ou por qualquer um na Terra que pudesse ajudar. O astronauta teria perdido o contato com sua base em Londres e, lutando pela vida, havia entrado em contato com os russos. Até hoje o governo inglês jamais reconheceu oficialmente a existência dessa missão. Se ela for historicamente verdadeira então o astronauta Guy Taylor (Edmund Kingsley) teria sido o primeiro britânico no espaço, algo extremamente importante para a história. Fato real ou invenção dos russos? O roteiro desse filme não se propõe a responder a essa pergunta e se limita a mostrar o que teria acontecido na missão. Assim que o filme começa já encontramos o astronauta em sua pequena cápsula espacial. Algo aconteceu, a espaçonave está sem rumo, perdendo oxigênio, e Taylor tenta desesperadamente se manter vivo. Com problemas de comunicação com sua base ele fica perdido, sem rumo, em órbita do planeta.

"Capsule" é uma produção inglesa que mostra os últimos momentos do astronauta. A missão Hermes ainda é uma incógnita. Apesar disso o diretor e roteirista Andrew Martin preencheu os espaços em branco para contar sua história. Um fato interessante é que praticamente noventa por cento do filme se passa dentro da pequena cápsula espacial, com apenas um ator em cena, em uma ambiente minúsculo. Para não se tornar entediante para o espectador o diretor resolveu (acertadamente) por apostar em um filme de curta duração, que conte seu enredo da forma mais eficiente possível. Nesse aspecto se saiu bem. Não é um filme entediante, como poderia se supor, pois sempre está acontecendo algo interessante. De certo modo ele segue o estilo cinematográfico de "Apolo 13", só que com menos recursos. No final o que conta mesmo é que temos aqui um bom filme que conta uma história bem curiosa.

Capsule (Capsule, Inglaterra, 2015) Direção: Andrew Martin / Roteiro: Felix Forrest, Andrew Martin / Elenco: Edmund Kingsley, Lisa Greenwood, David Wayman / Sinopse: Astronauta inglês fica à deriva no espaço após sua pequena espaçonava sofrer uma pane. Para tentar sobreviver ele acaba entrando em contato com os russos, que tentam lhe ajudar a voltar para a Terra.

Pablo Aluísio.

O Desaparecimento de Garcia Lorca

Título no Brasil: O Desaparecimento de Garcia Lorca
Título Original: The Disappearance of Garcia Lorca
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, França, Espanha
Estúdio: Canal+
Direção: Marcos Zurinaga
Roteiro: Marcos Zurinaga
Elenco: Andy Garcia, Esai Morales, Naim Thomas
  
Sinopse:
Um Jornalista investigativo europeu começa a seguir os passos e rastros deixados pelo poeta e ativista político Garcia Lorca, que desapareceu nos primeiros momentos da sangrenta guerra civil espanhola, ocorrida na década de 1930. O que de fato teria acontecido com ele? Estaria vivo ou morto? Foi mais uma vítima da repressão política? Filme indicado ao Goya Awards e ao ALMA Awards.

Comentários:
Com história baseada em fatos reais o roteiro foi escrito a partir do livro de Ian Gibson. Ao longo de todos esses anos podemos dizer que o ator Andy Garcia sempre procurou atuar em bons filmes, com roteiros que no mínimo fossem interessantes. Aqui temos mais um exemplo. O filme se foca na figura do poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca. Grande pensador e ativista político ele desapareceu por volta de 1936, sem deixar qualquer pista de seu paradeiro. Quem interpreta o escritor é o próprio Andy Garcia, em excelente atuação. Quase que esse papel foi parar nas mãos de outro ator latino bem conhecido, Antonio Banderas. Ele se envolveu com a produção e até mesmo ajudou a levantar financiamento para a produção, mas na última hora precisou deixar o projeto, por já ter assinado a realização de outro filme, com outro estúdio. Assim recomendou Garcia para interpretar o protagonista, algo que se revelou acertado. Como era de esperar, em um roteiro fragmentado como esse, ele vai surgindo dentro do enredo em diversos flashbacks que vão contando o passado do autor. A direção ficou a cargo do diretor e produtor porto-riquenho Marcos Zurinaga, nesse que é até hoje seu filme mais conhecido internacionalmente. É um bom filme, que resgata uma passagem triste e violenta da vida desse grande pensador Garcia Lorca.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Demolição

Davis (Jake Gyllenhaal) é um sujeito comum que perde sua esposa em um acidente de trânsito. Ele trabalha para seu sogro e a morte da mulher o deixa em um estranho estado mental. Ele parece não sentir nada com a tragédia, como se estivesse em um enorme vazio existencial. Durante a vigília no hospital, esperando por notícias sobre ela, logo após o acidente, Davis fica transtornado quando uma máquina não disponibiliza um pacote de amendoins que acabou de comprar. Ele então resolve escrever para o serviço de atendimento da empresa e acaba conhecendo Karen Moreno (Naomi Watts), uma garota com problemas parecidos com os dele. Davis então escreve longas cartas à mão para ela, onde revela o que está sentindo, seus pensamentos e sentimentos. Ele começa a agir de forma estranha, até mesmo bizarra. Começa a sentir uma compulsão em desmontar e destruir coisas. Chega ao ponto de ir em casas em demolição para ajudar a destruir tudo, sem qualquer razão aparente. Pior é ter que lidar com o namorado de Karen, seu próprio patrão, e um filho, um adolescente revoltado por causa da situação da mãe. Mesmo com tudo contra, Davis segue em frente, agindo a cada dia de forma mais esquisita.

Particularmente gosto muito do trabalho do diretor canadense Jean-Marc Vallée. De sua filmografia eu destaco o elegante "A Jovem Rainha Vitória" e "Clube de Compras Dallas", um ótimo retrato da chegada da AIDS na sociedade americana. O último filme de Vallée que havia assistido, o ótimo "Livre", me deixou ainda mais interessado em sua obra. De todos esses filmes certamente "Demolição" é o mais incomum, o mais fora dos padrões. Não é apenas esquisito o enredo em torno do protagonista, mas também a proposta do filme. Seu próprio título "Demolition" tanto se refere à demolição da saúde psicológica de Davis, como também ao seu surto maníaco de destruir tudo que encontra pela frente. Um filme, em suma, bem instigante. Foge do lugar comum, o que de certa maneira acaba contando pontos ao seu favor.

Demolição (Demolition, Estados Unidos, 2015) Direção: Jean-Marc Vallée / Roteiro: Bryan Sipe / Elenco: Jake Gyllenhaal, Naomi Watts, Chris Cooper / Sinopse: O executivo Davis (Jake Gyllenhaal) sofre um surto psicológico após a morte de sua esposa. Agindo de forma estranha ele encontra algum alívio quando conhece Karen (Watts), que logo se identifica com seu modo sui generis de ver a vida. Filme indicado aos prêmios da Rotterdam International Film Festival e do SXSW Film Festival.

Pablo Aluísio.

Perdidos no Espaço

Título no Brasil: Perdidos no Espaço - O Filme
Título Original: Lost in Space
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Akiva Goldsman
Elenco: Gary Oldman, William Hurt, Matt LeBlanc, Heather Graham
  
Sinopse:
A família Robinson é enviada para uma missão espacial em uma nave de última geração, mas algo sai errado e eles perdem completamente o rumo e o caminho no meio da viagem pelo universo profundo. Uma das razões que explicaria isso é a presença de um tripulante não programado, um intruso, o Dr. Zachary Smith (Gary Oldman), um sujeito nada agradável.

Comentários:
"Lost in Space" (Perdidos no Espaço) foi uma das séries mais populares dos anos 60. Misto de programa família com ficção, o programa ficou por três anos na programação, se tornando depois campeã em reprises, inclusive no Brasil. Isso obviamente acabou criando uma legião de fãs, pois os roteiros e o visual, assumidamente kitsch, tinham um apelo nostálgico irresistível. Para celebrar os 30 anos do fim da série a produtora New Line resolveu fazer esse remake homenagem nas telas de cinema. E assim como acontecia na série, quem acabou roubando todas as atenções foi o próprio Dr. Smith. Na TV esse personagem ficou imortalizado pela brilhante atuação do ator Jonathan Harris. No cinema convocaram também um ótimo ator para interpretá-lo, o premiado Gary Oldman. Uma das críticas mais recorrentes feitas a esse filme era a de que ele não tinha mais o charme e até mesmo o clima de doce fanfarronice da série dos anos 60. Penso que esse tipo de visão é um erro. Embora os personagens sejam os mesmos (inclusive com a presença do Robô, chamado na série carinhosamente de "lata de sardinha" pelo Dr. Smith), os tempos são outros. O roteiro desse filme inclusive é bem complexo em sua terça parte final, lidando com dimensões paralelas e conceitos profundos de astrofísica. Mesmo assim nada me aborreceu. No fim das contas a única coisa que lamentei foi o fato do filme não ter tido muito sucesso, o que enterrou as pretensões do estúdio em se inaugurar uma nova franquia Sci-fi no cinema.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Guerra de Mentiras

Título no Brasil: Guerra de Mentiras
Título Original: A Bright Shining Lie
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Terry George
Roteiro: Terry George
Elenco: Bill Paxton, Bo Eason, William L. Mansey
  
Sinopse:
Durante a Guerra do Vietnã, um militar americano chamado John Paul Vann (Bill Paxton) começa a entrar em atrito com seus superiores por causa dos rumos do conflito. Homem experiente ele começa a mostrar os erros e equívocos de uma guerra sem sentido. Pior do que isso, começa a se solidarizar com as atrocidades cometidas contra o povo vietnamita, algo que o coloca como alvo do exército americano na região. 

Comentários:
Telefilme produzido pelo canal HBO mostrando a história real de um oficial do exército americano que deve coragem de dizer o que estava acontecendo naquela guerra, que foi um dos maiores desastres militares da história dos Estados Unidos. John Paul Vann, cuja história o filme conta, foi um tenente americano, veterano da guerra da Coreia, que após se aposentar retornou ao Vietnã, dessa vez trabalhando em uma agência de notícias. Como tinha experiência militar acabou revelando a jornais americanos como o The New York Times os absurdos que estavam acontecendo no front, no campo de batalha. Esse é um filme sobre sua biografia e funciona também como mensagem de denúncia. Infelizmente o corajoso militar acabou morrendo na própria guerra do Vietnã, quando seu helicóptero foi atacado por forças inimigas. Ele morreu em 1972, sem ver o desfecho daquela guerra insana. Um bom filme, com um roteiro pertinente e relevante. Não é uma grande produção, mas pelo valor histórico merece certamente ser redescoberto, principalmente por quem gosta de história militar.

Pablo Aluísio.

Sully: O Herói do Rio Hudson

Esse filme deveria ter estreado no fim de semana passado, porém o desastre aéreo que vitimou os atletas do Chapecoense fez com que a distribuidora resolvesse adiar por uma semana sua estreia nas telas de cinema do Brasil. Para o estúdio seria muita falta de sensibilidade colocar um filme sobre uma queda de avião depois daquela tragédia da vida real. Pois bem, agora finalmente os brasileiros poderão conferir essa produção. A má notícia é que embora conte uma história interessante o filme não é grande coisa, infelizmente. O problema básico aqui é a estrutura do roteiro. Para quem não sabe do que se trata, o filme conta a história real de um voo que partindo de Nova Iorque acabou sendo atingido por aves que vinham em direção contrária ao avião. As turbinas explodiram e o piloto (o Sully do título) precisou fazer uma manobra arriscada, pousando o grande avião nas águas geladas do Rio Hudson. Uma boa estrutura de roteiro seria contar isso de forma cronológica. Não é o que acontece. Assim que o filme começa já encontramos o comandante Sully (Tom Hanks) se recuperando da queda. Ele é considerado um herói pela imprensa, porém um comitê de aviação é formado para investigar o que aconteceu.

O roteiro assim se desenvolve em cima das reuniões desse comitê, com Sully tentando se defender das acusações de que ele tinha condições de procurar por uma pista de pouso de um aeroporto próximo, ao invés de levar o avião para o meio do rio. Todos os aspectos mais interessantes da história vão surgindo apenas em flashbacks que mostram o passado e nisso o roteiro se perde. Não há clímax na verdade. O acidente é mostrado na segunda parte do filme, o que faz com que sua parte final seja destituída de carga dramática. Tom Hanks é um ótimo ator. Ele é aquele tipo de presença que faz valer o filme. O problema é que o comandante Sully é um protagonista sem carisma. Veterano, com cabelos grisalhos, ele parece ser uma pessoa austera, dura, séria, de poucas palavras. Até no momento do acidente ele parece demonstrar pouco calor humano. Hanks assim vê sua capacidade de cativar o público perder parte de seu potencial. Essa austeridade parece ter sido seguido à risca pelo diretor Clint Eastwood que também criou uma obra seca demais. Em suma, é um filme que não cativa e nem emociona. Conta apenas sua história de forma eficiente.

Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully, Estados Unidos, 2016) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Todd Komarnicki, baseado no livro "Highest Duty", escrito por Chesley 'Sully' Sullenberger / Elenco: Tom Hanks, Aaron Eckhart, Laura Linney / Sinopse: O filme conta a história da queda de um avião nas águas do Rio Hudson. O comandante Sully (Hanks) precisou fazer uma manobra única para evitar a morte dos 155 passageiros. Filme premiado no Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Ator (Tom Hanks).

Pablo Aluísio.