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segunda-feira, 27 de março de 2023

Tempos Modernos

Título no Brasil: Tempos Modernos
Título Original: Modern Times
Ano de Lançamento: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Charles Chaplin Productions
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford, Chester Conklin, Stanley Blystone

Sinopse:
Carlitos (Charles Chaplin) arranja emprego em uma fábrica de peças industriais. Na linha de montagem descobre que está perdendo aquilo que lhe é mais precioso: sua humanidade. A série de atos repetitivos o transformam quase em uma máquina. Apenas o amor de sua amada poderá resgatar sua alma e seus ricos sentimentos humanos. 

Comentários:
Esse filme é considerado uma das grandes obras-primas de Chaplin. Aqui ele centra seu foco nas condições sub-humanas que os operários de grandes fábricas eram submetidos na época. Seu personagem, o eterno Carlitos, sente na pele como seria desgastante passar horas e mais horas fazendo a mesma coisa, parafusando máquinas, repetindo tudo à exaustão. Quando o filme foi lançado Chaplin declarou: "As condições dos operários é a pior possível. Eles não são máquinas, são seres humanos e seus direitos devem ser respeitados!". Além de sua mensagem de apoio à classe trabalhadora o filme também se notabilizou por ter sido o primeiro filme falado de Chaplin. Ele teve que se render a uma nova realidade no cinema, mas aproveitou para fazer humor com isso também. Quando Carlitos abre finalmente a boca para falar e cantar, tudo o que sai dela são palavras sem o menor sentido. Com essa cena Chaplin quis passar o recado de que o cinema mudo era a verdadeira essência da sétima arte. O cinema falado era algo que ele realmente não tinha o menor apreço. Enfim "Tempos Modernos" é um grande clássico da história do cinema. Mais uma obra de arte cinematográfica assinada pelo gênio Charles Chaplin. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

O Grande Ditador

Charles Chaplin fez esse filme para ridicularizar o ditador alemão Adolf Hitler, como todos sabemos. Entretanto há dois contextos históricos importantes sobre essa produção. Ele foi realizada antes dos Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial. Naquele momento ainda havia um posicionamento do governo americano de não se envolver naquela guerra na Europa. Por essa razão não foram poucos os que atacaram Chaplin por causa da forma nada sutil que ele ironizava a figura completamente absurda do líder nazista. Outro ponto a se destacar é que Chaplin e o mundo não tinham conhecimento ainda do holocausto que estava acontecendo nos campos de concentração. Depois quando tudo foi revelado Chaplin ficou tão chocado que disse numa entrevista que se soubesse dessa realidade não teria feito humor em cima de algo tão trágico.

De qualquer maneira "O Grande Ditador" teve um grande papel naquele momento histórico. Hitler, com sua retórica de ódio e violência, havia capturado toda uma nação e estava começando a invadir outros países. A perseguição aos judeus e a ideologia racista já eram uma realidade palpável, só não se sabia ainda da tal solução final, em que os nazistas exterminavam judeus em seus fornos de alta pressão. Algo terrível. Em seu bem elaborado roteiro Chaplin procurava expor o fato inegável de como esses ditadores eram figuras ridículas e cruéis. Era uma denúncia em forma de humor, contra esse tipo de fascista tão perigoso para o mundo. E nesse aspecto acabou fazendo um dos filmes mais importantes da história do cinema.

O Grande Ditador (The Great Dictator, Estados Unidos, 1940) Direção: Charles Chaplin / Roteiro: Charles Chaplin / Elenco:  Charles Chaplin, Paulette Goddard, Jack Oakie / Sinopse: O filme conta a história de dois homens que são fisicamente muito parecidos. Um deles é o megalomaníaco ditador da Tomania chamado Hynkel. O outro é um modesto barbeiro, um homem do povo, um trabalhador judeu. E os caminhos de ambos acabam se cruzando no meio de um caos político que se abate sobre aquela nação.

Pablo Aluísio. 


sexta-feira, 26 de maio de 2017

A Porta de Ouro

Título no Brasil: A Porta de Ouro
Título Original: Hold Back the Dawn
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mitchell Leisen
Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder
Elenco: Charles Boyer, Olivia de Havilland, Paulette Goddard, Victor Francen, Walter Abel, Rosemary DeCamp
  
Sinopse:
O playboy franco-romeno Georges Iscovescu (Charles Boyer) decide se mudar para os Estados Unidos. O problema é que como imigrante ele só receberá o Green Card se conseguir se casar com uma americana. E assim ele o faz, se casando com Emmy Brown (Olivia de Havilland). Georges pretende retornar aos braços de sua querida Anita Dixon (Paulette Goddard), também estrangeira na América, mas acaba sendo pego pelo destino ao se apaixonar por Emmy.

Comentários:
Comédia de costumes com toques românticos que acabou se tornando um inesperado grande sucesso de público e crítica. Só para se ter uma ideia da ótima receptividade que esse filme teve na época basta relembrar que ele conseguiu seis indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Olivia de Havilland), Melhor Roteiro Adaptado (Charles Brackett e Billy Wilder), Melhor Fotografia em Preto e Branco (Leo Tover), Melhor Direção de Arte (Hans Dreier e Robert Usher) e Melhor Música (Victor Young). O filme só não venceu o Oscar naquele ano porque realmente havia filmes excepcionais concorrendo. O grande vencedor do prêmio da noite acabou sendo "Como era Verde o meu Vale", o clássico imortal de John Ford. Outro concorrente? "Cidadão Kane"! Era mesmo impossível vencer nessa premiação! De qualquer forma as indicações já foram vitórias diante de tantos concorrentes maravilhosos. Sobre o filme em si não há nada a criticar. O roteiro é bem sofisticado, com situações e diálogos excepcionalmente bem escritos. Billy Wilder, no começo de carreira, já demonstrava todo o seu talento nesse roteiro. O elenco também é acima da média. Além da classe tipicamente francesa de Charles Boyer, havia ainda duas estrelas de cinema que marcaram a história de Hollywood, Olivia de Havilland e Paulette Goddard, ambas bem inspiradas em cena. Assim deixamos a dica desse clássico do humor mais sofisticado e do romantismo mais elegante. Bons tempos que não voltam mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de junho de 2006

Legião de Heróis

Título no Brasil: Legião de Heróis
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft

Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.

Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!

Pablo Aluísio.