quarta-feira, 27 de abril de 2022

Halo

Essa é uma franquia milionária do mundo dos games que agora ganha adaptação em forma de série. Por algum tempo houve uma certa dúvida por parte dos produtores se haveria um filme para o cinema ou uma série para o mundo do streaming. Venceu a última opção. É uma produção em conjunto entre a Paramount e a Amblin, o estúdio de Steven Spielberg. Era algo aguardado pelos fãs do game. A pergunta que fica no ar é simples: Ficou boa a adaptação? Pelo primeiro episódio podemos dizer que pelo menos há uma bela produção envolvida.

O episódio já começa com um grande combate envolvendo aliens gigantescos e brutais e rebeldes em um campo distante, de um planeta desconhecido. Curiosamente para salvar os rebeldes surge, bem no meio da batalha, os soldados Spartans, que são inimigos na realidade da ala rebelde, mas que resolve se unir a eles contra o inimigo comum, a raça de aliens que deseja dominar o universo. O roteiro também explora a crise existencial que se instala na mente de um Spartan, um tipo de guerreiro meio homem, meio máquina, que tem seu passado como ser humano apagado. No caso aqui ele começa a recordar sua infância, o que pode se tornar um grande problema operacional. Ele é uma máquina de guerra, não uma pessoa cheia de sentimentos. Bom primeiro episódio, vamos ver se a série mantém essa qualidade nos episódios que estão por vir.

Halo (Estados Unidos, 2022) Episódio: Contact / Direção: Otto Bathurst / Roteiro: Kyle Killen. Steve kane / Elenco: Pablo Schreiber, Shabana Azmi, Natasha Culzac / Sinopse: No primeiro episódio um acampamento das força rebeldes é atacado por aliens fortemente armados. Para salvá-los da destruição uma tropa de Sparans entre no front de batalha. Série baseada na famosa linha de games.  

Pablo Aluísio. 

Guia de Episódios:

Halo 1.02 - Unbound
Nesse episódio o soldado Spartan Master Chief vai até um planeta onde vivem renegados e fugitivos da lei. Ele reencontra um velho conhecido, um sujeito que decidiu fugir do programa Spartan anos atrás. Ele quer respostas, sobre o que exatamente seria o artefato que pegou naquela caverna sombrio. Descobre que se trata de uma arma, um artefato que não é um mero objeto, mas um poderoso conector com mentes. E ele descobre isso ao consultar um sujeito com problemas mentais, que diz a ele que aquilo na verdade seria uma poderosa arma nas mãos dos inimigos. Se cair nas mãos erradas, quem poderá vencê-los? / Halo 1.02 - Unbound (Estados Unidos, 2022) Direção: Otto Bathurst / Roteiro: Kyle Kullen / Elenco: Pablo Schreiber, Shabana Azmi, Natasha Culzac.

Halo 1.03 - Emergence - Esta série tem tomado contornos bem interessantes. Um dos aspectos que mais me chamou atenção no roteiro vem do personagem principal, o Spartan Master Chief, que passa por uma crise de identidade, relembrando aspectos de seu passado, algo que não deveria acontecer. Isso me lembrou até mesmo do roteiro do primeiro filme do Robocop de 1987. Aquela espécie de fusão entre homem e máquina que começa a entrar em parafuso por causa de lembranças do passado. Além disso, nesse episódio temos o surgimento de uma personagem virtual que foi criada para auxiliar e espionar o protagonista da série. Também destaco a personagem conhecida como "a abençoada". Ela é uma humana com poderes cinéticos especiais que está lutando ao lado do inimigo uma personagem muito curiosa. Inclusive o episódio traz um longo flashback contando sua história desde quando era uma garotinha que foi levada por essa espécie alienígena invasora. / Halo 1.03 - Emergence (Estados Unidos, 2022) Direção: Roel Reiné / Elenco: Pablo Schreiber, Natasha Culzac.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Crepúsculo de Uma Raça

Quando o filme começa vemos um posto avançado da cavalaria do exército dos Estados Unidos em território demarcado como reserva indígena do povo Cheyenne. Aos poucos milhares de nativos chegam ali. Eles querem se encontrar com um senador que está chegando da capital. Querem mostrar para ele como as terras daquele lugar são desertas, sem água e nem comida. Que viver ali não seria possível. Os índios chegam pela manhã e ficam em pé esperando o senador que parece nunca chegar. Depois de horas de espera eles cansam de esperar e vão embora. Estão ofendidos e com razão. E decidem ir embora da reserva. O problema é que o comandante da tropa da cavalaria, o capitão Thomas Archer (Richard Widmark) tem ordens para evitar isso, usando de violência, se necessário for. Mas como ele vai atirar em crianças, idosos e mulheres indefesas?

Esse filme de John Ford foi uma espécie de pedidos de desculpas do cineasta para com o povo nativo dos Estados Unidos. Durante anos ele filmou filmes de western usando os indígenas como vilões e selvagens. Nesse filme ele decidiu que também iria mostrar o outro lado, o lado das nações nativas da América. O filme é assim dividido em três atos bem claros. No primeiro temos a fuga dos Cheyennes da reserva deserta e hostil para onde foram levados. No segundo ato, passado na cidade de Dodge City, há um pânico quando moradores descobrem que os índios estão chegando a na última parte vemos o desfecho, a conclusão da história.

Embora seja um filme muito bom ele se torna irregular por causa do segundo ato, em Dodge City. James Stewart aqui interpreta o xerife Wyatt Earp, mas tudo em tom de comédia, de humor, o que destoa do restante do filme. Quando eles saem em perseguição dos índios no deserto tudo parece um episódio de Corrida Maluca. Algo que quebra o ritmo sério e concentrado do restante do filme. O que diabos tinha John Ford na cabeça quando rodou esse segundo ato? Felizmente o filme retoma sua seriedade inicial na terceira e última parte, quando os indígenas chegam em um forte do exército americano. Ali eles esperam um tratamento adequado para seres humanos. Esperam que o governo americano encontre uma solução para eles. Quem se destaca nessa última parte é o veterano ator Edward G. Robinson. Ele interpreta o secretário do interior Carl Schurz, um homem justo e humano.

Então é isso. Temos aqui um filme que quase foi estragado pelo próprio John Ford na sua equivocada decisão de inserir humor em um filme com temática séria demais para esse tipo de coisa. O western assim se vale das duas partes (inicial e final) para se assumir como grande obra cinematográfica. Há elementos demais a se pensar nesse roteiro, de como o governo dos Estados Unidos foi injusto e cruel com os índios daquele país. Uma dívida história que pensando bem até hoje não foi devidamente paga!

Crepúsculo de Uma Raça (Cheyenne Autumn, Estados Unidos, 1964) Direção: John Ford / Roteiro: James R. Webb, Howard Fast / Elenco: Richard Widmark, James Stewart, Edward G. Robinson, Karl Malden, Ricardo Montalban, Carroll Baker, Sal Mineo, Dolores del Rio, Patrick Wayne, Gilbert Roland / Sinopse: O filme conta a história da fuga de um enorme grupo de índios da nação Cheyenne de uma reserva deserta dada pelo governo dos Estados Unidos. Assim que eles deixam a reserva passam a ser perseguidos pela cavalaria, dando origem a diversos confrontos e conflitos. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de fotografia (William H. Clothier). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Gilbert Roland).

Pablo Aluísio. 


segunda-feira, 25 de abril de 2022

Gilda

Título no Brasil: Gilda
Título Original: Gilda
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Charles Vidor
Roteiro: E.A. Ellington, Jo Eisinger
Elenco: Rita Hayworth, Glenn Ford, George Macready, Joseph Calleia, Steven Geray, Joe Sawyer

Sinopse:
Gilda (Rita Hayworth) é uma dançarina de clubes noturnos que acaba se envolvendo com um influente dono de cassinos. Só que seu coração não pertence apenas a ele, pois ela também tem interesses em outro homem, dando origem a um perigoso triângulo amoroso.

Comentários:
O que torna um filme um clássico do cinema ou um cult movie? Veja o caso desse "Gilda". Lançado no período do pós-guerra era para ser apenas um filme B da Columbia, uma produção sem maiores pretensões a não ser faturar bem com a beleza e o sex appeal da atriz Rita Hayworth. A crítica da época achou o filme apenas mediano, mas com o passar dos anos "Gilda" foi se tornando cada vez mais cultuado, até chegar no patamar que temos hoje. É um dos filmes mais cultuados da história do cinema americano. Entendo que seu estilo que flerta com o cinema noit e a presença exuberante de Rita tenha contribuído para isso tudo, mas ao meu ver o filme não é tão grandioso como se pode pensar. É um bom filme, não me entenda mal, mas não fica entre as grandes Obras-Primas. Ao que me parece o filme deve muito à figura de Rita Hayworth, linda e sensual cantando "Put Blame on Me", insinuando um striptease, em erotismo suave inédito na época. Fora isso é apenas um filme normal, nada de muito memorável.  

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de abril de 2022

Batman

Quando o filme começa descobrimos que o milionário Bruce Wayne (Robert Pattinson) está há dois anos atuando como Batman. Ele é mal visto pelos policiais, mas ganha a confiança de Gordon, um tira honesto do departamento. Durante as noites Batman enfrenta a criminalidade pelas ruas de Gotham City. Salva um homem de ser espancado por uma gangue de marginais. Depois captura um criminoso vestido com fantasia de Halloween. Seu maior desafio porém está por vir. Uma série de assassinatos envolvendo figurões da política da cidade começa.

O assassino se auto denomina Charada. É um tipo psicótico que publica seus vídeos nas redes sociais e ganha seguidores com sua mensagem insana de justiça pelas próprias mãos. Nada lhe escapa. Ele mata o prefeito, depois o promotor de Gotham e não parece parar mais. A corrupção parece infiltrada por todos os segmentos de Gotham. E justamente as autoridades que deveriam combater o crime parecem trabalhar por ele. Porém o Charada quer mais. Ele planeja destruir a cidade em um grande evento trágico final.

Esse novo filme do Batman enfrentou diversos problemas durante as filmagens e depois para chegar nos cinemas. O filme teve as filmagens suspensas por um tempo por causa da pandemia e depois seu lançamento foi adiado várias vezes pela mesma causa. A Warner que havia investido milhões de dólares na produção do filme não poderia se arriscar, tinha que lançar o filme no momento certo. Só mais recentemente é que finalmente "The Batman" chegou nas telas de cinema com excelentes resultados. Até o momento o filme já faturou 750 milhões de dólares, ganhando elogios da crítica especializada. Nada mal.

A boa notícia para os fãs é que se trata de um filme muito bom. Eu particularmente acredito que filmes de super-heróis já estão bem saturados no cinema, mas esse aqui funciona muito bem. O roteiro explora o lado mais de detetive do Batman, algo que vem de encontro com suas origens. Nada mais adequado para quem surgiu inicialmente nas páginas de uma revista chamada Detective Comics, Além disso é de se elogiar um filme que optou pela sobriedade. É o filme mais sóbrio do Batman. É um filme tenso, escuro e bem realista se formos pensar bem. O Charada não se parece em nada com o personagem original que foi interpretado por Jim Carrey no passado. Esse aqui é pura insanidade, um tipo mais do que psicótico. Com isso o filme funciona excepcionalmente bem. É desde já a melhor adaptação dos quadrinhos desse ano. Merece todos os elogios.

Batman (The Batman, Estados Unidos, 2022) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Matt Reeves, Peter Craig. baseados no universo criado por Bob Kane / Elenco: Robert Pattinson, Jeffrey Wright, Paul Dano, Colin Farrell, Zoë Kravitz, John Turturro, Andy Serkis, Peter Sarsgaard / Sinopse: Milionário traumatizado pela morte dos pais assume a identidade de Batman nas noites escuras de Gotham City. Agora ele vai precisar resolver um caso envolvendo a morte de diversos figurões da cidade. O assassino se autodenomina Charada, mas quem será ele?

Pablo Aluísio. 


sábado, 23 de abril de 2022

Nenhum Passo em Falso

Título no Brasil: Nenhum Passo em Falso
Título Original: 52 Pick-Up
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: John Steppling
Elenco: Roy Scheider, Ann-Margret, Kelly Preston, Vanity, John Glover, Alex Henteloff, Clarence Williams

Sinopse:
Um homem bem sucedido, bem casado, passa a ser chantageado por criminosos envolvidos com o submundo sórdido e cruel da pornografia clandestina e ilegal. Roteiro baseado em obra de Elmore Leonard.

Comentários:
Caso raro de filme produzido pela Cannon com ótimo diretor e elenco acima da média. Quem poderia prever que um cineasta como John Frankenheimer iria trabalhar nessa companhia? O mesmo vale para a dupla central de atores, Roy Scheider e Ann-Margret, dois veteranos consagrados por sua carreira no passado. A bela presença de Kelly Preston, bem jovem e cheia de charme também é um item positivo do filme. Apesar do talentoso trio o filme se revelou bem fraco, com enredo que muitas vezes não convence muito. Talvez o próprio roteiro não tenha ajudado muito, apesar de ser uma adaptação de um romance policial escrito por Elmore Leonard. De qualquer forma é um daqueles filmes dos anos 80 que até merece ser assistido. Não é um grande filme, mas pelos nomes envolvidos merece ao menos ser conhecido.

Pablo Aluísio.

O Colecionador

Título no Brasil: O Colecionador
Título Original: The Collector
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William Wyler
Roteiro: John Kohn, Stanley Mann
Elenco: Terence Stamp, Samantha Eggar, Mona Washbourne, Kenneth More, William Beckley

Sinopse:
Freddie Clegg (Terence Stamp) é um pacato e tímido bancário que tem como hobby colecionar belas borboletas, de todas as cores. Um dia acaba ganhando uma pequena fortuna na loteria. A partir daí ele decide colecionar outro tipo de espécie!

Comentários:
Com roteiro baseado no romance de suspense escrito por John Fowles, esse filme é considerado ao lado de "Psicose" um dos melhores sobre esse tema envolvendo assassinos seriais. O personagem principal é um tipo que parece bem inofensivo. Quando se vê rico decide colocar para fora toda a sua crueldade escondida por anos e anos. Ele que sempre teve fixação por borboletas decide colecionar mulheres jovens e bonitas. Para isso compra uma casa isolada no campo e constrói uma jaula no porão. E é para lá que ele leva uma bela garota, uma mulher que ele teve uma paixão platônica por muito tempo. É uma sondagem bem estranha da mente humana, aqui em direção do veterano cineasta  William Wyler, demonstrando uma versatilidade admirável pelo tema do roteiro. Nada que pudesse lembrar de seus grandes filmes do passado. Por fim não poderia deixar de elogiar o trabalho de Terence Stamp. Ele interpreta o perturbado sujeito de uma maneira realmente excepcional. Digno de todos os aplausos!

Pablo Aluísio.

A Casa do Espanto III

Título no Brasil: A Casa do Espanto III
Título Original: The Horror Show
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: James Isaac, David Blyth
Roteiro: Allyn Warner
Elenco: Lance Henriksen, Brion James, Rita Taggart, Dedee Pfeiffer, Aron Eisenberg, Thom Bray

Sinopse:
Um detetive veterano finalmente consegue prender um violento seria killer conhecido como "Meat Cleaver Max". Julgado, o criminoso homicida é condenado à pena de morte. Só que ele promete ao policial que após sua morte vai retornar para saciar sua sede de vingança!

Comentários:
O filme recebeu esse título de "A Casa do Espanto III" por puro oportunismo da distribuidora nacional. Estavam obviamente tentando pegar carona na franquia "House" que já era bem conhecida no Brasil. Não precisavam disso, vamos convir. O filme em si é bem mediano, de mediano para fraco, mas ainda traz algumas boas ideias, como a volta de um prisioneiro eletrocutado. Sua alma retorna do inferno para vingar sua prisão e morte. Perceba que essa mesma ideia seria usada em um filme de Wes Craven anos depois. De qualquer forma, apesar de tudo, o elenco ainda traz um bom ator. Lance Henriksen foi um desses bons atores que nunca tiveram uma grande chance no cinema. Uma pena, realmente. Talento certamente nunca lhe faltou!

Pablo Aluísio.

Colheita Maldita

Título no Brasil: Colheita Maldita
Título Original: Children of the Corn
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Fritz Kiersch
Roteiro: Stephen King, George Goldsmith
Elenco: Peter Horton, Linda Hamilton, R.G. Armstrong, John Franklin, Julie Maddalena

Sinopse:
Um casal viajando pelo interior dos Estados Unidos se perde na estrada e acaba indo parar em uma estranha cidade que parece estar há anos isolada de tudo. E pelo visto os moradores seguem estranhos rituais religiosos nos vastos campos de milho da região.

Comentários:
Eu sempre considerei esse filme injustamente criticado, principalmente na época em que ele chegou nas telas de cinema pela primeira vez. Nos anos 80 filmes de terror baseados em livros de Stephen King se tornaram uma febre - e grandes sucessos de bilheteria. Esse aqui não fugiu muito desse esquema. O interessante é que King aqui mirou suas críticas naquelas cidades do meio oeste dos Estados Unidos onde o fanatismo religioso e o pensamento fundamentalista imperam. O resultado dessa adaptação pode soar um pouco histérica em alguns momentos, mas o filme nunca perde o foco. E não deixa de ser marcante ver a atriz Linda Hamilton sendo crucificada no meio do milharal! Houve muitos filmes baseados nessa história do King. Na minha opinião esse filme original segue sendo o melhor já produzido.

Pablo Aluísio.

Bonecos da Morte

Título no Brasil: Bonecos da Morte
Título Original: Puppet Master
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Empire Pictures
Direção: David Schmoeller
Roteiro: Charles Band
Elenco: Paul Le Mat, William Hickey, Irene Miracle, Jimmie F. Skaggs, Matt Roe, Andrew Kimbrough

Sinopse:
Um mestre na construção de bonecos descobre na década de 1930 uma fórmula do Egito antigo que consegue animar os seus objetos de madeira. Depois que eles ganham vida, o mestre horrorizado decide tirar sua própria vida. Décadas depois os bonecos são descobertos em um velho depósito, dando origem a novas tragédias.

Comentários:
A história desse filme de terror dos anos 80 foi escrita pelo especialista Charles Band. Ele acertou no alvo. Usando de bonecos realmente assustadores o filme não precisa de muita coisa para desenvolver ótimos sustos. Curiosamente esse "Puppet Master" acabou ficando muito popular no Brasil por causa das inúmeras reprises no SBT. Inclusive o filme, para surpresa geral, chegou a ser exibido no horário da tarde onde seguramente assustou muitas crianças desavisadas! Os programadores do canal certamente não tinham muita noção do que estavam exibindo. No quadro geral é um dos bons filmes do gênero lançado nos anos 80. O roteiro também usa um pouco do humor, mas sem estragar o potencial do horror. Um filme muito bom, para se ter também na coleção. Quem curtiu terror nos anos 80 certamente vai se lembrar!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

O Mercador de Veneza

Título no Brasil: O Mercador de Veneza
Título Original: The Merchant of Venice
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Avenue Pictures, UK Film Council
Direção: Michael Radford
Roteiro: Michael Radford
Elenco: Al Pacino, Joseph Fiennes, Jeremy Irons. Lynn Collins, Zuleikha Robinson, Kris Marshall

Sinopse:
Filme com roteiro baseado na obra escrita por William Shakespeare. Na história um mercador de Veneza do século XVI se vê numa situação terrível ao ter que pagar a um credor uma série de dívidas. Ele aceita outra forma de pagamento, mas o que exige é moralmente condenável.

Comentários:
Um filme como esse simplesmente não poderia ser ruim. Há três maravilhosos atores em cena (Al Pacino, Joseph Fiennes e Jeremy Irons) e um roteiro com diálogos tirados diretamente da obra imortal de William Shakespeare. A produção é elegante e não atropela o que o filme tem de melhor, sua história e as linhas de diálogo, devidamente interpretadas com todo o talento de seu elenco. Nessa história Shakespeare fez uma crítica e uma crônica contra o poder da cobiça e da ganância, onde seres humanos também deixam transparecer seu preço. Se tudo tem um preço no mercado, as pessoas também terão seu preço. So´que isso, obviamente, é uma deslize moral sem proporções. Em suma, temos aqui um belo filme, uma aula de alta cultura.

Pablo Aluísio.