Título no Brasil: O Retorno do Superman
Título Original: Return of Superman
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jake Castorena, Sam Liu
Roteiro: Peter Tomasi
Elenco: Jerry O'Connell, Rebecca Romijn, Rainn Wilson, Rosario Dawson, Nathan Fillion, Christopher Gorham
Sinopse:
Após a morte do Superman uma série de novos "heróis" surgem, todos querendo tomar o lugar do homem de aço. Só que o verdadeiro Clark Kent está se recuperando na fortaleza da solidão para retornar de volta à vida. Animação baseada no personagem de quadrinhos criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.
Comentários:
Essa animação é a continuação de "A Morte do Superman". Nos Estados Unidos foi lançado em DVD duplo com as duas animações. O curioso é que essa segunda animação é bem mais completa, mais longa e com mais personagens que o primeiro filme. Isso não significa que seja melhor. Na verdade os roteiristas aqui apenas seguiram os quarinhos originais, quase na íntegra. Eu particularmente não achei tão legal ver um monte de novos aspirantes a Superman, tentando tomar o seu lugar. Há um jovem clone criado por Lex Luthor, um Superman Cyborg, outro todo blindado com aço, um que usa uma espécie de óculos poderoso e por aí vai. Outro aspecto digno de nota é que somando as duas animações temos quase 3 horas de desenho animado! Duração de longa-metragem épico de Hollywood! No geral até curti o conjunto da obra. É interessante dizer também que essa animação compila dezenas e dezenas de edições de quadrinhos do Superman. Assim fica mesmo mais fácil conhecer esse arco narrativo apenas assistindo as animações, até porque os gibis originais lançados lá pelas décadas de 80 e 90 são mais do que raros hoje em dia.
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de maio de 2020
sábado, 23 de maio de 2020
As Loucuras de Rose
Título no Brasil: As Loucuras de Rose
Título Original: Wild Rose
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Escócia
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Tom Harper
Roteiro: Nicole Taylor
Elenco: Jessie Buckley, Matt Costello, Jane Patterson, James Harkness, Julie Walters, Louise Mccarthy
Sinopse:
Após sair da prisão, a jovem Rose-Lynn (Jessie Buckley) precisa reconstruir sua vida. Ela sonha se tornar cantora country, mas mora em Glasgow, na Escócia, o que torna tudo mais complicado. Para sobreviver acaba trabalhando como diarista, fazendo faxina, mas sem nunca abandonar seu sonho de vida. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor atriz (Jessie Buckley).
Comentários:
O título nacional desse filme é realmente péssimo. Dá a entender que se trata de uma comédia ou algo assim. Nada mais longe da proposta do filme que poderia ser definido, com certas reservas, como um drama musical. A protagonista tem um sonho estranho para uma garota escocesa de sua idade, que é fazer sucesso cantando country music, um tipo de música muito enraizada na cultura dos Estados Unidos. O sonho dela aliás é ir para Nashville onde sonha se tornar uma grande cantora desse estilo musical. Só que há uma diferença entre os sonhos e o mundo real. São coisas bem diferentes. E embora tenha talento, é muito complicado sair do contexto cultural onde ela nasceu e vive para tentar fazer sucesso em um universo que nunca foi o dela. Afinal quem iria comprar um disco de uma cantora country nascida na Escócia? Gostei muito do trabalho da atriz irlandesa Jessie Buckley nesse filme. Ela não apenas dá conta das cenas de palco, como também na parte de dramaturgia do filme. A ruiva trouxe também trejeitos bem comuns de uma garota da classe trabalhadora, com forte sotaque e maneiras mais rudes de ser. E como não poderia deixar de ser em um filme como esse, a trilha sonora também é muito boa, cheia de boas músicas de country, novas e antigas. Tudo muito agradável do ponto de vista puramente musical.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wild Rose
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Escócia
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Tom Harper
Roteiro: Nicole Taylor
Elenco: Jessie Buckley, Matt Costello, Jane Patterson, James Harkness, Julie Walters, Louise Mccarthy
Sinopse:
Após sair da prisão, a jovem Rose-Lynn (Jessie Buckley) precisa reconstruir sua vida. Ela sonha se tornar cantora country, mas mora em Glasgow, na Escócia, o que torna tudo mais complicado. Para sobreviver acaba trabalhando como diarista, fazendo faxina, mas sem nunca abandonar seu sonho de vida. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor atriz (Jessie Buckley).
Comentários:
O título nacional desse filme é realmente péssimo. Dá a entender que se trata de uma comédia ou algo assim. Nada mais longe da proposta do filme que poderia ser definido, com certas reservas, como um drama musical. A protagonista tem um sonho estranho para uma garota escocesa de sua idade, que é fazer sucesso cantando country music, um tipo de música muito enraizada na cultura dos Estados Unidos. O sonho dela aliás é ir para Nashville onde sonha se tornar uma grande cantora desse estilo musical. Só que há uma diferença entre os sonhos e o mundo real. São coisas bem diferentes. E embora tenha talento, é muito complicado sair do contexto cultural onde ela nasceu e vive para tentar fazer sucesso em um universo que nunca foi o dela. Afinal quem iria comprar um disco de uma cantora country nascida na Escócia? Gostei muito do trabalho da atriz irlandesa Jessie Buckley nesse filme. Ela não apenas dá conta das cenas de palco, como também na parte de dramaturgia do filme. A ruiva trouxe também trejeitos bem comuns de uma garota da classe trabalhadora, com forte sotaque e maneiras mais rudes de ser. E como não poderia deixar de ser em um filme como esse, a trilha sonora também é muito boa, cheia de boas músicas de country, novas e antigas. Tudo muito agradável do ponto de vista puramente musical.
Pablo Aluísio.
A Embriaguez do Sucesso
Título no Brasil: A Embriaguez do Sucesso
Título Original: Sweet Smell of Success
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Alexander Mackendrick
Roteiro: Clifford Odets, Ernest Lehman
Elenco: Burt Lancaster, Tony Curtis, Susan Harrison, Martin Milner, Jeff Donnell, Sam Levene
Sinopse:
Poderoso, mas antiético, colunista da Broadway J.J. Hunsecker (Burt Lancaster) obriga o inescrupuloso agente de imprensa Sidney Falco (Tony Curtis) a terminar o romance de sua irmã com um músico de jazz. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor ator (Tony Curtis).
Comentários:
Excelente filme clássico onde a dupla central de atores surpreende. Burt Lancaster era visto como um herói dos filmes de aventura. Ele começou sua carreira no circo e se tornou famoso no cinema por causa de seus personagens atléticos, cheios de força e honestidade. Já Tony Curtis foi um dos galãs mais populares de sua época. Ele tinha um raro talento para comédias românticas, onde seu tipo se encaixava perfeitamente bem. Pois tanto Lancaster como Curtis decidiram deixar essas imagens para trás nesse filme. Aqui eles interpretam tipos asquerosos e sem ética, que usam de tudo para manipular as pessoas, atingindo assim seus objetivos nada nobres. É uma disputa de sordidez para ver quem é o mais inescrupuloso, o mais mau-caráter dos dois. Para atores que construíram suas carreiras em cima da imagem de protagonistas bonzinhos foi uma mudança e tanto. O filme também surpreende pela qualidade. A fotografia em bonito preto e branco captou as ruas reais de Nova Iorque, fugindo do esquema de filmagem dentro de estúdios que era tão comum em Los Angeles. Isso trouxe um realismo incrível ao filme. Enfim, uma ótima amostra de ousadia na era de ouro em Hollywood, em um filme onde não havia protagonistas, mas apenas antagonistas. Foi um serviço completo de vilania e bom cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sweet Smell of Success
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Alexander Mackendrick
Roteiro: Clifford Odets, Ernest Lehman
Elenco: Burt Lancaster, Tony Curtis, Susan Harrison, Martin Milner, Jeff Donnell, Sam Levene
Sinopse:
Poderoso, mas antiético, colunista da Broadway J.J. Hunsecker (Burt Lancaster) obriga o inescrupuloso agente de imprensa Sidney Falco (Tony Curtis) a terminar o romance de sua irmã com um músico de jazz. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor ator (Tony Curtis).
Comentários:
Excelente filme clássico onde a dupla central de atores surpreende. Burt Lancaster era visto como um herói dos filmes de aventura. Ele começou sua carreira no circo e se tornou famoso no cinema por causa de seus personagens atléticos, cheios de força e honestidade. Já Tony Curtis foi um dos galãs mais populares de sua época. Ele tinha um raro talento para comédias românticas, onde seu tipo se encaixava perfeitamente bem. Pois tanto Lancaster como Curtis decidiram deixar essas imagens para trás nesse filme. Aqui eles interpretam tipos asquerosos e sem ética, que usam de tudo para manipular as pessoas, atingindo assim seus objetivos nada nobres. É uma disputa de sordidez para ver quem é o mais inescrupuloso, o mais mau-caráter dos dois. Para atores que construíram suas carreiras em cima da imagem de protagonistas bonzinhos foi uma mudança e tanto. O filme também surpreende pela qualidade. A fotografia em bonito preto e branco captou as ruas reais de Nova Iorque, fugindo do esquema de filmagem dentro de estúdios que era tão comum em Los Angeles. Isso trouxe um realismo incrível ao filme. Enfim, uma ótima amostra de ousadia na era de ouro em Hollywood, em um filme onde não havia protagonistas, mas apenas antagonistas. Foi um serviço completo de vilania e bom cinema.
Pablo Aluísio.
A Rosa
Título no Brasil: A Rosa
Título Original: The Rose
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mark Rydell
Roteiro: Bill Kerby, Bo Goldman
Elenco: Bette Midler, Alan Bates, Frederic Forrest, Harry Dean Stanton, Barry Primus, David Keith
Sinopse:
Rose (Bette Midler) é uma jovem cantora com vários problemas emocionais que começa a fazer finalmente sucesso em sua carreira. Só que tudo desaba quando ela se envolve com drogas e com pessoas erradas, que apenas querem explorar seu talento musical. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor edição de som e melhor edição.
Comentários:
Esse filme não foi o primeiro filme da carreira de Bette Midler como muitas pessoas pensam. Na realidade ela já havia atuado em outras produções. "A Rosa" foi sim seu primeiro grande filme de sucesso. Lançado no final da década de 1970 era na realidade uma cinebiografia disfarçada da vida da cantora Janis Joplin. Os produtores porém não podiam usar seu nome e com medo de processos produziram esse filme que a despeito de ter um enredo ficcional, trazia mesmo muitos elementos da vida de Joplin, falecida alguns anos antes por overdose de drogas. O grande destaque desse drama foi obviamente a excelente atuação da atriz Bette Midler. Aliás esse é certamente o melhor filme de sua carreira, até porque ele iria abandonar dramas como esse para atuar em comédias, filmes menores e sem muita importância. O resultado de seu esforço foi tão bom que ela foi indicada ao Oscar, assim como seu colega de elenco, Frederic Forrest. No Globo de Ouro ela se saiu melhor, sendo premiada como melhor atriz naquele ano. Nada mais justo, ainda mais sabendo-se que esse foi um verdadeiro desafio que ela conseguiu vencer, com todos os méritos pessoais e profissionais.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Rose
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mark Rydell
Roteiro: Bill Kerby, Bo Goldman
Elenco: Bette Midler, Alan Bates, Frederic Forrest, Harry Dean Stanton, Barry Primus, David Keith
Sinopse:
Rose (Bette Midler) é uma jovem cantora com vários problemas emocionais que começa a fazer finalmente sucesso em sua carreira. Só que tudo desaba quando ela se envolve com drogas e com pessoas erradas, que apenas querem explorar seu talento musical. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor edição de som e melhor edição.
Comentários:
Esse filme não foi o primeiro filme da carreira de Bette Midler como muitas pessoas pensam. Na realidade ela já havia atuado em outras produções. "A Rosa" foi sim seu primeiro grande filme de sucesso. Lançado no final da década de 1970 era na realidade uma cinebiografia disfarçada da vida da cantora Janis Joplin. Os produtores porém não podiam usar seu nome e com medo de processos produziram esse filme que a despeito de ter um enredo ficcional, trazia mesmo muitos elementos da vida de Joplin, falecida alguns anos antes por overdose de drogas. O grande destaque desse drama foi obviamente a excelente atuação da atriz Bette Midler. Aliás esse é certamente o melhor filme de sua carreira, até porque ele iria abandonar dramas como esse para atuar em comédias, filmes menores e sem muita importância. O resultado de seu esforço foi tão bom que ela foi indicada ao Oscar, assim como seu colega de elenco, Frederic Forrest. No Globo de Ouro ela se saiu melhor, sendo premiada como melhor atriz naquele ano. Nada mais justo, ainda mais sabendo-se que esse foi um verdadeiro desafio que ela conseguiu vencer, com todos os méritos pessoais e profissionais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
Olhando para trás descobrimos que na realidade existiram dois Jesse James. O primeiro é fruto da imaginação de dezenas de escritores do século XIX que escrevendo pequenos livros de bolso criaram todo um mito em torno de seu nome. Esse é o Jesse James do imaginário popular, das aventuras mirabolantes e dos feitos épicos. É um personagem de literatura barata. O outro Jesse James é o real, da história. Esse era basicamente um pistoleiro, ladrão de bancos e assaltante de trens. Um sujeito frio, paranoico e martirizado pela constante perseguição que lhe era feita pelos homens da lei na época. Em sua longa trajetória nas telas de cinema, os dois lados de Jesse James raramente se encontraram. Ou ele era retratado de acordo com o personagem de literatura, de ficção, ou ele surgia em filmes numa visão mais realista. O grande mérito dessa produção enfocando Jesse James é que pela primeira vez tomamos consciência dessa dualidade envolvendo seu nome. Isso é bem claro na caracterização de Robert Ford. No começo da história ele é apenas um garoto deslumbrado em fazer parte do bando de Jesse James (naquele momento uma sombra do que era antes, pois todos os membros originais de sua gangue ou estavam mortos ou presos). Bob Ford espera encontrar o Jesse James que lia em seus livros de bolso (aos quais colecionava e adorava). O que encontra porém é apenas um homem frio, bipolar, cismado, que não confia em absolutamente ninguém.
Não tenho receio de afirmar que esse é o filme mais fiel aos acontecimentos históricos já feito sobre Jesse James. Mostrando os últimos momentos do criminoso, vamos acompanhando o caos em que se transformou sua vida. Com a cabeça a prêmio, procurado em vários Estados, mudando de cidade constantemente com sua família, James é apenas um pedaço do que um dia foi. Para piorar, ao seu lado agora, não estão mais seus antigos homens de confiança, mas sim garotos novatos como Bob Ford, pessoas aos quais ele não consegue confiar. A relação de Robert Ford e Jesse James aliás é uma das melhores coisas de todo o filme. Acompanhamos a decepção de Ford, na realidade um fã, com seu ídolo Jesse James. O que começa com desapontamento e decepção, acaba indo para algo bem mais complexo o que culminará nos acontecimentos trágicos que já conhecemos da história do famoso pistoleiro. Os trinta minutos finais do filme são vitais para quem gosta de história do velho oeste pois reconstituem com riqueza de detalhes a morte de Jesse James. Um primor de reconstituição histórica.
A produção aliás é toda do mais alto nível, o uso de bonita fotografia traz muito valor para o resultado final, usando da natureza para criar um clima de fina melancolia e falta de esperança. A produção concorreu aos Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck). Para ser sincero deveria ter vencido ambos, pois tanto a atuação de Casey quanto a linda fotografia são realmente impecáveis. Em poucas palavras, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” é uma aula de história que não se aprende na escola. Simplesmente obrigatório para fãs de western.
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Dominik / Roteiro: Andrew Dominik / Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Mary-Louise Parker, Zooey Deschanel, Sam Shepard, Sam Rockwell / Sinopse: Após uma vida de crimes, os irmãos Jesse e Frank James desistem de continuar com seus assaltos a trem e a bancos. Frank se retira e vai morar em outra cidade. Jesse James (Brad Pitt) porém decide executar um último grande assalto ao lado de um grupo de jovens e novatos, entre eles os irmãos Ford. O mais jovem deles, Bob Ford (Casey Affleck) é um fã confesso do famoso pistoleiro. Mal sabiam o que o destino lhes reservavam.
Pablo Aluísio.
Não tenho receio de afirmar que esse é o filme mais fiel aos acontecimentos históricos já feito sobre Jesse James. Mostrando os últimos momentos do criminoso, vamos acompanhando o caos em que se transformou sua vida. Com a cabeça a prêmio, procurado em vários Estados, mudando de cidade constantemente com sua família, James é apenas um pedaço do que um dia foi. Para piorar, ao seu lado agora, não estão mais seus antigos homens de confiança, mas sim garotos novatos como Bob Ford, pessoas aos quais ele não consegue confiar. A relação de Robert Ford e Jesse James aliás é uma das melhores coisas de todo o filme. Acompanhamos a decepção de Ford, na realidade um fã, com seu ídolo Jesse James. O que começa com desapontamento e decepção, acaba indo para algo bem mais complexo o que culminará nos acontecimentos trágicos que já conhecemos da história do famoso pistoleiro. Os trinta minutos finais do filme são vitais para quem gosta de história do velho oeste pois reconstituem com riqueza de detalhes a morte de Jesse James. Um primor de reconstituição histórica.
A produção aliás é toda do mais alto nível, o uso de bonita fotografia traz muito valor para o resultado final, usando da natureza para criar um clima de fina melancolia e falta de esperança. A produção concorreu aos Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck). Para ser sincero deveria ter vencido ambos, pois tanto a atuação de Casey quanto a linda fotografia são realmente impecáveis. Em poucas palavras, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” é uma aula de história que não se aprende na escola. Simplesmente obrigatório para fãs de western.
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Dominik / Roteiro: Andrew Dominik / Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Mary-Louise Parker, Zooey Deschanel, Sam Shepard, Sam Rockwell / Sinopse: Após uma vida de crimes, os irmãos Jesse e Frank James desistem de continuar com seus assaltos a trem e a bancos. Frank se retira e vai morar em outra cidade. Jesse James (Brad Pitt) porém decide executar um último grande assalto ao lado de um grupo de jovens e novatos, entre eles os irmãos Ford. O mais jovem deles, Bob Ford (Casey Affleck) é um fã confesso do famoso pistoleiro. Mal sabiam o que o destino lhes reservavam.
Pablo Aluísio.
Feitiço da Lua
Título no Brasil: Feitiço da Lua
Título Original: Moonstruck
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Cher, Nicolas Cage, Olympia Dukakis, Vincent Gardenia, Danny Aiello, Julie Bovasso
Sinopse:
Loretta Castorini (Cher) é uma mulher viúva que pensa novamente em se casar. Então ela fica noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), um homem bem mais velho, só que pouco antes de se casar com ele, Loretta acaba se apaixonando pelo padeiro Ronny Cammareri (Nicolas Cage). Uma paixão que vai trazer muitos problemas para ela.
Comentários:
Esse filme era para ser apenas mais uma comédia romântica dos anos 80, mas surpreendeu a todos quando ganhou uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme! Algo realmente inacreditável, já que a academia nunca teve muito apreço por esse gênero cinematográfico. Porém mais incrível de tudo foi que a cantora Cher acabou levando o Oscar de melhor atriz! Ela, em minha opinião, nunca foi uma grande atriz, mas deu muito certo no mundo do cinema, muito mais do que as outras cantoras que tentaram fazer essa transição do mundo da música para o mundo do cinema. O diferencial é que a Cher sempre foi uma daquelas mulheres com personalidade muito marcante e ela sempre levou isso para suas personagens. Acabou que todo mundo acreditou que ela era realmente uma excelente atriz. É a valha fórmula do tipo "se colar, colou". E no caso dela deu certo mesmo. A grande veterana Olympia Dukakis também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante, fazendo com que o filme levasse os dois prêmios femininos principais daquela edição do Oscar. Nada mal mesmo. E o Nicolas Cage? Bom, essa foi uma fase em que ele escolhia criteriosamente os filmes em que atuava. Nada parecido com os dias de hoje onde ele atua em qualquer bomba que lhe oferecem. Então é isso, deixo aqui a dica para quem é fã da Cher. Esse foi o maior filme da carreira dela no cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moonstruck
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Cher, Nicolas Cage, Olympia Dukakis, Vincent Gardenia, Danny Aiello, Julie Bovasso
Sinopse:
Loretta Castorini (Cher) é uma mulher viúva que pensa novamente em se casar. Então ela fica noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), um homem bem mais velho, só que pouco antes de se casar com ele, Loretta acaba se apaixonando pelo padeiro Ronny Cammareri (Nicolas Cage). Uma paixão que vai trazer muitos problemas para ela.
Comentários:
Esse filme era para ser apenas mais uma comédia romântica dos anos 80, mas surpreendeu a todos quando ganhou uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme! Algo realmente inacreditável, já que a academia nunca teve muito apreço por esse gênero cinematográfico. Porém mais incrível de tudo foi que a cantora Cher acabou levando o Oscar de melhor atriz! Ela, em minha opinião, nunca foi uma grande atriz, mas deu muito certo no mundo do cinema, muito mais do que as outras cantoras que tentaram fazer essa transição do mundo da música para o mundo do cinema. O diferencial é que a Cher sempre foi uma daquelas mulheres com personalidade muito marcante e ela sempre levou isso para suas personagens. Acabou que todo mundo acreditou que ela era realmente uma excelente atriz. É a valha fórmula do tipo "se colar, colou". E no caso dela deu certo mesmo. A grande veterana Olympia Dukakis também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante, fazendo com que o filme levasse os dois prêmios femininos principais daquela edição do Oscar. Nada mal mesmo. E o Nicolas Cage? Bom, essa foi uma fase em que ele escolhia criteriosamente os filmes em que atuava. Nada parecido com os dias de hoje onde ele atua em qualquer bomba que lhe oferecem. Então é isso, deixo aqui a dica para quem é fã da Cher. Esse foi o maior filme da carreira dela no cinema.
Pablo Aluísio.
Baleias de Agosto
Título no Brasil: Baleias de Agosto
Título Original: The Whales of August
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Nelson Entertainment
Direção: Lindsay Anderson
Roteiro: David Berry
Elenco: Bette Davis, Lillian Gish, Vincent Price, Mary Steenburgen, Ann Sothern, Harry Carey Jr
Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por David Berry, o filme conta a história de duas irmãs idosas, chamadas Libby Strong (Bette Davis) e Sarah Webber (Lillian Gish), que moram na Filadélfia, mas que no verão ficam juntas na cabana da família em uma ilha na costa do Maine. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ann Sothern).
Comentários:
Filme maravilhoso, contando com duas grandes veteranas da história do cinema, Bette Davis e Lillian Gish. A história do filme é basicamente uma alegoria que poderia ser relacionada à vida das próprias atrizes, aqui no crepúsculo de suas vidas. Inclusive foi o penúltimo filme de Davis, que viria a falecer dois anos depois. E como ela está grandiosa nesse filme, mesmo interpretando uma mulher que está chegando ao fim de sua vida. O roteiro valoriza bastante a diferença de personalidades das duas irmãs. Uma tenta ainda manter uma vida com energia, otimismo. Ela tem planos e adora a vida. A outra sente o peso da velhice. Está praticamente cega, tem uma personalidade mais introvertida e percebe que o fim está próximo. Mesmo assim elas procuram uma ligação emocional, não apenas com o lugar, que fez parte da história familiar delas, como também com conhecidos e vizinhos. Um filme belo, com um roteiro que traz muitas lições de vida. A chegada da idade também é a chegada da sabedoria e da plenitude para muitos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Whales of August
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Nelson Entertainment
Direção: Lindsay Anderson
Roteiro: David Berry
Elenco: Bette Davis, Lillian Gish, Vincent Price, Mary Steenburgen, Ann Sothern, Harry Carey Jr
Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por David Berry, o filme conta a história de duas irmãs idosas, chamadas Libby Strong (Bette Davis) e Sarah Webber (Lillian Gish), que moram na Filadélfia, mas que no verão ficam juntas na cabana da família em uma ilha na costa do Maine. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ann Sothern).
Comentários:
Filme maravilhoso, contando com duas grandes veteranas da história do cinema, Bette Davis e Lillian Gish. A história do filme é basicamente uma alegoria que poderia ser relacionada à vida das próprias atrizes, aqui no crepúsculo de suas vidas. Inclusive foi o penúltimo filme de Davis, que viria a falecer dois anos depois. E como ela está grandiosa nesse filme, mesmo interpretando uma mulher que está chegando ao fim de sua vida. O roteiro valoriza bastante a diferença de personalidades das duas irmãs. Uma tenta ainda manter uma vida com energia, otimismo. Ela tem planos e adora a vida. A outra sente o peso da velhice. Está praticamente cega, tem uma personalidade mais introvertida e percebe que o fim está próximo. Mesmo assim elas procuram uma ligação emocional, não apenas com o lugar, que fez parte da história familiar delas, como também com conhecidos e vizinhos. Um filme belo, com um roteiro que traz muitas lições de vida. A chegada da idade também é a chegada da sabedoria e da plenitude para muitos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
O Homem de Alcatraz
Título no Brasil: O Homem de Alcatraz
Título Original: Birdman of Alcatraz
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Guy Trosper
Elenco: Burt Lancaster, Karl Malden, Thelma Ritter, Neville Brand, Betty Field, Telly Savalas
Sinopse:
A história do filme é baseada em fatos reais, com roteiro adaptado do livro escrito por Thomas E. Gaddis. Robert Stroud (Burt Lancaster) é um prisioneiro federal que cumpre pena na prisão de morte em Alcatraz, na Baía de San Francisco. Ele ficou famoso ao se tornar, de forma completamente autodidata dentro da prisão, uma autoridade sobre assuntos científicos envolvendo pássaros.
Comentários:
Esse filme é maravilhoso, se tornando até mesmo emocionante. Ele mostra, através da história real de um prisioneiro americano em Alcatraz, a capacidade do ser humano em superar adversidades. O protagonista supera o fato de sofrer uma condenação à morte para tentar se tornar um homem melhor. Durante uma manhã um passarinho pousa na janela de sua cela. O animal está ferido. Então ele começa a tratar a ave. Isso inicia um interesse pessoal dele por ciência, por biologia. Ele então começa a estudar os pássaros, estudando dia e noite, se tornando um dos maiores experts no assunto em seu país. Assim começa uma campanha fora da cadeia para que ele não seja executado, afinal ele se mostra completamente recuperado, virando mesmo um homem sábio dentro da cadeia, mostrando que nem as paredes de uma prisão podem cercear o desejo de um homem em busca do conhecimento e da ciência. O filme é perfeito como obra cinematográfica em si, embora tenha sofrido diversas críticas em seu lançamento original por supostamente romancear demais a personalidade de Robert Stroud. Na vida real ele era sim extremamente inteligente, com alto QI, algo que o roteiro do filme deixa bem claro, porém tinha também uma personalidade perigosa e violenta, um tanto diferente do bondoso personagem interpretado por Burt Lancaster. Isso porém não apaga o fato de que esse é um grande filme. Como puro cinema é nota 10 com louvor. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Burt Lancaster), melhor ator coadjuvante (Telly Savalas), melhor atriz coadjuvante (Thelma Ritter) e melhor direção de fotografia (Burnett Guffey).
Pablo Aluísio.
Título Original: Birdman of Alcatraz
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Guy Trosper
Elenco: Burt Lancaster, Karl Malden, Thelma Ritter, Neville Brand, Betty Field, Telly Savalas
Sinopse:
A história do filme é baseada em fatos reais, com roteiro adaptado do livro escrito por Thomas E. Gaddis. Robert Stroud (Burt Lancaster) é um prisioneiro federal que cumpre pena na prisão de morte em Alcatraz, na Baía de San Francisco. Ele ficou famoso ao se tornar, de forma completamente autodidata dentro da prisão, uma autoridade sobre assuntos científicos envolvendo pássaros.
Comentários:
Esse filme é maravilhoso, se tornando até mesmo emocionante. Ele mostra, através da história real de um prisioneiro americano em Alcatraz, a capacidade do ser humano em superar adversidades. O protagonista supera o fato de sofrer uma condenação à morte para tentar se tornar um homem melhor. Durante uma manhã um passarinho pousa na janela de sua cela. O animal está ferido. Então ele começa a tratar a ave. Isso inicia um interesse pessoal dele por ciência, por biologia. Ele então começa a estudar os pássaros, estudando dia e noite, se tornando um dos maiores experts no assunto em seu país. Assim começa uma campanha fora da cadeia para que ele não seja executado, afinal ele se mostra completamente recuperado, virando mesmo um homem sábio dentro da cadeia, mostrando que nem as paredes de uma prisão podem cercear o desejo de um homem em busca do conhecimento e da ciência. O filme é perfeito como obra cinematográfica em si, embora tenha sofrido diversas críticas em seu lançamento original por supostamente romancear demais a personalidade de Robert Stroud. Na vida real ele era sim extremamente inteligente, com alto QI, algo que o roteiro do filme deixa bem claro, porém tinha também uma personalidade perigosa e violenta, um tanto diferente do bondoso personagem interpretado por Burt Lancaster. Isso porém não apaga o fato de que esse é um grande filme. Como puro cinema é nota 10 com louvor. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Burt Lancaster), melhor ator coadjuvante (Telly Savalas), melhor atriz coadjuvante (Thelma Ritter) e melhor direção de fotografia (Burnett Guffey).
Pablo Aluísio.
Uma Janela para o Amor
Título no Brasil: Uma Janela para o Amor
Título Original: A Room with a View
Ano de Produção: 1985
País: Inglaterra
Estúdio: Goldcrest Films International
Direção: James Ivory
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Helena Bonham Carter, Maggie Smith, Judi Dench, Julian Sands, Daniel Day-Lewis, Denholm Elliott
Sinopse:
Com roteiro baseado no romance escrito por E.M. Forster, o filme conta a história da jovem aristocrática inglesa Lucy Honeychurch (Helena Bonham Carter). No começo do século XX ela decide fazer uma viagem até Florença, onde descobre um grande amor. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor ator coadjuvante (Denholm Elliott), melhor atriz coadjuvante (Maggie Smith), melhor direção (James Ivory) e melhor diração de fotografia (Tony Pierce-Roberts).
Comentários:
Esse filme concorreu em oito categorias do Oscar, se saindo vencedor em três (roteiro adaptado, direção de arte e figurino). Merecia mais prêmios, afinal foi o filme mais caro rodado na Inglaterra naquele ano, custando mais de 50 milhões de dólares (um padrão elevado para os anos 80). E de fato é uma produção de encher os olhos do espectador, com uma primorosa recriação da fase histórica onde a história do filme se passa. O brilhante cineasta James Ivory sempre foi um artesão da sétima arte, criando uma "parceria" com o obra de E.M. Forster que resultou em algumas produções que com o passar do tempo foram elevadas para a categoria de obras-primas da sétima arte. Outro destaque dessa produção foi a reunião de atrizes inglesas de gerações diversas, todas consideradas as mais talentosas de sua época, com destaque para Maggie Smith (sempre ótima, aqui sendo premiada por seu trabalho com o Globo de Ouro), Judi Dench (a grande dama da dramaturgia inglesa) e Helena Bonham Carter (Já se destacando em seu primeiro grande filme internacional). E o elenco masculino não fica muito atrás, contando com o excelente Daniel Day-Lewis em um papel coadjuvante. Algo inimaginável de acontecer nos dias de hoje. Enfim, esse filme é um verdadeiro primor do cinema. Um daqueles itens que não podem ficar de fora na coleção de qualquer cinéfilo que se preze.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Room with a View
Ano de Produção: 1985
País: Inglaterra
Estúdio: Goldcrest Films International
Direção: James Ivory
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Helena Bonham Carter, Maggie Smith, Judi Dench, Julian Sands, Daniel Day-Lewis, Denholm Elliott
Sinopse:
Com roteiro baseado no romance escrito por E.M. Forster, o filme conta a história da jovem aristocrática inglesa Lucy Honeychurch (Helena Bonham Carter). No começo do século XX ela decide fazer uma viagem até Florença, onde descobre um grande amor. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor ator coadjuvante (Denholm Elliott), melhor atriz coadjuvante (Maggie Smith), melhor direção (James Ivory) e melhor diração de fotografia (Tony Pierce-Roberts).
Comentários:
Esse filme concorreu em oito categorias do Oscar, se saindo vencedor em três (roteiro adaptado, direção de arte e figurino). Merecia mais prêmios, afinal foi o filme mais caro rodado na Inglaterra naquele ano, custando mais de 50 milhões de dólares (um padrão elevado para os anos 80). E de fato é uma produção de encher os olhos do espectador, com uma primorosa recriação da fase histórica onde a história do filme se passa. O brilhante cineasta James Ivory sempre foi um artesão da sétima arte, criando uma "parceria" com o obra de E.M. Forster que resultou em algumas produções que com o passar do tempo foram elevadas para a categoria de obras-primas da sétima arte. Outro destaque dessa produção foi a reunião de atrizes inglesas de gerações diversas, todas consideradas as mais talentosas de sua época, com destaque para Maggie Smith (sempre ótima, aqui sendo premiada por seu trabalho com o Globo de Ouro), Judi Dench (a grande dama da dramaturgia inglesa) e Helena Bonham Carter (Já se destacando em seu primeiro grande filme internacional). E o elenco masculino não fica muito atrás, contando com o excelente Daniel Day-Lewis em um papel coadjuvante. Algo inimaginável de acontecer nos dias de hoje. Enfim, esse filme é um verdadeiro primor do cinema. Um daqueles itens que não podem ficar de fora na coleção de qualquer cinéfilo que se preze.
Pablo Aluísio.
Veludo Azul
Título no Brasil: Veludo Azul
Título Original: Blue Velvet
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: De Laurentiis Entertainment Group
Direção: David Lynch
Roteiro: David Lynch
Elenco: Isabella Rossellini, Kyle MacLachlan, Dennis Hopper, Laura Dern, Hope Lange, Dean Stockwell
Sinopse:
O jovem Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) encontra uma orelha decepada em um jardim. Em busca de respostas ele acaba caindo no lado mais obscuro de sua cidade, onde convivem estranhas pessoas como a cantora Dorothy Vallens (Isabella Rossellini) e o viciado perigoso Frank Booth (Dennis Hopper). Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção (David Lynch).
Comentários:
Nunca foi a intenção do diretor David Lynch fazer um cinema convencional, dentro dos padrões. Pelo contrário, ele sempre preferiu o lado estranho e bizarro do mundo. Seus filmes, seus roteiros, rejeitam o normal, o comum. Esse "Veludo Azul" segue sendo um exemplo perfeito do tipo de cinema que ele sempre procurou fazer. E é também uma amostra da qualidade cinematográfica que ele atingiu em sua carreira. Em termos gerais é um filme de complicada definição. Na época de seu lançamento original muitos críticos afirmaram que era um tipo de novo cinema noir, utilizando a estética dos anos 40 em um cinema atual. Sim, há elementos noir nesse roteiro, inclusive ambientação, clima, etc, porém o estilo de David Lynch também é bem peculiar e singular, nada comparado com essa antiga escola cinematográfica. O saldo final é muito interessante. O espectador comum vai achar tudo meio estranho, com aspectos que não fazem muito sentido. O cinéfilo mais veterano por outro lado vai bater palmas para a coragem de Lynch, que aqui ousou sair do lugar comum, do banal e saturado cinema comercial americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Blue Velvet
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: De Laurentiis Entertainment Group
Direção: David Lynch
Roteiro: David Lynch
Elenco: Isabella Rossellini, Kyle MacLachlan, Dennis Hopper, Laura Dern, Hope Lange, Dean Stockwell
Sinopse:
O jovem Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) encontra uma orelha decepada em um jardim. Em busca de respostas ele acaba caindo no lado mais obscuro de sua cidade, onde convivem estranhas pessoas como a cantora Dorothy Vallens (Isabella Rossellini) e o viciado perigoso Frank Booth (Dennis Hopper). Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção (David Lynch).
Comentários:
Nunca foi a intenção do diretor David Lynch fazer um cinema convencional, dentro dos padrões. Pelo contrário, ele sempre preferiu o lado estranho e bizarro do mundo. Seus filmes, seus roteiros, rejeitam o normal, o comum. Esse "Veludo Azul" segue sendo um exemplo perfeito do tipo de cinema que ele sempre procurou fazer. E é também uma amostra da qualidade cinematográfica que ele atingiu em sua carreira. Em termos gerais é um filme de complicada definição. Na época de seu lançamento original muitos críticos afirmaram que era um tipo de novo cinema noir, utilizando a estética dos anos 40 em um cinema atual. Sim, há elementos noir nesse roteiro, inclusive ambientação, clima, etc, porém o estilo de David Lynch também é bem peculiar e singular, nada comparado com essa antiga escola cinematográfica. O saldo final é muito interessante. O espectador comum vai achar tudo meio estranho, com aspectos que não fazem muito sentido. O cinéfilo mais veterano por outro lado vai bater palmas para a coragem de Lynch, que aqui ousou sair do lugar comum, do banal e saturado cinema comercial americano.
Pablo Aluísio.
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