sexta-feira, 30 de abril de 2021

Yellowstone - Segunda Temporada

Yellowstone - Segunda Temporada
O ator Kevin Costner pediu um aumento substancial em seu cachê para essa segunda temporada. Por isso a produção dos episódios de uma segunda temporada ficaram suspensos por alguns meses. Valores acertados, os episódios começaram a ser produzidos. Dessa vez foram rodados 10 episódios, uma a mais do que a primeira temporada. Foram exibidos inicialmente no canal a cabo Paramount entre os meses de maio a agosto de 2019. Segue abaixo reviews dos episódios já assistidos.

Yellowstone 2.01 - A Thundering
Primeiro episódio da segunda temporada com vários acontecimentos interessantes. Os cowboys do rancho acabam arranjando uma briga no bar. O pau quebra e eles são quebrados. Para vingar o grupo volta lá, mas dessa vez para soltar um touro dentro do estabelecimento. Conforme os caras saem correndo do bar encontram os cowboys com tacos de beisebol para arrebentar a cara deles! Outro momento divertido vem com o Cowboy Poker. O que é isso? Simples, todos ficam no meio de um curral com cartas de poker. Então um touro bravo é solto. O último a sair da mesa vence o jogo! Quem quer jogar? Por fim uma revelação: John Dutton não está com câncer, mas sim com um úlcera perfurada! Pois é, a série foi renovada para algumas temporadas. Não dava para matar o protagonista logo agora! / Yellowstone 2.01 - A Thundering (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.02 - New Beginnings
O foco desse episódio é todo em cima de Kayce. O pai quer que ele assuma as rédeas do rancho, mas a realidade é que ele não é muito respeitado pelos cowboys que na verdade são comandados por Rip, o durão que manda em todos. E aí surge a necessidade de decidir quem manda no pedaço. Claro, ao estilo de Montana e do oeste, tudo passa a ser resolvido com os punhos. Eles quebram o pau para ver quem é que manda de verdade. O coronel John Dutton (Kevin Costner) assiste a tudo e não interfere. Em sua opinião aquela briga era algo que deveria acontecer mesmo. Só assim seu filho ganharia o devido respeito para mandar no rancho. E que vença o melhor, o que último a ficar em pé. / Yellowstone 2.02 - New Beginnings (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation  
Construir um novo cassino e hotel de luxo em Montana pode despertar muitos inimigos, inclusive pessoas infiltradas no Estado que podem colocar tudo a perder. John Dutton (Kevin Costner) continua tendo problemas com os filhos. O seu filho que desejava concorrer ao cargo de procurador geral, mas isso não era o desejo de seu pai que começou uma série de boicotes contra sua candidatura. Ele tentou resistir por um tempo, mas nesse episódio finalmente jogou o chapéu, desistiu de seus planos. È o velho patriarcado rural onde a vontade do pai é uma ordem, sem direito a nenhuma contestação. / Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.04 - Only Devils Left  
John Dutton (Kevin Costner) tem novos problemas. Parte de seu rebanho morre. Alguém jogou uma comida mortal para o seu gado. Quem foi? John tem quase certeira de onde partiu esse golpe, mas precisa de provas robustas. E os policiais, pelo visto, fazem corpo mole. Seu filho acaba entrando na força policial, de forma temporária, mas em um rancho próximo se envolve na morte de um rapaz. Ele não o matou, só estava na cena do crime, mas claro que isso também vai virar uma nova dor de cabeça para Dutton. Enquanto tudo isso acontece a implantação do novo cassino nas terras dos nativos segue de vento em popa. Quem vai conseguir parar tudo aquilo? / Yellowstone 2.04 - Only (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy
Rip e Beth tiveram um caso adolescente, quem diria. Isso é mostrado no episódio através de um flashback, com ambos jovens, dando o primeiro beijo de suas vidas! Olha que lindo! Só que Beth cresceu e acabou virando aquela mulher amarga que conhecemos. Enquanto isso seu irmão vai até a casa do empresário que quer colocar novos cassinos na região para um acerto de contas. O Pau quebra, mas tudo fica indefinido. Ele nega que tenha matado o gado de Yellowstone. A melhor cena do episódio porém é aquela que mostra uma disputa divertida entre os cowboys do rancho. Um novato entra, só para perder muito dinheiro! / Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.06 - Blood the Boy  
Logo no começo do episódio o personagem de Kevin Costner diz para seu filho que ele vai para Harvard, uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos. O pai deseja que seu filho se torne advogado. E assim é feito. Os anos passam e Jamie já é um advogado. O pai pede que ele processe uma mulher que está o difamando, assim como a revista que está divulgando tudo. Só que Jimmie perde o controle quando a encontra no meio do nada. Ele acaba matando ela! E aí tudo começa a ser encoberto, como se ela tivesse morrido afogada em um dos rios da região. Mas será que algo assim vai colar? Complicado... Bom episódio, inclusive na cena final quando o personagem de Costner leva seu neto para matar o primeiro animal nos bosques. Uma cena simbólica, sem sombra de dúvidas. / Yellowstone 2.06 - Blood the Boy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly; 

Yellowstone 2.07 - Resurrection Day 
Esse episódio é extremamente violento. E a violência acontece quando Beth é atacada em seu própiro escritório por dois brutamontes. Ela só não é morta porque Rip, o cowboy por quem ela sempre teve uma queda, a salva no último momento, mesmo sendo baleado pelos criminosos. O sangue vai jorrar da tela, pode ter certeza. Pelo lado mais ameno John Dutton (Costner) decide presentear seu neto com um cavalo. E por fim ele acaba salvando seu filho mais velho Jamie. Ele tira o rifle das mãos do rapaz que estava pensando em se matar com um tiro na boca. Tudo por causa do crime que cometeu ao matar aquela advogada no meio do parque nacional. A vergonha e o remorso o levou a esse ato de desespero extremo. / Yellowstone 2.07 - Resurrection Day (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.   

Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey
Algumas vezes a situação fica tão complicada que apenas uma decisão extrema pode ser tomada. É bem isso que John Dutton muito bem sabe. Ele quer se vingar das pessoas que deram uma surra brutal em sua querida filha (isso apesar dela ser uma verdadeira serpente, uma cobra venenosa). Ele sabe que mais cedo ou mais tarde os responsáveis vão ter que pagar e ele sabe quem fez aquele ato brutal. O pior é que seus inimigos não possuem limites, eles cogitam até mesmo pegar seu neto, fragilizando a posição da criança naquele vespeieo. E quando um vigilante é morto,durante a madrugada, o veterano rancheiro percebe que chegou a hora de agir, de uma vez por todas! / Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday
O que dizer de gente preconceituosa e escrota? Nesse episódio a nora do John Dutton sofre preconceito ao entrar em uma pequena loja de roupas. A atendente, uma loira boçal, pensa que ela está roubando a loja. E por qual motivo? Simples preconceito razial já que ela é descendente de povos nativos da região. E o que dizer de gente que rapta crianças? O neto de John Dutton desaparece de noite na fazenda, quando havia ido dar ração ao seu cavalo. É uma criança, está desaparecida e tudo pode levar a crer que inimigos da família tenham feito isso. Um horror! / Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday (Estados Unidos, 2019) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.10 - Sins of the Father
Esse episódio fecha a segunda temporada. Começa com uma cena muito tocante onde o personagem de Kevin Costner praticamente se despede do pai, um homem muito fragilizado pelo passar dos anos. Ele o abraça, no meio da imensidão de seu rancho, como que dizendo adeus ao velho homem. Depois voltamos ao presente. O episódio, intitulado "Os Pecados do Pai" vai expor toda a violência que o clã familiar pode se permitir quando um dos seus está raptado. Não sobra pedra sobre pedra. Os dois irmãos que bolaram o sequestro do garoto, neto do personagem de Costner, pagam caro por esse crime e por sua ousadia. São mortos brutalmente e o menino finalmente é resgatado. Naquele meio violento não há meio termo. Certos limites jamais podem ser cruzados pois a punição será nada mais, nada menos, do que a morte. / Yellowstone 2.10 - Sins of the Father (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

Yellowstone - Primeira Temporada

Yellowstone - Primeira Temporada
A primeira temporada da série "Yellowstone" foi exibida no canal a cabo Paramount Pictures nos Estados Unidos entre os meses de outubro a dezembro de 2018. No total foram exibidos 9 episódios nessa primeira temporada. Os resultados foram tão bons e a receptividade de crítica e público foram tão positivas que mal terminaram as exibições da primeira temporada, uma segunda foi confirmada pelos produtores. Segue abaixo os resumos dos principais episódios dessa "season".  

Yellowstone 1.01 - Daybreak  
Primeiro episódio da série onde todos os principais personagens são devidamente apresentados ao espectador. Kevin Costner, outrora um grande astro do cinema americano, parece ter migrado definitivamente para as séries de TV. Nesse primeiro episódio ele surge como seu personagem pela primeira vez. Trata-se do fazendeiro John Dutton, dono do belo rancho "Yellowstone" em Montana, estado rural dos Estados Unidos. Um bom episódio que já traz todos os elementos que irão se desenvolver ao longo de toda essa série. / Yellowstone 1.01 - Daybreak (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridanm / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.03 - No Good Horses
Terra selvagem, terra brutal. Nesse episódio somos levados a um crime no meio do deserto, quando dois homens são mortos friamente. Outro bom aspecto desse terceiro episódio vem de um longo flashback mostrando a morte da esposa de John Dutton (Kevin Costner). Cavalgando ao lado das filhas em um lugar mais distante de sua fazenda seu cavalo se assusta e cai com ela. Pior do que isso, o pesado animal cai em cima dela, o que a deixa em situação complicada. Uma das filhas sai a galope em busca de ajuda, mas quando essa chega já é tarde demais. Ela morre em decorrência dos ferimentos. Isso abre uma chaga dentro da família. A filha que não conseguiu salvá-la da morte fica com um enorme trauma psicológico por tudo o que aconteceu. Os anos passam, mas a dor pela morte da mãe fica eternamente. E é justamente na data de sua morte que ela tem um colapso mental, indo nadar nua, na frente de todos, em uma rancheria para cavalos. É a forma dela expressar seu estado melancólico, psicologicamente falando. / Yellowstone 1.03 - No Good Horses (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Paramount Network / Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly, Wes Bentley, Cole Hauser. Kelsey Asbille

Yellowstone 1.04 -The Long Black Train
Esse é o episódio em que o neto de John Dutton (Kevin Costner) cai no rio. O avô se distrai, o garoto perde o equilibrio e cai no rio de corrente forte. Claro, o desespero se espalha, mas no final das contas tudo dá certo. Não brinque com uma correnteza daquelas, fica a lição. Dentro do rancho dois cowboys começam uma briga feroz. Algo que não é permitido por Dutton. O que causou a briga acabou violando uma norma não escrita, punida com execução. Isso mesmo, o tal valentão é levado até a beira de um morro no deserto e lá mesmo leva uma bala na cabeça. Seu corpo é jogado lá embaixo! No meio daquele deserto ninguém iria descobrir mesmo o corpo, pelo menos é nisso que o capanga do rancho confia. Terra violenta, terra de brutalidade, terra de acerto de contas. Isso é Yellowstone. / Yellowstone 1.04 - The Long Black Train (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.05 - Coming Home  
John Dutton (Kevin Costner) decide enviar seu filho advogado para livrar a barra de outro filho, Kayce Dutton (Luke Grimes). Ele foi detido na reserva indígena porque está envolvido na morte de dois homens e na ocultação de seus cadáveres. E Kayce não esconde o jogo. Confessa que os matou. Eram predadores sexuais tentando estuprar uma jovem garota. Por causa de seu pai, homem rico e influente, logo deixa a delegacia, mas os problemas continuam. Pai e filho vivem sob tensão. Ele quer ser um homem independente , vivendo com sua esposa nativa. O pai adora o neto e se ressente com essa situação. Até ajuda arranjando um belo emprego para a nora numa excelente univerdiade da região, uma forma sutil de dobrar a opinião de Kacey. Outro aspecto interessante desse episódio é a forma como novos cowboys são admitidos no rancho de John Dutton. O novo empregado é recrutado na porta da prisão, só que para entrar no rancho precisa passar por um teste de fogo, literalmente, sendo marcado em ferro quente, como se fosse gado! / Yellowstone 1.05 - Coming Home (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.06 - The Remembering
A vida pode ser traiçoeira. Que o diga o rancheiro John Dutton (Kevin Costner). Ele tem problemas com os filhos. A mais velha é um poço de traumas depois que a mãe morreu. O outro é revoltado com o pai, porque esse sugeriu que ele deveria ter feito aborto na namorada, agora sua esposa. E para piorar ele encontra dificuldades de emplacar uma carreira política para o mais promissor deles. No meio disso tudo ainda sobra questões sobre sua própria saúde pois ele escondeu da família o fato de estar sofrendo de câncer, algo que pode levá-lo à morte. Nesse episódio porém o fato mais marcante é a agressão que a esposa de seu filho sofre na escola. Ela leva um murro de um aluno ao tentar apartar uma briga. Cai e bate a cabeça no cimento. Tudo parece superado até que ela perde os sentidos e desmaia. Problemas sérios à vista! / Yellowstone 1.06 - The Remembering (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us
Como diz o título original do episódio em inglês: "Há um monstro entre nós". E esse monstro tanto pode ser tanto um urso selvagem que entra no racho Yellowstone, para criar muitos problemas entre os cowboys e um grupo de turismo composto apenas por chineses, como também pode ser o câncer que começa a causar mal estar em John Dutton (Kevin Costner). São monstros diferentes, mas ambos levam à morte. Dutton faz um exame e ao que tudo indica parece bem, porém é só chegar em casa para começar a passar muito mal. Sua nora está hospitalizada, seu neto está faminto e ele precisa lidar com todos os tipos de problemas, tanto familiares como relativos ao rancho que tanto ama. Ser um proprietário rural em Montana também traz uma dose extra de dissabores. / Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1
Rip é o cowboy que atirou no urso após os turistas chineses caírem abismo abaixo. Isso causa inúmeros problemas para John Dutton (Kevin Costner). Matar um urso, um animal em extinção, em suas terras, é um crime federal. Pior é que nesse episódio ficamos sabemos mais sobre o passado de Rip. Ele matou o pai, quando ainda era jovem. Seu pai estava espancando sua mãe. Dutton o livrou da cadeia. É um sujeito que trabalha há anos em Yellowstone. E Dutton fica irado porque seu filho advogado não estava lá para defender o seu capataz. E isso gera uma grande briga, com pai destruindo a campanha do filho que sonha em ser procurador. A discussão acaba em socos e pontapés. Mais um dia como qualquer outro naquele rancho onde as desavenças são resolvidas no punho. / Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1 (Estados Unidos, 2019) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2
Esse é o último episódio dessa primeira temporada. E o que acontece por aqui? Bom, John Dutton (Kevin Costner) está sentindo o cerco se fechar ao seu lado. Processos para todos os lados, tudo para que ele venda o rancho. Seus inimigos querem as terras onde irão construir um grande hotel, com mais de 400 quartos. Então Button manda seus homens fazerem o serviço sujo. O empresário que estava pressionando a situação é colocado sobre um cavalo. No pescoço uma corda de enforcamento. Basta espantar os animais para que tudo seja consumado. Um jeito antigo de se resolver algumas desavenças por aquelas bandas selvagens. / Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2 (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

O Mandaloriano - Segunda Temporada

O Mandaloriano - Segunda Temporada
Essa série, para surpresa de muita gente, é considerada hoje a melhor coisa produzida nos últimos anos com a marca milionária "Star Wars". Enquanto os filmes no cinema derrapavam, alguns com bilheterias bem ruins, a Disney colheu os frutos do sucesso justamente com essa série, que no começo foi feita sem muitas expectativas. Hoje em dia ela é dita como a única que consegue manter a qualidade e o estilo da primeira trilogia "Guerra nas Estrelas". E de fato não há o que dizer, pois é realmente muito boa, com ótimos episódios, valorizando o espírito original de "Star Wars" que parecia estar há muito perdido. Abaixo seguem comentários sobre a segunda temporada.

O Mandaloriano 2.01 - Chapter 9: The Marshal
Nesse episódio o caçador de recompensas mandaloriano vai parar em Tatooine, o mesmo planeta onde vivia Luke Skywalker no primeiro filme, "Guerra Nas Estrelas", de 1977. Ele está em busca de ouros membros de seu clã, quando descobre que o xerife de uma pequena cidade no meio do deserto não é realmente um mandaloriano, mas apenas usa a armadura que um dia pertenceu a um verdadeiro. Eles unem forças para destruir um verme gigante, que você provavelmente vai assosiar aos monstros de "Duna". Esse episódio resgata vários personagens ou tipos do primeiro "Star Wars", entre eles o povo da areia. Os nostálgicos e saudosistas, enfim, terão um prato cheio. / O Mandaloriano 2.01 - Chapter 9: The Marshal (Estados Unidos, 2020) Direção: Jon Favreau / Roteiro: Jon Favreau/ Elenco: Pedro Pascal, Timothy Olyphant, John Leguizamo, Amy Sedaris. 

The Mandalorian 2.02 - Chapter 10: The Passenger 
Ótimo segundo episódio da segunda temporada. E quem é afinal a passageira citada no título original em inglês? Uma estranha criatura, que se assemelha a um lagarto que o Mandaloriano precisa transportar a um planeta distante. O problema é que ela carrega ovos pois pretende ao lado de seu companheiro colonizar esse novo mundo. E os ovos delas se tornam deliciosos elementos de um menu apreciado pelo Baby Yoda! De qualquer forma eles são perseguidos por dois caças das forças rebeldes e caem em um planeta gelado onde vivem estranhas aranhas gigantes. Aqui estão todos os elementos que vão fazer a festa dos fãs de "Star Wars". Gostei bastante, pura diversão! / The Mandalorian 2.02 - Chapter 10: The Passenger (Estados Unidos, 2020) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Amy Sedaris, Misty Rosas. 

The Mandalorian 2.03 - Chapter 11: The Heiress
Essa série não tem episódios ruins, só episódios excelentes. É a conclusão que vai se firmando em minha mente após assistir novos capítulos dessa ótima série. Chega a ser inacreditável perceber que nessa série se tem todos os elementos que tanto fazem falta nos filmes Star Wars para o cinema. Parece que na tela grande a magia se foi, algo que não acontece em "The Mandalorian". Pois bem, nesse episódio o Mandaloriano chega em um planeta infestado de criminosos. Quase é morto em um navio de pescadores e depois se une a um grupo de outros de seu povo para um assalto numa nave imperial que está transportando armas de guerra para o império. O que dizer? Mais um episódio realmente ótimo, com aventura, humor e muita magia (Jedi). / The Mandalorian 2.03 - Chapter 11: The Heiress (Estados Unidos, 2020) Direção:  Bryce Dallas Howard / Roteiro:  Jon Favreau, Jon Favreau / Elenco:  Pedro Pascal, Misty Rosas, Sasha Banks. 

The Mandalorian 2.04 - Chapter 12: The Siege
O Mandaloriano, acompanhado do Baby Yoda, precisam voltar a um planeta por onde já passaram antes para consertar sua nave. Depois de ser convidado para participar de uma missão com locais, ele parte em direção ao deserto, onde existe uma base abandonada pelo Império. Só que essa á uma informação errada. A base não foi abandonada. Está cheio de troppers e esconde um laboratório de experiências biológicas, ainda desconhecidas, mas claramente importantes para o desenvolvimento do enredo da série a partir daqui. Também captei nesse episódio  uma sutil referência aos experimentos dos nazistas. Sim, o Império nada mais é do que uma grande representação do que foi o regime nazista na história da humanidade. / The Mandalorian 2.04 - Chapter 12: The Siege (Estados Unidos, 2020) Direção: Carl Weathers / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Gina Carano, Carl Weathers. 

The Mandalorian 2.05 - Chapter 13: The Jedi
Quem é o Baby Yoda? Claro que esse apelido nasceu na internet e não faz parte do roteiro original da série. Pois bem, nesse episódio temos as respostas (ou parte delas). A jovem criança foi criada em um templo Jedi onde aprendeu a dominar a força. O nome da criaturinha é Grogu. E como o Mandaloriano descobre isso? Ele vai até um planeta dominado por uma tirana violenta, um lugar que poderia ser muito bucólico com suas casas ao estilo oriental. Pois nesse lugar existe uma Jedi chamada Ahsoka Tano (Rosario Dawson) que desafia essa ditadora infame. E o Mandaloriano vai até ela e descobre uma série de coisas sobre o Baby Yoda. E entre as revelações mais interessantes descobrimos que a história que é contada nessa série se passa no futuro da trilogia original Star Wars. Como sabemos disso? A própria guerreira Jedi explica ao Mandaloriano sobre um homem sábio que viveu no passado. Seu nome? Sim, o mestre Yoda. Assim temos um episódio que revela muito sobre o contexto geral dessa ótima série. Não vá perder! / The Mandalorian 2.05 - Chapter 13: The Jedi (Estados Unidos, 2020) Direção: Dave Filoni / Roteiro:  Dave Filoni, Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Michael Biehn, Rosario Dawson. 

The Mandalorian 2.06 - Chapter 14: The Tragedy
O Baby Yoda (sim, eu vou continuar chamando a criaturinha assim, mesmo sabendo que ele tem outro nome) acaba caindo nas garras do império. Mas como isso foi acontecer? Ora, o Mandaloriano leva ele até um planeta onde existe um velho templo Jedi. Talvez algum Jedi apareça com ele aí, sentindo as vibrações da força. Só que ao invés disso surge o Boba Fet em pessoa (pois é, dos filmes originais Star Wars). Ele quer a armadura que está com o Mandaloriano. Só que isso nem é o pior. Naves de tropas do Império também pousam no planeta, com o firme propósito de levar o Baby Yoda para o cruzador imperial que está em órbita. Qual seria o interesse do império em relação ao Baby Yoda? Falam nele como um doador! Doador de quê? A resposta estará certamente nos próximos episódios. / The Mandalorian 2.06 - Chapter 14: The Tragedy (Estados Unidos, 2020) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Temuera Morrison, Ming-Na Wen. 

The Mandalorian 2.07 - Chapter 15: The Believer
Que tal se passar por soldados do império, dirigindo um veículo para entrar numa base do inimigo? É justamente isso que o Mandaloriano, mais um condenado que agora ganha uma chance, fazem. Eles se disfarçam de militares do império para entrar dentro de uma base imperial. Querem informações que levem ao paradeiro do Baby Yoda. O maior destaque desse episódio é a perseguição que um grande veículo de transporte imperial sofre quando eles são atacados por verdadeiros piratas daquele distante planeta. Olha, nem nos filmes mais recentes da saga Star Wars no cinema vimos algo tão bom. Aliás verdade seja dita, em muitos momentos essa série dá mesmo um baile em todos esses filmes recentes. Os diretores de cinema deveriam aprender mais com essa série para trazer de volta o verdadeiro espírito de Star Wars. A série realmente é muito melhor. / The Mandalorian 2.07 - Chapter 15: The Believer (Estados Unidos, 2020) Direção: Rick Famuyiwa / Roteiro: Rick Famuyiwa / Elenco: Pedro Pascal, Bill Burr, Gina Carano. 

The Mandalorian 2.08 - Chapter 16: The Rescue
E assim chegamos ao final dessa série. E o que acontece no final de "O Mandaloriano"? O grupo parte em resgate do Baby Yoda que está em mãos de homens do imperador. No momento ele viaja dentro de uma nave imperial. Um resgate mais do que complicado se não fosse a presença de um Jedi" E não é qualquer Jedi, mas sim Luke Skywalker que surge ao lado de R2D2 para resgatar o pequenino. E ele enfrenta uma tropa inteira de Dark Troopers apenas com seu sabre de luz verde. Claro que os fãs de Star Wars, da trilogia original, foram à loucura! Quer algo melhor do que isso? Não tem. No final a série merece mesmo todos os nossos aplausos. / The Mandalorian 2.08 - Chapter 16: The Rescue  (Estados Unidos, 2020) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Mark Hamill.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

O Leão do Deserto

Filme que apresenta em seu elenco um formidável grupo de atores de excepcional talento dramático. Vários deles com sólida formação teatral em Shakespeare, como por exemplo, John Gielgud. Curiosamente o astro principal Anthony Quinn seria o menos qualificado em termos de currículo e formação em arte dramática nesse sentido. Ele sempre foi um ator de cinema e não de teatro. Sua escola, sendo realista, foram os filmes e não uma série de peças teatrais de literatura clássica. Porém dentro do contexto de seu personagem dentro desse filme, até que está bem adequado, pois ele interpreta um líder tribal chamado Omar Mukhtar, um homem que resiste no campo de batalha ao domínio do imperialismo italiano, representado na figura do líder fascista Benito Mussolini. Homem rude, violento, forjado na guerra contra os colonizadores europeus.

A história do filme se desenvolve nas areias escaldantes do deserto da Líbia, naquela ocasião histórica (estamos nos referindo ao ano de 1929) sendo dominada pelos imperialistas da Itália. É a velha política de colonização de nações africanas por países europeus. A velha luta entre metropóle e colônia, que tantos males, mortes e destruição trouxeram à história da humanidade. O filme, como não poderia deixar de ser, foi todo rodado no deserto do Norte da África, uma região inóspita. Por isso a equipe de filmagem encontrou todos os tipos de problemas para terminar o filme. O resultado ficou muito bom no meu ponto de vista. Não pode ser considerado um filme à altura de grandes épicos do passado nesse estilo como "Lawrence da Arábia", mas certamente estava acima da média das produções realizadas no começo da década de 1980.

O Leão do Deserto (Lion of the Desert, Estados Unidos, 1980) Direção: Moustapha Akkad / Roteiro: David Butler, H.A.L. Craig / Elenco: Anthony Quinn, Oliver Reed, Rod Steiger, John Gielgud / Sinopse: A história do filme se passa em 1929, no norte da África, na região que hoje é conhecida como Líbia. Nesse posto colonial da Itália fascista de Mussolini, um novo general é designado para conter uma série de rebeliões do povo local liderado pelo líder rebelde tribal Omar Mukhtar (Quinn).

Pablo Aluísio.

Portal do Paraíso

Até hoje o filme consta na lista dos maiores fracassos comerciais da história de Hollywood, o que não deixa de ser lamentável. Na verdade o que chegou ao público foi uma colcha de retalhos montado pelos executivos da United Artists. O que de fato aconteceu? "Portal do Paraíso" foi uma produção cara, que levou bastante tempo para ficar pronta. Quando finalmente o diretor Michael Cimino apresentou seu primeiro corte para os produtores, esses ficaram chocados. Tudo havia resultado em um filme com mais de 4 horas de duração. Inviável comercialmente para ser exibido nos cinemas da época.

Assim Cimino foi afastado e o estúdio contratou uma equipe especial para a edição de uma nova versão. Essa que chegou até nós era realmente péssima. Muitas cenas importantes foram cortadas e outras, nem tão importantes assim, ficaram. Tudo remendado, mal posicionado. Um trabalho mal feito ao meu ver. O resultado foi um filme com história confusa que foi malhado impiedosamente pela crítica e abandonado pelo público que deixou as salas de cinemas vazias. Em poucos dias o filme saiu de cartaz nos Estados Unidos e Europa. No Brasil foi exibido rapidamente em poucas salas. A péssima bilheteria quebrou financeiramente a United Artists. Um desastre completo. Uma pena porque tinha potencial para virar uma obra-prima.

Portal do Paraíso (Heaven's Gate, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists / Direção: Michael Cimino / Roteiro: Michael Cimino / Elenco: Kris Kristofferson, Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt, Mickey Rourke, Brad Dourif, Geoffrey Lewis / Sinopse: Durante a Guerra do Condado de Johnson em 1890, no Wyoming, um xerife nascido na riqueza faz o seu melhor para proteger os fazendeiros imigrantes dos ricos interesses dos pecuaristas da região..Filme indicado ao Oscar na categoria de mlehor direção de arte (Tambi Larsen e James L. Berkey).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Minari

Título no Brasil: Minari - Em Busca da Felicidade
Título Original: Minari
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos, Coreia do Sul
Estúdio: Plan B Entertainment
Direção: Lee Isaac Chung
Roteiro: Lee Isaac Chung
Elenco: Steven Yeun, Yeri Han, Alan S. Kim, Noel Cho, Darryl Cox, Esther Moon

Sinopse:
Uma família coreana se muda para os Estados Unidos em busca de um recomeço. O marido compra uma pequena propriedade rural onde pretende plantar frutas coreanas para serem vendidas aos imigrantes que moram na América, só que nem tudo acaba saindo como planejado.

Comentários:
Esse filme teve a façanha de ter sido indicado a seis categorias no Oscar 2021, vencendo em melhor atriz coadjuvante (Yuh-Jung Youn). Em meu ponto de vista foi um exagero, principalmente na categoria de melhor filme. Embora "Minari" seja até um bom filme, não consigo ver nele tantos méritos a ponto de ser colocado entre os melhores do ano. Até mesmo a premiação da atriz veterana Yuh-Jung Youn me causou uma certa perplexidade. Ela é talentosa, carismática e em muitos aspectos se torna a alma do filme, porém vamos ser bem sinceros, havia pelo menos duas outras atrizes que mereciam vencer mais do que ela. Outro problema em "Minari" é seu ritmo (ou a falta dele) no desenvolvimento da história. As coisas acontecem lentamente, o que vai deixar muito espectador com tédio, ainda mais nos dias atuais onde as pessoas estão cada vez menos propensas a encarar esse tipo de situação. Enfim, de todos os candidatos a melhor filme do Oscar desse ano que já assisti, esse foi o que menos me agradou. Não é um filme ruim, longe disso, mas é inegavelmente um exagero colocá-lo na seleta lista dos melhores do ano no Oscar.

Pablo Aluísio.

Uma Cidade Que Surge

Título no Brasil: Uma Cidade Que Surge
Título Original: Dodge City
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Robert Buckner
Elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Ann Sheridan, Bruce Cabot, Frank McHugh, Alan Hale

Sinopse:
Dodge City é uma das cidades mais violentas do velho oeste. Famosa pelos duelos de pistoleiros na rua principal, ela se torna alvo de disputas de grupos rivais, cada um querendo controlar a rica e próspera via de carregamento de gado. Wade Hatton (Errol Flynn) chega na cidade pela ferrovia para ser o novo xerife. Impor ordem e lei em um lugar conhecido justamente por não ter nenhuma das duas coisas. Sua tarefa certamente não será das mais fáceis.

Comentários:
A dupla Errol Flynn e Michael Curtiz se notabilizou pelos filmes de aventura que fizeram. Produções de capa e espada, com piratas, lendas medievais e temas semelhantes. No final da década de 1930 os executivos da Warner decidiram que era hora deles também enveredarem pelo universo dos filmes de cowboy. Também pudera, o western havia se tornado sinônimo de sucesso de bilheteria. Assim Flynn pendurou a espada, subiu em um cavalo, colocou esporas e foi dar uma de cowboy nesse "Dodge City". Sendo sincero não achei Errol Flynn muito convincente nessa película. Não era seu estilo. Ele era ótimo para representar Robin Hood, piratas do Caribe e personagens desse naipe mas homens do oeste bravio não! Isso porque Errol não parecia com um pioneiro, não tinha aquela presença rústica que esse tipo de papel exigia. Acreditar que Flynn é um ás do gatilho, um xerife da famosa Dodge City, fica complicado. Talvez Michael Curtiz também tenha entendido isso e resolveu encaixar alguns momentos de humor para combinar melhor com o sorriso irônico de Flynn. O saldo final soa meio artificial. O filme não fez o sucesso esperado e o ator voltou para seu gênero habitual. Melhor assim, afinal de contas ele nunca foi um John Wayne e nem um Randolph Scott.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Oscar 2021

Particularmente gostei bastante dessa cerimônia do Oscar. A pandemia mudou várias coisas e devo dizer que para melhor. Ao invés de todo aquele exagero (e breguice) dos anos anteriores, ontem tudo transcorreu de maneira bem mais simples, elegante, com sobriedade. O cineasta Steven Soderbergh dirigiu o show e acertou muito. Ao invés um palco imenso, optou-se por um palco pequeno, quase um tablado. Apenas os profissionais que concorriam ao Oscar (com no máximo dois acompanhantes) ocuparam as mesas. O interessante de tudo é que esse estilo, com mesas separadas, abajures elegantes e tudo mais, foi claramente inspirado na primeira noite do Oscar, em 1929 Na ocasião a entrega dos prêmios foi anunciada como um "jantar dançante".

Igualmente gostei da lista dos premiados. Não houve injustiças históricas e nem bobagens. Só ganhou quem realmente merecia ganhar. "Nomadland" foi o grande vencedor da noite. Foi premiado como melhor filme, melhor atriz (Frances McDormand, em excelente atuação) e melhor direção (para a mais do que talentosa Chloé Zhao). Todos os prêmios mais do que merecidos, em todos os aspectos. O filme é realmente muito bom, mostrando o lado mais sofrido dos Estados Unidos, com a pobreza, a falta de esperança e a adoção de uma vida nômade como meio de sobrevivência.

Anthony Hopkins venceu o Oscar de melhor ator pelo filme "Meu Pai". Eu torcia por ele, não vou negar. Quando escrevi sobre o filme disse que ele merecia o prêmio, era a melhor atuação do ano e uma das mais primorosas de toda a sua carreira. Também se tornou o ator mais velho a ser premiado, com 83 anos de idade. Não chegou a assistir à cerimônia, segundo seu agente. Quando seu nome foi anunciado, o bom e velho Hopkins estava dormindo em sua casa. Só veio a saber de seu prêmio hoje pela manhã. Ele já conquistou tudo na carreira, não precisa mais fazer média com ninguém (aliás nunca precisou!).

Youn Yuh-jung, também na terceira idade, venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo seu papel de vovó fora dos padrões no drama coreano "Minari". De fato ela é alma desse filme sobre uma família de imigrantes coreanos tentando vencer na vida nos Estados Unidos. Daniel Kaluuya venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação visceral no filme sobre os panteras negras, "Judas e o messias negro". Filmão politicamente consciente. "Druk - Mais uma rodada" o filme da Dinamarca que resenhei há poucos dias aqui no blog venceu na categoria de Melhor filme internacional. Quem diria... o diretor fez um longo discurso, logo no começa da cerimônia, o que assustou os produtores da festa pois se todo mundo seguisse seu exemplo o Oscar iria estourar seu tempo determinado pelo roteiro.

"Bela vingança", filme que anda muito elogiado, não saiu de mãos vazias. Levou o prestigiado Oscar de melhor roteiro original. O Oscar de melhor roteiro adaptado foi para "Meu pai". Ambas as premiações foram certeiras. Nada a criticar. A animação "Soul" levou dois prêmios, a de melhor trilha sonora e a de melhor animação. Justo demais. O estranho "Tenet" levou o Oscar de melhores efeitos especiais. De roteiro é que ele não iria levar de jeito nenhum pois foi um dos roteiros mais confusos dos últimos tempos. Por fim o tão badalado "Mank" que liderava em número de indicações ficou apenas no meio do caminho. Foi premiado em melhor direção de fotografia e melhor design de produção (direção de arte). A Netflix esperava por muito mais. Então é isso, um Oscar diferente, sóbrio, justo e bem realizado. Gostei de maneira em geral. 

 

Oscar 2021 - Lista de Indicados - Em negrito os VENCEDORES:

Melhor filme

    "Meu pai"
    '"Judas e o messias negro"
    "Mank"
    "Minari"
    "Nomadland"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor atriz

    Viola Davis - "A voz suprema do blues"
    Andra Day - "Estados Unidos Vs Billie Holiday"
    Vanessa Kirby - "Pieces of a woman"
    Frances McDormand - "Nomadland"
    Carey Mulligan - "Bela vingança"

Melhor ator

    Riz Ahmed - "O som do silêncio"
    Chadwick Boseman - "A voz suprema do blues"
    Anthony Hopkins - "Meu pai"
    Gary Oldman - "Mank"
    Steve Yeun - "Minari"

Melhor direção

    Thomas Vinterberg - "Druk - Mais uma rodada"
    David Fincher - "Mank"
    Lee Isaac Chung - "Minari"
    Chloé Zhao - "Nomadland"
    Emerald Fennell - "Bela vingança"

Melhor atriz coadjuvante

    Maria Bakalova - "Borat: fita de cinema seguinte"
    Glenn Close - "Era uma vez um sonho"
    Olivia Colman - "Meu pai"
    Amanda Seyfried - "Mank"
    Youn Yuh-jung - "Minari"

Melhor ator coadjuvante

    Sacha Baron Cohen - "Os 7 de Chicago"
    Daniel Kaluuya - "Judas e o messias negro"
    Leslie Odom Jr. - "Uma noite em Miami"
    Paul Raci - "O som do silêncio"
    Lakeith Stanfield - "Judas e o messias negro"

Melhor filme internacional

    "Druk - Mais uma rodada" (Dinamarca)
    "Shaonian de ni" (Hong Kong)
    "Collective" (Romênia)
    "O homem que vendeu sua pele" (Tunísia)
    "Quo vadis, Aida?" (Bósnia e Herzegovina)

Melhor roteiro adaptado

    "Borat: fita de cinema seguinte"
    "Meu pai"
    "Nomadland"
    "Uma noite em Miami"
    "O tigre branco"

Melhor roteiro original

    "Judas e o Messias negro"
    "Minari"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor figurino

    "Emma"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Mulan"
    "Pinóquio"

Melhor trilha sonora

    "Destacamento blood"
    "Mank"
    "Minari"
    "Relatos do mundo"
    "Soul"

Melhor animação

    "Dois irmãos: Uma jornada fantástica"
    "A caminho da lua"
    "Shaun, o Carneiro: O Filme - A fazenda contra-ataca"
    "Soul"
    "Wolfwalkers"

Melhor curta de animação

    "Burrow"
    "Genius Loci"
    "If anything happens I love you"
    "Opera"
    "Yes people"

Melhor curta-metragem em live action

    "Feeling through"
    "The letter room'"
    "The present"
    '"wo distant strangers"
    "White Eye"

Melhor documentário

    "Collective"
    "Crip camp"
    "The mole agent"
    "My octopus teacher"
    "Time"

Melhor documentário de curta-metragem

    "Collete"
    "A concerto is a conversation"
    "Do not split"
    "Hunger ward"
    "A love song for Natasha"

Melhor som

    "Greyhound: Na mira do inimigo"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Soul"
    "O som do silêncio"

Canção original

    "Fight for you" - "Judas e o messias negro"
    "Hear my voice" - "Os 7 de Chicago"
    "Husa'vik" - "Festival Eurovision da Canção: A saga de Sigrit e Lars"
    "Io sì" - "Rosa e Momo"
    "Speak now" - "Uma noite em Miami"

Maquiagem e cabelo

    "Emma"
    "Era uma vez um sonho"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Pinóquio"

Efeitos visuais

    "Problemas monstruosos"
    "O céu da meia-noite"
    "Mulan"
    "O grande Ivan"
    "Tenet"

Melhor fotografia

    "Judas e o messias negro"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Nomadland"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor edição

    "Meu pai"
    "Nomadland"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor design de produção

    "Meu pai"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Tenet"

Pablo Aluísio.

Um Estranho Casal

Após o fim de seu casamento de longos anos Felix Ungar (Jack Lemmon) está disposto a acabar com sua própria vida. Ele aluga um quarto barato de um hotel no nono andar para se jogar de lá. Na última hora a janela emperra e ele tem que cancelar seus planos suicidas. Assim resolve ir até a casa de seu amigo Oscar Madison (Walter Matthau), onde encontra todos os seus velhos amigos jogando poker. Arrasado, compartilha de seu drama pessoal. Tentando ser solidário Oscar sugere que Felix fique em seu apartamento até que as coisas melhorem, uma sugestão da qual irá se arrepender muito depois!

O melhor filme com a dupla Lemmon / Matthau. Escrito pelo ótimo Neil Simon o enredo é uma comédia de costumes das mais bem boladas. Assim que Felix (Lemmon) se muda para o apartamento de Oscar (Matthau) sua vida vira um inferno. Oscar é um divorciado beberrão, que adora passar as noites jogando com seus amigos. Seu lar mais parece uma lata de lixo com pedaços de comida pelo chão, roupas espalhadas e caos completo. Já Felix é um obcecado por limpeza e ordem (uma das razões que levaram seu casamento ao fim).

O choque dessas duas personalidades tão diferentes convivendo em um mesmo espaço acaba sendo o mote das principais situações engraçadas de todo o filme. Neil Simon usou o texto para criticar de forma muito bem humorada o próprio casamento tradicional como um todo, mas ao invés de usar um casal comum formado por marido e esposa, colocou dois amigos divorciados para viverem juntos, compartilhando das mesmas situações! O resultado é hilário, com excelentes diálogos e ótimas interpretações da dupla central (em especial Walter Matthau que deita e rola com seu tipo habitual, a do sujeito bonachão, que não está nem aí para nada). Juntos os atores fizeram vários filmes mas nenhum melhor do que esse aqui, que afinal de contas tem um roteiro primoroso com a assinatura de Neil Simon. Diversão garantida.

Um Estranho Casal (The Odd Couple, Estados Unidos, 1968) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Gene Saks / Roteiro: Neil Simon / Elenco: Jack Lemmon, Walter Matthau, John Fiedler / Sinopse: Dois amigos acabam indo morar juntos e sem querer desenvolvem cacoetes de um casal normal, como se fosse marido e mulher! Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Edição. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme (comédia ou musical) e Melhor ator (Walter Matthau e Jack Lemmon).

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de abril de 2021

Nomadland

O filme conta a história de Fern (Frances McDormand). Ela perdeu o marido, que morreu de câncer. Sem filhos e sem emprego, teve que sair de casa por não conseguir pagar o aluguel. O único bem de valor que lhe sobrou foi sua van. Sem ter onde morar passou a morar dentro do carro. Viajando sempre pelo país, ela procura sobreviver com empregos temporários, bicos e alguma ajuda que encontra pelas estradas. Também passa a conhecer outras pessoas que estão na mesma situação. Pessoas mais velhas que o mercado de trabalho não quer. Desempregados errantes em busca de alguma esperança.

O filme "Nomadland" mostra o outro lado dos Estados Unidos. O lado dos pobres, dos excluídos, dos que não tem casa, nem endereço fixo. A crise econômica criou toda uma geração de pessoas que vivem como nômades, morando em seus carros, procurando por algum tipo de trabalho que conseguem encontrar. São professores, profissionais, pessoas inteligentes, mas que foram cuspidas fora pelo sistema capitalista. Alguns, mais velhos e sem família, vão vivendo um dia de cada vez. Não é uma vida fácil, mas é o que lhes sobrou em uma vida dura, cheia de privações.

O mais interessante é que existem apenas três atores profissionais em cena. O restante do elenco é formado por pessoas reais que vivem nessa situação, são verdadeiros nômades modernos. Vivem pelas estradas, em busca de alguma oportunidade. A atriz Frances McDormand interage com todos esses excluídos do sistema, muitas vezes sem script, apenas na base da conversação comum, na improvisação. O resultado ficou excelente. O espectador nem se dá conta do estilo do filme, que pode ser encarado também como sendo quase um documentário. Enfim, excelente filme, mostrando a pior face do capitalismo selvagem dos Estados Unidos e sua exclusão social.

Nomadland (Estados Unidos, 2020) Direção: Chloé Zhao / Roteiro: Jessica Bruder, Chloé Zhao / Elenco: Frances McDormand, David Strathairn, Linda May, Angela Reyes, / Sinopse: O filme mostra a vida de uma nômade moderna, que vive pelas estradas dos Estados Unidos, morando em seu próprio carro, sempre em busca de algum trabalho para sobreviver. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Frances McDormand), melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor direção de fotografia (Joshua James Richards). Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de melhor filme - Drama e melhor direção (Chloé Zhao).

Pablo Aluísio.