quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Marcas da Violência

Eu sempre considerei o diretor David Cronenberg um ótimo cineasta. Ele sempre se saiu muito bem em filmes como "A Mosca", uma ficção de terror. mas ao mesmo tempo mostrou ter ótimo talento para filmes mais violentos, filmes de pura ação. Veja o caso desse "Marcas da Violência". O filme conta uma história interessante. Tom Stall (Viggo Mortensen) parece ser um homem comum. Ele trabalha na pequena lanchonete de uma cidadezinha. Um cara simples que não chama a atenção. Uma noite chega na lanchonete um grupo de criminosos. E eles partem para a violência contra Tom. Esse reage imediatamente e para surpresa de todo mundo manda aqueles bandidos para o inferno. Mas como isso seria possível? Ele demonstrou uma habilidade fora do comum em sua reação. Será que ele é apenas esse pacato que todos pensavam ou ele tem um passado escondendo algo a mais?

Ed Harris interpreta um cara misterioso. Cego de um olho, vestindo um terno preto, ele parece saber bem mais sobre Tom. Será que o nome dele não seria Joey? Pois é, um filme muito bom, extremamente violento, mas ao mesmo tempo com um roteiro muito bem estruturado. E o elenco é excelente também. Além de Harris como o bandido que vem acertar contas, o filme ainda apresenta William Hurt em papel secundário, mas não menos importante. Enfim, filmão, recomendado para quem gosta de filmes de ação com bons roteiros.

Marcas da Violência (A History of Violence, Estados Unidos, 2005) Direção: David Cronenberg / Roteiro: Josh Olson / Elenco: Viggo Mortensen, Ed Harris, William Hurt, Maria Bello / Sinopse: Um homem de boas maneiras torna-se um herói local por meio de um ato de violência, que gera repercussões que abala sua família e o meio social onde vive.

Pablo Aluísio.

Presente de Grego

Essa expressão "Presente de Grego" é bem criativa. Como se sabe os gregos deram um belo cavalo de madeira para os troianos. Eles ficaram felizes pelo presente, coisa boa! Só que dentro do cavalo havia um exército para exterminar todos eles. Então deu para entender o que significa um presente de grego, não é mesmo? Uma grande cilada na verdade. Não, esse filme aqui obviamente não é sobre a guerra de Troia. O que temos é na realidade uma boa comédia, com toques de suave drama, envolvendo a talentosa atriz Diane Keaton. Ela interpreta uma executiva de Nova Iorque que sempre priorizou a carreira profissional ao invés de afundar em um casamento qualquer. Ela sempre teve uma visão bem racional do que queria e aí... de repente... o que acontece? Ela se vê com obrigações de cuidar de um bebezinho de colo! Uma completa saia justa e uma situação que ela definitivamente não estava esperando. Mais do que isso, algo que ela sempre evitou, um futuro que não queria de jeito nenhum.

Aliás uma das coisas que mais atrapalharam a vida profissional da Diane Keaton foi aquele longo e conturbado relacionamento com Woody Allen. A partir do momento que ela se viu livre disso sua carreira começou a despontar, com ótimas películas. Coincidência? Penso que não! O diretor neurótico muitas vezes sabotava a carreira dela. Ela queria fazer um filme, ele dizia que não, que era melhor não aceitar, etc... Parecia sabotá-la no cinema. Com Allen fora de quadro ela finalmente começou a brilhar sozinha. Brilho próprio aliás nunca lhe faltou.

Presente de Grego (Baby Boom, Estados Unidos, 1987) Direção: Charles Shyer / Roteiro: Nancy Meyers, Charles Shyer / Elenco: Diane Keaton, Sam Shepard, Harold Ramis / Sinopse: J.C. Wiatt (Diane Keaton) é uma executiva bem sucedida de Nova Iorque que de repente descobre que uma parente distante lhe deixou um baby para ela cuidar! E agora, como ela vai conciliar seu trabalho com o trabalho de cuidar de uma criança?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Antes Só do que Mal Acompanhado

Comédia adorável dos anos 80 que até hoje surpreende pelo calor humano envolvido em seu roteiro. O interessante é que quando o filme começa você fica pensando que vai assistir apenas a mais uma comédia como tantas outras estreladas pelo Steve Martin, aqui tendo como coadjuvante o talentoso John Candy. Mas não, essa é apenas a camada externa envolvida. No fundo se trata de um filme sobre um homem solitário que apenas quer um lugar, digamos, mais caloroso (do ponto de vista emocional) para passar o dia de ação de graças. Aliás, os anos 80 foram excelentes também em relação a filmes desse estilo. Foi uma década rica em filmes sobre adolescentes, juventude e também sobre feriados em geral, reuniões familiares, etc...

Outro aspecto digno de nota vem da boa interpretação do comediante John Candy. Eu me lembro que tive um baita susto quando soube de sua morte, ainda bem jovem (aos 43 anos de idade) em 1994. Partiu tão cedo dessa vida e nem teve a oportunidade devida para explorar todo o seu talento não apenas como comediante, mas também como ator em filmes mais sérios, como dramas. Algo a se lamentar realmente. Ao lado de Steve Martin nessa produção ele conseguiu uma bela química, uma dupla que deu muito certo em cena. E o que falar de John Hughes? Esse foi um dos cineastas mais legais que já passaram por Hollywood. Outro que deixou saudades e também partiu cedo demais.

Antes Só do que Mal Acompanhado (Planes, Trains & Automobiles, Estados Unidos, 1987) Direção: John Hughes / Roteiro: John Hughes / Elenco: Steve Martin, John Candy, Laila Robins / Sinopse: Neal Page (Steve Martin) tenta chegar de todas as formas em sua casa para os feriados, mas nada parece dar certo. Seu voo é cancelado, ele não consegue viajar de trem e tenta até mesmo alugar um carro para chegar a tempo. E acaba conhecendo um vendedor de cortinas para banheiro, um sujeito simpático que vai lhe fazer companhia nessa viagem desastrada.

Pablo Aluísio.

Morte ao Rei

Durante mais de mil anos a monarquia sobrevive na Inglaterra. Historicamente porém houve um breve período em que a nação se tornou uma república. Foi quando o revolucionário Oliver Cromwell venceu as tropas do rei, tomando o poder. Ao lado de um general chamado Thomas Fairfax, ele tencionava encerrar definitivamente a monarquia naquele país. Quando o filme começa o Rei já está derrotado. E a partir daí começam as divergências. Cromwell queria decapitar o monarca. Fairfax, que vinha de uma família da antiga nobreza, resistia a essa ideia. Para ele o Rei deveria ser devidamente julgado, mas não condenado à morte, tudo em nome da tradição.

O filme é muito bem produzido, com boa reconstituição de época. Não há grandes batalhas e nem a guerra entre os revolucionários e a monarquia é mostrada. A dramaticidade nasce mesmo do choque de ideias entre o líder da revolução e seu principal general. Eles tinham visões opostas sobre o que iria determinar o futuro da Inglaterra. Historicamente falando o povo inglês não gostava muito de Cromwell, principalmente depois que ele tomou o poder e se revelou um tirano, matando pessoas sem o devido julgamento legal. Isso talvez explique porque logo após sua morte a monarquia inglesa foi restaurada, estando no trono até os dias de hoje. Aquele que depõe uma monarquia acusando-a de tirana e logo após se torna ele próprio um tirano não merecia mesmo ter o apoio do povo.

Morte ao Rei (To Kill a King, Inglaterra, Alemanha, 2003) Direção: Mike Barker / Roteiro: Jenny Mayhew / Elenco: Tim Roth, Dougray Scott, Rupert Everett, Olivia Williams, / Sinopse: Após derrotar as tropas leais ao Rei Charles I, o revolucionário Oliver Cromwell quer ir além, ele quer a decapitação do monarca, mas encontra resistência vinda de seus próprios aliados na revolução.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O Segredo do Meu Sucesso

Título no Brasil: O Segredo do Meu Sucesso
Título Original: The Secret of My Success
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr.
Elenco: Michael J. Fox, Helen Slater, Richard Jordan, Margaret Whitton, John Pankow, Christopher Murney

Sinopse:
Brantley Foster (Michael J. Fox) é um jovem ambicioso que tenta subir na carreira, no mundo corporativo de Nova Iorque. Para isso ele planeja uma arriscada jogada, que pode inclusive também beneficiar sua vida amorosa.

Comentários:
O grande sucesso comercial no cinema para o ator Michael J. Fox veio através da trilogia "De Volta Para o Futuro". Depois disso ele nunca mais alcançou o mesmo Êxito comercial na venda de ingressos para as salas de cinema. Esse filme aqui foi lançado ainda pegando carona no sucesso de Robert Zemeckis e até que fez uma boa bilheteria, faturando algo em torno de 160 milhões de dólares. Nada mal para Michael J. Fox que era apenas um jovem na época. Ele fazia sucesso também na TV, na série "Caras e Caretas" que inclusive foi exibida na Rede Globo, no fim da tarde em uma programação chamada "Sessão Comédia". Com isso Fox estava mesmo na crista da onda. "O Segredo do Meu Sucesso" é um bom filme, um de seus bons momentos nos anos 80. Tem um roteiro interessante que mantém o interesse. E foi assinado por Herbert Ross que vinha de um grande sucesso, o musical "Footloose - Ritmo Quente" com Kevin Bacon. Enfim, todos os elementos pareciam estar no lugar certo, um filme ideal para os jovens dos anos 80.  Hoje em dia funciona bem como uma mera sessão nostálgica para quem viveu aquela década.

Pablo Aluísio.

Jornada nas Estrelas IV

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas IV - A Volta para Casa
Titulo Original: Star Trek IV: The Voyage Home
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Leonard Nimoy
Roteiro: Steve Meerson, Peter Krikes, Harve Bennett, baseados nos personagens criados por Gene Roddenberry
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, George Takei, James Doohan, Walter Koenig

Sinopse:
Uma força alienígena desconhecida que vaga pelo universo durante o século XXIII, chega até o planeta Terra. Diante do caos, a federação dos planetas resolve enviar a U.S.S. Enterprise para o passado, em San Francisco, no ano de 1986, para investigar as raízes do problema. Ao que tudo indica há uma estreita relação entre as baleias (no futuro estão extintas) e as forças do universo que chegam até o nosso mundo. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Donald Peterman), melhor som, melhor música original (Leonard Rosenman) e melhores efeitos especiais.

Comentários:
Certamente um dos melhores filmes da série Star Trek original.  Além do bom humor, o filme tem uma mensagem ecológica muito bem desenvolvida e inteligente. As baleias e o risco de sua extinção ganham o devido espaço em um roteiro extremamente bem elaborado, como sempre foi regra em se tratando de filmes dessa franquia. Dizem que os bons filmes de "Star Trek" no cinema sempre foram os de número par (II, IV e VI) e os ruins os de número ímpar (I, III e V). Faz até sentido se formos comparar os filmes. O que vale porém no final das contas é a bonita mensagem ecológica envolvendo as baleias e sua preservação. O roteiro até surtiu efeitos positivos na época, nos anos 80, pois pouco tempo depois a pesca das baleias foi proibida em várias partes do mundo, coroando ainda mais os méritos dessa produção. Outro ponto digno de nota é a transposição dos personagens do futuro para o presente (entenda-se o presente da época do filme, ou seja, os anos 80). O cerebral Spock tendo que lidar com aqueles jovens fãs de Michael Jackson e do "Break" rendeu algumas boas piadas. Por fim vale elogiar o trabalho de direção de Leonard Nimoy, aqui provando mais uma vez que além de um bom ator, era igualmente um cineasta talentoso.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de agosto de 2021

Friday Night Lights

Assisti essa série na íntegra, do primeiro ao último episódio. E não foi curta, com 5 temporadas que foram exibidas entre os anos de 2006 a 2011. Nos Estados Unidos fez bastante sucesso de audiência, mas no Brasil, como era esperado, passou quase despercebida. A razão é até simples de explicar pois "Friday Night Lights" explorava o mundo do futebol americano estudantil, algo que não despertava nenhum interesse entre os brasileiros já que a NFL e suas categorias de base eram solenemente ignoradas por grande parte do público no Brasil. E olha que os roteiros não se resumiam ao esporte, nada disso, havia um ótimo desenvolvimento de todos os personagens, mas nem assim a série ganhou destaque em nosso país.

"Friday Night Lights" nada mais era do que uma adaptação para a TV do filme "Tudo Pela Vitória". O curioso é que eu assisti a série primeiro, gostei muito e quando fui ver o filme já não achei grande coisa. A série é´muito superior ao filme que lhe deu origem, em um caso sui generis nesse tipo de adaptação televisiva - geralmente os filmes são bem melhores. De qualquer forma deixo a dica para quem nunca viu. Se não estou enganado a série ainda chegou a ser exibida brevemente pelo SBT, mas por pouco tempo. Melhor é conferir as temporadas em serviços de streaming para acompanhar todos os episódios que devem ser vistos em sequências pois a série tem uma linha cronológica bem clara e organizada.

Friday Night Lights (Friday Night Lights, Estados Unidos, 2006 - 2011) Direção: Jeffrey Reiner, Michael Waxman, entre outros / Roteiro: Peter Berg, Buzz Bissinger, entre outros / Elenco: Kyle Chandler, Connie Britton, Taylor Kitsch, Minka Kelly, Jesse Plemons, Aimee Teegarden, / Sinopse: A série conta a história de um treinador de futebol americano que disputa com seu time um importante torneio, de onde serão escolhidos os melhores atletas para disputarem a cobiçada liga NFL, do esporte profissional.

Pablo Aluísio.

Mephisto

Excelente filme! A história se passa na Alemanha. O ator Hendrik Höfgen (Klaus Maria Brandauer) é considerado um profissional provinciano, até que decide se mudar para Berlim, para tentar subir na carreira. Na nova cidade ele começa a fazer sucesso interpretando Mefistófeles na peça Fausto de Goethe. Ator talentoso, logo começa a desfrutar da fama. Porém tudo isso acontece no exato momento em que o Partido Nazista toma o poder na Alemanha. Logo começam a desaparecer artistas, autores e pessoas envolvidas com o mundo teatral alemão. Hendrik Höfgen consegue escapar da perseguição nazista aos profissionais da cultura ao mesmo tempo em que vai se tornando mais e mais importante dentro do cenário cultural. Com a morte dessas pessoas os espaços vão ficando vagos e Höfgen passa a ocupar cargos cada vez mais importantes, até que se torna diretor do grande teatro nacional de Berlim, um posto de grande prestígio.

Ele se alia a um general nazista e vai se consolidando no meio de um dos regimes mais brutais da história. O roteiro assim cria um paralelo bem claro entre o personagem que o ator interpreta (Mefistófeles) e o verdadeiro pacto que ele faz com o Diabo na vida real, vendendo sua alma aos nazistas. O interessante é que no passado Hendrik Höfgen apresentava grande interesse pela arte bolchevique. Era um homem de esquerda. Com a subida dos nazistas ao poder ele imediatamente se torna um entusiasta do nazismo, tudo por conveniência e oportunismo. Um dos maiores destaques desse ótimo filme é a interpretação do ator Klaus Maria Brandauer. Ele se entrega como poucos e fica realmente assustador com a maquiagem branca de Mephisto. Em suma, ótimo momento do cinema alemão, aqui revirando a tumba daqueles que se aproveitaram do nazismo como escada social e profissional, usando da loucura ideológica daqueles dias, ainda que ignorando a morte de milhões de inocentes.

Mephisto (Mephisto, Alemanha, 1981) Direção: István Szabó / Roteiro: Péter Dobai, István Szabó, baseados no livro escrito por Klaus Mann / Elenco: Klaus Maria Brandauer, Krystyna Janda, Ildikó Bánsági / Sinopse: O ator de teatro Hendrik Höfgen (Klaus Maria Brandauer) se aproveita da tomada do poder pelo Partido Nazista para subir na vida, se tornando um ator de sucesso, comandando a arte em Berlim durante o III Reich. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.

Pablo Aluísio. 

sábado, 31 de julho de 2021

Narcos - Segunda Temporada

Narcos - Segunda Temporada
Gostei bastante da primeira temporada da série "Narcos". Agora começo a conferir a segunda temporada. No final do último episódio da temporada anterior, o traficante internacional Pablo Escobar era cercado pelo exército na sua prisão particular "La Catedral". Como ele iria escapar de um cerco daqueles? Claro que haveria uma maneira. Essa segunda temporada começa a partir dessa sua fuga. Essa temporada contou com 10 episódios que chegaram originalmente na Netflix em setembro de 2016. Abaixo irei comentando cada episódio, conforme os for assistindo. Acompanhe a lista!

Narcos 2.01 - Free at Last

Pablo Escobar finalmente chega em sua casa onde reencontra sua mãe, sua esposa e seus filhos. Ele conseguiu fugir do cerco do exército colombiano, na verdade formado por um grupo de militares bem mixuruca. Para se ter uma ideia na noite de sua fuga ele chegou a encontrar uma patrulha do exército, os encarou de frente e abriu passagem por entre eles. Os jovens soldados tiveram medo de enfrentá-lo, eis toda a verdade. Um bando de covardes de farda! De volta à liberdade ele passa a usar um táxi velho, acima de qualquer suspeita, para reorganizar seu cartel. Visita seus comparsas, manda deslocar seus laboratórios de cocaína e acerta contas com quem o traiu enquanto estava preso. E a viúva de uma de suas vítimas ousa enfrentá-lo pelo comando do tráfico de Medellin. Uma péssima ideia mesmo! Pablo até pensa em abrir negociações novamente com o governo da Colômbia, mas acaba assistindo pela TV um pronunciamento do presidente afirmando com todas as letras que não mais negociará com o criminoso. A guerra está declarada! / Narcos 2.01 - Free at Last (Estados Unidos, 2016) Direção: Gerardo Naranjo / Roteiro: Chris Brancato, Carlo Bernard, Doug Miro / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.02 - Cambalache
Pablo Escobar está livre e cometendo crimes. Manda matar inclusive várias prostitutas. Seus homens não sabem ao certo qual delas teria sido a informante. Na dúvida matam todas. Isso demonstra bem o grau de violência e insanidade que existia em sua quadrilha. De outro lado Escobar foge por um triz de uma batida policial em uma de suas casas isoladas. O governo americano manda um novo embaixador linha dura para a Colômbia, novos agentes, ex-membros da CIA, tudo com o objetivo de achar e prender Pablo Escobar. Só que dessa vez ele consegue fugir. E depois se vinga, matando policiais fardados a esmo por todas as cidades. Na visão de Escobar a batida policial em sua casa foi uma declaração de guerra do governo contra ele. E na guerra, em sua visão, vale tudo! / Narcos 2.02 - Cambalache (Estados Unidos, 2016) Direção: Gerardo Naranjo / Roteiro: Chris Brancat / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.03 - Our Man in Madrid
Pablo Escobar nunca brincou em serviço. O novo comandante das operações policiais contra ele tem feito estragos. Invadindo laboratórios de refinamento de cocaína, matando seus homens, um caos generalizado. Então Escobar decide dar o troco. Elabora um plano, uma armadilha. Planta uma informação falsa, mostrando que ele estaria indo visitar seu contador pessoal. Os policiais - inclusive os agentes americanos do DEA - ficam sabendo onde ele vai estar, mas é tudo falso. Do que se trata? Ora, se trata de uma emboscada. Os homens de Pablo Escobar, fortemente armados, esperam os policiais passarem por uma rua estreita e abrem chumbo contra eles. Morrem todos. Escobar inclusive faz questão de devolver a tal bala que o comandante mandou para ele, através de um menino pobre. Com a bala, Escobar finalmente explode a cabeça de seu algoz militar. O manda para o inferno, sem nem piscar. Fim de papo. Inimigo eliminado. / Narcos 2.03 - Our Man in Madrid (Estados Unidos, 2016) Direção: Andrés Baiz / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.04 - The Good, the Bad, and the Dead
Nesse episódio Pablo Escobar se vinga, justamente do militar que foi escolhido a dedo pelo presidente colombiano. Qual era o problema? Ele havia mandado uma bala de presente através de um menino para Escobar? E havia dito que aquela bala seria do mesmo calibre que mataria o narcotraficante? Pois então Escobar acaba armando uma emboscada para ele. O plano dá certo. E os policiais são fuzilados em uma pequena ruela da cidade. No último minuto Escobar surge com a mesma bala. Coloca em seu revólver e dispara contra a cabeça do tal caçador. O dia em que a caça matou o caçador. / The Good, the Bad, and the Dead (Estados Unidos, 200 ) Direção: / Roteiro: / Elenco: (Estados Unidos, 2016) Direção: Andrés Baiz / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal.

Narcos 2.05 - The Enemies of My Enemy
Esse episódio é interessante porque revela que no auge do desespero para capturar Pablo Escobar os agentes do DEA aceitaram até mesmo fazer um "acordo de colaboração" com outros traficantes colombianos. Nada oficial, claro, tudo na base da palavra, por baixo dos panos. Como policiais eles não poderiam ultrapassar certas barreiras, mas os bandidos rivais de Escobar poderiam facilmente burlar os limites legais, como por exemplo, entrar em um laboratório do cartel de Escobar e matar todo mundo ou então arrancar informações dos homens de Escobar através de torturas. É a tal máxima que diz que o inimigo do meu inimigo também pode ser meu amigo. É isso aí, na guerra contra as drogas valia tudo (ou quase tudo!). / Narcos 2.05 - The Enemies of My Enemy (Estados Unidos, 2018) Direção:  Josef Kubota Wladyka Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.06 - Los Pepes
Para Pablo Escobar a baixa da guarda poderia ser fatal. Não poderia haver deslizes em sua segurança. Ainda mais com um grupo chamado Los Pepes agindo, matando seus homens. E o deslize vem de sua mãe. Ela insiste que quer ir até a missa na noite de Natal. E mesmo sem autorização de Pablo Escobar ela vai. O resultado? Los Pepes localiza a mansão onde Pablo se esconde. E eles chegam com armamento pesado, abrindo fogo pesado. Os familiares de Escobar só se salvam por um verdadeiro milagre. E ele decide se vingar, manda atacar a festa de casamento de um dos chefões do Cartel de Cali. A guerra agora fica declarada. Pablo Escobar precisa lidar não apenas com os policiais colombianos, mas também com os Los Pepes, com os americanos do DEA e os inimigos do Cartel de Cali. Sobreviver a tantos inimigos passa a ser quase impossível. / Narcos 2.06 - Los Pepes (Estados Unidos, 2016) Direção: Josef Kubota / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, edro Pascal. 

Narcos 2.07 - Deutschland 93
Pressionado pelo grupo rival que se auto denomina "Los Pepes", Pablo Escobar decide que sua família deve ir embora do país. Afinal eles não são acusados de crime nenhum e podem viajar como qualquer outro colombiano, sem problemas legais. Sua esposa, seus dois filhos e sua mãe viajam para a Alemanha. Pablo Escobar quer eles distantes da guerra violenta que se aproxima. Só que quando chegam em Frankfurt são barrados pelas autoridades alemãs, que afinal estavam bastante pressionados pelo governo americano. A intenção seria deixar os familiares de Escobar na Colômbia, tudo para aumentar a pressão sobre o narcotraficante internacional. Pablo Escobar fica tão furioso com essa situação que começa a promover uma série de atentados a bomba pelo país, inclusive um deles sendo feito bem perto da residência presidencial. Civis, mulheres e crianças são mortos. Desse ponto em diante não há mais retorno. / Narcos 2.07 - Deutschland 93 (Estados Unidos, 2016) Direção: Josef Kubota Wladyka / Roteiro: Chris Brancato, Carlo Bernard / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal.

Narcos 2.08 - Exit El Patrón
É inegável que a partir de um determinado momento o narcotraficante Pablo Escobar também virou um terrorista infame. Ele explode bombas em lugares como escolas, matando inocentes, crianças inclusive. Um horror! E conforme o cerco ia se fechando, com Los Pepes e o próprio governo e sua força policial, tudo ia ficando ainda pior, com Escobar em uma escalada de violência que parecia não ter fim. Nesse episódio ele usa uma antiga amante para passar um rádio amador, para se comunicar com sua esposa que está em um hotel cercado por policiais. O destino de moça é horrível. Ela é morta e seu corpo é exposto para a mulher de Pablo ver tudo. Tática de terror usado pelos Los Pepes. A violência realmente não tinha limites / Narcos 2.09 - Exit El Patrón (Estados Unidos, 2016) Direção: Gerardo Naranjo / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.09 - Nuestra Finca
Pablo Escobar está arruinado. O grupo Los Pepes matou vários de seus homens de confiança. Agora ele foge para não ser morto. Acaba indo parar numa fazendinha que pertence ao seu pai. O velho, um homem do campo trabalhador e honesto, não vê o filho com bons olhos. Nos primeiros dias eles convivem pacificamente, mas logo estão jogando desaforos um na cara do outro. Pablo diz que seu pai vive uma vidinha medíocre. O velho responde dizendo que tem vergonha do filho por ele ser um assassino. O clima fica péssimo e Escobar decide ir embora na calada da noite. Antes manda Limón ir atrás de uma pequena fortuna enterrada ali por perto. Só que para azar de Escobar o dinheiro, que ficou longo tempo debaixo do chão, simplesmente apodreceu! / Narcos 2.09 - Nuestra Finca (Estados Unidos, 2016) Direção: Andrés Baiz / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal. 

Narcos 2.10 - Al Fin Cayó!
E assim chegamos ao episódio final da série "Narcos". E como termina essa série? Não poderia ser de outro jeito, mostrando a morte de Pablo Escobar, alvejado enquanto tentava fugir em cima de um telhado. Antes disso ele é retratado como um homem acuado, preso, ou melhor dizendo escondido, em um pequeno apartamento. Curiosamnete em seus últimos dias ele decide deixar o medo um pouco de lado e sai para caminhar nas ruas, romar um sorvete. Há uma cena curiosa onde ele reencontra e conversa com seu querido primo Gustavo que naquela altura já havia falecido. Enfim, um ótimo desfecho para uma série que qualifico tranquilamente como excelente, uma das melhores séries que assisti nesses últimos anos. Deixo aqui meus aplausos a todos os que trabalharam em "Narcos". / Narcos 2.10 - Al Fin Cayó! (Estados Unidos, 2016) Direção:     Andrés Baiz / Roteiro: Chris Brancato / Elenco: Wagner Moura, Boyd Holbrook, Pedro Pascal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

The Crown - Quarta Temporada

The Crown - Quarta Temporada
Essa quarta temporada está sendo uma das mais bem sucedidas em termos de audiência. A razão é até simples de entender. Nessa temporada surge a figura da princesa Diana, além de enfocar os anos em que a primeira-ministra da Inglaterra foi Margaret Hilda Thatcher, uma das pessoas mais influentes dentro da política da década de 1980. Some-se a isso o surgimento da questão do IRA (Exército Republicano Irlandês) e você entenderá bem que o contexto histórico é dos melhores. Como já é tradicional nessa série, a temporada conta com 10 episódios que irei comentando, conforme for assistindo. Segue abaixo os reviews dos episódios.

The Crown 4.01 - Gold Stick
Nesse primeiro episódio da quarta temporada temos o surgimento de Thatcher, Diana e o do IRA. Pela primeira vez na história a Inglaterra tem uma primeira-ministra. E não é pouca coisa. Conhecida como a "Dama de Ferro" ela marcou como poucas a política inglesa, sendo também uma figura central na geopolítica internacional. Também aqui temos a primeira aparição de Diana. Quando o Príncipe Charles a viu pela primeira vez ela era apenas uma adolescente, fantasiada para uma peça teatral na escola. Charles, que tinha intenções de namorar sua irmã mais velha acaba se interessando pela garota. E outro ponto de destaque vem dos primeiros ataques terroristas do IRA, onde uma das vítimas é justamente uma pessoa ligada à própria família real. Os irlandeses entraram no jogo político em busca da independência de sua nação. Um ótimo episódio inicial, dando o pontapé para essa temporada que promete muito. / The Crown 4.01 - Gold Stick (Inglaterra, 20 ) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.02 - The Balmoral Test
Antes de comentar o episódio em si, deixo aqui uma curiosidade. Foi apenas nesse segundo episódio da temporada que eu me toquei que a atriz que interpretava a primeira-ministra Thatcher é Gillian Anderson (sim, a agente do FBI Scully de Arquivo X). Com essa maquiagem e esse cabelo armado dos anos 80, realmente não havia percebido quem era. Pois bem, nesse episódio a família real vai passar alguns dias de descanso no castelo de Balmoral, na Escócia, um lugar tradicional para caçadas e encontros familiares. E pela primeira vez Margaret Thatcher é convidada. Ela acha tudo um horror. Os membros da família real são esnobes, rudes e frívolos (isso em seu ponto de vista). Melhor se sai a jovenzinha Diana Spencer (interpretada pela linda atriz Emma Corrin). Ela não apenas se dá bem com todos da família real como também se torna a favorita deles para Charles se casar. E assim começa uma longa história que conhecemos muito bem. / The Crown 4.02 - The Balmoral Test (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan, Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Helena Bonham Carter, Gillian Anderson, Josh O'Connor, Emma Corrin. 

The Crown 4.03 - Fairytale
Diana vai vivendo seus últimos dias de solteira. Ela acaba sendo escolhida pelo Príncipe Charles para ser sua esposa, se casar com ela, gerar herdeiros para o trono. Só que nem tudo são flores e contos de fadas para a jovem princesa. Ela logo descobre que Charles tem obsessão por uma mulher que foi sua paixão no passado. Embora seja casada com outro homem, Charles não consegue esquecer dela. E para surpresa de Diana essa mulher é mais presente na vida de Charles do que ela poderia supor. Uma dessas paixões sem explicação que fazem homens como Charles perderem completamente a razão, o bom senso e o racionalismo. O conto de Fadas (Fairytale) vai logo perdendo o encanto. / The Crown 4.03 - Fairytale (Inglaterra, 2020) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Josh O'Connor, Emma Corrin.

The Crown 4.04 - Favourites
A Inglaterra está prestes a entrar na Guerra das Malvinas. Os argentinos entram nas ilhas sem permissão e colocam os ingleses para fora, violando todos os tratados internacionais. A primeira-ministra, em um primeiro momento, nem presta muita atenção no que está acontecendo. Ela está mais preocupada com o filho que desapareceu no meio do deserto durante o Rally Paris-Dakar. Uma expedição de busca é organizada para localizar o rapaz. E enquanto tudo isso acontece a Rainha decide se encontrar com cada um de seus quatro filhos. Ela quer saber como está a vida deles e também descobrir qual seria o seu favorito depois que seu marido dizer que sim, ela tinha um favorito. / The Crown 4.04 - Favourites  (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Josh O'Connor, Emma Corrin.

The Crown 4.05 - Fagan
Esse episódio conta uma história inacreditável, que parece mentira, mas que aconteceu realmente. Um sujeito comum, um homem da classe trabalhadora inglesa, entrou dentro do quarto da Rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, em Londres. O mais curioso é que quando assisti ao episódio me lembrei imediatamente desse curioso fato. Sim, porque os jornais da época noticiaram muito essa "invasão". Mostrava bem como era fácil chegar na Rainha. A segurança do Palácio de Buckingham deixava muito a desejar realmente. Nesse episódio também é mostrado as comemorações da vitória da Inglaterra na guerra das Malvinas. Olha, nesse ponto a série errou um pouco. Penso que esse conflito contra a Argentina deveria ter sido muito mais aproveitado dentro dos episódios da temporada. / The Crown 4.05 - Fagan (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.06 - Terra Nullius
Esse episódio relembra a viagem que Charles e Diana fizeram para a Austrália em 1983. Essa viagem teve duas realidades distintas. Para o público australiano foi um sucesso fenomenal. O povo daquele país amou Diana, seu carisma, seu cuidado com o filho, herdeiro do trono e tudo mais. Porém também foi uma viagem de crise conjugal. Charles simplesmente não conseguia esquecer Camila e isso gerava mais e mais stress, conflitos, brigas. E o pior é que o povo australiano não gostava de Charles, mas apenas de Diana, o que elevou ainda mais os problemas. E também havia a questão de saúde da princesa Diana. Sofrendo de aneroxia e bulimia, ela não conseguia mais se controlar. Excelente episódio que resgata o grande sucesso popular e de mídia das aparições públicas de Diana. Ela foi um fenômeno popular sem precedentes. / The Crown 4.06 - Terra Nullius (Inglaterra, 2020) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Josh O'Connor (Charles), Emma Corrin (Diana), Olivia Colman (Elizabeth II). 

The Crown 4.07 - The Hereditary Principle
Você sabia que dentro da família real inglesa há casos de doença mental? É justamente isso que esse episódio revela. E não é apenas um caso isolado, mas seis deles. Duas primas diretas da rainha Elizabeth II se encontravam internadas secretamente em uma instituição para doentes mentais nos arredores de Londres. Eram filhas de seu tio materno, mas tudo acabou sendo escondido pois a família real não poderia arcar com um escândalo em suas mãos. As pobrezinhas foram abandonadas nessas instituições e dadas como mortas nos livros de genealogia da família real da Inglaterra. Até me lembrou o caso de uma irmã do presidente americano JFK que também foi internada em um hospício depois de sofrer lobotomia. Tudo escondido. Nem as famílias ricas e poderosas escapam do estigma da doença mental. Um ótimo episódio que me rendeu certa reflexão sobre a fragilidade da vida humana, mesmo que você venha a ter sangue azul da nobreza! / The Crown 4.07 - The Hereditary Principle (Inglaterra, 2020) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.08 - 48:1
Como a monarquia inglesa reagiu ao regime racista do Apartheid? Esse episódio é muito esclarecedor na procura pela resposta a essa pergunta. A Rainha Elizabeth II achava aquele regime da África do Sul um verdadeiro horror. Ele tinha uma opinião bem firme sobre isso. E justamente nesse ponto que ela entrou em atrito com a Primeira-Mnistra Margaret Thatcher que defendia a tese de que a Inglaterra não deveria impor qualquer tipo de sanção para a África do Sul, uma vez que esse país era um importante parceiro comercial internacional dos ingleses. Entretanto o tempo demonstrou que a razão estava mesmo com a Rainha. Um regime como aquele não poderia continuar, como não continuou. Um episódio da série que mostra bem o lado mais humano e ético da soberana inglesa. Muito bom! / The Crown 4.08 - 48:1 (Inglaterra, 2020) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham.  

The Crown 4.09 - Avalanche
Até assistir a essa série eu não tinha a real percepção de como o casamento de Charles e Diana era problemático. Ele não conseguia esquecer a tal de Camila e ela, por sua vez, abandonada e negligenciada, começou a colecionar amantes de todos os tipos, desde militares da guarda (foi apaixonada por um major) até mesmo um simples segurança. O plebeu aqui, pelo visto, se deu bem. Nesse episódio o evento mais marcante é uma grande avalanche que ocorreu na Suíça, justamente quando Charles estava esquiando com um casal de amigos. Por sorte ele conseguiu sobreviver sem maiores danos. Já o casamento... esse já estava mais do que danificado. Estava condenado mesmo! / The Crown 4.09 - Avalanche (Estados Unidos, 2020) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Josh O'Connor. 

The Crown 4.10 - War
Agora é... guerra! Último episódio da quarta temporada. E como termina "The Crown"? O casamento de Charles e Diana continua péssimo. Eles mal se falam e quando se encontram geralmente é tudo feito aos berros, aos gritos. Ele tem uma amante, ela tem vários amantes. E quando a família real se encontra para o Natal o clima é o pior possível. A rainha Elizabeth II fica até mesmo fugindo dos dois pois não aguenta mais suas brigas conjugais. O acontecimento mais forte desse episódio porém vem da queda da primeira-ministra Margaret Thatcher. A dama de ferro perde o apoio de seu próprio partido, o conservador. E assim também perde o posto tão cobiçado que ocupou por mais de uma década. A despedida da rainha é marcante e chorosa. Mesmo condecorada ela sente muito. Foi o fim do auge de sua carreira política. / The Crown 4.10 - War (Inglaterra, 2020) Direção:     Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter.

Pablo Aluísio.