Título no Brasil: Newton Boys - Irmãos Fora-da-Lei
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.
Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
O Apóstolo
Título no Brasil: O Apóstolo
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de dezembro de 2016
A Garota Dinamarquesa
O filme se passa na década de 1920, na fria Dinamarca. Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal de artistas que tentam viver de seus quadros. São até bem felizes diante das circunstâncias. Tudo caminha bem até Einar começar a apresentar um comportamento fora dos padrões da época. Eventualmente ele se veste de mulher para posar para a esposa, que está sempre explorando a imagem feminina em suas pinturas. Com o tempo porém Einar começa a tomar gosto pelos vestidos e roupas feitas para o universo feminino. Mais do que isso, ele começa a ter uma certa repulsa por sua personalidade masculina. Em pouco tempo surge uma versão feminina de si mesmo chamada Lili Elbe. Nem precisa dizer que o casamento entra em crise. A esposa Gerda até leva numa boa as primeiras manifestações desse lado afeminado do marido, mas tudo desanda quando ele começa não apenas a se vestir como uma mulher, mas a também se envolver com outros homens. Diante de uma situação tão delicada acaba confessando para a esposa que em seu passado teve algumas experiências homossexuais. A esposa, que sempre viu o marido como um homem heterossexual, fica obviamente sem chão com a nova situação e assim ambos decidem procurar por ajuda médica. Naqueles tempos a homossexualidade era considerada uma doença, algo a ser tratado.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título no Brasil: Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.
Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.
Pablo Aluísio.
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.
Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de dezembro de 2016
Lone Star - A Estrela Solitária
Título no Brasil: Lone Star - A Estrela Solitária
Título Original: Lone Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Sayles
Roteiro: John Sayles
Elenco: Chris Cooper, Kris Kristofferson, Matthew McConaughey, Elizabeth Peña
Sinopse:
Os restos mortais de um homem assassinado é encontrado em um condado distante do Texas chamado Rio County. O xerife da localidade Sam Deeds (Chris Cooper) começa então a investigar o crime. Pelo estado da vítima ele foi morto há muitos anos. Isso leva o xerife a suspeitar de um velho policial, Charlie Wade (Kris Kristofferson). Conhecido como corrupto e racista, ele foi inimigo do próprio pai de Sam, o honesto xerife Buddy Deeds (Matthew McConaughey). Teria aquele crime algo a ver com o passado violento do lugar? Só o tempo dirá.
Comentários:
Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro (assinado pelo próprio diretor John Sayles), essa produção é certamente um dos melhores filmes policiais dos anos 90. O filme tem duas linhas narrativas, uma no presente e outra no passado. Ligando ambas as épocas surge um crime, que foi cometido há muitos anos. Na região existia um conhecido policial corrupto, interpretado pelo cantor country Kris Kristofferson em uma das suas melhores atuações no cinema. Sujeito inescrupuloso, extremamente racista e perseguidor (com suspeitas de ser um líder do grupo Ku Klux Klan) seu nome vai surgindo cada vez mais com frequência durante as investigações. Esse "Dirty Cop" foi um inimigo declarado do pai falecido do próprio xerife que vai comandando as investigações. Muito bem produzido o filme vale bastante, não apenas em relação ao ótimo roteiro, mas também ao elenco. Matthew McConaughey ainda não era um astro e esse foi um dos seus primeiros grandes filmes, sob um ponto de vista de qualidade. Com elenco todo coeso, ótimo argumento, boa reconstituição de época e uma trama que não deixa o espectador perder o interesse em nenhum momento, esse é um daqueles filmes que merecem ser redescobertos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lone Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Sayles
Roteiro: John Sayles
Elenco: Chris Cooper, Kris Kristofferson, Matthew McConaughey, Elizabeth Peña
Sinopse:
Os restos mortais de um homem assassinado é encontrado em um condado distante do Texas chamado Rio County. O xerife da localidade Sam Deeds (Chris Cooper) começa então a investigar o crime. Pelo estado da vítima ele foi morto há muitos anos. Isso leva o xerife a suspeitar de um velho policial, Charlie Wade (Kris Kristofferson). Conhecido como corrupto e racista, ele foi inimigo do próprio pai de Sam, o honesto xerife Buddy Deeds (Matthew McConaughey). Teria aquele crime algo a ver com o passado violento do lugar? Só o tempo dirá.
Comentários:
Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro (assinado pelo próprio diretor John Sayles), essa produção é certamente um dos melhores filmes policiais dos anos 90. O filme tem duas linhas narrativas, uma no presente e outra no passado. Ligando ambas as épocas surge um crime, que foi cometido há muitos anos. Na região existia um conhecido policial corrupto, interpretado pelo cantor country Kris Kristofferson em uma das suas melhores atuações no cinema. Sujeito inescrupuloso, extremamente racista e perseguidor (com suspeitas de ser um líder do grupo Ku Klux Klan) seu nome vai surgindo cada vez mais com frequência durante as investigações. Esse "Dirty Cop" foi um inimigo declarado do pai falecido do próprio xerife que vai comandando as investigações. Muito bem produzido o filme vale bastante, não apenas em relação ao ótimo roteiro, mas também ao elenco. Matthew McConaughey ainda não era um astro e esse foi um dos seus primeiros grandes filmes, sob um ponto de vista de qualidade. Com elenco todo coeso, ótimo argumento, boa reconstituição de época e uma trama que não deixa o espectador perder o interesse em nenhum momento, esse é um daqueles filmes que merecem ser redescobertos.
Pablo Aluísio.
Lolita
Título no Brasil: Lolita
Título Original: Lolita
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: The Samuel Goldwyn Company
Direção: Adrian Lyne
Roteiro: Stephen Schiff
Elenco: Jeremy Irons, Dominique Swain, Melanie Griffith, Frank Langella
Sinopse:
O intelectual e professor Dr. Humbert Humbert (Jeremy Irons) começa um flerte com Charlotte Haze (Melanie Griffith), uma mulher liberal, mas acaba ficando obcecado mesmo por sua filha de 14 anos, a adolescente Dolores 'Lolita' Haze (Dominique Swain) que logo percebe seu interesse indisfarçavel. Mesmo ainda muito jovem ela então começa um jogo de sedução com aquele homem bem mais velho, testando os limites da moralidade da época. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards.
Comentários:
Vladimir Nabokov publicou sua obra mais conhecida "Lolita" em 1955. Esse livro causou todos os tipos de polêmicas desde que chegou ao mercado pela primeira vez. Acusado de escandaloso por uns, de genial por outros, uma coisa é certa: não é uma obra que se possa ignorar. O livro inclusive foi considerado um dos cem melhores romances já escritos na história. De fato é um texto extremamente bem escrito. Qual seria então o motivo da controvérsia? Simples, o tema sempre foi considerado explosivo demais, envolvendo os desejos de um homem mais velho por uma jovem adolescente, a tal Lolita que acabou virando sinônimo de sensualidade juvenil em praticamente todas as línguas. Essa não é a primeira adaptação cinematográfica, pois em 1962 o diretor Stanley Kubrick já havia feito sua versão com Sue Lyon no papel principal. Obviamente considero a obra de Kubrick bem mais relevante do que essa aqui de Adrian Lyne. Mesmo assim não tiro também os méritos dessa adaptação dos anos 90, principalmente por causa da boa atuação do sempre interessante Jeremy Irons. Ele segura o filme no quesito atuação praticamente sozinho, pois a jovem Dominique Swain que interpreta Lolita passou longe de atuar bem, sendo que o mesmo se pode dizer de Melanie Griffith, bem estranha, com muitas plásticas no rosto, que destoam da época histórica em que o enredo se passa. É em suma um bom filme, com bonita fotografia e o melhor de tudo: procurando ser o mais fiel possível ao texto original do grande Nabokov.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lolita
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: The Samuel Goldwyn Company
Direção: Adrian Lyne
Roteiro: Stephen Schiff
Elenco: Jeremy Irons, Dominique Swain, Melanie Griffith, Frank Langella
Sinopse:
O intelectual e professor Dr. Humbert Humbert (Jeremy Irons) começa um flerte com Charlotte Haze (Melanie Griffith), uma mulher liberal, mas acaba ficando obcecado mesmo por sua filha de 14 anos, a adolescente Dolores 'Lolita' Haze (Dominique Swain) que logo percebe seu interesse indisfarçavel. Mesmo ainda muito jovem ela então começa um jogo de sedução com aquele homem bem mais velho, testando os limites da moralidade da época. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards.
Comentários:
Vladimir Nabokov publicou sua obra mais conhecida "Lolita" em 1955. Esse livro causou todos os tipos de polêmicas desde que chegou ao mercado pela primeira vez. Acusado de escandaloso por uns, de genial por outros, uma coisa é certa: não é uma obra que se possa ignorar. O livro inclusive foi considerado um dos cem melhores romances já escritos na história. De fato é um texto extremamente bem escrito. Qual seria então o motivo da controvérsia? Simples, o tema sempre foi considerado explosivo demais, envolvendo os desejos de um homem mais velho por uma jovem adolescente, a tal Lolita que acabou virando sinônimo de sensualidade juvenil em praticamente todas as línguas. Essa não é a primeira adaptação cinematográfica, pois em 1962 o diretor Stanley Kubrick já havia feito sua versão com Sue Lyon no papel principal. Obviamente considero a obra de Kubrick bem mais relevante do que essa aqui de Adrian Lyne. Mesmo assim não tiro também os méritos dessa adaptação dos anos 90, principalmente por causa da boa atuação do sempre interessante Jeremy Irons. Ele segura o filme no quesito atuação praticamente sozinho, pois a jovem Dominique Swain que interpreta Lolita passou longe de atuar bem, sendo que o mesmo se pode dizer de Melanie Griffith, bem estranha, com muitas plásticas no rosto, que destoam da época histórica em que o enredo se passa. É em suma um bom filme, com bonita fotografia e o melhor de tudo: procurando ser o mais fiel possível ao texto original do grande Nabokov.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
O Homem Irracional
"Quando eu era jovem queria mudar o mundo. Hoje cheguei na conclusão de que tudo o que eu consegui me tornar foi em um intelectual passivo e broxa!" - Assim, com esse pensamento demolidor, o professor de filosofia Abe Luccas (Joaquin Phoenix) se auto define nesse novo filme do cineasta Woody Allen. Esse "O Homem Irracional" assim começa muito bem. Há um protagonista interessante, um professor fracassado, depressivo, que procura por um sentido maior em sua vida. Pena que depois de pouco tempo desse começo promissor o roteiro se perca, tentando ser pop e comercial demais - um problema que que tem se repetido nos filmes mais recentes de Allen. O diretor parece ter optado por fazer um filme de humor negro sobre um assassino improvável, que só desejava mesmo encontrar um sentido na sua vida, mesmo que usando dos meios mais absurdos e irracionais. Para trazer essa dose de cianureto para cada momento, Allen usa e abusa de uma narração em off, que vai explicando aos poucos as motivações e pensamentos do casal protagonista. Ele, um professor com problemas pessoais que toma uma atitude extremista e ela uma aluna apaixonada platonicamente pelo professor que ela considera o mais inteligente, o mais interessante e o mais cativante homem que ela já conheceu na sua vida. No fundo não passando de uma garota inteligente, mas boba, ela vai se envolvendo em uma situação limite.
Fazendo uma comparação rápida com os antigos filmes do diretor, principalmente os que ele dirigiu nas décadas de 70 e 80, ficamos com aquela sensação incômoda que Allen escolheu o caminho mais fácil. Ao invés de investir em excelentes diálogos, na conturbada vida pessoal de seu protagonista, tirando dramas existenciais de sua vida, o diretor preferiu investir em uma trama com um assassinato meio bobo, explicações pouco convincentes e um final de comédia da Sessão da Tarde. É uma pena que ao fazer tantas concessões comerciais Allen tenha perdido a chance de dirigir mais uma pequena obra prima em sua rica filmografia.
O Homem Irracional (Irrational Man, Estados Unidos, 2015) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Joaquin Phoenix, Emma Stone, Parker Posey / Sinopse: Professor universitário em crise encontra um novo sentido na vida ao planejar o assassinato de um juiz. Ele quer sentir o gosto e as experiências de matar um ser humano, enquanto se envolve com uma aluna e outra professora da universidade onde começa a trabalhar. Filme indicado ao prêmio da Alliance of Women Film Journalists e ao Jupiter Award na categoria Melhor Atriz (Emma Stone).
Pablo Aluísio.
Fazendo uma comparação rápida com os antigos filmes do diretor, principalmente os que ele dirigiu nas décadas de 70 e 80, ficamos com aquela sensação incômoda que Allen escolheu o caminho mais fácil. Ao invés de investir em excelentes diálogos, na conturbada vida pessoal de seu protagonista, tirando dramas existenciais de sua vida, o diretor preferiu investir em uma trama com um assassinato meio bobo, explicações pouco convincentes e um final de comédia da Sessão da Tarde. É uma pena que ao fazer tantas concessões comerciais Allen tenha perdido a chance de dirigir mais uma pequena obra prima em sua rica filmografia.
O Homem Irracional (Irrational Man, Estados Unidos, 2015) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Joaquin Phoenix, Emma Stone, Parker Posey / Sinopse: Professor universitário em crise encontra um novo sentido na vida ao planejar o assassinato de um juiz. Ele quer sentir o gosto e as experiências de matar um ser humano, enquanto se envolve com uma aluna e outra professora da universidade onde começa a trabalhar. Filme indicado ao prêmio da Alliance of Women Film Journalists e ao Jupiter Award na categoria Melhor Atriz (Emma Stone).
Pablo Aluísio.
For the Love of Spock
Excelente esse novo documentário sobre o ator Leonard Nimoy, ou melhor dizendo, o Sr. Spock. Sim, porque é impossível separar o ator de seu mais famoso personagem. O filme foi dirigido pelo filho de Leonard, Adam, e isso trouxe uma humanidade e uma familiaridade incrível para tudo o que se vê na tela. Logo no começo Adam explica que sua intenção inicial era realizar um documentário focado exclusivamente em Spock e sua repercussão dentro do universo cultural do século XX. Esses planos iniciais mudaram radicalmente quando o ator morreu em 2015, vítima de um câncer no pulmão, causado por anos de vício em cigarros. Assim, depois do necessário tempo de luto, Adam ampliou o raio de ação de seu projeto e resolveu contar a história do homem por trás de Spock. É um trabalho, volto a frisar, realmente excelente. Somos apresentados a um aspecto íntimo da vida de Nimoy, mostrando seus aspectos positivos, como uma férrea ética de trabalho, como também a aspectos negativos, como seu problema com as bebidas, seu relacionamento complicado com o próprio filho e seus traumas do passado. Filho de um simples barbeiro de Boston, Leonard nunca foi próximo ao próprio pai que jamais o incentivou a ser um ator, a transformar esse sonho em uma profissão.
Para sobreviver, enquanto a carreira de ator não dava certo, Nimoy se virou como foi possível, afinal ele já era pai de família, mas não conseguia trabalhos como ator (talvez, muito provavelmente, por causa de sua aparência diferente). Assim ele tentou ser vendedor, construiu aquários para vender, consertava bicicletas na vizinhança, o que aparecia pela frente. Sua vida porém mudou totalmente quando caiu nas graças do diretor e produtor Gene Roddenberry que viu na aparência de Leonard a imagem certa para interpretar um alien do planeta Vulcano, um sujeito que por ter um lado humano e outro alienígena, tentava represar suas emoções. A partir daí, como todos sabemos, tudo é história. O Sr. Spock virou um ícone popular e Adam Nimoy tenta capturar tudo o que gravita em torno desse personagem único. No final das contas temos um belíssimo trabalho de resgate, não apenas de Spock e sua influência na cultura e no mundo da ciência, mas também na figura do talentoso Nimoy que certamente teve uma vida longa e próspera sob todos os sentidos.
For the Love of Spock (Estados Unidos, 2016) Direção: Adam Nimoy / Roteiro: Adam Nimoy / Elenco: Leonard Nimoy, Adam Nimoy, William Shatner, Chris Pine, Zachary Quinto, George Takei, Nicholas Meyer, Jim Parsons / Sinopse: Documentário que conta a história do ator Leonard Nimoy e seu mais famoso personagem, o vulcano Dr. Spock da mitológica série de sucesso "Jornada nas Estrelas".
Pablo Aluísio.
Para sobreviver, enquanto a carreira de ator não dava certo, Nimoy se virou como foi possível, afinal ele já era pai de família, mas não conseguia trabalhos como ator (talvez, muito provavelmente, por causa de sua aparência diferente). Assim ele tentou ser vendedor, construiu aquários para vender, consertava bicicletas na vizinhança, o que aparecia pela frente. Sua vida porém mudou totalmente quando caiu nas graças do diretor e produtor Gene Roddenberry que viu na aparência de Leonard a imagem certa para interpretar um alien do planeta Vulcano, um sujeito que por ter um lado humano e outro alienígena, tentava represar suas emoções. A partir daí, como todos sabemos, tudo é história. O Sr. Spock virou um ícone popular e Adam Nimoy tenta capturar tudo o que gravita em torno desse personagem único. No final das contas temos um belíssimo trabalho de resgate, não apenas de Spock e sua influência na cultura e no mundo da ciência, mas também na figura do talentoso Nimoy que certamente teve uma vida longa e próspera sob todos os sentidos.
For the Love of Spock (Estados Unidos, 2016) Direção: Adam Nimoy / Roteiro: Adam Nimoy / Elenco: Leonard Nimoy, Adam Nimoy, William Shatner, Chris Pine, Zachary Quinto, George Takei, Nicholas Meyer, Jim Parsons / Sinopse: Documentário que conta a história do ator Leonard Nimoy e seu mais famoso personagem, o vulcano Dr. Spock da mitológica série de sucesso "Jornada nas Estrelas".
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Um Lobisomem Americano em Paris
Título no Brasil: Um Lobisomem Americano em Paris
Título Original: An American Werewolf in Paris
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Anthony Waller
Roteiro: Tim Burns
Elenco: Tom Everett Scott, Julie Delpy, Vince Vieluf
Sinopse:
Serafine Pigot (Julie Delpy) até parece uma garota normal. Apenas parece. Na verdade ela herdou por linhagem familiar uma maldição: a de se transformar em loba em determinadas circunstâncias (quando a lua cheia surge no horizonte, por exemplo). Desesperada com seu trágico destino ela resolve se matar, pulando da torre Eiffel em Paris. Acaba sendo salva por um turista americano, o jovem Andy McDermott (Tom Everett Scott). Em pouco tempo se apaixonam. Esse romance porém está obviamente fadado ao fracasso por causa justamente da maldição da lua cheia. Filme indicado ao Gérardmer Film Festival e ao MTV Movie Awards.
Comentários:
Continuação tardia e infeliz do clássico "Um Lobisomem Americano em Londres". É a tal coisa, pequenos clássicos modernos, como o filme original dessa série, não devem ganhar sequências apenas por questões financeiras. O primeiro filme só ganhou status ao longo dos anos, principalmente pelo seu roteiro sui generis e pela sempre lembrada cena de transformação em lobisomem (considerada até os dias de hoje uma das mais bem realizadas da história do cinema). Foi um ótimo terror que deveria ter ficado por aí. Acontece que a ganância dos produtores sempre fala mais alto e então resolveu-se produzir esse caça-níqueis sem graça. Aproveitando os avanços tecnológicos dos efeitos digitais o filme até capricha em cenas com os monstros - numa delas o werewolf sai de uma fonte e se balança para se enxugar, mostrando riqueza de detalhes em seus pelos. Claro que é uma cena extremamente bem feita tecnicamente, pena que o roteiro não teve o mesmo capricho. Tudo soa banal, sem novidades e cheio de clichês. O roteirista caiu na velha armadilha de escrever uma "estória igual, que pareça diferente!". Não convenceu ninguém e o filme fracassou nas bilheterias. Foi merecido.
Pablo Aluísio.
Título Original: An American Werewolf in Paris
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Anthony Waller
Roteiro: Tim Burns
Elenco: Tom Everett Scott, Julie Delpy, Vince Vieluf
Sinopse:
Serafine Pigot (Julie Delpy) até parece uma garota normal. Apenas parece. Na verdade ela herdou por linhagem familiar uma maldição: a de se transformar em loba em determinadas circunstâncias (quando a lua cheia surge no horizonte, por exemplo). Desesperada com seu trágico destino ela resolve se matar, pulando da torre Eiffel em Paris. Acaba sendo salva por um turista americano, o jovem Andy McDermott (Tom Everett Scott). Em pouco tempo se apaixonam. Esse romance porém está obviamente fadado ao fracasso por causa justamente da maldição da lua cheia. Filme indicado ao Gérardmer Film Festival e ao MTV Movie Awards.
Comentários:
Continuação tardia e infeliz do clássico "Um Lobisomem Americano em Londres". É a tal coisa, pequenos clássicos modernos, como o filme original dessa série, não devem ganhar sequências apenas por questões financeiras. O primeiro filme só ganhou status ao longo dos anos, principalmente pelo seu roteiro sui generis e pela sempre lembrada cena de transformação em lobisomem (considerada até os dias de hoje uma das mais bem realizadas da história do cinema). Foi um ótimo terror que deveria ter ficado por aí. Acontece que a ganância dos produtores sempre fala mais alto e então resolveu-se produzir esse caça-níqueis sem graça. Aproveitando os avanços tecnológicos dos efeitos digitais o filme até capricha em cenas com os monstros - numa delas o werewolf sai de uma fonte e se balança para se enxugar, mostrando riqueza de detalhes em seus pelos. Claro que é uma cena extremamente bem feita tecnicamente, pena que o roteiro não teve o mesmo capricho. Tudo soa banal, sem novidades e cheio de clichês. O roteirista caiu na velha armadilha de escrever uma "estória igual, que pareça diferente!". Não convenceu ninguém e o filme fracassou nas bilheterias. Foi merecido.
Pablo Aluísio.
Michelle e Obama
Título no Brasil: Michelle e Obama
Título Original: Southside with You
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Get Lifted Film Company
Direção: Richard Tanne
Roteiro: Richard Tanne
Elenco: Tika Sumpter, Parker Sawyers, Vanessa Bell Calloway
Sinopse:
Durante o verão de 1989 um jovem estudante chamado Barack Obama (Parker Sawyers) acaba conhecendo Michelle Robinson (Tika Sumpter). Aos poucos o interesse que era puramente de amizade se transforma em um relacionamento amoroso. Mal sabiam os dois o que o futuro lhes reservaria, pois em alguns anos Obama se tornaria o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos e Michelle seria uma das mais carismáticas mulheres a ocuparem o posto de primeira dama do país. Filme indicado ao grande prêmio do júri do Sundance Film Festival.
Comentários:
Eu sou completamente desconfiado e contra filmes que retratam políticos da atualidade. Isso é fácil de entender. Um filme como esse, feito ainda durante a presidência de Obama, fica com aquele cheirinho de chapa branca, de propaganda política disfarçada. Pior é saber que o filme foi lançado bem no meio do furacão da campanha presidencial dos Estados Unidos. Pense sinceramente: dá para confiar em uma obra cinematográfica que chega nas telas de cinema justamente nesse período? Não, não dá. Para confirmar ainda todas as suspeitas o roteiro tem um leve toque de contos de fadas romântico, onde o casal Obama e Michelle não se parece muito com pessoas reais, do dia a dia, mas sim com idealizações, com personagens irreais. Tecnicamente o filme é bem feito, apesar de seu custo modesto (o orçamento contou apenas com pouco mais de 1 milhão de dólares, o que em termos de Hollywood é quase nada), mas nada retira o cheiro de comercial disfarçado do bom mocismo do Partido Democrata, um partido que diga-se de passagem de santo não tem absolutamente nada!
Pablo Aluísio.
Título Original: Southside with You
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Get Lifted Film Company
Direção: Richard Tanne
Roteiro: Richard Tanne
Elenco: Tika Sumpter, Parker Sawyers, Vanessa Bell Calloway
Sinopse:
Durante o verão de 1989 um jovem estudante chamado Barack Obama (Parker Sawyers) acaba conhecendo Michelle Robinson (Tika Sumpter). Aos poucos o interesse que era puramente de amizade se transforma em um relacionamento amoroso. Mal sabiam os dois o que o futuro lhes reservaria, pois em alguns anos Obama se tornaria o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos e Michelle seria uma das mais carismáticas mulheres a ocuparem o posto de primeira dama do país. Filme indicado ao grande prêmio do júri do Sundance Film Festival.
Comentários:
Eu sou completamente desconfiado e contra filmes que retratam políticos da atualidade. Isso é fácil de entender. Um filme como esse, feito ainda durante a presidência de Obama, fica com aquele cheirinho de chapa branca, de propaganda política disfarçada. Pior é saber que o filme foi lançado bem no meio do furacão da campanha presidencial dos Estados Unidos. Pense sinceramente: dá para confiar em uma obra cinematográfica que chega nas telas de cinema justamente nesse período? Não, não dá. Para confirmar ainda todas as suspeitas o roteiro tem um leve toque de contos de fadas romântico, onde o casal Obama e Michelle não se parece muito com pessoas reais, do dia a dia, mas sim com idealizações, com personagens irreais. Tecnicamente o filme é bem feito, apesar de seu custo modesto (o orçamento contou apenas com pouco mais de 1 milhão de dólares, o que em termos de Hollywood é quase nada), mas nada retira o cheiro de comercial disfarçado do bom mocismo do Partido Democrata, um partido que diga-se de passagem de santo não tem absolutamente nada!
Pablo Aluísio.
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