Título no Brasil: Vox Lux - O Preço da Fama
Título Original: Vox Lux
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Bold Films, Killer Films
Direção: Brady Corbet
Roteiro: Brady Corbet, Mona Fastvold
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Jennifer Ehle, Christopher Abbott
Sinopse:
Nesse filme a atriz Natalie Portman interpreta Celeste, uma popstar de sucesso mundial. Quando era apenas uma adolescente ela escapou de um massacre na escola onde estudava. No dia da homenagem às vítimas ela cantou pela primeira vez, ganhando a simpatia de toda uma nação. E a partir daí sua vida nunca mais parou. A música lhe trouxe fama e sucesso, mas também muitos problemas pessoais.
Comentários:
Eu poderia definir esse filme como um "Cisne Negro" popstar. Claro que o primeiro filme citado é uma obra-prima. Esse aqui é no máximo apenas interessante. O filme se divide nitidamente em duas partes distintas. Primeiro se mostra a juventude da protagonista, o drama que ela viveu, os primeiros anos da tentativa de se construir uma carreira, etc. Depois na segunda parte o roteiro dá um grande pulo no tempo e já encontramos a cantora Celeste com trinta e tantos anos, tentando manter a sanidade e o sucesso. Ela se envolveu em inúmeros problemas, inclusive envolvendo bebidas e drogas prescritas, e precisa administrar seu grande sucesso. Vale também um aviso em relação ao desenvolvimento desse filme. Se você for assistir apenas pelo trabalho da atriz Natalie Portman, bom, tenha paciência. Ela só aparece depois de 50 minutos de filme, já na segunda parte, quando ela interpreta a personagem principal afundando em problemas pessoais. E é justamente nessa segunda parte que o filme finalmente cresce. Só achei fraco o final. Deu uma sensação de que Natalie Portman fez esse filme apenas para ter um gostinho de como seria ser uma popstar. Sinceramente falando, esse não é lá um bom motivo para se estar em filme.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de março de 2021
quinta-feira, 18 de março de 2021
Mank
Esse é um filme especialmente indicado para quem gosta de cinema, ou melhor dizendo, para quem gosta da história do cinema. Para esses o filme "Cidadão Kane" é um símbolo, uma espécie de obra de arte que ultrapassou o teste do tempo, sendo considerado por muitos, até hoje, como o melhor filme já realizado. Pois esse "Mank" veio para contar a história da criação de seu roteiro. O protagonista do filme é o próprio roteirista de "Cidadão Kane", o indomável escritor Herman J. Mankiewicz, aqui interpretado por um inspirado Gary Oldman.
Após sofrer um acidente de carro, Mankiewicz ou Mank, para os mais próximos, se refugia em uma casa de fazenda, bem no meio do deserto. Ele precisa cumprir um contrato que assinou antes do acidente, escrevendo um roteiro para o próximo filme do genial Orson Welles. Assim ele procura inspiração em pessoas que conheceu na sua vida pessoal, virando seu alvo principal o magnata da comunicação William Randolph Hearst. Esse milionário, dono de inúmeros jornais, era casado com uma atriz sem muito talento, mas que ele fazia todo o esforço para transformar em uma grande estrela de cinema. Mank viu ali farto material para seu roteiro. Ele iria de certa forma destruir a imagem de Hearst.
Claro que mexer com gente rica e poderosa iria lhe trazer muitos problemas, mas Mank resolveu pagar para ver. O filme então mostra vários flashbacks mostrando a gênesis de seu ressentimento contra o ricaço, ao mesmo tempo que desfilam pela tela nomes importantes da história de Hollywood, como Louis B. Mayer (dono da MGM), Irving Thalberg (lendário produtor de Hollywood) e até David O. Selznick (fundador de estúdios famosos na capital do cinema). É no meio de tudo ainda sobra espaço para explorar a acirrada campanha para governador da Califórnia em 1938, que colocaria Mank contra todos esses figurões da indústria do cinema. Enfim, excelente filme e desde já um dos favoritos ao Oscar desse ano.
Mank (Mank, Estados Unidos, 2020) Direção: David Fincher / Roteiro: David Fincher / Elenco: Gary Oldman, Amanda Seyfried, Lily Collins, Tom Pelphrey, Arliss Howard, Charles Dance, Tom Burke / Sinopse: O filme conta a história do roteirista Herman Mankiewicz (Oldman) que escreveu o roteiro do clássico do cinema "Cidadão Kane". Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (David Fincher), melhor ator (Gary Oldman), melhor atriz coadjuvante (Amanda Seyfried), melhor direção de fotografia (Erik Messerschmidt), melhor som, melhor design de produção, melhor maquiagem e melhor trilha sonora incidental. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - Drama.
Pablo Aluísio.
Após sofrer um acidente de carro, Mankiewicz ou Mank, para os mais próximos, se refugia em uma casa de fazenda, bem no meio do deserto. Ele precisa cumprir um contrato que assinou antes do acidente, escrevendo um roteiro para o próximo filme do genial Orson Welles. Assim ele procura inspiração em pessoas que conheceu na sua vida pessoal, virando seu alvo principal o magnata da comunicação William Randolph Hearst. Esse milionário, dono de inúmeros jornais, era casado com uma atriz sem muito talento, mas que ele fazia todo o esforço para transformar em uma grande estrela de cinema. Mank viu ali farto material para seu roteiro. Ele iria de certa forma destruir a imagem de Hearst.
Claro que mexer com gente rica e poderosa iria lhe trazer muitos problemas, mas Mank resolveu pagar para ver. O filme então mostra vários flashbacks mostrando a gênesis de seu ressentimento contra o ricaço, ao mesmo tempo que desfilam pela tela nomes importantes da história de Hollywood, como Louis B. Mayer (dono da MGM), Irving Thalberg (lendário produtor de Hollywood) e até David O. Selznick (fundador de estúdios famosos na capital do cinema). É no meio de tudo ainda sobra espaço para explorar a acirrada campanha para governador da Califórnia em 1938, que colocaria Mank contra todos esses figurões da indústria do cinema. Enfim, excelente filme e desde já um dos favoritos ao Oscar desse ano.
Mank (Mank, Estados Unidos, 2020) Direção: David Fincher / Roteiro: David Fincher / Elenco: Gary Oldman, Amanda Seyfried, Lily Collins, Tom Pelphrey, Arliss Howard, Charles Dance, Tom Burke / Sinopse: O filme conta a história do roteirista Herman Mankiewicz (Oldman) que escreveu o roteiro do clássico do cinema "Cidadão Kane". Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (David Fincher), melhor ator (Gary Oldman), melhor atriz coadjuvante (Amanda Seyfried), melhor direção de fotografia (Erik Messerschmidt), melhor som, melhor design de produção, melhor maquiagem e melhor trilha sonora incidental. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - Drama.
Pablo Aluísio.
Mulheres de Preto
Título no Brasil: Mulheres de Preto
Título Original: Ladies in Black
Ano de Produção: 2018
País: Austrália
Estúdio: Lumila Films
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Sue Milliken
Elenco: Angourie Rice, Julia Ormond, Rachael Taylor, Ryan Corr, Alison McGirr, Noni Hazlehurst
Sinopse:
Aos 16 anos a jovem Lisa (Angourie Rice) arranja o primeiro emprego em uma grande loja de magazine em Sydney, na Austrália. Lá ela começa a aprender os segredos da venda de roupas femininas com as chamadas mulheres de preto, as funcionárias e atendentes da loja. E também começa a descobrir os segredos da vida adulta.
Comentários:
Filme muito agradável de assistir, com um bom elenco feminino de talentosas atrizes australianas. A história se passa na década de 1950, em um mundo que simplesmente não existe mais, com seus valores mais conservadores e tradicionalistas. A protagonista é uma adolescente que passa a trabalhar em uma grande loja de departamento, no setor de roupas femininas. As outras funcionárias são todas mulheres bem mais velhas, com seus próprios problemas pessoais e o roteiro explora cada personagem de forma muito satisfatória. É um filme, como se pode bem perceber, especialmente indicado para elas, para o público feminino, que esteja atrás de um bom filme sobre pessoas comuns da classe trabalhadora. Eu particularmente gostei muito do clima do filme, leve e como não poderia deixar de ser, com uma ótima trilha sonora cheia de sucessos dos anos 50. Tempo bom, de belas músicas e melodias. E como as mulheres daquela época eram bonitas, elegantes e refinadas. Um outro tempo, realmente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ladies in Black
Ano de Produção: 2018
País: Austrália
Estúdio: Lumila Films
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Sue Milliken
Elenco: Angourie Rice, Julia Ormond, Rachael Taylor, Ryan Corr, Alison McGirr, Noni Hazlehurst
Sinopse:
Aos 16 anos a jovem Lisa (Angourie Rice) arranja o primeiro emprego em uma grande loja de magazine em Sydney, na Austrália. Lá ela começa a aprender os segredos da venda de roupas femininas com as chamadas mulheres de preto, as funcionárias e atendentes da loja. E também começa a descobrir os segredos da vida adulta.
Comentários:
Filme muito agradável de assistir, com um bom elenco feminino de talentosas atrizes australianas. A história se passa na década de 1950, em um mundo que simplesmente não existe mais, com seus valores mais conservadores e tradicionalistas. A protagonista é uma adolescente que passa a trabalhar em uma grande loja de departamento, no setor de roupas femininas. As outras funcionárias são todas mulheres bem mais velhas, com seus próprios problemas pessoais e o roteiro explora cada personagem de forma muito satisfatória. É um filme, como se pode bem perceber, especialmente indicado para elas, para o público feminino, que esteja atrás de um bom filme sobre pessoas comuns da classe trabalhadora. Eu particularmente gostei muito do clima do filme, leve e como não poderia deixar de ser, com uma ótima trilha sonora cheia de sucessos dos anos 50. Tempo bom, de belas músicas e melodias. E como as mulheres daquela época eram bonitas, elegantes e refinadas. Um outro tempo, realmente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de março de 2021
A Invasão dos Francos
Título no Brasil: A Invasão dos Francos
Título Original: Redbad
Ano de Produção: 2018
País: Holanda
Estúdio: Farmhouse Films
Direção: Roel Reiné
Roteiro: Alex van Galen
Elenco: Gijs Naber, Lisa Smit, Huub Stapel, Derek de Lint, Jack Wouterse, Tibo Vandenborre
Sinopse:
Com a queda do Império Romano do Ocidente, os povos bárbaros começaram a formar grandes reinos. Um dos mais prósperos e ricos foi o Reino dos Francos. Nesse filme acompanhamos a luta de um grupo de clãs do norte da Europa que luta pela sua liberdade após a invasão dos Francos em seus terras.
Comentários:
Filme produzido na Holanda que surpreende pela boa produção. O protagonista é um personagem histórico real, um bárbaro chamado Redbad que lutou contra os Francos quando esses invadiram o norte da Europa. Na região onde hoje se situa a Holanda houve uma grande guerra pelo controle daquelas terras. O roteiro do filme porém não se contenta em apenas contar parte da história da Holanda, mas também incluir muitas cenas de aventuras, batalhas épicas e um bom background contando a história do filho do rei que rejeitado por seu povo retornou anos depois para defender o reino de seu pai, agora morto. O filme é longo, com quase 3 horas de duração, mas não é cansativo. A edição é ágil e como eu afirmei antes a produção é muito boa, bem acima da média do que se encontra no cinema europeu. A questão religiosa também é bem retratada no filme. Os Francos já estavam cristianizados e impunham sua religião aos povos conquistados. Esses seguiam antigas tradições pagãs, então era também uma guerra de conquista religiosa e cultural. A espada estava sempre acompanhada da cruz. Um filme muito bom, ideal para quem aprecia filmes medievais, passados em uma época de guerras, conquistas e violência.
Pablo Aluísio.
Título Original: Redbad
Ano de Produção: 2018
País: Holanda
Estúdio: Farmhouse Films
Direção: Roel Reiné
Roteiro: Alex van Galen
Elenco: Gijs Naber, Lisa Smit, Huub Stapel, Derek de Lint, Jack Wouterse, Tibo Vandenborre
Sinopse:
Com a queda do Império Romano do Ocidente, os povos bárbaros começaram a formar grandes reinos. Um dos mais prósperos e ricos foi o Reino dos Francos. Nesse filme acompanhamos a luta de um grupo de clãs do norte da Europa que luta pela sua liberdade após a invasão dos Francos em seus terras.
Comentários:
Filme produzido na Holanda que surpreende pela boa produção. O protagonista é um personagem histórico real, um bárbaro chamado Redbad que lutou contra os Francos quando esses invadiram o norte da Europa. Na região onde hoje se situa a Holanda houve uma grande guerra pelo controle daquelas terras. O roteiro do filme porém não se contenta em apenas contar parte da história da Holanda, mas também incluir muitas cenas de aventuras, batalhas épicas e um bom background contando a história do filho do rei que rejeitado por seu povo retornou anos depois para defender o reino de seu pai, agora morto. O filme é longo, com quase 3 horas de duração, mas não é cansativo. A edição é ágil e como eu afirmei antes a produção é muito boa, bem acima da média do que se encontra no cinema europeu. A questão religiosa também é bem retratada no filme. Os Francos já estavam cristianizados e impunham sua religião aos povos conquistados. Esses seguiam antigas tradições pagãs, então era também uma guerra de conquista religiosa e cultural. A espada estava sempre acompanhada da cruz. Um filme muito bom, ideal para quem aprecia filmes medievais, passados em uma época de guerras, conquistas e violência.
Pablo Aluísio.
Migração Alada
Título no Brasil: Migração Alada
Título Original: Le Peuple Migrateur
Ano de Produção: 2001
País: França, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, France 2 Cinéma
Direção: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud
Roteiro: Jean Dorst, Stéphane Durand
Elenco: Jacques Perrin, Philippe Labro, Jacques Cluzaud, Christophe Barratier, Reinhard Brundig, Jean de Trégomain
Sinopse:
Documentário sobre os padrões migratórios das aves, filmado ao longo de três anos nos sete continentes, ao redor de todo o Planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor documentário (Jacques Perrin).
Comentários:
Documentários sobre a natureza formam a principal atração de muitos canais a cabo, tais como Dicovery, National Geographic, Animal Planet, etc. É um tipo bem popular de programa. No cinema, por outro lado, eles são um pouco mais raros. Aqui temos um longa-metragem feito para exibição em cinemas que concorreu ao Oscar e ganhou fartos elogios da crítica em geral na ocasião de seu lançamento original. Além do cronograma de filmagens ter sido feito todo baseado em estudos da ciência, o filme ainda se destaca por seus próprios méritos cinematográficos, com uso de técnicas inovadoras de filmagens, inclusive captando as aves em pleno voo pelo oceano. Ficou tudo muito bonito e de bom gosto. Um filme indispensável se você aprecia toda a exuberância da vida natural ao redor de nosso planeta azul.
Pablo Aluísio.
Título Original: Le Peuple Migrateur
Ano de Produção: 2001
País: França, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, France 2 Cinéma
Direção: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud
Roteiro: Jean Dorst, Stéphane Durand
Elenco: Jacques Perrin, Philippe Labro, Jacques Cluzaud, Christophe Barratier, Reinhard Brundig, Jean de Trégomain
Sinopse:
Documentário sobre os padrões migratórios das aves, filmado ao longo de três anos nos sete continentes, ao redor de todo o Planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor documentário (Jacques Perrin).
Comentários:
Documentários sobre a natureza formam a principal atração de muitos canais a cabo, tais como Dicovery, National Geographic, Animal Planet, etc. É um tipo bem popular de programa. No cinema, por outro lado, eles são um pouco mais raros. Aqui temos um longa-metragem feito para exibição em cinemas que concorreu ao Oscar e ganhou fartos elogios da crítica em geral na ocasião de seu lançamento original. Além do cronograma de filmagens ter sido feito todo baseado em estudos da ciência, o filme ainda se destaca por seus próprios méritos cinematográficos, com uso de técnicas inovadoras de filmagens, inclusive captando as aves em pleno voo pelo oceano. Ficou tudo muito bonito e de bom gosto. Um filme indispensável se você aprecia toda a exuberância da vida natural ao redor de nosso planeta azul.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de março de 2021
Ponto Vermelho
Título no Brasil: Ponto Vermelho
Título Original: Red Dot
Ano de Produção: 2021
País: Suécia
Estúdio: SF Studios
Direção: Alain Darborg
Roteiro: Alain Darborg, Per Dickson
Elenco: Nanna Blondell, Johannes Kuhnke, Anastasios Soulis, Anna Azcárate, Thomas Hanzon, Kalled Mustonen
Sinopse:
Um casal, ainda em Lua de Mel, decide acampar no norte da Suécia, em uma região de nevascas, para curtir juntos a Aurora Boreal. Na viagem eles se envolvem em problemas com caçadores locais. Quando chegam no lugar onde pretendem passar a noite, descobrem que estão na mira de um rifle de alta precisão. O jogo vira, agora o importante é sobreviver.
Comentários:
Esse filme se chama "Ponto Vermelho" por causa da mira de um rifle equipado com mira a laser. Quando a mira aponta para você, o que se vê? Um ponto vermelho percorrendo seu corpo. É um filme de caçada humana, vamos colocar nesses termos. Como é uma produção sueca não espere pelos malabarismos dos filmes de ação de Hollywood, porém se equivoca quem pensa que o filme não é bem realizado. Já perto do final o roteiro apresenta uma reviravolta envolvendo um vizinho do casal, um sujeito que parecia amigável e boa gente. Só que não era nada disso. Havia um plano de vingança por trás. E o aspecto do racismo também está presente no roteiro. O casal protagonista é formado por uma mulher negra e um homem branco e eles são alvo também de racismo por parte dos caçadores das montanhas geladas. Enfim, bom filme, gostei. Como última observação é importante destacar que esse filme faz parte do catálogo da Netflix. Então é fácil de assistir. Basta querer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Red Dot
Ano de Produção: 2021
País: Suécia
Estúdio: SF Studios
Direção: Alain Darborg
Roteiro: Alain Darborg, Per Dickson
Elenco: Nanna Blondell, Johannes Kuhnke, Anastasios Soulis, Anna Azcárate, Thomas Hanzon, Kalled Mustonen
Sinopse:
Um casal, ainda em Lua de Mel, decide acampar no norte da Suécia, em uma região de nevascas, para curtir juntos a Aurora Boreal. Na viagem eles se envolvem em problemas com caçadores locais. Quando chegam no lugar onde pretendem passar a noite, descobrem que estão na mira de um rifle de alta precisão. O jogo vira, agora o importante é sobreviver.
Comentários:
Esse filme se chama "Ponto Vermelho" por causa da mira de um rifle equipado com mira a laser. Quando a mira aponta para você, o que se vê? Um ponto vermelho percorrendo seu corpo. É um filme de caçada humana, vamos colocar nesses termos. Como é uma produção sueca não espere pelos malabarismos dos filmes de ação de Hollywood, porém se equivoca quem pensa que o filme não é bem realizado. Já perto do final o roteiro apresenta uma reviravolta envolvendo um vizinho do casal, um sujeito que parecia amigável e boa gente. Só que não era nada disso. Havia um plano de vingança por trás. E o aspecto do racismo também está presente no roteiro. O casal protagonista é formado por uma mulher negra e um homem branco e eles são alvo também de racismo por parte dos caçadores das montanhas geladas. Enfim, bom filme, gostei. Como última observação é importante destacar que esse filme faz parte do catálogo da Netflix. Então é fácil de assistir. Basta querer.
Pablo Aluísio.
Pânico Abaixo de Zero
Título no Brasil: Pânico Abaixo de Zero
Título Original: Centigrade
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Manhattan Productions, Phiphen Pictures
Direção: Brendan Walsh
Roteiro: Daley Nixon
Elenco: Vincent Piazza, Genesis Rodriguez
Sinopse:
Um casal de norte-americanos viaja até a Noruega para o lançamento de um livro. Durante a noite eles pegam uma estrada secundário e são surpreendidos por uma forte nevasca. O carro é totalmente encoberto pela neve. O motor não dá partida e as portas congelam. E eles ficam presos, à espera de um socorro que parece nunca chegar.
Comentários:
A história desse filme aconteceu de fato, é baseado em fatos reais. O problema é que fazer todo um filme com apenas dois atores em cena e ainda assim presos dentro de um carro soterrado por uma tempestade de neve pode se tornar um exercício de paciência fora do comum. Confesso que em muitos momentos achei o filme bem chato, caindo na vala comum do puro tédio. Tudo bem que há elementos para se prender a atenção do espectador, como o fato da esposa estar grávida, prestes a ter um filho naquela situação terrível, mas mesmo assim a falta de outros ambientes, pois tudo se passa dentro de um carro, torra a paciência de qualquer espectador. Embora seja um filme curto, penso que a falta de maiores diversidades na narrativa poderia gerar um filme ainda menor, quem sabe um media-metragem. Para um longa-metragem a coisa toda se torna bem cansativa. Esse é o meu veredito final.
Pablo Aluísio.
Título Original: Centigrade
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Manhattan Productions, Phiphen Pictures
Direção: Brendan Walsh
Roteiro: Daley Nixon
Elenco: Vincent Piazza, Genesis Rodriguez
Sinopse:
Um casal de norte-americanos viaja até a Noruega para o lançamento de um livro. Durante a noite eles pegam uma estrada secundário e são surpreendidos por uma forte nevasca. O carro é totalmente encoberto pela neve. O motor não dá partida e as portas congelam. E eles ficam presos, à espera de um socorro que parece nunca chegar.
Comentários:
A história desse filme aconteceu de fato, é baseado em fatos reais. O problema é que fazer todo um filme com apenas dois atores em cena e ainda assim presos dentro de um carro soterrado por uma tempestade de neve pode se tornar um exercício de paciência fora do comum. Confesso que em muitos momentos achei o filme bem chato, caindo na vala comum do puro tédio. Tudo bem que há elementos para se prender a atenção do espectador, como o fato da esposa estar grávida, prestes a ter um filho naquela situação terrível, mas mesmo assim a falta de outros ambientes, pois tudo se passa dentro de um carro, torra a paciência de qualquer espectador. Embora seja um filme curto, penso que a falta de maiores diversidades na narrativa poderia gerar um filme ainda menor, quem sabe um media-metragem. Para um longa-metragem a coisa toda se torna bem cansativa. Esse é o meu veredito final.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de março de 2021
O Mauritano
Título no Brasil: O Mauritano
Título Original: The Mauritanian
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Wonder Street
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Michael Bronner, Rory Haines
Elenco: Jodie Foster, Shailene Woodley, Tahar Rahim, Benedict Cumberbatch, Nouhe Hamady Bari, Saadna Hamoud
Sinopse:
A atriz Jodie Foster interpreta Nancy Hollander, uma advogada norte-americana que passa a defender um prisioneiro na prisão de segurança máxima de Guantánamo. Ele foi preso em seu país natal, não lhe informaram sobre o que estava sendo acusado e acabou sendo vítima de reiteradas sessões de tortura física e psicológicas. Filme com história baseada em fatos históricos reais. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jodie Foster).
Comentários:
Rever Jodie Foster foi algo esperado. Já estava esperando por um bom filme com ela há muito tempo, até porque Jodie estava desaparecida das telas há uns bons anos. E esse seu retorno foi muito bom. Com cabelos totalmente grisalhos, obrigação da personagem que interpreta, ela dá vida a essa advogada de direitos humanos que aceita defender pro bono um detento na prisão de Guantánamo. Já sabemos hoje que nessa parte da ilha de Cuba, as autoridades dos Estados Unidos abusavam de suas prerrogativas. A tortura estava na ordem do dia e as confissões arrancadas em sessões de tortura tinham pouco ou nenhum valor jurídico. O protagonista do filme foi preso apenas porque um primo dele ligou para Bin Laden. Depois de 11 de setembro muitos dentro do governo americano perderam a razão. Esse Mauritano ficou 16 anos preso sem julgamento e sem ter uma acusão formal contra ele, algo completamente absurdo do ponto de vista jurídico. O filme assim soa como denúncia e como alerta para que atrocidades como essa não sejam mais cometidas. É uma bela lição da importância e do valor dos princípios jurídicos civilizatórios do mundo moderno. Sem eles, não há salvação.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mauritanian
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Wonder Street
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Michael Bronner, Rory Haines
Elenco: Jodie Foster, Shailene Woodley, Tahar Rahim, Benedict Cumberbatch, Nouhe Hamady Bari, Saadna Hamoud
Sinopse:
A atriz Jodie Foster interpreta Nancy Hollander, uma advogada norte-americana que passa a defender um prisioneiro na prisão de segurança máxima de Guantánamo. Ele foi preso em seu país natal, não lhe informaram sobre o que estava sendo acusado e acabou sendo vítima de reiteradas sessões de tortura física e psicológicas. Filme com história baseada em fatos históricos reais. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jodie Foster).
Comentários:
Rever Jodie Foster foi algo esperado. Já estava esperando por um bom filme com ela há muito tempo, até porque Jodie estava desaparecida das telas há uns bons anos. E esse seu retorno foi muito bom. Com cabelos totalmente grisalhos, obrigação da personagem que interpreta, ela dá vida a essa advogada de direitos humanos que aceita defender pro bono um detento na prisão de Guantánamo. Já sabemos hoje que nessa parte da ilha de Cuba, as autoridades dos Estados Unidos abusavam de suas prerrogativas. A tortura estava na ordem do dia e as confissões arrancadas em sessões de tortura tinham pouco ou nenhum valor jurídico. O protagonista do filme foi preso apenas porque um primo dele ligou para Bin Laden. Depois de 11 de setembro muitos dentro do governo americano perderam a razão. Esse Mauritano ficou 16 anos preso sem julgamento e sem ter uma acusão formal contra ele, algo completamente absurdo do ponto de vista jurídico. O filme assim soa como denúncia e como alerta para que atrocidades como essa não sejam mais cometidas. É uma bela lição da importância e do valor dos princípios jurídicos civilizatórios do mundo moderno. Sem eles, não há salvação.
Pablo Aluísio.
Carandiru
Título no Brasil: Carandiru
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de março de 2021
Relatos do Mundo
Esse novo filme do ator Tom Hanks é realmente excelente. Ele interpreta um ex-capitão do exército que com o fim da guerra civil procura por outro meio para ganhar a vida. E esse novo trabalho seria dos mais interessantes. Basicamente ele iria ler as notícias dos principais jornais americanos nas cidades mais distantes e inóspitas do oeste americano. É bom lembrar que nos tempos do velho oeste a maioria da população não era alfabetizada. O personagem de Tom Hanks assim lia para toda essa massa de pessoas sem qualquer instrução formal de educação.
E numa dessas viagens ele acaba se deparando com uma carruagem virada no meio da estrada. Ela foi atacada. Apenas uma sobrevivente, uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis. O que não combina é o fato dela estar vestida com roupas de índios. Pior do que isso, ela não fala uma palavra em inglês, só sabendo se comunicar com o idioma Kiowa. O que teria acontecido com aquela menina? Olhando documentos encontrados dentro da carruagem, o velho capitão descobre que ela foi resgatada de uma tribo indígena. Seus pais foram mortos e ela foi raptada por nativos. Acabou sendo criada por eles.
O filme então se desenvolve na busca pelos únicos parentes brancos ainda vivos da menina. O capitão e a garota então passam a viajar em direção ao sul do Texas, onde ele pretende entregá-la para seus tios, que ainda vivem em uma comunidade agrícola. Acontece que nessa jornada quem acaba encontrando um novo sentido para sua vida é o próprio ex-capitão. E essa viagem, toda feita em cima de uma precária carruagem com poucos pertences, não será isenta de problemas e perigos, principalmente por bandoleiros e bandidos de todas as espécies.
Filme realmente excelente. O curioso é que não me lembro de ter visto Tom Hanks em um filme de faroeste. E ele se sai muito bem. Parece que nessa altura de sua carreira o ator simplesmente não faz mais filmes ruins ou fracos. Dono de sua própria produtora de cinema, ele só escolhe o melhor. Alguns poderão encontrar algumas semelhanças com o clássico do western "Bravura Indômita", porém acho essa comparação um pouco precipitada. A despeito dos dois personagens principais serem um veterano e uma garota, pouco mais se assemelha entre as duas produções. De qualquer forma é cinema de primeira qualidade. Um dos melhores filmes do ano, sem a menor sombra de dúvidas. Está mais do que recomendado aos cinéfilos em geral.
Relatos do Mundo (News of the World, Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass / Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor / Sinopse: Veterano da guerra civil que ganha sua vida lendo jornais para trabalhadores e bandoleiros analfabetos no velho oeste, encontra em uma de suas viagens uma garotinha loira que foi criada por índios. Ele então decide que a levará para seus parentes brancos ainda vivos. Uma jornada longa e perigosa aos confins do Texas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som, melhor design de produção, melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard) e melhor direção de fotografia (Dariusz Wolski). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Helena Zengel).
Pablo Aluísio.
E numa dessas viagens ele acaba se deparando com uma carruagem virada no meio da estrada. Ela foi atacada. Apenas uma sobrevivente, uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis. O que não combina é o fato dela estar vestida com roupas de índios. Pior do que isso, ela não fala uma palavra em inglês, só sabendo se comunicar com o idioma Kiowa. O que teria acontecido com aquela menina? Olhando documentos encontrados dentro da carruagem, o velho capitão descobre que ela foi resgatada de uma tribo indígena. Seus pais foram mortos e ela foi raptada por nativos. Acabou sendo criada por eles.
O filme então se desenvolve na busca pelos únicos parentes brancos ainda vivos da menina. O capitão e a garota então passam a viajar em direção ao sul do Texas, onde ele pretende entregá-la para seus tios, que ainda vivem em uma comunidade agrícola. Acontece que nessa jornada quem acaba encontrando um novo sentido para sua vida é o próprio ex-capitão. E essa viagem, toda feita em cima de uma precária carruagem com poucos pertences, não será isenta de problemas e perigos, principalmente por bandoleiros e bandidos de todas as espécies.
Filme realmente excelente. O curioso é que não me lembro de ter visto Tom Hanks em um filme de faroeste. E ele se sai muito bem. Parece que nessa altura de sua carreira o ator simplesmente não faz mais filmes ruins ou fracos. Dono de sua própria produtora de cinema, ele só escolhe o melhor. Alguns poderão encontrar algumas semelhanças com o clássico do western "Bravura Indômita", porém acho essa comparação um pouco precipitada. A despeito dos dois personagens principais serem um veterano e uma garota, pouco mais se assemelha entre as duas produções. De qualquer forma é cinema de primeira qualidade. Um dos melhores filmes do ano, sem a menor sombra de dúvidas. Está mais do que recomendado aos cinéfilos em geral.
Relatos do Mundo (News of the World, Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass / Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor / Sinopse: Veterano da guerra civil que ganha sua vida lendo jornais para trabalhadores e bandoleiros analfabetos no velho oeste, encontra em uma de suas viagens uma garotinha loira que foi criada por índios. Ele então decide que a levará para seus parentes brancos ainda vivos. Uma jornada longa e perigosa aos confins do Texas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som, melhor design de produção, melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard) e melhor direção de fotografia (Dariusz Wolski). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Helena Zengel).
Pablo Aluísio.
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