Título no Brasil: O Homem que Matou Dom Quixote
Título Original: The Man Who Killed Don Quixote
Ano de Produção: 2018
País: Espanha, Portugal, França
Estúdio: Alacran Pictures,
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Terry Gilliam, Tony Grisoni
Elenco: Adam Driver, Jonathan Pryce, Joana Ribeiro, Hovik Keuchkerian, Jordi Mollà, José Luis Ferrer
Sinopse:
Cineasta em crise, não consegue encontrar novas ideias para seu novo filme sobre Dom Quixote. Ele então decide voltar para a pequena vila onde rodou um filme de conclusão de curso, quando ainda era bem jovem. E lá reencontra pessoas que atuaram em seu primeiro filme, inclusive um velho sapateiro que agora acredita ser o verdadeiro Dom Quixote. Filme premiado no Goya Awards.
Comentários:
A assinatura visual de Terry Gilliam fica clara desde a primeira cena. Esse é um daqueles diretores que imprimem sua identidade em cada fotograma de seus filmes. Nessa produção ele aceitou um convite para ir trabalhar na Europa. A intenção era realizar um filme que fosse uma homenagem ao famoso livro Dom Quixote. Escrito por Miguel de Cervantes e publicado pela primeira vez em 1605, essa é sem dúvida uma das obras literárias mais influentes da história. O resultado porém não passou nem perto de fazer jus a esse grande legado cultural. Em muitas ocasiões o roteiro derrapa completamente, virando uma comédia bem sem graça. O que salva esse filme do abismo é a atuação do ator Jonathan Pryce. Ele interpreta um velho sapateiro louco que passa a acreditar que é o verdadeiro Dom Quixote. Se o diretor tivesse optado apenas por esse lirismo ao invés de ficar jogando fichas em um humor pouco eficiente, aí sim teríamos um belo filme. Do jeito que ficou, é apenas de mediano para fraco. Uma pena.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de novembro de 2020
Hotel Ruanda
Título no Brasil: Hotel Ruanda
Título Original: Hotel Rwanda
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Terry George
Roteiro: Keir Pearson, Terry George
Elenco: Don Cheadle, Nick Nolte, Joaquin Phoenix, Sophie Okonedo, Fana Mokoena, Hakeem Kae-Kazim
Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme "Hotel Ruanda" conta a história de Paul Rusesabagina (Don Cheadle), o gerente de um hotel na capital de Ruanda, uma país africano. Quando a guerra civil começa e um verdadeiro genocídio se alastra pelas ruas de sua cidade, ele tenta de todas as formas manter a salvo sua família, os empregados e os hóspedes no hotel onde trabalha. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Don Cheadle), melhor atriz coadjuvante (Sophie Okonedo) e melhor roteiro original.
Comentários:
Houve um genocídio em Ruanda. Naquela nação africana havia basicamente duas etnias, os Hutus e os Tutsis. Uma odiava a outra. Quando o presidente foi assassinado, uma grande explosão de insanidade e violência explodiu por todo o país. Os Hutus começaram uma limpeza étnica, matando a facões os membros da etnia Tutsi. Um crime contra a humanidade. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. Esse filme mostra tudo sob a ótica de um gerente de hotel que tenta sobreviver no meio daquele banho de sangue. A sua situação é bem delicada, porque embora ele seja um Hutu, é casado com uma Tustsi. Além da história ser muito relevante do ponto de vista histórico, esse filme ainda apresenta um ótimo elenco de apoio, com destaque para Nick Nolte como um coronal da ONU, que tenta proteger os estrangeiros hospedados naquele hotel e Joaquin Phoenix como um jornalista, um correspondente de guerra, que consegue filmar as pessoas sendo mortas no meio da rua. Quando a civilidade acaba, começa a reinar a barbárie. E tudo isso, claro, sem deixar de destacar o ótimo trabalho do ator Don Cheadle. Enfim, um filme que também serve como um alerta. O ódio quando explode costuma destruir nações inteiras, desencadeando tudo em atos de isanidade e violência brutal.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hotel Rwanda
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Terry George
Roteiro: Keir Pearson, Terry George
Elenco: Don Cheadle, Nick Nolte, Joaquin Phoenix, Sophie Okonedo, Fana Mokoena, Hakeem Kae-Kazim
Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme "Hotel Ruanda" conta a história de Paul Rusesabagina (Don Cheadle), o gerente de um hotel na capital de Ruanda, uma país africano. Quando a guerra civil começa e um verdadeiro genocídio se alastra pelas ruas de sua cidade, ele tenta de todas as formas manter a salvo sua família, os empregados e os hóspedes no hotel onde trabalha. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Don Cheadle), melhor atriz coadjuvante (Sophie Okonedo) e melhor roteiro original.
Comentários:
Houve um genocídio em Ruanda. Naquela nação africana havia basicamente duas etnias, os Hutus e os Tutsis. Uma odiava a outra. Quando o presidente foi assassinado, uma grande explosão de insanidade e violência explodiu por todo o país. Os Hutus começaram uma limpeza étnica, matando a facões os membros da etnia Tutsi. Um crime contra a humanidade. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. Esse filme mostra tudo sob a ótica de um gerente de hotel que tenta sobreviver no meio daquele banho de sangue. A sua situação é bem delicada, porque embora ele seja um Hutu, é casado com uma Tustsi. Além da história ser muito relevante do ponto de vista histórico, esse filme ainda apresenta um ótimo elenco de apoio, com destaque para Nick Nolte como um coronal da ONU, que tenta proteger os estrangeiros hospedados naquele hotel e Joaquin Phoenix como um jornalista, um correspondente de guerra, que consegue filmar as pessoas sendo mortas no meio da rua. Quando a civilidade acaba, começa a reinar a barbárie. E tudo isso, claro, sem deixar de destacar o ótimo trabalho do ator Don Cheadle. Enfim, um filme que também serve como um alerta. O ódio quando explode costuma destruir nações inteiras, desencadeando tudo em atos de isanidade e violência brutal.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de novembro de 2020
Enquanto o Lobo Não Vem
Título no Brasil: Enquanto o Lobo Não Vem
Título Original: Mientras el Lobo No Está
Ano de Produção: 2017
País: México
Estúdio: Magnifico Entertainment
Direção: Joseph Hemsani
Roteiro: Joseph Hemsani, Abe Rosenberg
Elenco: Luis de La Rosa, Regina Reynoso, Carla Adell, Ricardo Mestre, Mar Carrera, Lourdes Villareal
Sinopse:
A história do filme se passa em 1958. Um garoto chamado Alex é enviado para uma escola isolada, no interior. Ele tem problemas de indisciplina e desobediência. Nessa nova escola, em um regime rígido, ele terá que aprender a receber e aceitar ordens e ter disciplina. Só que algo está muito errado naquela instituição.
Comentários:
Gostei desse filme. Ele mostra esse jovem que vai parar em uma escola de regime de internato que mais parece um reformatório. O sistema é de rigidez, austeridade. Esse garoto pegou o carro de seu pai sem permissão e acabou atropelando uma garotinha de cinco anos de idade. Diante disso os pais decidem internar ele nesse tipo de escola que era bem comum na época. Só que as coisas desandam, uma vez que ele e seus novos colegas descobrem que um dos coordenadores pode estar envolvido com o desaparecimento de algumas alunas. A escola é dividida, sendo uma ala ocupada apenas por meninos e outra por meninas. A convivência entre os sexos é mínima e controlada. Mesmo assim eles aos poucos vão descobrindo os segredos daquele lugar que pode ser, em algumas situações, bem sinistro. A única crítica que teria a fazer ao filme se refere ao seu final, que achei desnecessariamente violento. Afinal quando se tem cena um grupo de personagens adolescentes (alguns ainda garotos) como aqueles, não fica muito bem esse tipo de situação. Os roteiristas deveriam ter optado por outro caminho, mais adequado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mientras el Lobo No Está
Ano de Produção: 2017
País: México
Estúdio: Magnifico Entertainment
Direção: Joseph Hemsani
Roteiro: Joseph Hemsani, Abe Rosenberg
Elenco: Luis de La Rosa, Regina Reynoso, Carla Adell, Ricardo Mestre, Mar Carrera, Lourdes Villareal
Sinopse:
A história do filme se passa em 1958. Um garoto chamado Alex é enviado para uma escola isolada, no interior. Ele tem problemas de indisciplina e desobediência. Nessa nova escola, em um regime rígido, ele terá que aprender a receber e aceitar ordens e ter disciplina. Só que algo está muito errado naquela instituição.
Comentários:
Gostei desse filme. Ele mostra esse jovem que vai parar em uma escola de regime de internato que mais parece um reformatório. O sistema é de rigidez, austeridade. Esse garoto pegou o carro de seu pai sem permissão e acabou atropelando uma garotinha de cinco anos de idade. Diante disso os pais decidem internar ele nesse tipo de escola que era bem comum na época. Só que as coisas desandam, uma vez que ele e seus novos colegas descobrem que um dos coordenadores pode estar envolvido com o desaparecimento de algumas alunas. A escola é dividida, sendo uma ala ocupada apenas por meninos e outra por meninas. A convivência entre os sexos é mínima e controlada. Mesmo assim eles aos poucos vão descobrindo os segredos daquele lugar que pode ser, em algumas situações, bem sinistro. A única crítica que teria a fazer ao filme se refere ao seu final, que achei desnecessariamente violento. Afinal quando se tem cena um grupo de personagens adolescentes (alguns ainda garotos) como aqueles, não fica muito bem esse tipo de situação. Os roteiristas deveriam ter optado por outro caminho, mais adequado.
Pablo Aluísio.
Febre da Selva
Título no Brasil: Febre da Selva
Título Original: Jungle Fever
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Spike Lee
Roteiro: Spike Lee
Elenco: Wesley Snipes, Annabella Sciorra, Samuel L. Jackson, John Turturro, Anthony Quinn, Spike Lee, Halle Berry, Ossie Davis
Sinopse:
Em Nova Iorque, durante a década de 1990, Flipper Purify (Wesley Snipes) se envolve com Angie Tucci (Annabella Sciorra). O que poderia ser um caso como tantos outros, acaba causando muitas reações negativas nos familiares e amigos do casal. A razão? Ele é negro e ela faz parte da comunidade italiana da cidade, cusando todo tipo de reações preconceituosas das pessoas próximas.
Comentários:
Nesse filme o diretor e roteirista Spike Lee voltou a tratar da questão racial nos Estados Unidos. Para demonstrar como o preconceito também pode afetar os relacionamentos pessoais, ele colocou como protagonistas de seu filme um casal, formado por um homem negro e uma mulher branca, de origem italiana. Eles se conhecem, gostam um do outro e começam a se relacionar. O problema são os amigos, parentes, vizinhos, todos querendo atrapalhar o romance, tudo causado pelo preconceito racial. Embora o tema possa parecer pesado em um primeiro momento, levando o espectador a pensar que vai ver um drama, o diretor optou por algo até bem mais leve. Há humor e ironia envolvendo as situações. Não é um filme trágico, como alguns poderiam pensar. E o mais interessante de tudo é que Spike Lee e Samuel L. Jackson, acabaram sendo premiados em Cannes naquele ano, justamente pelo trabalho que fizeram nesse filme. Quem poderia imaginar? Enfim, bom filme, tratando de um tema relevante, mas sem exagerar nas tintas dramáticas, o que no final se revelou ser uma decisão acertada do diretor.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jungle Fever
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Spike Lee
Roteiro: Spike Lee
Elenco: Wesley Snipes, Annabella Sciorra, Samuel L. Jackson, John Turturro, Anthony Quinn, Spike Lee, Halle Berry, Ossie Davis
Sinopse:
Em Nova Iorque, durante a década de 1990, Flipper Purify (Wesley Snipes) se envolve com Angie Tucci (Annabella Sciorra). O que poderia ser um caso como tantos outros, acaba causando muitas reações negativas nos familiares e amigos do casal. A razão? Ele é negro e ela faz parte da comunidade italiana da cidade, cusando todo tipo de reações preconceituosas das pessoas próximas.
Comentários:
Nesse filme o diretor e roteirista Spike Lee voltou a tratar da questão racial nos Estados Unidos. Para demonstrar como o preconceito também pode afetar os relacionamentos pessoais, ele colocou como protagonistas de seu filme um casal, formado por um homem negro e uma mulher branca, de origem italiana. Eles se conhecem, gostam um do outro e começam a se relacionar. O problema são os amigos, parentes, vizinhos, todos querendo atrapalhar o romance, tudo causado pelo preconceito racial. Embora o tema possa parecer pesado em um primeiro momento, levando o espectador a pensar que vai ver um drama, o diretor optou por algo até bem mais leve. Há humor e ironia envolvendo as situações. Não é um filme trágico, como alguns poderiam pensar. E o mais interessante de tudo é que Spike Lee e Samuel L. Jackson, acabaram sendo premiados em Cannes naquele ano, justamente pelo trabalho que fizeram nesse filme. Quem poderia imaginar? Enfim, bom filme, tratando de um tema relevante, mas sem exagerar nas tintas dramáticas, o que no final se revelou ser uma decisão acertada do diretor.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
O Operário
Título no Brasil: O Operário
Título Original: The Machinist
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmax Group
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Scott Kosar
Elenco: Christian Bale, Jennifer Jason Leigh, Michael Ironside, Aitana Sánchez-Gijón, John Sharian, Anna Massey
Sinopse:
O operário Trevor Reznik (Christian Bale) começa a ter surtos psiquiátricos. Ele vê pessoas que não existem, começa a desenvolver uma mania de perseguição, espasmos de paranoia e a ouvir vozes. Com a mente em desordem e uma grave insônia, ele começa a ver sua vida desmoronar, tanto no trabalho, como também em sua vida pessoal. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Christian Bale).
Comentários:
Christian Bale surpreendeu nesse filme. Ele perdeu muitos quilos, ficou magérrimo e praticamente desapareceu dentro de seu personagem. Sua dedicação, diria até obsessão, em emagrecer lhe valeu uma indicação ao Oscar, mas também problemas de saúde que até hoje o acompanham. Está praticamente irreconhecível na pele desse personagem, um trabalhador comum, que começa a enlouquecer. Pelo próprio tema o filme tem um clima pesado, praticamente sufocante. A fotografia é toda em tons de cinza, não surgindo cores no caminho desse sofrido homem que submerso em delírios, acaba ficando sabendo sem saber o que é fruto de sua insanidade e o que é real. O roteiro é bem escrito, mas depois de muitos anos assistindo a filmes como esse, devo dizer que matei a charada cedo demais. Fica claro que o personagem de Bale não está bem, que sofre de algum problema mental. Então quando pessoas só aparecem para ele e ninguém mais, fica meio óbvio que se trata de alucinações de sua mente. É um filme tenso, diria nada agradável, mas que como cinema surge tratando de temas relevantes. Se a questão lhe interessa de alguma maneira, não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Machinist
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmax Group
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Scott Kosar
Elenco: Christian Bale, Jennifer Jason Leigh, Michael Ironside, Aitana Sánchez-Gijón, John Sharian, Anna Massey
Sinopse:
O operário Trevor Reznik (Christian Bale) começa a ter surtos psiquiátricos. Ele vê pessoas que não existem, começa a desenvolver uma mania de perseguição, espasmos de paranoia e a ouvir vozes. Com a mente em desordem e uma grave insônia, ele começa a ver sua vida desmoronar, tanto no trabalho, como também em sua vida pessoal. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Christian Bale).
Comentários:
Christian Bale surpreendeu nesse filme. Ele perdeu muitos quilos, ficou magérrimo e praticamente desapareceu dentro de seu personagem. Sua dedicação, diria até obsessão, em emagrecer lhe valeu uma indicação ao Oscar, mas também problemas de saúde que até hoje o acompanham. Está praticamente irreconhecível na pele desse personagem, um trabalhador comum, que começa a enlouquecer. Pelo próprio tema o filme tem um clima pesado, praticamente sufocante. A fotografia é toda em tons de cinza, não surgindo cores no caminho desse sofrido homem que submerso em delírios, acaba ficando sabendo sem saber o que é fruto de sua insanidade e o que é real. O roteiro é bem escrito, mas depois de muitos anos assistindo a filmes como esse, devo dizer que matei a charada cedo demais. Fica claro que o personagem de Bale não está bem, que sofre de algum problema mental. Então quando pessoas só aparecem para ele e ninguém mais, fica meio óbvio que se trata de alucinações de sua mente. É um filme tenso, diria nada agradável, mas que como cinema surge tratando de temas relevantes. Se a questão lhe interessa de alguma maneira, não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
Roger e Eu
Título no Brasil: Roger e Eu
Título Original: Roger & Me
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Elenco: Michael Moore, Roger B. Smith, Rhonda Britton, James Blanchard, Pat Boone Anita Bryant
Sinopse:
Documentário em que o diretor e roteirista Michael Moore vai atrás do presidente da GM, o poderoso executivo Roger B. Smith. Moore quer entender como a indústria automobilística fechou centenas de fábricas nos Estados Unidos, levando milhares de empregos para o oriente, em especial para a China. Em tom de ironia mordaz ele usa o documentário para revelar a ganância dos industriais americanos.
Comentários:
Muito bom esse documentário que revela um lado cruel, que liquidou milhões de empregos nos Estados Unidos. Michael Moore viveu em Detroit, na sua era de ouro, quando as grandes empresas fabricantes de automóveis tinham suas sedes justamente nessa cidade. Então, a partir da década de 1970, fábrica por fábrica foi fechando suas portas. A indústria americana estava falida? Não, não mesmo. Os executivos apenas decidiram transferir as fábricas para o oriente, onde os trabalhadores trabalhavam pela metade (ou menos) do salário de um operário americano. Onde não existiam leis trabalhistas e onde o capitalismo era realmente selvagem, apesar da fachada de socialismo, como acontecia com a China. Michael Moore passa o documentário inteiro tentando arrancar uma entrevista do presidente da General Motors, mas isso na verdade é secundário. O que ele quer mesmo é mostrar como uma extensa parte dos Estados Unidos se tornou o "cinturão da ferrugem", onde fábricas foram fechadas, sobrando apenas galpões com materiais enferrujados. E nesse processo milhões de empregos foram pulverizados. Uma situação triste que até hoje perdura. O próprio presidente Trump disse que resolveria essa situação, mas na verdade nada vez em seu mandato. Quem acabou pulverizado pelas urnas foi ele mesmo. Enfim, assista esse documentário. Ele é muito revelador dos mecanismos que movem uma economia globalizada.
Pablo Aluísio.
Título Original: Roger & Me
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Elenco: Michael Moore, Roger B. Smith, Rhonda Britton, James Blanchard, Pat Boone Anita Bryant
Sinopse:
Documentário em que o diretor e roteirista Michael Moore vai atrás do presidente da GM, o poderoso executivo Roger B. Smith. Moore quer entender como a indústria automobilística fechou centenas de fábricas nos Estados Unidos, levando milhares de empregos para o oriente, em especial para a China. Em tom de ironia mordaz ele usa o documentário para revelar a ganância dos industriais americanos.
Comentários:
Muito bom esse documentário que revela um lado cruel, que liquidou milhões de empregos nos Estados Unidos. Michael Moore viveu em Detroit, na sua era de ouro, quando as grandes empresas fabricantes de automóveis tinham suas sedes justamente nessa cidade. Então, a partir da década de 1970, fábrica por fábrica foi fechando suas portas. A indústria americana estava falida? Não, não mesmo. Os executivos apenas decidiram transferir as fábricas para o oriente, onde os trabalhadores trabalhavam pela metade (ou menos) do salário de um operário americano. Onde não existiam leis trabalhistas e onde o capitalismo era realmente selvagem, apesar da fachada de socialismo, como acontecia com a China. Michael Moore passa o documentário inteiro tentando arrancar uma entrevista do presidente da General Motors, mas isso na verdade é secundário. O que ele quer mesmo é mostrar como uma extensa parte dos Estados Unidos se tornou o "cinturão da ferrugem", onde fábricas foram fechadas, sobrando apenas galpões com materiais enferrujados. E nesse processo milhões de empregos foram pulverizados. Uma situação triste que até hoje perdura. O próprio presidente Trump disse que resolveria essa situação, mas na verdade nada vez em seu mandato. Quem acabou pulverizado pelas urnas foi ele mesmo. Enfim, assista esse documentário. Ele é muito revelador dos mecanismos que movem uma economia globalizada.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
O Piano
Título no Brasil: O Piano
Título Original: The Piano
Ano de Produção: 1993
País: Austrália, Nova Zelândia, França
Estúdio: Jan Chapman Productions
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion
Elenco: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neill, Anna Paquin, Kerry Walker, Tungia Baker
Sinopse:
No século XIX, uma mulher chamada Ada McGrath (Holly Hunter) chega na distante Nova Zelândia para recomeçar sua vida. Ele tem problemas de fala desde os seis anos de idade. Também tem uma pequena filha. Ela chega nesse novo país para se casar com um homem da região. Um casamento que está destinado ao fracasso. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor direção de fotografia (Stuart Dryburgh), melhor figurino (Janet Patterson) e melhor edição (Veronika Jenet).
Comentários:
Belíssimo filme de época, com ótimo roteiro e elenco inspirado, formado por atores, atrizes (e também jovens atrizes) que impressionam pelo talento. O filme é uma amostra da posição inferior que as mulheres tinham que se contentar no século XIX. A protagonista é uma mulher talentosa, que toca piano, ama as artes, mas que a despeito de suas qualidade pessoais precisa arranjar um casamento de todo jeito, para ter um lugar dentro daquela sociedade patriarcal e atrasada. Como já tem uma filha e é muda, acaba tendo que se contentar com o que aparece. E o seu novo marido é um homem rude, grosso, o exato contraste com sua própria personalidade. Um verdadeiro choque de cultura e sensibilidade. "O Piano" foi recebido com muitos aplausos pela crítica internacional, a tal ponto que foi indicado a oito categorias do Oscar, inclusive o de melhor filme. Acabou vencendo na categoria de melhor atriz para Holly Hunter, no papel de sua vida. Outra surpresa foi o Oscar vencido pela garotinha (na época) Anna Paquin. O roteiro, primoroso, também foi premiado pela academia. Prêmio justíssimo. Enfim, um festival de premiações para um filme realmente maravilhoso. Esse mereceu mesmo todos os aplausos e elogios. É uma grande obra de arte cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Piano
Ano de Produção: 1993
País: Austrália, Nova Zelândia, França
Estúdio: Jan Chapman Productions
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion
Elenco: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neill, Anna Paquin, Kerry Walker, Tungia Baker
Sinopse:
No século XIX, uma mulher chamada Ada McGrath (Holly Hunter) chega na distante Nova Zelândia para recomeçar sua vida. Ele tem problemas de fala desde os seis anos de idade. Também tem uma pequena filha. Ela chega nesse novo país para se casar com um homem da região. Um casamento que está destinado ao fracasso. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção, melhor direção de fotografia (Stuart Dryburgh), melhor figurino (Janet Patterson) e melhor edição (Veronika Jenet).
Comentários:
Belíssimo filme de época, com ótimo roteiro e elenco inspirado, formado por atores, atrizes (e também jovens atrizes) que impressionam pelo talento. O filme é uma amostra da posição inferior que as mulheres tinham que se contentar no século XIX. A protagonista é uma mulher talentosa, que toca piano, ama as artes, mas que a despeito de suas qualidade pessoais precisa arranjar um casamento de todo jeito, para ter um lugar dentro daquela sociedade patriarcal e atrasada. Como já tem uma filha e é muda, acaba tendo que se contentar com o que aparece. E o seu novo marido é um homem rude, grosso, o exato contraste com sua própria personalidade. Um verdadeiro choque de cultura e sensibilidade. "O Piano" foi recebido com muitos aplausos pela crítica internacional, a tal ponto que foi indicado a oito categorias do Oscar, inclusive o de melhor filme. Acabou vencendo na categoria de melhor atriz para Holly Hunter, no papel de sua vida. Outra surpresa foi o Oscar vencido pela garotinha (na época) Anna Paquin. O roteiro, primoroso, também foi premiado pela academia. Prêmio justíssimo. Enfim, um festival de premiações para um filme realmente maravilhoso. Esse mereceu mesmo todos os aplausos e elogios. É uma grande obra de arte cinematográfica.
Pablo Aluísio.
O Americano Tranqüilo
Título no Brasil: O Americano Tranqüilo
Título Original: The Quiet American
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Michael Caine, Brendan Fraser, Rade Serbedzija, Holmes Osborne,Thi Hai Yen Do, Ferdinand Hoang
Sinopse:
Com roteiro baseado na obra literária escrita por Graham Greene, o filme "O Americano Tranquilo" conta a história de amor envolvendo um velho jornalista inglês e um jovem médico que disputam entre si o afeto de uma bela mulher vietnamita. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Michael Caine).
Comentários:
Quem primeiro se interessou em levar uma adaptação ao cinema desse livro foi Marlon Brando. Ele chegou inclusive a comprar os direitos do livro. Ele se identificava pessoalmente com o enredo, colocando um americano perdidamente apaixonado por uma oriental. Como se sabe todas as esposas de Brando eram estrangeiras, orientais. Pois bem, depois de alguns anos ele vendeu esses direitos e a Miramax os comprou. Essa companhia cinematográfica acertou em duas escolhas para esse filme, mas errou em uma. Acertou na bela produção, no investimento sem cortes, o que resultou em um filme muito bonito de se ver, com ótima fotografia. Acertou também em escolher Michael Caine para interpretar o personagem britânico. Sua atuação foi tão boa que ele foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro naquele ano. Porém os executivos erraram em escalar Brendan Fraser para o papel do jovem médico americano que vai até um Vietnã prestes a explodir em um grande conflito armado. Fraser é fraco demais para convencer. Foi uma jogada comercial para atrair mais público, mas que acabou prejudicando demais o filme. Escolhas certas, escolhas erradas. No meio de tudo pelo menos o filme saiu com dignidade, até porque a direção precisa de Phillip Noyce não deixou o filme cair no desastre que muitos esperavam.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Quiet American
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Michael Caine, Brendan Fraser, Rade Serbedzija, Holmes Osborne,Thi Hai Yen Do, Ferdinand Hoang
Sinopse:
Com roteiro baseado na obra literária escrita por Graham Greene, o filme "O Americano Tranquilo" conta a história de amor envolvendo um velho jornalista inglês e um jovem médico que disputam entre si o afeto de uma bela mulher vietnamita. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Michael Caine).
Comentários:
Quem primeiro se interessou em levar uma adaptação ao cinema desse livro foi Marlon Brando. Ele chegou inclusive a comprar os direitos do livro. Ele se identificava pessoalmente com o enredo, colocando um americano perdidamente apaixonado por uma oriental. Como se sabe todas as esposas de Brando eram estrangeiras, orientais. Pois bem, depois de alguns anos ele vendeu esses direitos e a Miramax os comprou. Essa companhia cinematográfica acertou em duas escolhas para esse filme, mas errou em uma. Acertou na bela produção, no investimento sem cortes, o que resultou em um filme muito bonito de se ver, com ótima fotografia. Acertou também em escolher Michael Caine para interpretar o personagem britânico. Sua atuação foi tão boa que ele foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro naquele ano. Porém os executivos erraram em escalar Brendan Fraser para o papel do jovem médico americano que vai até um Vietnã prestes a explodir em um grande conflito armado. Fraser é fraco demais para convencer. Foi uma jogada comercial para atrair mais público, mas que acabou prejudicando demais o filme. Escolhas certas, escolhas erradas. No meio de tudo pelo menos o filme saiu com dignidade, até porque a direção precisa de Phillip Noyce não deixou o filme cair no desastre que muitos esperavam.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
O Chamado 2
Título no Brasil: O Chamado 2
Título Original: The Ring Two
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger, Kôji Suzuki
Elenco: Naomi Watts, Sissy Spacek, Emily VanCamp, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Daveigh Chase
Sinopse:
Seis meses após os incidentes envolvendo o videotape letal, que leva à morte todos que o assistem, novas pistas provam que há um novo mal à espreita na escuridão. Samara, ao que tudo indica, está pronta para fazer novas vítimas de sua maldição macabra. Filme indicado ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor filme de terror do ano.
Comentários:
Toda companhia cinematográfica precisa de uma boa franquia de terror em seu catálogo, afinal são filmes, via de regra, baratos, que acabam rendendo ótimas bilheterias nos cinemas. Com o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks Pictures, não seria diferente. E essa franquia, que também é uma adaptação do terror oriental feito sob medida para o público ocidental, apresenta como bônus uma personagem marcante, que fez nome entre os fãs de terror. Claro, estou falando da criatura do poço, a Samara, aqui interpretada pela atriz Daveigh Chase. Afinal de contas, todas as franquias de terror de sucesso precisam se apoiar em um vilão bem simbólico, que fique na mente do público. Outro destaque vem da presença da atriz Sissy Spacek. Essa foi uma escolha pessoal de Spielberg que queria homenagear o grande clássico do terror moderno, "Carrie, a Estranha". Por fim, cabem todos os elogios ao cineasta japonês Hideo Nakata. Ele conseguiu, como poucos, manter o clima de suspense e tensão da primeira à última cena. Mesmo quando nada de muito aterrorizante acontece, fica sempre no ar aquele clima de que algo está errado, estranho... e que tudo pode acontecer na próxima cena. Excelente trabalho de direção.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Ring Two
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger, Kôji Suzuki
Elenco: Naomi Watts, Sissy Spacek, Emily VanCamp, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Daveigh Chase
Sinopse:
Seis meses após os incidentes envolvendo o videotape letal, que leva à morte todos que o assistem, novas pistas provam que há um novo mal à espreita na escuridão. Samara, ao que tudo indica, está pronta para fazer novas vítimas de sua maldição macabra. Filme indicado ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor filme de terror do ano.
Comentários:
Toda companhia cinematográfica precisa de uma boa franquia de terror em seu catálogo, afinal são filmes, via de regra, baratos, que acabam rendendo ótimas bilheterias nos cinemas. Com o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks Pictures, não seria diferente. E essa franquia, que também é uma adaptação do terror oriental feito sob medida para o público ocidental, apresenta como bônus uma personagem marcante, que fez nome entre os fãs de terror. Claro, estou falando da criatura do poço, a Samara, aqui interpretada pela atriz Daveigh Chase. Afinal de contas, todas as franquias de terror de sucesso precisam se apoiar em um vilão bem simbólico, que fique na mente do público. Outro destaque vem da presença da atriz Sissy Spacek. Essa foi uma escolha pessoal de Spielberg que queria homenagear o grande clássico do terror moderno, "Carrie, a Estranha". Por fim, cabem todos os elogios ao cineasta japonês Hideo Nakata. Ele conseguiu, como poucos, manter o clima de suspense e tensão da primeira à última cena. Mesmo quando nada de muito aterrorizante acontece, fica sempre no ar aquele clima de que algo está errado, estranho... e que tudo pode acontecer na próxima cena. Excelente trabalho de direção.
Pablo Aluísio.
O Grito
Título no Brasil: O Grito
Título Original: The Grudge
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Takashi Shimizu
Roteiro: Stephen Susco, Takashi Shimizu
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Bill Pullman, Jason Behr, William Mapother, Clea DuVall, KaDee Strickland
Sinopse:
Uma enfermeira americana que mora e trabalha em Tóquio acaba tendo contato com uma misteriosa maldição sobrenatural desconhecida, que se manifesta em sombras e na presença de uma estranha figura que surge na escuridão das noites.
Comentários:
Esse filme de terror é na realidade um remake feito em Hollywood. O filme original oriental foi chamado "Ju-On: The Grudge". Após assisti-lo em uma festival de cinema o diretor Sam Raimi decidiu comprar os direitos do roteiro para fazer uma versão ocidental da história. Para isso ele resolveu não estragar o que já era bom, contratando o diretor japonês Takashi Shimizu. O resultado ficou muito bom, é inegável dizer. Essa mistura entre contos orientais de terror com as técnicas cinematográficas da indústria americana de cinema costuma mesmo dar certo, inclusive nas bilheterias. "O Grito" foi altamente lucrativo para o estúdio. Produção relativamente barata (custou meros 30 milhões de dólares para ser produzido) acabou faturando mais de 200 milhões nos cinemas. Sucesso de público, êxito comercial. E isso tendo Sarah Michelle Gellar como atriz principal. Ela que no cinema nunca foi grande coisa, se destacando mais na TV, na série teen "Buffy: A Caça-Vampiros" nos anos 90. Pois é, quando um filme tem que dar certo, nada acaba atrapalhando seu sucesso. Além disso o filme tem um bom clima de suspense, valorizando sempre o jogo de luz e sombras nas cenas mais assustadoras. É uma tradição dos filmes de terror do oriente, sempre valorizando mais a sugestão do que o uso de efeitos especiais. O resultado é acima da média. Um filme ideal para se assistir nas madrugadas, com todas as luzes apagadas.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Grudge
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Takashi Shimizu
Roteiro: Stephen Susco, Takashi Shimizu
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Bill Pullman, Jason Behr, William Mapother, Clea DuVall, KaDee Strickland
Sinopse:
Uma enfermeira americana que mora e trabalha em Tóquio acaba tendo contato com uma misteriosa maldição sobrenatural desconhecida, que se manifesta em sombras e na presença de uma estranha figura que surge na escuridão das noites.
Comentários:
Esse filme de terror é na realidade um remake feito em Hollywood. O filme original oriental foi chamado "Ju-On: The Grudge". Após assisti-lo em uma festival de cinema o diretor Sam Raimi decidiu comprar os direitos do roteiro para fazer uma versão ocidental da história. Para isso ele resolveu não estragar o que já era bom, contratando o diretor japonês Takashi Shimizu. O resultado ficou muito bom, é inegável dizer. Essa mistura entre contos orientais de terror com as técnicas cinematográficas da indústria americana de cinema costuma mesmo dar certo, inclusive nas bilheterias. "O Grito" foi altamente lucrativo para o estúdio. Produção relativamente barata (custou meros 30 milhões de dólares para ser produzido) acabou faturando mais de 200 milhões nos cinemas. Sucesso de público, êxito comercial. E isso tendo Sarah Michelle Gellar como atriz principal. Ela que no cinema nunca foi grande coisa, se destacando mais na TV, na série teen "Buffy: A Caça-Vampiros" nos anos 90. Pois é, quando um filme tem que dar certo, nada acaba atrapalhando seu sucesso. Além disso o filme tem um bom clima de suspense, valorizando sempre o jogo de luz e sombras nas cenas mais assustadoras. É uma tradição dos filmes de terror do oriente, sempre valorizando mais a sugestão do que o uso de efeitos especiais. O resultado é acima da média. Um filme ideal para se assistir nas madrugadas, com todas as luzes apagadas.
Pablo Aluísio.
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