quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Chamado 2

Título no Brasil: O Chamado 2
Título Original: The Ring Two
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Ehren Kruger, Kôji Suzuki
Elenco: Naomi Watts, Sissy Spacek, Emily VanCamp, David Dorfman, Elizabeth Perkins, Daveigh Chase  

Sinopse:
Seis meses após os incidentes envolvendo o videotape letal, que leva à morte todos que o assistem, novas pistas provam que há um novo mal à espreita na escuridão. Samara, ao que tudo indica, está pronta para fazer novas vítimas de sua maldição macabra.  Filme indicado ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor filme de terror do ano.  

Comentários:
Toda companhia cinematográfica precisa de uma boa franquia de terror em seu catálogo, afinal são filmes, via de regra, baratos, que acabam rendendo ótimas bilheterias nos cinemas. Com o estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks Pictures, não seria diferente. E essa franquia, que também é uma adaptação do terror oriental feito sob medida para o público ocidental, apresenta como bônus uma personagem marcante, que fez nome entre os fãs de terror. Claro, estou falando da criatura do poço, a Samara, aqui interpretada pela atriz Daveigh Chase. Afinal de contas, todas as franquias de terror de sucesso precisam se apoiar em um vilão bem simbólico, que fique na mente do público. Outro destaque vem da presença da atriz Sissy Spacek. Essa foi uma escolha pessoal de Spielberg que queria homenagear o grande clássico do terror moderno, "Carrie, a Estranha". Por fim, cabem todos os elogios ao cineasta japonês Hideo Nakata. Ele conseguiu, como poucos, manter o clima de suspense e tensão da primeira à última cena. Mesmo quando nada de muito aterrorizante acontece, fica sempre no ar aquele clima de que algo está errado, estranho... e que tudo pode acontecer na próxima cena. Excelente trabalho de direção.

Pablo Aluísio.

O Grito

Título no Brasil: O Grito
Título Original: The Grudge
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Takashi Shimizu
Roteiro: Stephen Susco, Takashi Shimizu
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Bill Pullman, Jason Behr, William Mapother, Clea DuVall, KaDee Strickland

Sinopse:
Uma enfermeira americana que mora e trabalha em Tóquio acaba tendo contato com uma misteriosa maldição sobrenatural desconhecida, que se manifesta em sombras e na presença de uma estranha figura que surge na escuridão das noites.

Comentários:
Esse filme de terror é na realidade um remake feito em Hollywood. O filme original oriental foi chamado "Ju-On: The Grudge". Após assisti-lo em uma festival de cinema o diretor Sam Raimi decidiu comprar os direitos do roteiro para fazer uma versão ocidental da história. Para isso ele resolveu não estragar o que já era bom, contratando o diretor japonês Takashi Shimizu. O resultado ficou muito bom, é inegável dizer. Essa mistura entre contos orientais de terror com as técnicas cinematográficas da indústria americana de cinema costuma mesmo dar certo, inclusive nas bilheterias. "O Grito" foi altamente lucrativo para o estúdio. Produção relativamente barata (custou meros 30 milhões de dólares para ser produzido) acabou faturando mais de 200 milhões nos cinemas. Sucesso de público, êxito comercial. E isso tendo Sarah Michelle Gellar como atriz principal. Ela que no cinema nunca foi grande coisa, se destacando mais na TV, na série teen "Buffy: A Caça-Vampiros" nos anos 90. Pois é, quando um filme tem que dar certo, nada acaba atrapalhando seu sucesso. Além disso o filme tem um bom clima de suspense, valorizando sempre o jogo de luz e sombras nas cenas mais assustadoras. É uma tradição dos filmes de terror do oriente, sempre valorizando mais a sugestão do que o uso de efeitos especiais. O resultado é acima da média. Um filme ideal para se assistir nas madrugadas, com todas as luzes apagadas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Já Estou Com Saudades

Título no Brasil: Já Estou Com Saudades
Título Original: Miss You Already
Ano de Produção: 2015
País: Inglaterra
Estúdio: S Films, New Sparta Film
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Morwenna Banks
Elenco: Drew Barrymore, Toni Collette, Jacqueline Bisset, Dominic Cooper, Grace Schneider, Sophie Holland

Sinopse:
O filme conta a história de duas amigas, interpretadas pelas atrizes Drew Barrymore e Toni Collette. São proximas desde a infância e juntas passam por momentos crucais em suas vidas. Enquanto uma descobre que está com câncer de mama, a outra se vê grávida pela primeira vez, após anos tentando ter um filho.

Comentários:
Bom drama sobre as adversidades da vida. O roteiro celebra a vida, a amizade, ao mesmo tempo em que procura mostrar também a fragilidade da vida humana, onde tudo pode mudar em questão de dias. A personagem de Toni Collette está morrendo de câncer. Ela sofre bastante com o tratamento, com a quimioterapia que a faz perder peso e seus cabelos. O filme se foca bastante em seu sofrimento pessoal, mas não fica apenas nisso. Ele também traz a alegria da personagem interpretada pela atriz Drew Barrymore, que consegue ficar grávida após anos de tentativas ao lado de seu marido. Mulheres bem comuns, ligadas pelos traços de amizade que as une por décadas. Pelo tema tratado eu indicaria esse filme especialmente para pessoas que estejam passando por esse tipo de drama, com pessoas e familiares sofrendo com essa terrível doença. A forma como o roteiro explora esse tema é bem respeitosa e ao mesmo tempo até didática. A personagem de Toni Collette tem filhos menores, crianças, que precisam entender o conceito da morte, algo sempre complicado de se fazer nessa dura realidade. Assim deixo a recomendação de um bom drama, valorizado pelo trabalho da dupla central de atrizes, ambas em momento de puro talento na tela.

Pablo Aluísio.

Tirando o Atraso

Título no Brasil: Tirando o Atraso
Título Original: Dirty Grandpa
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Dan Mazer
Roteiro: John Phillips
Elenco: Robert De Niro, Zac Efron, Zoey Deutch, Aubrey Plaza, Jason Mantzoukas, Dermot Mulroney

Sinopse:
Após a morte da esposa, Dick Kelly (Robert De Niro) pede para que seu neto, Jason (Zac Efron) o leve de carro até a Flórida. Só que na verdade o que Dick quer mesmo é aproveitar sua nova vida, dando em cima de garotas e indo para todo tipo de festa que encontrar pela frente. O que ele quer mesmo é curtir a vida.

Comentários:
Existe um tipo de comédia que vem sendo produzida nos Estados Unidos nos últimos anos que deixa as piadas e situações engraçadas de lado para investir na pura vulgaridade, na grosseria. Os diálogos são cheios de palavrões desnecessários. Infelizmente é o caso desse filme. O ator Robert De Niro não precisava atuar em algo tão ruim. Acredito inclusive que seu público tenha ficado bem decepcionado. E o pior de tudo é que esse roteiro poderia dispensar toda essa baixaria sem problema nenhum. Teria ficado mais interessante, sem dúvida. Aliás o roteiro é cheio de defeitos. Tem aquela tentativa péssima de misturar cenas de puro pastelão com momentos falsamente piegas. As situações são clichês demais, resvalando para a vergonha alheia. O personagem do Zac Efron, um jovem advogado com casamento marcado, inclusive poderia ter sido muito melhor explorado. Enfim, essa é uma daquelas comédias que não acertam em quase nada. Um festival de erros de cima a baixo. Tudo fraco e ruim. Uma perda de tempo completa. Robert De Niro deveria respeitar mais a sua própria história no cinema.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A Face Oculta da Lei

Título no Brasil: A Face Oculta da Lei
Título Original: Dark Blue
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Alphaville Films, Cosmic Pictures
Direção: Ron Shelton
Roteiro: James Ellroy, David Ayer
Elenco: Kurt Russell, Ving Rhames, Scott Speedman, Brendan Gleeson, Michael Michele, Dash Mihok

Sinopse:
Em uma Los Angeles tumultuada pela morte de um negro chamado Rodney King, um policial linha dura interpretado pelo ator Kurt Russell não tem vida fácil. A corregedoria está em seu encalço, por causa das denúncias de abuso policial. Além disso ele precisa preparar um grupo de jovens policiais para a realidade das ruas violentas da cidade.

Comentários:
Um filme como esse seria complicado de ser produzido nos dias atuais. A questão da brutalidade policial envolvendo afrodescendentes continua na ordem do dia. Então ter como protagonista um tira que nem sempre respeitasse a lei, seria no mínimo algo explosivo. Não é para menos que esse filme sumiu do mapa, não sendo exibido mais em lugar nenhum. Seu roteiro pode ser interpretado de forma equivocada. E, pelo visto, mesmo após tantos anos (a história do filme se passa nos anos 90) os problemas raciais envolvendo os policiais americanos só pioraram com o passar dos anos. Parece mesmo algo sem solução. De qualquer forma, visto apenas como uma fita policial, esse filme até que é bem interessante. Tem boas cenas de ação e um roteiro que procura explorar a diferença entre o que manda a lei e o que acontece nas ruas de uma grande cidade americana. O tira de Kurt Russell é um sujeito forjado justamente nessas ruas, onde apenas o mais forte consegue sobreviver ao final de mais um dia de brutalidade, insanidade e violência.

Pablo Aluísio.

Rede de Intrigas

Título no Brasil: Rede de Intrigas
Título Original: .com for Murder
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Omega Entertainment
Direção: Nico Mastorakis
Roteiro: Nico Mastorakis
Elenco: Nastassja Kinski, Jeffery Dean, Nicollette Sheridan, Huey Lewis, Jeffery Dean, Melinda Clarke

Sinopse:
Este thriller psicológico, que se passa no mundo de alta tecnologia, desvenda o lado sombrio da Internet. Sondra Brummel está se recuperando de um acidente de esqui na mansão de seu namorado e acidentalmente entra em contato com um possível assassino em uma sala de chat na Internet. Ela e sua amiga Mist assim acabam entrando em um jogo virtual que se torna muito real e perigoso.

Comentários:
Esse filme B de ação acabou se tornando uma sobrevida na já decadente carreira da atriz Nastassja Kinski. Nos anos 80 ele foi celebrada como uma das mulheres mais bonitas e sensuais do cinema, fazendo sucesso em filmes como "A Marca da Pantera" e "Tess", produções que a despeito de terem muita qualidade cinematográfica, também apelavam bastante para a imagem sensual da atriz. Os anos foram se passando, ela foi desaparecendo aos poucos e de repente em 2002 surgiu nessa produção que poucas pessoas viram. O roteiro até que é bem pensado, procurando tirar proveito do uso cada vez mais popular da internet, porém é também bem clichê, caindo muitas vezes no lugar comum de filmes desse mesmo tipo. O que mais me incomodou foi a falta de motivação de agir do vilão. Por que ele faz tudo aquilo? É uma coisa que ficou sem respostas. De qualquer forma, para uma preguiçosa tarde na frente da TV a cabo ainda pode vir a funcionar, mesmo que por apenas duas horas. É um passatempo apenas, para ver e esquecer logo em seguida.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de novembro de 2020

O Maestro

Título no Brasil: O Maestro
Título Original: The Maestro
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Phillm Productions
Direção: Adam Cushman
Roteiro: C.V. Herst
Elenco: Alex Essoe, Xander Berkeley, Sarah Clarke, Bobby Campo, Mackenzie Astin, Kristen Gutoskie

Sinopse:
Após o fim da II Grande Guerra Mundial, um veterano da marinha dos Estados Unidos dá baixa e vai para Los Angeles. Ele quer realizar o sonho de ser um pianista profissional, um compositor de sucesso. Acaba se tornando aluno de um velho maestro, um imigrante italiano, que compõe temas para filmes em Hollywood.

Comentários:
Esse filme me agradou. É um drama bem simples, mas interessante, mostrando a jornada de um homem, ex-militar, que deseja viver da música. Claro que ele não encontra apoio em ninguém, muito menos em sua família. O pai, um empresário, quer passar sua fábrica para que ele a administre, mas isso não o interessa. Ele quer mesmo viver de sua arte. Sem dinheiro, acaba indo morar em uma pensão administrada por uma megera, uma mulher extremamente mal humorada que ofende e difama quem lhe passa pela frente. Ao mesmo tempo se matricula para ter aulas com um maestro veterano que vai lhe dar aulas não apenas de piano, mas também de vida. Um aspecto curioso desse roteiro é que o personagem do maestro foi inspirado na vida real de inúmeros compositores da década de 1940 que criavam temas para os filmes, mas não ganhavam sequer o reconhecimento nos créditos quando essas produções eram exibidas nos cinemas, mostrando bem como podiam ser canalhas os produtores dos grandes estúdios da capital do cinema, Hollywood. Enfim, um bom filme. Para quem ficar interessado em assistir ele vem sendo exibido com regularidade na grade de programação do canal a cabo Cinemax.

Pablo Aluísio.

O Medalhão

Título no Brasil: O Medalhão
Título Original: The Medallion
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos,  Hong Kong
Estúdio:  Emperor Multimedia Group
Direção: Gordon Chan
Roteiro: Alfred Cheung, Bennett Davlin
Elenco: Jackie Chan, Lee Evans, Claire Forlani, Julian Sands, John Rhys-Davies, Christy Chung

Sinopse:
Um detetive de Hong Kong sofre um acidente fatal envolvendo um medalhão misterioso e é transformado em um guerreiro imortal com poderes sobre-humanos. Agora Jackie Chan e seus aliados vão tentar evitar que o medalhão caia nas mãos erradas.

Comentários:
Em minha vida de cinéfilo eu nunca fui muito fã de filmes de artes marciais. Nem mesmo dos grandes mestres como Bruce Lee, que sempre foi respeitado demais até por quem nunca fez parte desse tipo de público espectador. E em relação ao Jackie Chan sempre torci o nariz. Ele é um lutador e acrobata talentoso. Reconheço seus méritos como artista do entretenimento oriental, mas falando a verdade, abrindo o jogo, nunca fui de correr atrás de seus filmes. Esse aqui assisti na TV a cabo, muito provavelmente na HBO. Assisti e achei apenas uma fita honesta que entrega aquilo que promete para seus admiradores. No meu caso achei o o filme apenas uma Sessão da Tarde sem muito interesse. O tédio, não pude evitar, bateu no meio de tantas cenas coreografadas de lutas. Inegavelmente eu fiquei entediado com tudo. Não funcionou para mim. Lamento dizer.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de novembro de 2020

Fúria Incontrolável

Esse é o novo filme do ator Russell Crowe. De maneira em geral sempre tenho críticas a fazer em relação aos títulos traduzidos em nossa língua portuguesa, mas devo dizer que esse aqui,"Fúria Incontrolável", é muito adequado ao filme. E a fúria começa logo na primeira cena. O personagem de Russell Crowe, identificado apenas como "The Man" (O homem) desce de seu carro e com um martelo de construção civil derruba a porta da casa da ex-mulher. Ela grita e seu amante tenta controlar o invasor, mas em vão. Com o mesmo martelo em mãos, ele então decide se vingar da ex-esposa. Mata o amante e depois a mata com requintes de crueldade. Não satisfeito coloca fogo na casa. Sai, pega seu carro e vai embora, como se nada tivesse acontecido. Na manhã do dia seguinte, a jovem mãe Rachel (Caren Pistorius) está levando o filho para a escola. Sua vida está desmoronando. O ex-marido pede sua casa no processo de divórcio. Ela vive estressada, sem dinheiro para criar o filho e  é demitida pelo celular... enfim, o puro caos pessoal. E para piorar ainda mais sua vida, ela cruza com o psicótico interpretado por Russell Crowe no trânsito. Ele para no sinal e quando esse abre, não vai adiante. Ela fica possessa de raiva, buzina e grita. Ele, o insano assassino, decide não deixar barato. Vai fazer de tudo para transformar a vids daquela mulher em um verdadeiro inferno. Misógino e assassino, ele tem ódio de todas as mulheres.

Olha, eu gostei desse thriller de violência e ação chamado"Fúria Incontrolável". A história é simples, apenas uma mulher que está no lugar errado, na hora errada e age de forma não pensada. E basta apenas isso para ela virar a caça de um insano, um psicopata que se sente injustiçado pelo mundo e que agora quer se vingar dele, nem que para isso tenha matar inocentes que cruzem seu caminho. Filme relativamente curto e ágil, tem na interpretação de Russell Crowe um dos pontos altos. Ele está bem diferente de seus filmes do passado. Está bem mais velho e engordou muito, mas isso é de menor importância. A carga de ira e fúria violenta que ele imprime ao seu papel é algo poderoso. Vai impressionar muita gente. Esse filme foi lançado nos cinemas americanos em agosto, bem no centro dessa pandemia que parece não ter fim. Apesar de muitos cinemas estarem fechados e o público claramente ter medo de ir para as salas, o filme acabou fazendo boa carreira comercial. Seu lançamento nas telas foi uma tentativa de manter a indústria cinematográfica viva nesses tempos complicados. Agora em novembro está prevista a estreia nos cinemas brasileiros. Será que o público nacional vai assistir? O que posso dizer é que é um bom filme que vai valer a pipoca e a coragem de entrar em um cinema em tempos de coronavírus.

Fúria Incontrolável (Unhinged, Estados Unidos, 2020) Direção: Derrick Borte / Roteiro: Carl Ellsworth / Elenco: Russell Crowe, Caren Pistorius, Gabriel Bateman, Jimmi Simpson / Sinopse: Após o divórcio, onde perdeu praticamente tudo, um homem em fúria decide se vingar da ex-esposa e seu amante. Após o crime, cai na estrada e acaba esbarrando em uma jovem mãe estressada, que ousa buzinar para que ele saia da frente em um sinal. E esse simples ato acaba desencadeando uma série de violência e insanidade sem limites.

Pablo Aluísio.

O Jogador

Título no Brasil: O Jogador
Título Original: The Player
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Avenue Pictures
Direção: Robert Altman
Roteiro: Michael Tolkin
Elenco: Tim Robbins, Greta Scacchi, Whoopi Goldberg, Dean Stockwell, Fred Ward, Sydney Pollack

Sinopse:
Um executivo de um grande estúdio de Hollywood passa a receber ameaças de morte de um escritor e roteirista cujo roteiro ele rejeitou no passado. O problema é descobrir quem seria essa pessoa, afinal de contas ele recusou centenas e centenas de roteiros ao longo de sua vida. Era parte de seu trabalho analisar roteiros todos os dias.

Comentários:
Robert Altman usou esse filme para, adivinhe? Isso mesmo, criticar Hollywood, seu sistema e o esquema dos grandes estúdios, onde imperavam (ou imperam) a vontade de produtores que pouco sabem ou conhecem sobre arte. E é desnecessário lembrar que o próprio Altman foi vítima desse sistema por anos e anos. Não foi à toa que ele se tornou muito cedo um cineasta independente. E as coisas, como se sabe, só pioraram nos anos 90 porque foi nessa década que o controle acionário dos estúdios de Hollywood foram parar nas mãos de magnatas de outros setores da economia. A Columbia, por exemplo, foi comprada por executivos japoneses. A decisão sobre a produção de filmes passou a ser feita apenas por homens de negócios. A Academia entendeu o recado e indicou o filme ao Oscar nas categorias de melhor direção, roteiro e edição. Não venceu, mas no Globo de Ouro acabou sendo premiado como melhor filme - comédia ou musical. Premiação mais do que justa. E deixando todas essas questões de lado, é inegável reconhecer que esse filme, ainda hoje muito lembrado pelos admiradores do cineasta, foi sem dúvida um dos melhores filmes da fase final de sua rica e produtiva filmografia.

Pablo Aluísio.