sexta-feira, 22 de abril de 2022

O Mercador de Veneza

Título no Brasil: O Mercador de Veneza
Título Original: The Merchant of Venice
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Avenue Pictures, UK Film Council
Direção: Michael Radford
Roteiro: Michael Radford
Elenco: Al Pacino, Joseph Fiennes, Jeremy Irons. Lynn Collins, Zuleikha Robinson, Kris Marshall

Sinopse:
Filme com roteiro baseado na obra escrita por William Shakespeare. Na história um mercador de Veneza do século XVI se vê numa situação terrível ao ter que pagar a um credor uma série de dívidas. Ele aceita outra forma de pagamento, mas o que exige é moralmente condenável.

Comentários:
Um filme como esse simplesmente não poderia ser ruim. Há três maravilhosos atores em cena (Al Pacino, Joseph Fiennes e Jeremy Irons) e um roteiro com diálogos tirados diretamente da obra imortal de William Shakespeare. A produção é elegante e não atropela o que o filme tem de melhor, sua história e as linhas de diálogo, devidamente interpretadas com todo o talento de seu elenco. Nessa história Shakespeare fez uma crítica e uma crônica contra o poder da cobiça e da ganância, onde seres humanos também deixam transparecer seu preço. Se tudo tem um preço no mercado, as pessoas também terão seu preço. So´que isso, obviamente, é uma deslize moral sem proporções. Em suma, temos aqui um belo filme, uma aula de alta cultura.

Pablo Aluísio.

9 comentários:

  1. O Mercador de Veneza
    The Merchant of Venice
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Esse filme é muito bom. Da pra ver que o mundo não mudou nada nos últimos 400 anos quando se trata da sordidez humana.

    ResponderExcluir
  3. Não mudou nada mesmo... e parece que piorou e muito...

    ResponderExcluir
  4. Pablo:
    Por essa peça do Shakespeare, escrita a tantos anos, mais tudo que sabemos do modo de vida dos judeus desde os tempos de Jacó e José, passando por Jesus Cristo, não há certo fundamento no pensamento antissemita?

    ResponderExcluir
  5. Não! Simplesmente porque essa mentalidade é fundada em preconceito e todo preconceito é condenável. Essa forma de pensar é generalizante, coloca todos no mesmo nível. Em todo grupo humano há boas e más pessoas. Não se deve condenar todos de forma geral.

    ResponderExcluir
  6. Sem dúvida Pablo que um preconceito não deve servir de base pra se odiar um povo, e muito menos fazer o que fez o Hitler os matando aos milhões.
    O que eu quis dizer foi mais baseado no fato que há muito tempo, se acusa os judeus de várias falhas, e isso é quase um mantra. Só diminui nos últimos anos por conta de ter se tornado ofensa grave falar contra judeus depois da tragédia da segunda guerra mundial.
    Eu só me lembrei que desde que me conheço por gente, ouço essas insinuações pejorativas contra os judeus vindo de todos tipos de fontes e como diz aquele aforisma brasileiro "a voz do povo é a voz de Deus", achei curioso que isso tenha vindo a tona até numa peça teatral que se passa no século 14, ou seja, bem antes do nazismo ter sido imposto com sua filosofia nefasta.

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  8. Há um ressentimento histórico perigoso contra os judeus. E isso se deve em parte ao Novo Testamento que deixa nas entrelinhas que os judeus foram responsáveis pela morte de Jesus. Eu tive contato recentemente com estudos envolvendo antigos textos escritos por sacerdotes e rabinos, escritos mais ou menos lá pelo século III e IV que descrevem Jesus como feiticeiro, bruxo, mentiroso, enganador, bastardo e outros xingamentos. Quem escreveu o Novo Testamento tinha rixa com os judeus de sua época e vice versa. Eles viviam brigando e se ofendendo. De um lado os novos cristãos, do outro os judeus. Isso passou para o texto e pode ser considerado uma raiz desse sentimentos contra o povo judeu. É uma questão histórica complexa.

    ResponderExcluir