Ele foi um dos principais líderes políticos e militares da história. Isso é um fato. O que poucos sabem é que Napoleão Bonaparte também tinha seu lado ridículo. Como era um ser humano e não um Deus, Napoleão também tinha defeitos - e muitos! Aqui vão algumas perguntas sobre o homem Napoleão Bonaparte.
1. Qual era a altura de Napoleão Bonaparte?
O imperador francês era extremamente baixinho. Embora muitos autores afirmem que ele tinha 1.69 de altura, a verdade é que o general não chegava nem a 1.63. A diferença se deve às botas do militar. Ele tinha complexo de sua falta de estatura e por isso mandava confeccionar enormes saltos que lhe desse alguns centímetros a mais. Afinal um general baixinho corria o risco de virar uma piada entre seus subordinados.
2. Napoleão Bonaparte era impotente?
Sim. Embora posasse de conquistador de mulheres, principalmente depois que se tornou imperador, o fato é que Napoleão tinha problemas sexuais. A explicação sobre sua impotência passa por vários motivos, desde a estafa natural de quem vivia em campos de batalha, passando pelo stress constante que o atormentava 24 horas por dia. O imperador era nervoso, dado a ataques de raiva e fúria. No meio de tanta tensão não sobrava muito para se dedicar aos prazeres da carne e do sexo.
3. Napoleão Bonaparte era racista?
O imperador era completamente racista. Ele considerava os negros uma sub-raça, algo que os deixavam mais próximos a animais do que a seres humanos. Seus atos racistas ficaram notórios, principalmente quando proibiu a entrada de negros em Paris. O general não queria que eles "sujassem" as belas ruas da capital francesa. Ele também tinha extremo desprezo por eslavos e russos, mas isso não o poupou de ser derrotado pelos mesmos povos que desprezava no campo de batalha.
4. Napoleão Bonaparte tinha hemorroidas?
Sim. A vida toda Napoleão passou montado em cima de um cavalo, nas inúmeras campanhas que participou ao longo da vida. Isso acabou lhe valendo doloridas hemorroidas. Na última grande batalha de sua vida, a de Waterloo, Napoleão se atrasou para ir ao campo de batalha pois estava com uma séria crise de hemorroidas que deixaram suas calças brancas completamente vermelhas de sangue. A alimentação e a obesidade também não ajudavam. Napoleão comia comidas extremamente apimentadas, gordurosas e nada sadias. Isso piorava ainda mais sua situação de saúde.
5. Por que Napoleão Bonaparte colocava sua mão dentro de seu uniforme?
A posição mais famosa de Napoleão Bonaparte em quadros e desenhos de época é aquela em que o imperador aparecia com as mãos dentro de seu casaco militar. Há duas explicações para essa pose. Alguns historiadores dizem que o imperador sofria de úlcera. As fortes dores estomacais o fazia pressionar o local da dor. Por isso ele estaria sempre com a mão sobre a dor. Outra explicação seria que Napoleão sofria de Mal de Parkinson e para esconder isso de seus soldados colocava a mão que apresentava tremores dentro de seu casaco militar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
George Orwell
George Orwell foi um famoso escritor e jornalista inglês, conhecido por alguns dos mais populares e discutidos livros da literatura do século 20 como 'Animal Farm" e" Nineteen Eighty-Four'. Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903 no leste da Índia, filho de um funcionário colonial britânico. Ele foi educado na Inglaterra e, depois que ele deixou Eton, entrou para a Polícia Imperial Indiana, na Birmânia, então uma colônia britânica. Demitiu-se em 1927 e decidiu tornar-se um escritor. Em 1928, mudou-se para Paris, onde a falta de sucesso como escritor obrigou-o a trabalhar em uma série de trabalhos braçais. Ele descreveu suas experiências em seu primeiro livro, "Down and Out in Paris and Londres", publicado em 1933, onde finalmente adotou o nome de George Orwell, pouco antes de sua publicação. Isto foi seguido por seu primeiro romance, 'Birmaneses Days', em 1934.
Tornou-se um anarquista no final de 1920, e na década de 1930 começou a considerar-se um socialista. Em 1936 foi contratado para escrever um relato da pobreza entre os mineiros desempregados no norte da Inglaterra, o que resultou no livro "The Road to Wigan Pier" (1937). Mais tarde, em 1936, Orwell viajou para a Espanha para lutar pelos republicanos contra nacionalistas de Franco. Ele foi forçado a fugir do país após se decepcionar com o movimento comunista mundial, pois presenciou grupos socialistas apoiados pela União Soviética reprimindo e massacrando socialistas utópicos. A experiência o transformou em um anti-stalinista ao longo da vida. Entre 1941 e 1943, Orwell trabalhou no setor de publicidade e propaganda para a BBC. Em 1943, tornou-se editor literário do Tribune, uma revista semanal de esquerda. Tornou-se um jornalista prolífico, escrevendo artigos, resenhas e livros.
Em 1945, o livro 'Animal Farm' foi publicado. Se tratava de uma fábula política usando uma fazenda como metáfora da própria sociedade, com base na traição da Revolução Russa pelo ditador Stalin. O livro fez bastante sucesso, tornando Orwell um escritor conhecido e famoso, garantindo-lhe uma vida financeiramente confortável, pela primeira vez em sua vida. "Nineteen Eighty-Four" foi publicado quatro anos depois. Situado em um futuro totalitário imaginário, o livro causou uma profunda impressão, com o seu título e muitas frases - como 'Big Brother está vigiando você', 'novilíngua' e 'duplipensar' - entrando no uso popular do povo inglês. Após mais esse êxito comercial e de crítica sua saúde começou a se deteriorar. Morreria alguns meses depois de tuberculose em 21 de janeiro de 1950.
Pablo Aluísio.
Tornou-se um anarquista no final de 1920, e na década de 1930 começou a considerar-se um socialista. Em 1936 foi contratado para escrever um relato da pobreza entre os mineiros desempregados no norte da Inglaterra, o que resultou no livro "The Road to Wigan Pier" (1937). Mais tarde, em 1936, Orwell viajou para a Espanha para lutar pelos republicanos contra nacionalistas de Franco. Ele foi forçado a fugir do país após se decepcionar com o movimento comunista mundial, pois presenciou grupos socialistas apoiados pela União Soviética reprimindo e massacrando socialistas utópicos. A experiência o transformou em um anti-stalinista ao longo da vida. Entre 1941 e 1943, Orwell trabalhou no setor de publicidade e propaganda para a BBC. Em 1943, tornou-se editor literário do Tribune, uma revista semanal de esquerda. Tornou-se um jornalista prolífico, escrevendo artigos, resenhas e livros.
Em 1945, o livro 'Animal Farm' foi publicado. Se tratava de uma fábula política usando uma fazenda como metáfora da própria sociedade, com base na traição da Revolução Russa pelo ditador Stalin. O livro fez bastante sucesso, tornando Orwell um escritor conhecido e famoso, garantindo-lhe uma vida financeiramente confortável, pela primeira vez em sua vida. "Nineteen Eighty-Four" foi publicado quatro anos depois. Situado em um futuro totalitário imaginário, o livro causou uma profunda impressão, com o seu título e muitas frases - como 'Big Brother está vigiando você', 'novilíngua' e 'duplipensar' - entrando no uso popular do povo inglês. Após mais esse êxito comercial e de crítica sua saúde começou a se deteriorar. Morreria alguns meses depois de tuberculose em 21 de janeiro de 1950.
Pablo Aluísio.
Malakoi na antiguidade
Recentemente houve uma polêmica no Brasil sobre o significado da palavra Malakoi. Um jovem youtuber chamado Felipe Neto em debate com o pastor Feliciano afirmou que Malakoi era uma palavra de origem hebraica e significava "devasso". Tudo porque na carta de Paulo no novo testamento ele se refere a Malakoi. Na tradução tradicional o termo foi traduzido para o português como "Afeminado".
Como houve grande interesse no tema vamos trazer aqui alguns esclarecimentos. A palavra Malakoi não é de origem hebraica, mas grega. Sua tradução literal nos leva a designação de um homem "suave", "com gestos e gostos femininos", ou em outras palavras, a um homossexual. Isso é importante porque foi justamente usando o termo Malakoi que Paulo se referiu aos homossexuais, aos afeminados.
É importante entender que quando Paulo escreveu sua carta a expressão homossexual ainda não existia. Por essa razão ele não poderia ter utilizado o termo moderno. Na época os gays eram designados justamente pela expressão Malakoi, ou seja, homens com características femininas, que inclusive preferiam aos homens do ponto de vista sexual do que às mulheres, o que seria o natural nos tempos antigos. Paulo escreveu literalmente que os afeminados (malakois) não herdariam o Reino de Deus.
Alguns historiadores mais moderados porém afirmam que Malakoi tinha vários significados, incluindo também homens que não usavam barbas como era costume na antiguidade. Acontece que dentro da cultura greco-romana muitos soldados e homens importantes mantinham jovens adolescentes como seus concubinos. Eles eram explorados sexualmente por seus donos, muitos eram escravos e faziam vários serviços para seus mestres, cuidando de suas montarias e armaduras. Esses meninos também eram chamados de Malakois, que tinha na época uma clara referência de homossexualidade juvenil, o que nos dias de hoje poderia ser associado também à pedofilia.
Dessa maneira, usando de um estudo sério e sem interferências ideológicas a verdade é que o termo Malakoi se refere realmente a homossexuais, gays, homens afeminados. A origem é grega, não hebraica, e segue sendo usada inclusive nos tempos atuais pelos gregos modernos, significando exatamente a mesma coisa. Qualquer outra interpretação de fato não seria cabível.
Pablo Aluísio.
Como houve grande interesse no tema vamos trazer aqui alguns esclarecimentos. A palavra Malakoi não é de origem hebraica, mas grega. Sua tradução literal nos leva a designação de um homem "suave", "com gestos e gostos femininos", ou em outras palavras, a um homossexual. Isso é importante porque foi justamente usando o termo Malakoi que Paulo se referiu aos homossexuais, aos afeminados.
É importante entender que quando Paulo escreveu sua carta a expressão homossexual ainda não existia. Por essa razão ele não poderia ter utilizado o termo moderno. Na época os gays eram designados justamente pela expressão Malakoi, ou seja, homens com características femininas, que inclusive preferiam aos homens do ponto de vista sexual do que às mulheres, o que seria o natural nos tempos antigos. Paulo escreveu literalmente que os afeminados (malakois) não herdariam o Reino de Deus.
Alguns historiadores mais moderados porém afirmam que Malakoi tinha vários significados, incluindo também homens que não usavam barbas como era costume na antiguidade. Acontece que dentro da cultura greco-romana muitos soldados e homens importantes mantinham jovens adolescentes como seus concubinos. Eles eram explorados sexualmente por seus donos, muitos eram escravos e faziam vários serviços para seus mestres, cuidando de suas montarias e armaduras. Esses meninos também eram chamados de Malakois, que tinha na época uma clara referência de homossexualidade juvenil, o que nos dias de hoje poderia ser associado também à pedofilia.
Dessa maneira, usando de um estudo sério e sem interferências ideológicas a verdade é que o termo Malakoi se refere realmente a homossexuais, gays, homens afeminados. A origem é grega, não hebraica, e segue sendo usada inclusive nos tempos atuais pelos gregos modernos, significando exatamente a mesma coisa. Qualquer outra interpretação de fato não seria cabível.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de abril de 2011
Os Crimes de Lenin
Recentemente uma excelente reportagem do portal Terra mostrou que 140 anos após seu nascimento o fundador da União Soviética, Lenin, está sendo esquecido pelos russos. As novas gerações sequer sabem quem ele foi. Um garoto entrevistado por um jornalista ocidental disse não saber muito sobre ele a não ser que era um cosmonauta!!! Pelo visto o outrora tão idolatrado Lenin está sendo jogado na lata de lixo da história, o que nesse caso não é algo negativo de acontecer. Os historiadores russos da atualidade, mais sensatos e finalmente livres do corrosivo controle da ditadura comunista, estão se debruçando com imparcialidade sobre documentos, cartas e atos do período em que ele se tornou o principal líder soviético.
O retrato que retiram desses despojos da história é realmente devastador. Lenin foi um psicopata no poder. Ele não tinha qualquer respeito pela vida humana e de posse de poderes ilimitados cometeu barbaridades horrendas com o povo da Rússia e dos demais países sob denominação soviética. Como todo socialista, Lenin acreditava que possuía o dom e a inteligência de conduzir seu povo. Ninguém poderia contestar suas decisões políticas e a punição para a discórdia de sua ideologia era a morte.
Hoje sabe-se que Lenin foi o responsável pela morte de mais de cem milhões de pessoas. Um influente político ucraniano relembrou recentemente os crimes de Lenin no Parlamento. O deputado Vladimir Zhirinovisky recordou aos seus colegas que sob o domínio de Lenin a Rússia (e a Ucrânia) se transformaram em um mar de túmulos. O chamado terror vermelho implantado por Lenin para defender a revolução russa fez com que um genocídio muito mais vasto e devastador do que o próprio nazismo se instaurasse em solo russo, causando assassinatos em massa, desespero e morte. Lenin mandou assassinar de próprio punho milhões de pessoas, entre eles muitas crianças, mulheres e idosos, simplesmente por esses pertencerem a comunidades que não aceitavam a ditadura socialista. Jamais demonstrou ter tido a menor culpa pelo que fez, tal como um psicopata em relação às suas vítimas indefesas.
Um homem cruel e psicopata que não respeitava sequer o espírito religioso do povo russo. Como socialista Lenin via a religião e a crença em Deus como um mal a ser eliminado. Ateu e extremamente frio em suas decisões mandou para a morte líderes religiosos de praticamente todos os cultos, mas principalmente da Igreja Ortodoxa Russa. Sob suas ordens diretas foram mortos entre outros o amado e respeitado patriarca Ortodoxo de Moscou. Também mandou executar a sangue frio toda a família do Czar. Mandou que eles fossem levados para uma floresta distante e lá fuzilados. Além do Czar Nicolau morreram também seus filhos, meros adolescentes, garotas jovens e um menino, herdeiro do trono, ainda menor de idade. Lenin realmente foi um monstro tal como Hitler. Um assassino de massas e um psicopata frio e cruel. O tempo porém é o senhor de tudo. Sua memória já está sendo apagada da mente dos russos, pelo seu próprio bem.
Pablo Aluísio.
O retrato que retiram desses despojos da história é realmente devastador. Lenin foi um psicopata no poder. Ele não tinha qualquer respeito pela vida humana e de posse de poderes ilimitados cometeu barbaridades horrendas com o povo da Rússia e dos demais países sob denominação soviética. Como todo socialista, Lenin acreditava que possuía o dom e a inteligência de conduzir seu povo. Ninguém poderia contestar suas decisões políticas e a punição para a discórdia de sua ideologia era a morte.
Hoje sabe-se que Lenin foi o responsável pela morte de mais de cem milhões de pessoas. Um influente político ucraniano relembrou recentemente os crimes de Lenin no Parlamento. O deputado Vladimir Zhirinovisky recordou aos seus colegas que sob o domínio de Lenin a Rússia (e a Ucrânia) se transformaram em um mar de túmulos. O chamado terror vermelho implantado por Lenin para defender a revolução russa fez com que um genocídio muito mais vasto e devastador do que o próprio nazismo se instaurasse em solo russo, causando assassinatos em massa, desespero e morte. Lenin mandou assassinar de próprio punho milhões de pessoas, entre eles muitas crianças, mulheres e idosos, simplesmente por esses pertencerem a comunidades que não aceitavam a ditadura socialista. Jamais demonstrou ter tido a menor culpa pelo que fez, tal como um psicopata em relação às suas vítimas indefesas.
Um homem cruel e psicopata que não respeitava sequer o espírito religioso do povo russo. Como socialista Lenin via a religião e a crença em Deus como um mal a ser eliminado. Ateu e extremamente frio em suas decisões mandou para a morte líderes religiosos de praticamente todos os cultos, mas principalmente da Igreja Ortodoxa Russa. Sob suas ordens diretas foram mortos entre outros o amado e respeitado patriarca Ortodoxo de Moscou. Também mandou executar a sangue frio toda a família do Czar. Mandou que eles fossem levados para uma floresta distante e lá fuzilados. Além do Czar Nicolau morreram também seus filhos, meros adolescentes, garotas jovens e um menino, herdeiro do trono, ainda menor de idade. Lenin realmente foi um monstro tal como Hitler. Um assassino de massas e um psicopata frio e cruel. O tempo porém é o senhor de tudo. Sua memória já está sendo apagada da mente dos russos, pelo seu próprio bem.
Pablo Aluísio.
sábado, 16 de abril de 2011
Filipe II da Espanha
Filipe II da Espanha foi um dos monarcas mais destacados da história de sua nação. Foi um político extremamente habilidoso que também soube como poucos manter suas convicções pessoais intactas. Ele reinou de julho de 1554 até setembro de 1598. Um logo reinado que ajudou a modelar o mundo atual em que vivemos. Sua importância não se deu apenas dentro da Europa, mas atravessou os mares, principalmente no Brasil. Isso pode ser facilmente entendido quando Portugal e Espanha se tornaram um só Reino. O Brasil era uma distante colônia portuguesa na América do Sul, ainda pouco explorada e conhecida. Quando Filipe se tornou também o monarca de Portugal nosso país ficou sob sua regência. Essa fase ficou conhecida como a União Ibérica. A capital da Paraíba - hoje João Pessoa - passou a se denominar na época de Filipéia em sua homenagem. Essa é uma das mais antigas cidades do Brasil.
Pois bem, no campo religioso o Rei Filipe II da Espanha se destacou também por ter sido um fervoroso defensor da Fé Católica. Aqueles foram tempos conturbados na Europa. O protestantismo se espalhava por toda a Europa e o Rei precisou se posicionar sobre o que estava acontecendo. Filipe veio de uma família com longa tradição católica e não estava disposto a abrir mão disso. Ele negou em diversas ocasiões a tomada de decisões que porventura pudessem agredir a liberdade de culto do catolicismo ou a apropriação de seu bens, como havia acontecido na Inglaterra e países nórdicos. Sua posição firme ao lado do catolicismo logo causou problemas externos, principalmente com os chamados Países Baixos (Holanda e Bélgica, principalmente) que começavam a difundir enormemente o protestantismo. Nessas nações começou um movimento de perseguição contra os católicos. Filipe II ficou indignado com a situação que se desenvolvia por lá.
Dentro da Espanha o Rei ordenou que fosse construído o mosteiro de El Escorial onde agrupou uma das mais maravilhosas coleções de arte de cunho religioso. Para lá Filipe enviou os melhores quadros do Reino, entre eles peças de mestres consagrados. Também mandou organizar uma extensa biblioteca para onde foram enviados obras literárias de um momento considerado grandioso na língua espanhola. No campo jurídico mandou organizar em forma de códigos de leis as chamadas ordenações filipinas que inclusive tiveram vigência no Brasil Colônia.
Com a Inglaterra Filipe II teve inúmeros problemas. Ele era um ferrenho crítico do que havia feito Henrique VIII que, impedido de se casar pela segunda vez pela Igreja Católica, resolveu romper laços com o Vaticano, tornando de posse milhares de propriedades da Igreja para fundar sua própria religião, a Anglicana. Filipe considerava isso um grande insulto contra o que ele chamava de a fé verdadeira. Com o aumento de líderes fanáticos protestantes Filipe logo autorizou a instalação da chamada Inquisição espanhola que se tornou instrumento de combate contra as novas heresias que vinha do leste europeu.
Mesmo que esse tenha sido um ponto a se criticar de seu reinado uma coisa se torna clara: O protestantismo jamais conseguiu se firmar com solidez na península ibérica, se tornando sempre uma segunda vertente, algo que não se repetiu em diversos outros países europeus. A preservação da fé católica se estendeu rumo a Portugal e claro em suas colônias pelo mundo afora, inclusive o Brasil que se tornaria no futuro a maior nação católica do mundo, algo que certamente Filipe II apreciaria. Seu legado assim se torna bastante relevante pois sua lealdade ao catolicismo lhe valeu a eternidade em termos históricos.
Pablo Aluísio.
Pois bem, no campo religioso o Rei Filipe II da Espanha se destacou também por ter sido um fervoroso defensor da Fé Católica. Aqueles foram tempos conturbados na Europa. O protestantismo se espalhava por toda a Europa e o Rei precisou se posicionar sobre o que estava acontecendo. Filipe veio de uma família com longa tradição católica e não estava disposto a abrir mão disso. Ele negou em diversas ocasiões a tomada de decisões que porventura pudessem agredir a liberdade de culto do catolicismo ou a apropriação de seu bens, como havia acontecido na Inglaterra e países nórdicos. Sua posição firme ao lado do catolicismo logo causou problemas externos, principalmente com os chamados Países Baixos (Holanda e Bélgica, principalmente) que começavam a difundir enormemente o protestantismo. Nessas nações começou um movimento de perseguição contra os católicos. Filipe II ficou indignado com a situação que se desenvolvia por lá.
Dentro da Espanha o Rei ordenou que fosse construído o mosteiro de El Escorial onde agrupou uma das mais maravilhosas coleções de arte de cunho religioso. Para lá Filipe enviou os melhores quadros do Reino, entre eles peças de mestres consagrados. Também mandou organizar uma extensa biblioteca para onde foram enviados obras literárias de um momento considerado grandioso na língua espanhola. No campo jurídico mandou organizar em forma de códigos de leis as chamadas ordenações filipinas que inclusive tiveram vigência no Brasil Colônia.
Com a Inglaterra Filipe II teve inúmeros problemas. Ele era um ferrenho crítico do que havia feito Henrique VIII que, impedido de se casar pela segunda vez pela Igreja Católica, resolveu romper laços com o Vaticano, tornando de posse milhares de propriedades da Igreja para fundar sua própria religião, a Anglicana. Filipe considerava isso um grande insulto contra o que ele chamava de a fé verdadeira. Com o aumento de líderes fanáticos protestantes Filipe logo autorizou a instalação da chamada Inquisição espanhola que se tornou instrumento de combate contra as novas heresias que vinha do leste europeu.
Mesmo que esse tenha sido um ponto a se criticar de seu reinado uma coisa se torna clara: O protestantismo jamais conseguiu se firmar com solidez na península ibérica, se tornando sempre uma segunda vertente, algo que não se repetiu em diversos outros países europeus. A preservação da fé católica se estendeu rumo a Portugal e claro em suas colônias pelo mundo afora, inclusive o Brasil que se tornaria no futuro a maior nação católica do mundo, algo que certamente Filipe II apreciaria. Seu legado assim se torna bastante relevante pois sua lealdade ao catolicismo lhe valeu a eternidade em termos históricos.
Pablo Aluísio.
Juliano - O Imperador Anticristão
O Imperador Romano Juliano pertencia à casta familiar do Imperador Constantino que foi figura central na consolidação do Cristianismo no Império Romano. Para muitos historiadores o Cristianismo jamais teria tido a influência e expansão que teve se não fosse pela participação crucial de Constantino e seu apoio. É de se admirar assim que um membro da casa de Constantino tenha sido um dos mais infames imperadores anticristãos da história. Foi justamente isso que aconteceu. Quando Constantino morreu houve uma brutal disputa familiar pelo poder como era comum acontecer dentro do Império Romano. A ala familiar de Juliano levou a pior e foi dizimada pelos vencedores. O único que sobrou foi justamente o próprio Juliano que se encontrava muito doente e por isso foi poupado da chacina pois os assassinos de sua família acreditaram que ele morreria logo.
Juliano não apenas sobreviveu como conseguiu se reerguer politicamente das cinzas. Guiado por uma sede de vingança sem precedentes ele foi subindo cada vez mais dentro do xadrez de poder em Roma. Aliando chantagens, assassinatos de parentes e muitos crimes, Juliano foi eliminando todos os seus opositores. Procurou também matar cada um membro de sua casta que tivesse tido algum tipo de participação nas mortes de seus pais e irmãos. Com pouco mais de 25 anos de idade Juliano já tinha conseguido executar todos eles. Suas mãos estavam cheias de sangue, mas ele se considerava realizado e saciado em sua sede de vingança mortal. Durante sua caminhada rumo ao poder supremo em Roma, Juliano foi tentando suprimir todo o legado de Constantino, homem que ele particularmente desprezava e odiava.
O Cristianismo, aquela nova religião estranha que havia sido colocada em um ponto tão alto do Império exatamente por Constantino, era uma aberração na visão de Juliano. Ele ansiava em revalorizar a antiga religião pagã imperial. Juliano acreditava que o Cristianismo tinha que ser eliminado o mais rapidamente possível, mas isso teria que ser feito com inteligência e não com violência e brutalidade. Esse tipo de opressão, muito utilizada por imperadores no passado, não havia dado bons frutos. Ao contrário disso, havia fortalecido a fé dos cristãos pois a morte de mártires aumentava ainda mais o número de adeptos e seguidores daquele judeu a quem chamavam de Cristo.
Quando se tornou Imperador em Roma, Juliano começou a perseguir os cristãos que faziam parte do aparelho de Estado. Demitiu altos funcionários do Império apenas por eles serem Cristãos, confiscou terras e mandou bloquear bens e finanças de importantes líderes daquela nova religião. A intenção de Juliano era destruir a influência e poder dos cristãos, sejam eles financeiros, políticos ou militares. Ao mesmo tempo em que asfixiava o povo cristão de Roma, mandou restaurar e reconstruir antigos templos dedicados aos velhos e tradicionais Deuses Romanos. Procurando demonstrar sua fidelidade ao paganismo o próprio imperador teria participado de um ritual Pagão de purificação, se banhando no sangue de um touro sacrificado em sua presença! Juliano dizia que para eliminar os cristãos não era necessária a violência, mas sim a quebra da estrutura que os mantinha no topo da hierarquia romana. Seus planos de destruição da religião cristã porém tiveram uma interrupção abrupta quando o imperador foi morto numa sangrenta batalha campal contra os Persas. Pelo visto seus amados deuses romanos não o livraram da morte com uma espada inimiga atravessando seu pescoço.
Pablo Aluísio.
Juliano não apenas sobreviveu como conseguiu se reerguer politicamente das cinzas. Guiado por uma sede de vingança sem precedentes ele foi subindo cada vez mais dentro do xadrez de poder em Roma. Aliando chantagens, assassinatos de parentes e muitos crimes, Juliano foi eliminando todos os seus opositores. Procurou também matar cada um membro de sua casta que tivesse tido algum tipo de participação nas mortes de seus pais e irmãos. Com pouco mais de 25 anos de idade Juliano já tinha conseguido executar todos eles. Suas mãos estavam cheias de sangue, mas ele se considerava realizado e saciado em sua sede de vingança mortal. Durante sua caminhada rumo ao poder supremo em Roma, Juliano foi tentando suprimir todo o legado de Constantino, homem que ele particularmente desprezava e odiava.
O Cristianismo, aquela nova religião estranha que havia sido colocada em um ponto tão alto do Império exatamente por Constantino, era uma aberração na visão de Juliano. Ele ansiava em revalorizar a antiga religião pagã imperial. Juliano acreditava que o Cristianismo tinha que ser eliminado o mais rapidamente possível, mas isso teria que ser feito com inteligência e não com violência e brutalidade. Esse tipo de opressão, muito utilizada por imperadores no passado, não havia dado bons frutos. Ao contrário disso, havia fortalecido a fé dos cristãos pois a morte de mártires aumentava ainda mais o número de adeptos e seguidores daquele judeu a quem chamavam de Cristo.
Quando se tornou Imperador em Roma, Juliano começou a perseguir os cristãos que faziam parte do aparelho de Estado. Demitiu altos funcionários do Império apenas por eles serem Cristãos, confiscou terras e mandou bloquear bens e finanças de importantes líderes daquela nova religião. A intenção de Juliano era destruir a influência e poder dos cristãos, sejam eles financeiros, políticos ou militares. Ao mesmo tempo em que asfixiava o povo cristão de Roma, mandou restaurar e reconstruir antigos templos dedicados aos velhos e tradicionais Deuses Romanos. Procurando demonstrar sua fidelidade ao paganismo o próprio imperador teria participado de um ritual Pagão de purificação, se banhando no sangue de um touro sacrificado em sua presença! Juliano dizia que para eliminar os cristãos não era necessária a violência, mas sim a quebra da estrutura que os mantinha no topo da hierarquia romana. Seus planos de destruição da religião cristã porém tiveram uma interrupção abrupta quando o imperador foi morto numa sangrenta batalha campal contra os Persas. Pelo visto seus amados deuses romanos não o livraram da morte com uma espada inimiga atravessando seu pescoço.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Napoleão Bonaparte
Napoleão Bonaparte
Ontem assisti novamente ao grande clássico "Waterloo - A Batalha de Napoleão", cuja resenha completa você pode acessar clicando aqui. Fazia seguramente uns vinte anos que o tinha visto pela última vez. Por essa razão já não me lembrava mais de todos os detalhes. O que havia ficado bem marcante em minha lembrança mesmo durante todos esses anos era realmente a grande atuação do ator Rod Steiger como Napoleão. Ele era bem parecido fisicamente com o imperador francês e aliado a essa semelhança ainda conseguiu realizar um trabalho brilhante de atuação. Seu Napoleão é um sujeito já decadente, tentando se agarrar a um passado distante, dos tempos áureos em que teve em suas mãos praticamente toda a Europa. Sempre suando, com expressão de dor, ele vai ficando consciente que seu tempo passou, que ele não é mais aquele jovem destemido dos campos de batalha do passado, ainda mais agora que segue sofrendo terríveis dores de estômago, algo que até hoje é discutido por historiadores, sobre qual seria o mal exato que tanto atormentava o general e que curiosamente ficou incorporado em sua imagem, a do general com as mãos dentro de seu uniforme militar. No meio desse caos em que sua vida havia se transformado ele ainda tentava de todas as maneiras juntar os pedaços de seu império destroçado.
O Napoleão da história é seguramente uma das figuras mais emblemáticas da humanidade. Ele foi em essência um grande ceifador de vidas, estando no mesmo nível que um Júlio César ou Hitler. Era um ditador sanguinário que queria passar o poder para seus parentes, tal como as monarquias que dizia combater. Não admitia oposição e aniquilava a todos que ousassem contestar seus loucos sonhos de dominação continental. Isso porém não inibiu os franceses de o terem alçado ao posto de herói nacional, algo que sinceramente nunca consegui compreender completamente. Ora, vejo muitas contradições em Napoleão e sua trajetória. Ele foi fruto da revolução francesa, que pregava a soberania da vontade popular em oposição ao regime da nobreza hereditária, mas ao mesmo tempo acabou trazendo os velhos valores absolutistas da monarquia deposta para seu governo e isso da pior maneira possível. Megalomaníaco e ambicioso, tentou conquistar todos os países europeus, destronando dinastias e colocando em seus tronos parentes e amigos completamente incapacitados para exercer o poder nessas nações. Tampouco se importava com a vontade dos povos desses países conquistados a ferro e fogo. Dizia ser um representante do poder do povo, mas ao mesmo tempo ignorava a vontade popular e qualquer sinal de democracia nas terras onde impunha sua dominação através de guerras de conquista. Falava que amava suas origens humildes e a sabedoria popular do povo mais pobre, mas ao mesmo tempo adorava mesmo era o luxo e a pompa das mais tradicionais monarquias europeias, se vestindo tal como os reis do passado, o que o fazia ser basicamente um grande hipócrita.
Também tal como Hitler era um tanto quanto louco. Ao tentar invadir o imenso e congelado território russo se viu massacrado pelo famoso "General Inverno" que aniquilou suas tropas que morreram congeladas e famintas nas estepes russas sem fim. Não satisfeito tentou destruir a Inglaterra e seus ideais de liberdade e direitos fundamentais (algo que ignorava completamente na prática, embora se mostrasse publicamente como um liberal constitucional). E assim como Hitler se deu muito mal ao tentar destruir "a Ilha", como os ingleses carinhosamente chamavam seu país. Pior do que tudo foi a devastação que causou em termos de vidas humanas e bens materiais. As chamadas Guerras Napoleônicas custaram as vidas de mais de oito milhões de pessoas - algo absurdo para o tamanho da população naqueles tempos. Cidades inteiras, algumas delas milenares, foram queimadas por seus soldados. No final, quando praticamente toda a população francesa masculina havia morrido nos campos de batalha, Napoleão começou a recrutar adolescentes e até crianças para as fileiras de seu exército. Uma das coisas que mais chocou o general Arthur Wellesley, o 1.º Duque de Wellington, que o venceu na batalha decisiva de Waterloo, foi contemplar os corpos de crianças mortas no campo de batalha com o uniforme do exército de Napoleão. Enterradas na lama da guerra elas perderam suas vidas com 12 e até 11 anos de idade! E depois de tantas mortes, massacres e guerras sem sentido esse megalomaníaco chamado Napoleão ainda é considerado nos dias de hoje um herói nacional pelos franceses?! Quem pode realmente entender os caminhos sombrios da mente humana...
Pablo Aluísio.
Ontem assisti novamente ao grande clássico "Waterloo - A Batalha de Napoleão", cuja resenha completa você pode acessar clicando aqui. Fazia seguramente uns vinte anos que o tinha visto pela última vez. Por essa razão já não me lembrava mais de todos os detalhes. O que havia ficado bem marcante em minha lembrança mesmo durante todos esses anos era realmente a grande atuação do ator Rod Steiger como Napoleão. Ele era bem parecido fisicamente com o imperador francês e aliado a essa semelhança ainda conseguiu realizar um trabalho brilhante de atuação. Seu Napoleão é um sujeito já decadente, tentando se agarrar a um passado distante, dos tempos áureos em que teve em suas mãos praticamente toda a Europa. Sempre suando, com expressão de dor, ele vai ficando consciente que seu tempo passou, que ele não é mais aquele jovem destemido dos campos de batalha do passado, ainda mais agora que segue sofrendo terríveis dores de estômago, algo que até hoje é discutido por historiadores, sobre qual seria o mal exato que tanto atormentava o general e que curiosamente ficou incorporado em sua imagem, a do general com as mãos dentro de seu uniforme militar. No meio desse caos em que sua vida havia se transformado ele ainda tentava de todas as maneiras juntar os pedaços de seu império destroçado.
O Napoleão da história é seguramente uma das figuras mais emblemáticas da humanidade. Ele foi em essência um grande ceifador de vidas, estando no mesmo nível que um Júlio César ou Hitler. Era um ditador sanguinário que queria passar o poder para seus parentes, tal como as monarquias que dizia combater. Não admitia oposição e aniquilava a todos que ousassem contestar seus loucos sonhos de dominação continental. Isso porém não inibiu os franceses de o terem alçado ao posto de herói nacional, algo que sinceramente nunca consegui compreender completamente. Ora, vejo muitas contradições em Napoleão e sua trajetória. Ele foi fruto da revolução francesa, que pregava a soberania da vontade popular em oposição ao regime da nobreza hereditária, mas ao mesmo tempo acabou trazendo os velhos valores absolutistas da monarquia deposta para seu governo e isso da pior maneira possível. Megalomaníaco e ambicioso, tentou conquistar todos os países europeus, destronando dinastias e colocando em seus tronos parentes e amigos completamente incapacitados para exercer o poder nessas nações. Tampouco se importava com a vontade dos povos desses países conquistados a ferro e fogo. Dizia ser um representante do poder do povo, mas ao mesmo tempo ignorava a vontade popular e qualquer sinal de democracia nas terras onde impunha sua dominação através de guerras de conquista. Falava que amava suas origens humildes e a sabedoria popular do povo mais pobre, mas ao mesmo tempo adorava mesmo era o luxo e a pompa das mais tradicionais monarquias europeias, se vestindo tal como os reis do passado, o que o fazia ser basicamente um grande hipócrita.
Também tal como Hitler era um tanto quanto louco. Ao tentar invadir o imenso e congelado território russo se viu massacrado pelo famoso "General Inverno" que aniquilou suas tropas que morreram congeladas e famintas nas estepes russas sem fim. Não satisfeito tentou destruir a Inglaterra e seus ideais de liberdade e direitos fundamentais (algo que ignorava completamente na prática, embora se mostrasse publicamente como um liberal constitucional). E assim como Hitler se deu muito mal ao tentar destruir "a Ilha", como os ingleses carinhosamente chamavam seu país. Pior do que tudo foi a devastação que causou em termos de vidas humanas e bens materiais. As chamadas Guerras Napoleônicas custaram as vidas de mais de oito milhões de pessoas - algo absurdo para o tamanho da população naqueles tempos. Cidades inteiras, algumas delas milenares, foram queimadas por seus soldados. No final, quando praticamente toda a população francesa masculina havia morrido nos campos de batalha, Napoleão começou a recrutar adolescentes e até crianças para as fileiras de seu exército. Uma das coisas que mais chocou o general Arthur Wellesley, o 1.º Duque de Wellington, que o venceu na batalha decisiva de Waterloo, foi contemplar os corpos de crianças mortas no campo de batalha com o uniforme do exército de Napoleão. Enterradas na lama da guerra elas perderam suas vidas com 12 e até 11 anos de idade! E depois de tantas mortes, massacres e guerras sem sentido esse megalomaníaco chamado Napoleão ainda é considerado nos dias de hoje um herói nacional pelos franceses?! Quem pode realmente entender os caminhos sombrios da mente humana...
Pablo Aluísio.
A Importância das Cruzadas
Esse é um assunto dos mais controversos. As Cruzadas Católicas varreram a Europa e o Oriente Médio durante a alta e a baixa Idade Média. Até hoje historiadores debatem sobre o tema. Qual era a sua real motivação, o que fez com que Reis, nobres e cavaleiros deixassem a Europa em direção à Jerusalém para uma verdadeira guerra santa contra os muçulmanos? Sobre isso há várias posições, porém de maneira em geral há dois grupos bem definidos sobre a causa histórica do advento das Cruzadas.
A primeira corrente é a mais incisiva. Esse grupo de historiadores afirmam que o motivo de realização das cruzadas foi puramente econômico. A Igreja Católica e o Papa perceberam que havia uma grave crise social entre os povos europeus. Muitas pessoas sem trabalho, ocupação, praticamente na miséria completa. Para dar um objetivo de vida para todos esses europeus miseráveis e sem futuro organizaram-se as enormes cruzadas com centenas de milhares de europeus marginalizados. Durante as guerras de conquistas da Terra Santa eles teriam sido autorizados a pilhar, saquear e se apropriar de quaisquer bens em mãos de muçulmanos que encontrassem pela frente. A justificativa meramente econômica das cruzadas é de complicada defesa. Isso porque os Cruzados não eram apenas miseráveis, pobres e destituídos, mas também Reis, nobres e membros de classes altas. Certamente eles não teriam nada a ganhar arriscando suas vidas em território desconhecido, perigoso e repleto de islâmicos que também estavam empenhados em matar o maior número possível de cristãos.
Por essa razão as teorias puramente econômicas - extremamente firmadas no pensamento de esquerda, tentando adaptar as teorias de Karl Marx a esses eventos - se mostram bastante falhas. Na verdade ela desconsidera completamente a mente do homem medieval europeu. Esse estava plenamente convencido que era precisa marchar rumo à terra santa para livrar o local onde Jesus havia sofrido sua paixão das mãos dos muçulmanos, que aliás perseguiam cristãos de forma tão violenta quanto os cruzados os tratavam. Era uma guerra com motivações religiosas, principalmente. Os cristãos que viviam na Terra Santa estavam sendo perseguidos e mortos por ordem de altas autoridades religiosas do Islã. Como não aceitavam renegar a Cristo milhares foram mortos de forma violenta. Era precisa fazer alguma coisa para salvá-los. Os Cruzados assim, motivados pelos mais nobres sentimentos se ergueram contra essa carnificina de cristãos inocentes no Oriente Médio. Foram para a guerra por motivos justificados.
As Cruzadas, apesar de serem bastante atacadas por teóricos nos dias atuais, também teve sua importância histórica bem precisa. Elas de certa maneira mantiveram a Europa Cristã, longe da submissão que iria ser imposta pela Islã caso esse conquistasse os principais reinos cristãos da Europa. Imagine o grau de violência que se instalaria dentro da Europa caso dos exércitos islâmicos tomassem todas aquelas nações. Segundo uma mentalidade fundamentalista milhões de europeus seriam massacrados apenas por não aceitarem se converter ao islamismo. Para defender sua religião e o mais importante de tudo, sua liberdade, os reinados cristãos da Europa medieval se armaram e rumaram em direção ao centro do problema que se avizinhava. Obviamente que nem todos os Cruzados estavam cheios desse espírito de religiosidade intensa, mas de modo em geral essa foi a grande motivação para lutar em favor da cruz com uma espada na mão.
Pablo Aluísio.
A primeira corrente é a mais incisiva. Esse grupo de historiadores afirmam que o motivo de realização das cruzadas foi puramente econômico. A Igreja Católica e o Papa perceberam que havia uma grave crise social entre os povos europeus. Muitas pessoas sem trabalho, ocupação, praticamente na miséria completa. Para dar um objetivo de vida para todos esses europeus miseráveis e sem futuro organizaram-se as enormes cruzadas com centenas de milhares de europeus marginalizados. Durante as guerras de conquistas da Terra Santa eles teriam sido autorizados a pilhar, saquear e se apropriar de quaisquer bens em mãos de muçulmanos que encontrassem pela frente. A justificativa meramente econômica das cruzadas é de complicada defesa. Isso porque os Cruzados não eram apenas miseráveis, pobres e destituídos, mas também Reis, nobres e membros de classes altas. Certamente eles não teriam nada a ganhar arriscando suas vidas em território desconhecido, perigoso e repleto de islâmicos que também estavam empenhados em matar o maior número possível de cristãos.
Por essa razão as teorias puramente econômicas - extremamente firmadas no pensamento de esquerda, tentando adaptar as teorias de Karl Marx a esses eventos - se mostram bastante falhas. Na verdade ela desconsidera completamente a mente do homem medieval europeu. Esse estava plenamente convencido que era precisa marchar rumo à terra santa para livrar o local onde Jesus havia sofrido sua paixão das mãos dos muçulmanos, que aliás perseguiam cristãos de forma tão violenta quanto os cruzados os tratavam. Era uma guerra com motivações religiosas, principalmente. Os cristãos que viviam na Terra Santa estavam sendo perseguidos e mortos por ordem de altas autoridades religiosas do Islã. Como não aceitavam renegar a Cristo milhares foram mortos de forma violenta. Era precisa fazer alguma coisa para salvá-los. Os Cruzados assim, motivados pelos mais nobres sentimentos se ergueram contra essa carnificina de cristãos inocentes no Oriente Médio. Foram para a guerra por motivos justificados.
As Cruzadas, apesar de serem bastante atacadas por teóricos nos dias atuais, também teve sua importância histórica bem precisa. Elas de certa maneira mantiveram a Europa Cristã, longe da submissão que iria ser imposta pela Islã caso esse conquistasse os principais reinos cristãos da Europa. Imagine o grau de violência que se instalaria dentro da Europa caso dos exércitos islâmicos tomassem todas aquelas nações. Segundo uma mentalidade fundamentalista milhões de europeus seriam massacrados apenas por não aceitarem se converter ao islamismo. Para defender sua religião e o mais importante de tudo, sua liberdade, os reinados cristãos da Europa medieval se armaram e rumaram em direção ao centro do problema que se avizinhava. Obviamente que nem todos os Cruzados estavam cheios desse espírito de religiosidade intensa, mas de modo em geral essa foi a grande motivação para lutar em favor da cruz com uma espada na mão.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
O Drácula da História
Muitos nunca pararam para pensar sobre isso, porém se você hoje em dia tem plena liberdade religiosa, não é obrigado a vestir uma burca em público e não sofre pena de morte por ser homossexual ou ateu, então é melhor agradecer ao Drácula por isso! Estranho o ponto de vista? Será mesmo?! E o que o personagem histórico Vlad, o Empalador, tem a ver com tudo isso? Muito simples de explicar. Vlad III, Príncipe da Valáquia (1431 - 1476), foi um nobre europeu que conseguiu deter o avanço do Império Otomano em direção ao centro da Europa cristã. Historiadores concordam que se ele tivesse falhado em deter o avanço do islamismo em direção ao coração do continente europeu muito do que conhecemos hoje em dia como cultura ocidental teria sido varrida do mapa. Os grandes reinos europeus cristãos teriam sido destruídos. A Igreja Católica, berço do cristianismo europeu, teria sido destruída, nada sobraria ao terrível avanço dos Otomanos.
Os Otomanos aniquilavam qualquer tipo de religiosidade que não fosse a sua, muçulmana. Realizavam ataques de aniquilação completa de vilas inteiras apenas por essas serem cristãs. Matavam a esmo mulheres, crianças e idosos, caso não aceitassem se converter ao Islã. Em sua sede de sangue e poder esse Império chegou nas portas da Europa em meados do século XV. Seu objetivo era claro: dominar os reinos europeus para converter toda sua população ao Islã. Quem fosse infiel seria colocado no fio da espada. O que eles não contavam é que havia um príncipe bem no meio de seu caminho. Membro da ordem do Dragão - o que lhe valeria o nome de Drácula nas páginas de Bram Stoker - Vlad decidiu que era hora de destruir aquelas hordas de muçulmanos que avançavam em direção ao reu reino. E ele estava disposto a ser tão cruel quanto seus inimigos de fé.
Obviamente que estamos falando de uma época da história particularmente brutal. As guerras eram travadas corpo a corpo, com os inimigos olhando uns nos olhos dos outros. E não havia espaço para misericórdia. Vlad, em especial, sabia que teria que vencer uma ideia, uma fé, algo que era muito enraizado na alma de seus adversários no campo de batalha, ele teria que ser ainda mais brutal que seus algozes, já conhecidos pela ira que tratavam os infiéis cristãos. Para isso Vlad resolveu empreender uma guerra psicológica para causar medo e pavor nos guerreiros do Império Islâmico. Os prisioneiros otomanos capturados eram empalados vivos - com a introdução de uma grande lança de guerra em seus ânus, que atravessavam todo o seu corpo, saindo pelas suas bocas, na outra extremidade. Depois eles eram penduradas à vista dos Otomanos, criando um campo aberto de empalados, onde gritos e choros se misturavam ao lamento dos guerreiros do outro lado do campo de batalha.
Era um fator psicológico para deter os avanços dos muçulmanos rumo à Europa. A mensagem era clara: Não venham, pois serão empalados também! Em decorrência disso muitos cronistas da época escreveram que o número de deserções no lado dos Otomanos aumentou consideravelmente da noite para o dia. Eles preferiam fugir como covardes e desertores de guerra do que enfrentar Vlad Tepes. Some-se a isso o cheiro insuportável de milhares de corpos apodrecendo e você terá uma pequena ideia do que aconteceu. Os que ficaram tentaram em vão derrotar as tropas cristãs lideradas por Drácula, mas essas com moral elevada se mostraram oponentes ferozes. As batalhas obviamente foram sangrentas e a Transilvânia viu seu solo encharcado de sangue dos guerreiros, tanto cristãos, como do Islã. Havia não apenas uma guerra religiosa em curso, mas também cultural, um verdadeiro choque de civilizações. No final Vlad se tornou vitorioso, sendo que hoje em dia ele ainda é reverenciado como um herói nacional romeno por causa de seu grande feito histórico.
Depois de séculos um escritor chamado Bram Stoker resolveu usar parte de sua história para criar o mais famoso vampiro de todos os tempos, o Conde Drácula, do romance homônimo. Ele ficou particularmente impressionado com uma crônica histórica da época que dizia que Vlad gostava de montar uma mesa de jantar bem no meio do campo dos empalados, onde se servia de sangue quente e fresco dos Otomanos agonizantes nas estacas. Unindo esse tipo de história com velhas lendas de corpos desenterrados com sangue escorrendo por suas bocas, criou-se o cenário perfeito para o escritor dar vida ao seu famoso livro. Stoker resolveu ter a brilhante ideia de unir tudo em torno de apenas um personagem, um vampiro sedento de sangue humano. O resto é história...
Pablo Aluísio.
Os Otomanos aniquilavam qualquer tipo de religiosidade que não fosse a sua, muçulmana. Realizavam ataques de aniquilação completa de vilas inteiras apenas por essas serem cristãs. Matavam a esmo mulheres, crianças e idosos, caso não aceitassem se converter ao Islã. Em sua sede de sangue e poder esse Império chegou nas portas da Europa em meados do século XV. Seu objetivo era claro: dominar os reinos europeus para converter toda sua população ao Islã. Quem fosse infiel seria colocado no fio da espada. O que eles não contavam é que havia um príncipe bem no meio de seu caminho. Membro da ordem do Dragão - o que lhe valeria o nome de Drácula nas páginas de Bram Stoker - Vlad decidiu que era hora de destruir aquelas hordas de muçulmanos que avançavam em direção ao reu reino. E ele estava disposto a ser tão cruel quanto seus inimigos de fé.
Obviamente que estamos falando de uma época da história particularmente brutal. As guerras eram travadas corpo a corpo, com os inimigos olhando uns nos olhos dos outros. E não havia espaço para misericórdia. Vlad, em especial, sabia que teria que vencer uma ideia, uma fé, algo que era muito enraizado na alma de seus adversários no campo de batalha, ele teria que ser ainda mais brutal que seus algozes, já conhecidos pela ira que tratavam os infiéis cristãos. Para isso Vlad resolveu empreender uma guerra psicológica para causar medo e pavor nos guerreiros do Império Islâmico. Os prisioneiros otomanos capturados eram empalados vivos - com a introdução de uma grande lança de guerra em seus ânus, que atravessavam todo o seu corpo, saindo pelas suas bocas, na outra extremidade. Depois eles eram penduradas à vista dos Otomanos, criando um campo aberto de empalados, onde gritos e choros se misturavam ao lamento dos guerreiros do outro lado do campo de batalha.
Era um fator psicológico para deter os avanços dos muçulmanos rumo à Europa. A mensagem era clara: Não venham, pois serão empalados também! Em decorrência disso muitos cronistas da época escreveram que o número de deserções no lado dos Otomanos aumentou consideravelmente da noite para o dia. Eles preferiam fugir como covardes e desertores de guerra do que enfrentar Vlad Tepes. Some-se a isso o cheiro insuportável de milhares de corpos apodrecendo e você terá uma pequena ideia do que aconteceu. Os que ficaram tentaram em vão derrotar as tropas cristãs lideradas por Drácula, mas essas com moral elevada se mostraram oponentes ferozes. As batalhas obviamente foram sangrentas e a Transilvânia viu seu solo encharcado de sangue dos guerreiros, tanto cristãos, como do Islã. Havia não apenas uma guerra religiosa em curso, mas também cultural, um verdadeiro choque de civilizações. No final Vlad se tornou vitorioso, sendo que hoje em dia ele ainda é reverenciado como um herói nacional romeno por causa de seu grande feito histórico.
Depois de séculos um escritor chamado Bram Stoker resolveu usar parte de sua história para criar o mais famoso vampiro de todos os tempos, o Conde Drácula, do romance homônimo. Ele ficou particularmente impressionado com uma crônica histórica da época que dizia que Vlad gostava de montar uma mesa de jantar bem no meio do campo dos empalados, onde se servia de sangue quente e fresco dos Otomanos agonizantes nas estacas. Unindo esse tipo de história com velhas lendas de corpos desenterrados com sangue escorrendo por suas bocas, criou-se o cenário perfeito para o escritor dar vida ao seu famoso livro. Stoker resolveu ter a brilhante ideia de unir tudo em torno de apenas um personagem, um vampiro sedento de sangue humano. O resto é história...
Pablo Aluísio.
A Pepsi nos anos 1950
A Pepsi nos anos 1950 - Assim como a Coca-Cola a Pepsi-Cola também virou uma febre entre os jovens americanos dos anos 1950. Mais adocicada que sua rival o refrigerante logo entendeu que deveria avançar em termos de publicidade para ganhar novos consumidores. E nada melhor que ter o próprio Rei do Rock Elvis Presley como garoto propaganda de uma forma completamente espontânea e gratuita. Durante uma entrevista para uma revista popular da época Elvis respondeu a um animado bate-bola onde dizia suas preferências como consumidor.
Quando perguntado sobre qual seria o seu refrigerante preferido nem pensou duas vezes e respondeu: "Pepsi!". A cultura jovem estava nascendo e as empresas começavam a investir nos jovens como mercado consumidor promissor. Afinal todo fim de semana a turma se encontrava nas centenas de lanchonetes e sorveterias que começavam a abrir em todas as cidades do país, não importavam se eram grandes ou pequenas. Assim se havia uma lanchonetes era vital também haver Pepsi, como a mais presente concorrente da poderosa Coca-Cola. Outra estratégia era enviar garrafas do refrigerante para grandes astros e estrelas de Hollywood. Uma foto com eles segurando uma Pepsi já era uma publicidade e tanto em todos os aspectos!
Em vista disso uma agência publicidade de Nova Iorque foi contratada pela Pepsi para promover sua nova campanha publicitária. O resultado está aí ao lado, uma série de posters mostrando jovens belos, bonitos e sorridentes desfrutando do sabor da marca em seu cotidiano - na escola, no intervalo dos ensaios das animadoras de torcidas, na lanchonete depois do cineminha do fim de semana.
O importante era colar a Pepsi numa imagem jovem e divertida. Seria o sabor da juventude! Curiosidades: você sabe porque esse refrigerante foi chamado de Pepsi-Cola? A "cola" vem do tipo de refrigerante, de cor escura. Já o Pepsi vem do elemento pepsin, uma enzima que faz parte de sua fórmula química. Aliás por estar presente em sua composição a Pepsi por muitos anos informou aos seus clientes que ela ajudava na digestão! Como diria o slogan "Quem toma Pepsi não esquece!"
Pablo Aluísio.
Quando perguntado sobre qual seria o seu refrigerante preferido nem pensou duas vezes e respondeu: "Pepsi!". A cultura jovem estava nascendo e as empresas começavam a investir nos jovens como mercado consumidor promissor. Afinal todo fim de semana a turma se encontrava nas centenas de lanchonetes e sorveterias que começavam a abrir em todas as cidades do país, não importavam se eram grandes ou pequenas. Assim se havia uma lanchonetes era vital também haver Pepsi, como a mais presente concorrente da poderosa Coca-Cola. Outra estratégia era enviar garrafas do refrigerante para grandes astros e estrelas de Hollywood. Uma foto com eles segurando uma Pepsi já era uma publicidade e tanto em todos os aspectos!
Em vista disso uma agência publicidade de Nova Iorque foi contratada pela Pepsi para promover sua nova campanha publicitária. O resultado está aí ao lado, uma série de posters mostrando jovens belos, bonitos e sorridentes desfrutando do sabor da marca em seu cotidiano - na escola, no intervalo dos ensaios das animadoras de torcidas, na lanchonete depois do cineminha do fim de semana.
O importante era colar a Pepsi numa imagem jovem e divertida. Seria o sabor da juventude! Curiosidades: você sabe porque esse refrigerante foi chamado de Pepsi-Cola? A "cola" vem do tipo de refrigerante, de cor escura. Já o Pepsi vem do elemento pepsin, uma enzima que faz parte de sua fórmula química. Aliás por estar presente em sua composição a Pepsi por muitos anos informou aos seus clientes que ela ajudava na digestão! Como diria o slogan "Quem toma Pepsi não esquece!"
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Os Charutos de Winston Churchill
Winston Churchill (1874 - 1965) foi o homem certo na hora exata. Quando o nazismo afiou suas garras pela Europa ele conseguiu levar o povo inglês a uma heróica resistência durante a II Guerra Mundial. Eleito primeiro ministro, substituindo o vacilante e para muitos fraco premier Neville Chamberlain, Churchill sabia que não havia como lidar com o nazismo por meros meios diplomáticos. Veterano de guerras passadas, ele logo compreendeu o que se passava na alma de seu inimigo. Os nazistas eram bestas feras que queriam conquistar toda a Europa. Por mais irracional que isso parecesse, era justamente o que estava acontecendo. Chamberlain havia se equivocado duplamente em pensar que poderia negociar com aquele tipo de gente ou que poderia abrir uma linha de amizade com os membros daquele fanático partido nacional socialista. Hitler tinha outros planos. Ele pensava sinceramente que conquistaria "a ilha", como ele gostava de chamar a Inglaterra, em pouco mais de duas semanas. Ele acreditava piamente que seria tão bem sucedida sua campanha quanto havia sido na conquista da França, que caiu de joelhos muito antes do que todos pensavam. A Blitzkrieg, a tão conhecida guerra-relâmpago nazista, havia conquistado várias regiões da Europa em tempo recorde. Os países caíram rapidamente. Polônia, Tchecoslováquia, Austria, Hungria, em nenhum deles havia qualquer sinal que algum exército europeu poderia parar os avanços do exército alemão. A França poderia resistir, mas logo se rendeu também, de forma vergonhosa para muitos. Para Hitler a Inglaterra iria pelo mesmo caminho da derrota fácil e rápida. Estava muito enganado. Se havia algo que os ingleses não estavam dispostos a fazer era se render sem luta, muita luta!
Winston Churchill levantou a moral do povo britânico, mas sem mentiras ou enganações, tão comuns em políticos populistas. Ele jamais subestimou a inteligência do povo britânico e deixou claro desde o começo que não seria fácil. No rádio afirmou que não prometia nada a não ser "Sangue, Suor e Lágrimas", uma frase que se tornou imensamente famosa em todo o mundo. No campo de batalha a Inglaterra conseguiu lutar grande parte da guerra praticamente sozinha. Os Estados Unidos tinham receios de entrar em outra grande guerra sangrenta como havia acontecido na Primeira Guerra Mundial e por essa razão adotou uma postura de neutralidade durante longo período de tempo. Apenas após o terrível e covarde ataque a Pearl Harbor por aviões japoneses, na base americana no Havaí, foi que finalmente a América entrou de corpo e alma na guerra. Esse foi um momento decisivo para Churchill pois ele sabia que desse ponto em diante não haveria mais retorno. Era impossível aos países do Eixo vencerem a guerra após a entrada dos Estados Unidos no confronto, afinal sua indústria bélica e capacidade inesgotável de produzir armamentos em série era praticamente impossível de se superar.
Outro erro de Hitler foi abrir duas frentes na Europa. Ao trair seus antigos aliados russos, invadindo a União Soviética, o ditador alemão selou seu próprio destino. Os russos não estavam bem equipados e nem tinha mais grandes comandantes em suas forças armadas, pois Stálin havia matado muitos deles antes da guerra, mas o povo russo era forte como um rocha e estava disposto a enfrentar os alemães. A rendição não era uma opção como havia sido para os franceses. Era ir até o fim, para a glória ou para o inferno. Morrer lutando nos vastos campos congelados da Rússia e países satélites sob controle de Moscou. Esse choque de ditaduras sanguinárias, de um lado o nazismo e do outro o comunismo vermelho, é certamente um dos capítulos mais interessantes da história da humanidade. Na luta para saber quem seria o ditador mais feroz venceu Stálin, um dos maiores genocidas que se tem notícia, que conseguia matar com a mesma sede de ira e velocidade os inimigos estrangeiros assim como também o seu próprio povo oprimido. Se Hitler era uma besta fera, Stálin era o próprio cavaleiro da morte do apocalipse!
Enquanto russos e alemães se matavam em solo soviético, Churchill colhia vitórias no front ocidental. Com a ajuda dos americanos ele abriu as portas para a vitória. Primeiro no dia D, a famosa invasão da Normandia, depois no avanço sem tréguas rumo ao coração da Alemanha. Quando essa finalmente caiu, coroada pelo suicídio de Hitler, a Inglaterra finalmente respirou aliviada, pois a guerra havia sido vencida. Winston Churchill foi considerado um herói e acabou aclamado por seu povo. Curiosamente em pouco tempo também perdeu as eleições, sendo destituído de seu cargo. Os britânicos sabiam muito bem que, apesar de seus atos heróicos serem louvados, não era saudável a uma democracia manter os mesmos líderes por muito tempo. Verdadeiras democracias sabem a importância de sempre haver alternância de poder (algo que o povo brasileiro aliás ainda não entendeu completamente). Assim, dando espaço para a democracia inglesa respirar, ele deixou o palco do cenário político de seu país. Depois disso Churchill virou uma pessoa querida entre os ingleses, uma lembrança de um momento em que a bravura de seu povo foi colocada à prova e venceu todos os desafios. Espirituoso e brincalhão, acabou ficando famoso por diversas tiradas irônicas que deu em festas e eventos comemorativos após a guerra. Certa vez uma senhora da fina flor da sociedade inglesa resolveu criticar seu hábito de beber e fumar em demasia (pois estava sempre com um charuto acesso entre seus dedos e um copo de whisky nas mãos). Numa festa ela não se conteve e virou para o sorridente Churchill e lhe disse em tom de desaprovação: "Se eu fosse sua mulher eu lhe daria veneno!" ao que, sem perder a piada, Churchill respondeu: "E se eu fosse seu marido tomaria o veneno de bom grado". Coisas de um homem que sabia muito bem como viver e lutar pelo que acreditava.
Pablo Aluísio.
Winston Churchill levantou a moral do povo britânico, mas sem mentiras ou enganações, tão comuns em políticos populistas. Ele jamais subestimou a inteligência do povo britânico e deixou claro desde o começo que não seria fácil. No rádio afirmou que não prometia nada a não ser "Sangue, Suor e Lágrimas", uma frase que se tornou imensamente famosa em todo o mundo. No campo de batalha a Inglaterra conseguiu lutar grande parte da guerra praticamente sozinha. Os Estados Unidos tinham receios de entrar em outra grande guerra sangrenta como havia acontecido na Primeira Guerra Mundial e por essa razão adotou uma postura de neutralidade durante longo período de tempo. Apenas após o terrível e covarde ataque a Pearl Harbor por aviões japoneses, na base americana no Havaí, foi que finalmente a América entrou de corpo e alma na guerra. Esse foi um momento decisivo para Churchill pois ele sabia que desse ponto em diante não haveria mais retorno. Era impossível aos países do Eixo vencerem a guerra após a entrada dos Estados Unidos no confronto, afinal sua indústria bélica e capacidade inesgotável de produzir armamentos em série era praticamente impossível de se superar.
Outro erro de Hitler foi abrir duas frentes na Europa. Ao trair seus antigos aliados russos, invadindo a União Soviética, o ditador alemão selou seu próprio destino. Os russos não estavam bem equipados e nem tinha mais grandes comandantes em suas forças armadas, pois Stálin havia matado muitos deles antes da guerra, mas o povo russo era forte como um rocha e estava disposto a enfrentar os alemães. A rendição não era uma opção como havia sido para os franceses. Era ir até o fim, para a glória ou para o inferno. Morrer lutando nos vastos campos congelados da Rússia e países satélites sob controle de Moscou. Esse choque de ditaduras sanguinárias, de um lado o nazismo e do outro o comunismo vermelho, é certamente um dos capítulos mais interessantes da história da humanidade. Na luta para saber quem seria o ditador mais feroz venceu Stálin, um dos maiores genocidas que se tem notícia, que conseguia matar com a mesma sede de ira e velocidade os inimigos estrangeiros assim como também o seu próprio povo oprimido. Se Hitler era uma besta fera, Stálin era o próprio cavaleiro da morte do apocalipse!
Enquanto russos e alemães se matavam em solo soviético, Churchill colhia vitórias no front ocidental. Com a ajuda dos americanos ele abriu as portas para a vitória. Primeiro no dia D, a famosa invasão da Normandia, depois no avanço sem tréguas rumo ao coração da Alemanha. Quando essa finalmente caiu, coroada pelo suicídio de Hitler, a Inglaterra finalmente respirou aliviada, pois a guerra havia sido vencida. Winston Churchill foi considerado um herói e acabou aclamado por seu povo. Curiosamente em pouco tempo também perdeu as eleições, sendo destituído de seu cargo. Os britânicos sabiam muito bem que, apesar de seus atos heróicos serem louvados, não era saudável a uma democracia manter os mesmos líderes por muito tempo. Verdadeiras democracias sabem a importância de sempre haver alternância de poder (algo que o povo brasileiro aliás ainda não entendeu completamente). Assim, dando espaço para a democracia inglesa respirar, ele deixou o palco do cenário político de seu país. Depois disso Churchill virou uma pessoa querida entre os ingleses, uma lembrança de um momento em que a bravura de seu povo foi colocada à prova e venceu todos os desafios. Espirituoso e brincalhão, acabou ficando famoso por diversas tiradas irônicas que deu em festas e eventos comemorativos após a guerra. Certa vez uma senhora da fina flor da sociedade inglesa resolveu criticar seu hábito de beber e fumar em demasia (pois estava sempre com um charuto acesso entre seus dedos e um copo de whisky nas mãos). Numa festa ela não se conteve e virou para o sorridente Churchill e lhe disse em tom de desaprovação: "Se eu fosse sua mulher eu lhe daria veneno!" ao que, sem perder a piada, Churchill respondeu: "E se eu fosse seu marido tomaria o veneno de bom grado". Coisas de um homem que sabia muito bem como viver e lutar pelo que acreditava.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Hitler e os Prussianos
Hitler e os Prussianos - É um tema curioso. Outro dia navegando por uma rede social me deparei com o anúncio da subida de Hitler ao poder. Era uma chamada de uma canal a cabo sobre História que ultimamente tem pouco de história e muito de reality shows, onde americanos ficam assistindo pessoas vendendo e comprando itens em uma loja de penhores. Mas enfim, voltemos ao tema. Esse canal estava relembrando - como sempre faz - datas históricas importantes. Uma delas era justamente da subida de Hitler ao poder. Nos comentários havia muita gente afirmando que Hitler era um gênio, um gênio do mal é verdade, mas um gênio. Outros diziam que ele de fato foi o maior estrategista militar da história, só sendo superado talvez por Napoleão Bonaparte. Por fim surgiram os realistas, com alguma noção maior de história.
Na verdade Hitler não foi um gênio, nem sobre o ponto de vista militar ele pode ser considerado algo assim. O exército alemão era formado por homens da elite prussiana, membros de famílias centenárias que enviavam seus melhores quadros para se tornarem generais de brigada. Era a nata da nata da sociedade alemã. E como eles viam Hitler? Simples de explicar. Os principais generais alemães não eram membros do partido nazista e achavam Hitler um verdadeiro imbecil. Apenas isso. Claro que conforme a ditadura nazista ia ficando cada vez mais brutal, com assassinatos em massa, muitos pularam o barco se unindo ao partido nazista, mas se olharmos bem os generais o faziam por puro instinto de sobrevivência, não apenas física, mas também política. Hitler estava disposto a eliminar qualquer um que lhe fizesse oposição e por isso não ser membro do partido nazista era quase como um suicídio pessoal dentro do Reich naquele período brutal da história.
Mesmo assim a opinião desses altos oficiais não havia mudado. Eles viam Hitler como um anão militar, um sujeito que não entendia muito de estratégia militar. Tanto isso é verdade que nas salas reservadas do exército alemão havia um pânico concreto que ele iria levar à nação a um desastre de proporções épicas - como levou aliás. Hitler havia chegado ao humilde posto de cabo quando serviu na Primeira Guerra Mundial. E era justamente essa imagem que muitos generais de cinco estrelas viam quando estavam ao seu lado. O Führer tinha momentos de pura megalomania. Enquanto suas campanhas iam dando certo os militares alemães não viam condições de lhe criticar, porém quando os exércitos do Eixo começaram a sofrer duras derrotas no campo de batalha ficou claro para todos que a guerra seria perdida pelas idiotices cometidas por Hitler. Uma delas - talvez a pior, aquela que lhe custou a guerra - foi justamente abrir duas frentes, uma ocidental e outra oriental ao cometer o bárbaro erro de invadir a União Soviética. A Alemanha naquele momento não tinha homens suficientes e nem equipamentos para entrar em uma campanha tão louca do ponto de vista estratégico. O resultado que se viu foi as tropas alemãs morrendo de frio no rigoroso inverno russo. Os que sobreviveram foram aniquilados pelo exército vermelho.
Hitler tinha vários momentos de pura loucura. A maior tragédia do povo alemão foi que ninguém o parou a tempo. A ideologia nazista criou um aparato de propaganda jamais visto. A sociedade alemã foi bombardeada por anúncios e cartazes pregando a subida ao poder de um homem acima do bem e do mal, quase divino, que iria resgatar a nação ariana das humilhações que sofreu após a derrota na Primeira Guerra Mundial. Um "salvador da pátria" amparado por uma ideologia destrutiva e fanática. Já para seus generais prussianos Hitler era um bufão, um populista medíocre que conseguiu se apoderar do governo alemão - e pasmem, em um momento em que a Alemanha gozava de plena democracia e onde todos os poderes institucionais de direito funcionavam perfeitamente. Como isso pôde acontecer? O nazismo e o próprio Hitler provou lá atrás, na história, que infelizmente a democracia não é infalível, pelo contrário, ditaduras perigosas e líderes corruptos também podem perfeitamente subir ao poder e desestruturar completamente uma nação, por mais desenvolvida, democrática e desenvolvida que ela fosse. Assim ficam as lições da história para podermos entender o próprio quadro atual que se abate sobre todos nós.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Os Carrascos Voluntários de Hitler
O autor desse livro, Daniel Jonah Goldhagen, é professor de história em Harvard. Sua tese de doutorado acabou dando origem a essa obra que ao chegar na livrarias ganhou o subtítulo explicativo de "O povo alemão e o Holocausto". Uma leitura muito conveniente nessa semana em que se celebram os setenta anos de libertação de Auschwitz. Esse livro toca em um assunto delicado. Logo após o fim da segunda guerra mundial criou-se uma mentalidade de que o povo alemão teria sido vítima do nazismo e não cúmplice como inicialmente seria de se supor. Pois bem, para o autor Goldhagen isso seria uma meia verdade. Ele demonstra nesse livro, através de intensa pesquisa, que obviamente não se pode generalizar, apontando o dedo para todos os alemães que viveram aquele terrível período histórico do nazismo, mas que também não se pode negar que algo muito sinistro ocorreu no seio daquele povo, inclusive com sua ativa participação no que depois ficou conhecido como o holocausto. Para isso o escritor traz à tona vários exemplos de atrocidades cometidas pelos próprios civis. Pessoas comuns que da noite para o dia se tornavam assassinas de judeus, de forma completamente voluntária.
Para defender sua tese ele recuperou fatos históricos de assombrar qualquer pessoa com um mínimo de humanidade em sua alma. Em um deles ele apurou um tipo de "passatempo" que se tornou comum entre os alemães durante a guerra: o da caça aos judeus! O que seria isso? Com o aumento da perseguição nazista muitos grupos de judeus fugiram para regiões remotas, alguns inclusive, em desespero completo, fugiram em direção aos bosques e florestas das regiões rurais mais distantes da Alemanha. Em vista disso foram formados grupos de caça a esses judeus, tal como se fossem os tradicionais festejos de caça à raposa, muito popular na Inglaterra. O problema é que eles não estavam atrás de raposas, mas sim de seres humanos, crianças, velhos e mulheres indefesas. Algo realmente revoltante. Com armas na mão, iam até esses lugares remotos em busca de judeus. Ao encontrá-los não pensavam duas vezes e os executavam ali mesmo, no meio do nada.
Assim tente imaginar o quadro monstruoso: fim de semana, um grupo de jovens alemães decidem pegar suas armas para irem até os bosques e florestas locais. Eles não faziam parte do exército do Reich e nem tampouco eram agentes da SS. Mesmo assim poderiam ser tão cruéis e sádicos como se fossem. O livro relata diversas chacinas acontecidas nessas ocasiões. Em um delas um grupo desses voluntários encontrou um refúgio de judeus no meio da mata fechada. Estavam todos literalmente em buracos no chão, escondidos. Tudo o que se ouvia eram choros de crianças e mulheres. O que fizeram então esses caçadores civis de judeus? Jogaram várias granadas de mão no buraco! Imagine o grau de perversidade e desumanidade envolvidas em algo tão tenebroso assim. Relatos como esse permeiam toda a leitura. Há também histórias bem tristes envolvendo pequenos campos de concentração espalhados por todo o território alemão, alguns inclusive bem próximos de Berlim. Esses mini-campos em pouco se assemelhavam aos mais famosos como o complexo de Auschwitz - Birkenau, mas poderia ser tão mortais quanto eles.
Eram campos de alta rotatividade, onde não se poderia perder muito tempo com a solução final! Assim as pessoas saiam dos trens de carga direto para câmaras de gás instalados em pequenos casebres de madeira. O mais chocante é saber que muitos desses campos eram servidos de voluntários, pessoas das redondezas, que participavam dos protocolos de morte por uma suposta paixão à ideologia nazista! Pior do que isso, eles tinham orgulho em participar de algo assim. Em contrapartida a essa fidelidade fanática os nazistas davam carta branca a esses voluntários civis. Eles poderiam fazer o que bem entendessem com os judeus que encontrassem pela frente. Podiam matar todos eles ou torturar os grupos que quisessem, como bem entendessem. Era o inferno na Terra. Diante de um livro como esse fica a pergunta: todo o povo alemão deve ser responsabilizado pelo holocausto? Certamente não! Muitas pessoas, inclusive as que odiavam o partido nazista, perderam suas vidas por tentarem criar uma espécie de oposição a esse regime. Esses alemães não podem ser culpados pelo que aconteceu. Eles na verdade devem ser considerados verdadeiros heróis. Agora, a outra conclusão simplista de que apenas os nazistas graduados teriam sido os culpados também deve ser deixada de lado. Muitos membros da sociedade civil da Alemanha cometeram atrocidades e chacinas por livre e espontânea vontade. O livro de Daniel Jonah Goldhagen vem justamente para trazer uma luz sobre essa questão. Fica assim a lição de que uma ideologia assassina e cruel pode até mesmo transformar pessoas comuns em bestas assassinas. Holocausto nunca mais!
Pablo Aluísio.
Henrique V - O Rei Guerreiro
Henry V foi um dos grandes reis guerreiros de Inglaterra medieval, famoso por sua vitória contra os franceses na batalha de Agincourt.
Henry nasceu em 1386 ou 1387, filho do futuro Henry IV. Ele recebeu o título de príncipe de Gales na coroação de seu pai, em 1399. Desde muito cedo mostrou suas habilidades militares como um capitão de infantaria, tomando parte na batalha de Shrewsbury em 1403. Ele então passou os próximos cinco anos lutando contra a rebelião de Owen Glendower no País de Gales. Ele também fez questão de ter um papel no governo do país, ao contrário do que fazia os nobres da época, levando a desentendimentos com seu pai pela quebra da tradição.
Henry tornou-se rei em 1413. Em 1415, ele esmagou com sucesso uma conspiração que tencionava colocar o rebelde Edmund Mortimer no trono. Pouco tempo depois ele partiu para a França, que iria se tornar o foco principal de suas atenções até o fim de seu reinado. Henry estava determinado a recuperar as terras localizadas no norte da França que tradicionalmente pertenciam aos seus antepassados, mas que agora se encontravam sob posse e domínio do trono francês. Ele capturou o porto de Harfleur e em 25 outubro de 1415 conseguiu finalmente derrotar os franceses na batalha de Agincourt, uma das mais sangrentas da história.
Entre 1417 e 1419 Henry seguiu com sucesso sua campanha de conquista da Normandia. Rouen rendeu-se em janeiro de 1419 e suas sucessivas vitórias no campo de batalha obrigaram o rei francês a assinar o Tratado de Troyes em maio de 1420. Henry foi além, sendo reconhecido como herdeiro e sucessor do trono francês, casando-se pouco depois com Catherine, a filha do monarca francês. Em fevereiro de 1421, Henry voltou para a Inglaterra pela primeira vez em três anos e meio, por causa da guerra que parecia sem fim com o trono da França. Ao lado de sua nova rainha Catherine tentou restabelecer as bases de seu reinado em seu país natal. Henry previa um longo período de paz e prosperidade com a coroa de sua nação, mas seus planos foram interrompidos bruscamente. Em junho, ele retornou para a França e morreu subitamente dois meses depois, provavelmente de disenteria, em 31 de agosto 1422. Até hoje a causa verdadeira de sua morte é um mistério, sendo que alguns autores defendem a tese que teria sido envenenado por alguém de sua própria corte (talvez por sua própria esposa francesa). Seu filho de nove meses de idade, o sucedeu.
Pablo Aluísio.
Henry nasceu em 1386 ou 1387, filho do futuro Henry IV. Ele recebeu o título de príncipe de Gales na coroação de seu pai, em 1399. Desde muito cedo mostrou suas habilidades militares como um capitão de infantaria, tomando parte na batalha de Shrewsbury em 1403. Ele então passou os próximos cinco anos lutando contra a rebelião de Owen Glendower no País de Gales. Ele também fez questão de ter um papel no governo do país, ao contrário do que fazia os nobres da época, levando a desentendimentos com seu pai pela quebra da tradição.
Henry tornou-se rei em 1413. Em 1415, ele esmagou com sucesso uma conspiração que tencionava colocar o rebelde Edmund Mortimer no trono. Pouco tempo depois ele partiu para a França, que iria se tornar o foco principal de suas atenções até o fim de seu reinado. Henry estava determinado a recuperar as terras localizadas no norte da França que tradicionalmente pertenciam aos seus antepassados, mas que agora se encontravam sob posse e domínio do trono francês. Ele capturou o porto de Harfleur e em 25 outubro de 1415 conseguiu finalmente derrotar os franceses na batalha de Agincourt, uma das mais sangrentas da história.
Entre 1417 e 1419 Henry seguiu com sucesso sua campanha de conquista da Normandia. Rouen rendeu-se em janeiro de 1419 e suas sucessivas vitórias no campo de batalha obrigaram o rei francês a assinar o Tratado de Troyes em maio de 1420. Henry foi além, sendo reconhecido como herdeiro e sucessor do trono francês, casando-se pouco depois com Catherine, a filha do monarca francês. Em fevereiro de 1421, Henry voltou para a Inglaterra pela primeira vez em três anos e meio, por causa da guerra que parecia sem fim com o trono da França. Ao lado de sua nova rainha Catherine tentou restabelecer as bases de seu reinado em seu país natal. Henry previa um longo período de paz e prosperidade com a coroa de sua nação, mas seus planos foram interrompidos bruscamente. Em junho, ele retornou para a França e morreu subitamente dois meses depois, provavelmente de disenteria, em 31 de agosto 1422. Até hoje a causa verdadeira de sua morte é um mistério, sendo que alguns autores defendem a tese que teria sido envenenado por alguém de sua própria corte (talvez por sua própria esposa francesa). Seu filho de nove meses de idade, o sucedeu.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de abril de 2011
Imperador Romano Tibério
Imperador Tibério
Quando Jesus Cristo foi crucificado o Imperador que reinava em Roma era Tiberius ou Tibério. Ele foi um imperador improvável. Filho da querida esposa de Augusto, não tinha laços de sangue com o grande monarca. Na verdade ele era filho do primeiro casamento de Lívia Drusa. Augusto era apenas seu padrasto e jamais pensou nele como o futuro imperador do Império Romano. Augusto queria em sua linha de sucessão alguns de seus netos, mas eventos do destino impediram isso. Eles morreram jovens e deixaram o velho imperador frustrado e desolado, sem herdeiros de sua própria linhagem. Quando caminhava já para seu fim ele então virou-se para Tibério e o declarou seu herdeiro político. Foi um ato feito sem nenhum prazer, fruto apenas da consideração que tinha por sua amada esposa, a companheira de muitos anos, Lívia. Na realidade Augusto não confiava muito em Tibério e não via nele nenhuma qualidade em especial para reinar em Roma. Alguns historiadores afirmam que ele tinha até certa aversão por ele, por causa de sua personalidade dura e nada simpática.
A vida, apesar da proximidade com o trono, nunca foi fácil para Tibério. Desde cedo ele foi enviado para servir em legiões romanas que lutavam em lugares distantes e inóspitos. Lá Tibério aprendeu como poucos a dureza da vida militar. Foi um homem sem luxos, que apesar de ser o filho da amada do imperador jamais gozou de muitos privilégios. Durante praticamente quarenta anos viveu na lama do serviço militar, em pleno campo de batalha. Quando subiu na hierarquia militar foi considerado por seus subordinados como um oficial rígido e disciplinador. Por não estar próximo da linha de sucessão e nem tampouco ser considerado um potencial futuro imperador romano pouco chamou atenção para si durante seus anos no exército. Também não criou inimigos no senado, uma vez que jamais foi um político, mas sim um militar. Quando Augusto finalmente adoeceu, sem herdeiros diretos ao trono, sua mãe Lívia intercedeu para que o velho Augusto escolhesse Tibério como sucessor. A campanha em favor dele surtiu efeito e o seu filho subiu ao poder supremo de Roma.
Ao contrário de seu padrasto que era amado pelo povo, Tibério foi um imperador cruel, duro e sanguinário. Logo no começo de seu período como imperador procurou destruir toda a oposição real e imaginária que encontrou pela frente. Implantou uma lei que punia severamente quem ousasse ofender as atitudes e a imagem do Imperador Romano. A Lei da Lesa Majestade foi implantada por todo o império e levou milhares de pessoas à morte. Tibério também resolveu nomear homens de sua estreita confiança para administrar as províncias romanas. Um deles foi Pôncio Pilatos, o governador que iria julgar e condenar Jesus Cristo a morrer na cruz. A crucificação também se tornou modelo padrão de condenação romana contra aqueles que tivessem a coragem de colocar em dúvida a supremacia do poder imperial. A menor crítica contra Tibério era vista como crime de Lesa Majestade, sendo seu autor morto na cruz, em qualquer lugar do Império.
Violento e paranóico, Tibério implantou um regime de terror em Roma. Organizou um regime de exceção no Império e condenou a morte muitos cidadãos romanos. Fortaleceu o exército e com violência puniu também todos aqueles que atentassem contra a religião romana. Certa vez mandou matar um grupo de homens acusados de tentar manter um relacionamento com as virgens vestais do templo. Tibério subiu ao poder quando já estava com uma idade considerada avançada para a época (56 anos). Por essa razão em pouco tempo começou a perceber que não tinha mais força, paciência ou energia para continuar vivenciando a rede de intrigas políticas do senado romano. Também temia que fosse morto mais cedo ou mais tarde pelos senadores. Afinal se até o grande Júlio César foi apunhalado pelas costas, o que poderia se esperar de um velho militar como ele, que não tinha nenhum jeito para o mundo da politicagem em Roma. Resolveu assim se retirar da cidade, indo morar em uma luxuosa vila em Capri, no alto de uma montanha, onde administrava o império através de correspondências que iam direto de seu gabinete para a capital. Lá também se sentia seguro das inúmeras conspirações que visavam assassinar o imperador - algo comum e esperado em Roma.
Em Capri o imperador Tibério também deu vazão à sua personalidade doentia. Embora fosse casado, em arranjos familiares bem de acordo com a alta sociedade romana, se dizia na boca pequena em Roma que o imperador tinha apreciação mesmo por jovens garotos. Sim, Tibério era um homossexual pedófilo. Quando foi para Capri e se fechou em seu palácio, começou a recrutar jovens garotos da região para joguinhos eróticos em sua grande piscina. Chamando os meninos de "peixinhos" ele se tornou um velho degenerado e depravado, acima das leis e da justiça de Roma, que afinal de contas lhe devia a mais estreita obediência. Quando se aborrecia com algum "peixinho" mandava que seus soldados o atirassem do alto da montanha em direção às pedras e rochedos da costa lá embaixo. Vivendo como um degenerado em seu palácio começou a cobrar moralidade dos que seguiam a religião romana. Era um hipócrita, mas mesmo assim foi colocado como sumo sacerdote da religião oficial do Estado. No fim da vida, já meio senil, mandou o senado declarar que ele era um Deus que deveria ser venerado pelos templos do império. Quem se recusasse a reconhecer que ele era uma divindade deveria morrer imediatamente. Morreu provavelmente envenenado pela mãe de Calígula, que desejava há muitos anos que seu insano filho subisse ao poder total de Roma. Como era tradição no Império Romano os imperadores acabavam sendo assassinados por seus próprios parentes e familiares.
Pablo Aluísio.
Quando Jesus Cristo foi crucificado o Imperador que reinava em Roma era Tiberius ou Tibério. Ele foi um imperador improvável. Filho da querida esposa de Augusto, não tinha laços de sangue com o grande monarca. Na verdade ele era filho do primeiro casamento de Lívia Drusa. Augusto era apenas seu padrasto e jamais pensou nele como o futuro imperador do Império Romano. Augusto queria em sua linha de sucessão alguns de seus netos, mas eventos do destino impediram isso. Eles morreram jovens e deixaram o velho imperador frustrado e desolado, sem herdeiros de sua própria linhagem. Quando caminhava já para seu fim ele então virou-se para Tibério e o declarou seu herdeiro político. Foi um ato feito sem nenhum prazer, fruto apenas da consideração que tinha por sua amada esposa, a companheira de muitos anos, Lívia. Na realidade Augusto não confiava muito em Tibério e não via nele nenhuma qualidade em especial para reinar em Roma. Alguns historiadores afirmam que ele tinha até certa aversão por ele, por causa de sua personalidade dura e nada simpática.
A vida, apesar da proximidade com o trono, nunca foi fácil para Tibério. Desde cedo ele foi enviado para servir em legiões romanas que lutavam em lugares distantes e inóspitos. Lá Tibério aprendeu como poucos a dureza da vida militar. Foi um homem sem luxos, que apesar de ser o filho da amada do imperador jamais gozou de muitos privilégios. Durante praticamente quarenta anos viveu na lama do serviço militar, em pleno campo de batalha. Quando subiu na hierarquia militar foi considerado por seus subordinados como um oficial rígido e disciplinador. Por não estar próximo da linha de sucessão e nem tampouco ser considerado um potencial futuro imperador romano pouco chamou atenção para si durante seus anos no exército. Também não criou inimigos no senado, uma vez que jamais foi um político, mas sim um militar. Quando Augusto finalmente adoeceu, sem herdeiros diretos ao trono, sua mãe Lívia intercedeu para que o velho Augusto escolhesse Tibério como sucessor. A campanha em favor dele surtiu efeito e o seu filho subiu ao poder supremo de Roma.
Ao contrário de seu padrasto que era amado pelo povo, Tibério foi um imperador cruel, duro e sanguinário. Logo no começo de seu período como imperador procurou destruir toda a oposição real e imaginária que encontrou pela frente. Implantou uma lei que punia severamente quem ousasse ofender as atitudes e a imagem do Imperador Romano. A Lei da Lesa Majestade foi implantada por todo o império e levou milhares de pessoas à morte. Tibério também resolveu nomear homens de sua estreita confiança para administrar as províncias romanas. Um deles foi Pôncio Pilatos, o governador que iria julgar e condenar Jesus Cristo a morrer na cruz. A crucificação também se tornou modelo padrão de condenação romana contra aqueles que tivessem a coragem de colocar em dúvida a supremacia do poder imperial. A menor crítica contra Tibério era vista como crime de Lesa Majestade, sendo seu autor morto na cruz, em qualquer lugar do Império.
Violento e paranóico, Tibério implantou um regime de terror em Roma. Organizou um regime de exceção no Império e condenou a morte muitos cidadãos romanos. Fortaleceu o exército e com violência puniu também todos aqueles que atentassem contra a religião romana. Certa vez mandou matar um grupo de homens acusados de tentar manter um relacionamento com as virgens vestais do templo. Tibério subiu ao poder quando já estava com uma idade considerada avançada para a época (56 anos). Por essa razão em pouco tempo começou a perceber que não tinha mais força, paciência ou energia para continuar vivenciando a rede de intrigas políticas do senado romano. Também temia que fosse morto mais cedo ou mais tarde pelos senadores. Afinal se até o grande Júlio César foi apunhalado pelas costas, o que poderia se esperar de um velho militar como ele, que não tinha nenhum jeito para o mundo da politicagem em Roma. Resolveu assim se retirar da cidade, indo morar em uma luxuosa vila em Capri, no alto de uma montanha, onde administrava o império através de correspondências que iam direto de seu gabinete para a capital. Lá também se sentia seguro das inúmeras conspirações que visavam assassinar o imperador - algo comum e esperado em Roma.
Em Capri o imperador Tibério também deu vazão à sua personalidade doentia. Embora fosse casado, em arranjos familiares bem de acordo com a alta sociedade romana, se dizia na boca pequena em Roma que o imperador tinha apreciação mesmo por jovens garotos. Sim, Tibério era um homossexual pedófilo. Quando foi para Capri e se fechou em seu palácio, começou a recrutar jovens garotos da região para joguinhos eróticos em sua grande piscina. Chamando os meninos de "peixinhos" ele se tornou um velho degenerado e depravado, acima das leis e da justiça de Roma, que afinal de contas lhe devia a mais estreita obediência. Quando se aborrecia com algum "peixinho" mandava que seus soldados o atirassem do alto da montanha em direção às pedras e rochedos da costa lá embaixo. Vivendo como um degenerado em seu palácio começou a cobrar moralidade dos que seguiam a religião romana. Era um hipócrita, mas mesmo assim foi colocado como sumo sacerdote da religião oficial do Estado. No fim da vida, já meio senil, mandou o senado declarar que ele era um Deus que deveria ser venerado pelos templos do império. Quem se recusasse a reconhecer que ele era uma divindade deveria morrer imediatamente. Morreu provavelmente envenenado pela mãe de Calígula, que desejava há muitos anos que seu insano filho subisse ao poder total de Roma. Como era tradição no Império Romano os imperadores acabavam sendo assassinados por seus próprios parentes e familiares.
Pablo Aluísio.
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