segunda-feira, 28 de junho de 2021

FBI: Most Wanted

Mais uma série policial que chegou nas telas americanas, no caso aqui no canal aberto CBS. Não adianta ficar muito animado porque a tirar do primeiro episódio temos aqui mais uma série sem maiores inovações. Para falar a verdade ela surge em um formato bem genérico, apostando naquela velha fórmula que já conhecemos bem. O protagonista é um agente do FBI que vai atrás dos criminosos mais procurados dos Estados Unidos. É curioso porque esse argumento já havia sido utilizado em uma antiga série policial na TV, mas isso foi há muitos anos, na década de 1950.

No primeiro episódio aqui o procurado da lista é um médico inescrupuloso que vende receitas médicas falsas para viciados em drogas prescritas. Aliás isso é muito mais comum do que se pensa. Não raro quando lemos a biografia de astros e estrelas de Hollywood do passado (como Elvis Presley e Judy Garland) encontramos essas figuras sombrias que decidem vender receitas médicas em troca de dinheiro, muito dinheiro. Ao que tudo indica não é de hoje que médicos estão à venda, receitando medicamentos para doenças que não existem, apenas para que seus pacientes fiquem chapados com toda essa química. Enfim é isso. Intitulada no Brasil de "FBI: Os Mais Procurados", essa nova série me soou como mais do mesmo. Sem novidades. Tudo já foi visto antes em séries bem melhores do que essa.

FBI: Os Mais Procurados (FBI: Most Wanted, Estados Unidos, 2020) Direção: Ken Girotti, Jim McKay / Roteiro: Rene Balcer, Craig Turk / Elenco: Julian McMahon, Kellan Lutz, Roxy Sternberg / Sinopse: A série acompanha um grupo de agentes do FBI cuja missão é encontrar e prender os criminosos mais procurados da América.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Aventura Sangrenta

Título no Brasil: Aventura Sangrenta
Título Original: The Far Horizons
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Pine-Thomas Productions
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Della Gould Emmons, Winston Miller
Elenco: Fred MacMurray, Charlton Heston, Donna Reed, Barbara Hale, William Demarest, Eduardo Noriega

Sinopse:
Após comprar o território da Louisiana, o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Thomas Jefferson, decide enviar uma expedição de exploração e reconhecimento daquelas terras. Os militares são comandados pelo capitão Meriwether Lewis (MacMurray) e pelo tenente William Clark (Heston). Na jornada eles encontram tribos nativas prontas para a guerra.

Comentários:
Esse filme retrata os primórdios da conquista do Oeste, ainda em uma fase bem primitiva da história. Para se ter uma ideia a expedição Lewis / Clark foi provavelmente a primeira a entrar em contato com muitas das nações indígenas que viviam no oeste selvagem. O pretexto oficial de catalogar e reconhecer o vasto território da Louisiana era apenas parte da missão. Os militares iriam também para o Oeste, em busca da conquista da outra costa. A intenção era chegar até o Oceano Pacífico para reinvidcar todas as aquelas terras habitadas pelos índios americanos. O roteiro porém não se resume a isso. Ele também desenvolve muito bem a delicada relação pessoal entre os dois comandantes da expedição. Eles tinham disputado a mesma mulher antes da viagem e essa tensão continuava em alta durante a viagem rumo ao Oeste. E a situação piorava muito quando Clark decidia se envolver com uma bonita nativa chamada Sacajawea (interpretada pela atriz Donna Reed). Como se já não fosse insulto suficiente roubar a mulher que ele era apaixonado, o tenente ainda arranjava uma amante nativa no meio do caminho. Era muito ofensivo, na visão de Lewis. Enfim, grande filme, ótimo entretenimento e de quebra o espectador ainda conhece um capítulo importante da história dos Estados Unidos, naquele momento ainda uma jovem nação.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

O Grande Ditador

Charles Chaplin fez esse filme para ridicularizar o ditador alemão Adolf Hitler, como todos sabemos. Entretanto há dois contextos históricos importantes sobre essa produção. Ele foi realizada antes dos Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial. Naquele momento ainda havia um posicionamento do governo americano de não se envolver naquela guerra na Europa. Por essa razão não foram poucos os que atacaram Chaplin por causa da forma nada sutil que ele ironizava a figura completamente absurda do líder nazista. Outro ponto a se destacar é que Chaplin e o mundo não tinham conhecimento ainda do holocausto que estava acontecendo nos campos de concentração. Depois quando tudo foi revelado Chaplin ficou tão chocado que disse numa entrevista que se soubesse dessa realidade não teria feito humor em cima de algo tão trágico.

De qualquer maneira "O Grande Ditador" teve um grande papel naquele momento histórico. Hitler, com sua retórica de ódio e violência, havia capturado toda uma nação e estava começando a invadir outros países. A perseguição aos judeus e a ideologia racista já eram uma realidade palpável, só não se sabia ainda da tal solução final, em que os nazistas exterminavam judeus em seus fornos de alta pressão. Algo terrível. Em seu bem elaborado roteiro Chaplin procurava expor o fato inegável de como esses ditadores eram figuras ridículas e cruéis. Era uma denúncia em forma de humor, contra esse tipo de fascista tão perigoso para o mundo. E nesse aspecto acabou fazendo um dos filmes mais importantes da história do cinema.

O Grande Ditador (The Great Dictator, Estados Unidos, 1940) Direção: Charles Chaplin / Roteiro: Charles Chaplin / Elenco:  Charles Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie / Sinopse: O filme conta a história de dois homens que são fisicamente muito parecidos. Um deles é o megalomaníaco ditador da Tomania chamado Hynkel. O outro é um modesto barbeiro, um homem do povo, um trabalhador judeu. E os caminhos de ambos acabam se cruzando no meio de um caos político que se abate sobre aquela nação.

Pablo Aluísio. 


Barbarella

Para um jovem dos dias atuais esse filme vai parecer bem estranho, com visual kitsch. Porém é inegável que essa produção de Sci-Fi lisérgico e psicodélico dos anos 60 fez muito a cabeça daqueles garotos que a assistiram pela primeira vez. O curioso é que para gostar e entender completamente "Barbarella" deve-se olhar para o passado e não para o futuro onde supostamente seu enredo se passa. Isso porque tudo nesse filme nos remete aos anos 60 mesmo. Desde os figurinos, cabelos, o estilo do roteiro, etc. Como eu já escrevi essa ficção está mais para uma viagem de ácido lisérgico do que para uma viagem espacial em um futuro não determinado. Assim esses astronautas não fazem muito sentido, a não ser que estivessem em uma viagem de LSD.

E qual é a história que esse filme nos conta? A jovem e bela Barbarella enfrenta um vilão cósmico que deseja destruir o universo. Clichê total, não é mesmo? Ignore, assista ao filme com o olhar da contracultura dos anos 60 e entenda sua proposta. E, como não poderia deixar de ser, aprecie a beleza da atriz Jane Fonda, bem jovem, muito bonita, em suas roupas espaciais nada tecnológicas. Ela se destacou dentro daquela geração justamente por levantar bandeiras progressistas, o que causou enormes brigas com sua famoso pai, Henry Fonda. Então é isso, fica a dica dessa viagem espacial muito louca, tudo turbinado com a mentalidade psicodélica daqueles anos revolucionários.

Barbarella (Barbarella, França, Itália, 1968) Direção: Roger Vadim / Roteiro:  Jean-Claude Forest / Elenco: Jane Fonda, John Phillip Law, Anita Pallenberg / Sinopse: Barbarella (Jane Fonda), uma astronauta do século 41, sai para encontrar e deter o cientista malvado Durand Durand, cujo Raio Positrônico ameaça trazer o mal de volta à galáxia.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Juventude Transviada

Esse filme capturou para a posteridade a essência do ator James Dean. Foi seu maior sucesso no cinema e também seu filme mais lembrado. O interessante é que o próprio James Dean jamais o assistiu. Antes do filme ficar pronto e ser lançado nos cinemas, ele morreu de um acidente de carro na estrada de Salinas na Califórnia. Tinha apenas 24 anos de idade. Com isso sua popularidade explodiu e o filme quando finalmente chegou nas salas de cinema se tornou um grande sucesso. A Warner aproveitou o trágico acidente para promover ainda mais o filme. Sim, um aspecto condenável, que no final de tudo teve sua razão de ser já que "Juventude Transviada" é sem dúvida um ótimo filme.

Pode-se dizer que o roteiro não tem um foco principal. Na realidade ele conta a história de amizade e paixão envolvendo três jovens da época (interpretados por James Dean, Natalie Wood e Sal Mineo). Eles enfrentam a barra e as crises típicas da adolescência em uma Los Angeles que mais parece uma selva para os jovens. James Dean interpreta um rebelde, mas não um rebelde ao estilo Marlon Brando. Não é um personagem explosivo ou violento. Está mais para um jovem que sofre várias crises internas, que tenta superar os traumas psicológicos dos problemas familiares e escolares. É um bom retrato, uma crônica fiel daquela geração do pós- guerra, quando os Estados Unidos viviam um ótima fase econômica. O rebelde de James Dean não tinha propriamente uma causa, a não ser encontrar-se a si mesmo.

Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, Estados Unidos, 1955) Direção: Nicholas Ray / Roteiro: Stewart Stern, Irving Shulman / Elenco: James Dean, Natalie Wood, Sal Mineo / Sinopse: Um jovem rebelde com um passado conturbado chega a uma nova cidade, encontrando amigos e inimigos. Filme indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante (Sal Mineo), melhor atriz coadjuvante (Natalie Wood) e melhor roteiro (Nicholas Ray).

Pablo Aluísio.

Vidas Amargas

Pode ser considerado o primeiro filme de James Dean, mesmo ele tendo aparecido em pequenas participações em três filmes anteriores. Esse é o primeiro filme em que ele realmente teve a oportunidade de mostrar seu talento como ator. Nos filmes anteriores ele tinha poucas linhas de diálogos e em alguns deles era um mero figurante. Porém em "Vidas Amargas" o diretor Elia Kazan resolveu apostar naquele jovem ator de Indiana, dando a maior oportunidade de sua carreira até então. E Dean não decepcionou, atuando de forma brilhante em seu papel, a de um jovem com problemas familiares que ousava trazer à tona um segredo sobre sua mãe que poderia destruir sua família.

O roteiro foi baseado no best-seller escrito pelo autor John Steinbeck. Entretanto Kazan decidiu que só iria explorar a parte inicial da história contada no livro. Ele acreditava que a força dramática do livro se concentrava justamente em seus primeiros capítulos. Não interessava ao cineasta o desenrolar daqueles primeiros acontecimentos. E assim foi feito. O resultado ficou excepcional. Aliás é interessante notar como James Dean já encarnava nesse seu primeiro grande papel a figura do jovem rebelde, encucado e confuso, que não era bem visto nem mesmo por seu pai, um tipo conservador indigesto, que a despeito de ser um homem duro com os filhos, usava tudo como mera desculpa para torturar psicologicamente o filho de que não gostava, justamente o personagem de Dean. Em conclusão, "Vidas Amargas" é uma obra-prima da sétima arte. Grande filme  de James Dean e Elia Kazan, em momento inspirado de suas carreiras.

Vidas Amargas (East of Eden, Estados Unidos, 1955) Direção: Elia Kazan / Roteiro: Paul Osborn, Elia Kazan, inspirados no livro escrito por John Steinbeck / Elenco: James Dean, Raymond Massey, Julie Harris, Burl Ives, Richard Davalos, Jo Van Fleet / Sinopse: Nas vésperas da explosão da I Guerra Mundial, um jovem chamado Cal Trask (James Dean) descobre um grande segredo envolvendo o passado de sua família. E ele não deixará isso passar em branco, usando tudo para atingir seu rígido pai e seu irmão, considerado um jovem modelo na cidade onde vive. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Jo Van Fleet). Também indicado nas categorias de melhor ator (James Dean), melhor direção (Elia Kazan) e melhor roteiro adaptado.

Pablo Aluísio. 


segunda-feira, 21 de junho de 2021

Espíritos Indômitos

Título no Brasil: Espíritos Indômitos
Título Original: The Men
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Fred Zinnemann
Roteiro: Carl Foreman
Elenco: Marlon Brando, Teresa Wright, Everett Sloane, Jack Webb, Richard Erdman, Arthur Jurado

Sinopse:
Ken Wilocek (Marlon Brando) é um jovem americano que se alista no exército dos Estados Unidos. Uma vez no front é seriamente ferido com um tiro. Quando é tratado descobre a terrível realidade, pois o tiro fez com que perdesse os movimentos de sua pernas. Nessa nova condição tenta recomeçar sua vida, apesar de todas as dificuldades físicas e psicológicas que precisará enfrentar. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro (Carl Foreman).

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira do ator Marlon Brando no cinema. E sua estreia se deu em grande estilo. Dirigido pelo ótimo cineasta Fred Zinnemann, o personagem de Brando dava voz a milhares de de veteranos que iam para a guerra e voltavam para sua pátria com problemas físicos graves. Alguns ficavam presos em cadeiras de rodas pelo resto de suas vidas. Era sem dúvida um tema muito humano, importante e relevante, em uma época em que Hollywood retratava os soldados apenas como heróis de guerra em filmes que muitas vezes fantasiava o que acontecia de verdade em um campo de batalha. E muitos desses homens que voltavam com sequelas eram abandonados pelo próprio governo e pelo exército. Brando, que sempre teve grande sensibilidade social, conviveu e contracenou com veteranos reais, que estavam vivendo em cadeiras de rodas. Uma experiência que o marcou por toda a vida. E o filme em si é considerado até hoje uma obra-prima da sétima arte. Um retrato visceral dos danos que uma guerra poderia causar em jovens com toda uma vida pela frente, agora limitados por ferimentos de combate.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de junho de 2021

Os Três Mosqueteiros

Título no Brasil: Os Três Mosqueteiros
Título Original: The Three Musketeers
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Richard Lester
Roteiro: George MacDonald Fraser
Elenco: Michael York, Oliver Reed, Raquel Welch, Richard Chamberlain, Christopher Lee, Geraldine Chaplin, Frank Finlay,

Sinopse:
Baseado na clássica obra da literatura escrita por Alexandre Dumas, o filme "Os Três Mosqueteiros" conta a história do jovem D'Artagnan (Michael York) que sonha um dia se tornar um dos mosqueteiros do rei. Só que antes disso ele precisará provar sua honra e sua destreza com uma espada. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de melhor direção de arte, melhor figurino, direção de fotografia e melhor edição.

Comentários:
Essa versão cinematográfica dirigida pelo talentoso Richard Lester segue sendo, ainda nos dias de hoje, uma das melhores versões da obra de Dumas para o cinema. E isso vem não apenas da boa fidelidade ao texto original, como também da opção do diretor em contar essa conhecida história sem deixar de lado seu aspecto mais precioso, o sabor de aventura e entretenimento das antigas matinês. A produção também é acima da média, com ótima reconstituição histórica. E celebrando ainda mais essa excelente qualidade o filme ainda contava com um elenco de astros e estrelas do cinema da época. Afinal onde mais você encontraria uma reunião de grandes nomes da atuação como Christopher Lee, Geraldine Chaplin e Michael York? A atriz Raquel Welch acrescenta também muito com sua beleza. Eu me recordo que assisti a esse filme pela primeira vez no Supercine, sessão de cinema da Rede Globo nos sábados à noite, ainda nos anos 80. Gostei bastante. É um excelente filme.

Pablo Aluísio.

A Vingança de Milady

Título no Brasil: A Vingança de Milady
Título Original: The Four Musketeers
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Lester
Roteiro: George MacDonald Fraser
Elenco: Michael York, Raquel Welch, Oliver Reed, Christopher Lee, Geraldine Chaplin, Faye Dunaway

Sinopse:
Após D'Artagnan (York) finalmente se tornar um mosqueteiro, ele se junta aos seus amigos mosqueteiros Athos, Aramis e Porthos para defender a nova rainha dos planos de dominação do maquiavélico Cardeal Richelieum, que cobiça o trono real ao lado da Milady de Winter. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (Yvonne Blake e  Ron Talsky).

Comentários:
Em um tempo em que Hollywood não produzia muitas sequências (elas eram bem raras para dizer a verdade), o filme "Os Três Mosqueteiros" ganhou essa continuação, que foi lançada exatamente um ano depois do primeiro filme entrar em cartaz. Toda a equipe técnico e o elenco foi reunido novamente para esse novo filme. O tom é bem mais leve do que o primeiro, inclusive com a opção do roteiro em apostar muitas vezes no humor. Claro que não é melhor do que o filme original, mas até que tem seus méritos cinematográficos, entre eles a valorização maior das personagens femininas da história. Outro aspecto interessante é que essa mesma equipe de filmagem seria reunida novamente, alguns anos depois, para a produção de "Superman II", também com direção de Richard Lester. Era uma continuação, para muitos melhor até mesmo que o primeiro filme "Superman" de 1978. O Richard Lester era craque nesse tipo de filme.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de junho de 2021

Vítor ou Vitória?

Título no Brasil: Vítor ou Vitória?
Título Original: Victor Victoria
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Blake Edwards, Hans Hoemburg (
Elenco: Julie Andrews, James Garner, Robert Preston, Lesley Ann Warren, Alex Karras, ohn Rhys-Davies

Sinopse:
Na década de 1930 a atriz e cantora Victoria Grant (Julie Andrews) precisa se travestir de homem para conseguir trabalho nos palcos e fazer sucesso. E aos poucos, seu disfarce vai sendo descoberto. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música original (Henry Mancini e Leslie Bricusse).

Comentários:
A peça teatral musical que deu origem ao roteiro desse filme foi escrita na década de 1930, na Alemanha. Após fazer sucesso acabou sendo proibida e censurada pelo nazistas quando esses chegaram ao poder. Por isso o diretor Blake Edwards fez questão de dirigir essa adaptação tardia. E seu esforço resultou em um excelente musical, o último grande filme nesse estilo da carreira da atriz Julie Andrews. Você pode até não gostar do estilo dela como cantora ou como atriz, porém será inegável reconhecer seu talento. Julie foi mesmo um talento único em Hollywood, sendo a última grande estrela musical do cinema, em uma fase em que esse gênero, tão consagrado no passado, vivia já seu período de decadência artística e comercial. Ela conseguiu, praticamente sozinha, revitalizar o musical em uma série de filmes bem sucedidos. E por esse trabalho nessa produção teve uma merecida indicação ao Oscar de melhor atriz. Em minha opinião deveria ter vencido. Por essa razão deixo a indicação desse excelente "Vítor ou Vitória?", uma obra de arte que venceu até mesmo o ódio da ideologia nazista.

Pablo Aluísio.