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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Parceiros do Crime

Título no Brasil: Parceiros do Crime
Título Original: Killing Zoe
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Davis-Films
Direção: Roger Avary
Roteiro: Roger Avary
Elenco: Eric Stoltz, Julie Delpy, Martin Raymond, Eric Pascal Chaltiel, Jean-Hugues Anglade, Salvator Xuereb

Sinopse:
Um americano arruma um encontro com uma garota de seu hotel em Paris. Ela é uma estudante de arte que presta serviços em um banco. Parece uma pessoa normal, mas na verdade se trata de um arrombador de cofres. Ele planeja roubar um grande banco na capital francesa.

Comentários:
Esse filme foi produzido por Quentin Tarantino. Essa informação por si só, já valeria para manter o interesse nessa produção dos anos 90. É um filme de rioubo a bancos. Não foge muito ao tradicional, mas mantém um certo grau de originalidade. Principalmente no uso da violência, que é bem explícita. O grupo de assaltantes é bem heterogêneo e eles usam máscaras que seriam mais adequadas a um filme de terror. Curiosamente, o filme foi esquecido com o passar do tempo. Vejo pouca referência a ele nos dias atuais. Ainda assim, é um dos bons momentos de Tarantino no cinema. Embora ele não assine a direção e nem o roteiro, sua influência fica óbvia durante o filme. O modo de ser dos personagens, os diálogos e as cenas violentas. Tudo remete ao diretor. Pensando bem, ele poderia ter assinado esse filme tranquilamente. Seria mais adequado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Antes do Pôr-do-Sol

Título no Brasil: Antes do Pôr-do-Sol
Título Original: Before Sunset
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater, Kim Krizan
Elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy, Vernon Dobtcheff, Louise Lemoine Torrès, Rodolphe Pauly, Albert Delpy

Sinopse:
Um casal se reencontra por puro acaso em Paris, nove anos depois que se conheceram. Eles começam então a conversar, visitando os principais pontos da Cidade Luz. E entre idas e vindas começa a surgir um sentimento verdadeiro entre eles.

Comentários:
Esse é um filme que prioriza a atuação do elenco. Em praticamente todas as cenas temos apenas Ethan Hawke e Julie Delpy dialogando entre si. O teor dessas conversações e encontros é que mantém o fio condutor dessa história. Eu particularmente gostei bastante do resultado, embora reconheça que parte do público logo vai se cansar de tanta conversa, com esse estilo verbal excessivo de seu roteiro. Os dois personagens não conseguem chegar a um ponto final, estão sempre discutindo sobre as grandes questões da vida ou de sua próprio vida sentimental. Quem gosta do estilo do cinema francês vai certamente apreciar, já quem sempre teve birra com o desenvolvimento desse tipo de cinema vai provavelmente abandonar o filme pela metade. É um filme para se assistir com atenção, apreciando cada pensamento. O curioso é que houve muita improvisação dos atores em cena, levando inclusive Julie Delpy e Ethan Hawke aos devidos créditos no roteiro. Afinal de contas eles também construíram (e muito) essa história de amor não resolvido.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Um Lobisomem Americano em Paris

Título no Brasil: Um Lobisomem Americano em Paris
Título Original: An American Werewolf in Paris
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Hollywood Pictures
Direção: Anthony Waller
Roteiro: Tim Burns
Elenco: Tom Everett Scott, Julie Delpy, Vince Vieluf
  
Sinopse:
Serafine Pigot (Julie Delpy) até parece uma garota normal. Apenas parece. Na verdade ela herdou por linhagem familiar uma maldição: a de se transformar em loba em determinadas circunstâncias (quando a lua cheia surge no horizonte, por exemplo). Desesperada com seu trágico destino ela resolve se matar, pulando da torre Eiffel em Paris. Acaba sendo salva por um turista americano, o jovem Andy McDermott (Tom Everett Scott). Em pouco tempo se apaixonam. Esse romance porém está obviamente fadado ao fracasso por causa justamente da maldição da lua cheia. Filme indicado ao Gérardmer Film Festival e ao MTV Movie Awards.

Comentários:

Continuação tardia e infeliz do clássico "Um Lobisomem Americano em Londres". É a tal coisa, pequenos clássicos modernos, como o filme original dessa série, não devem ganhar sequências apenas por questões financeiras. O primeiro filme só ganhou status ao longo dos anos, principalmente pelo seu roteiro sui generis e pela sempre lembrada cena de transformação em lobisomem (considerada até os dias de hoje uma das mais bem realizadas da história do cinema). Foi um ótimo terror que deveria ter ficado por aí. Acontece que a ganância dos produtores sempre fala mais alto e então resolveu-se produzir esse caça-níqueis sem graça. Aproveitando os avanços tecnológicos dos efeitos digitais o filme até capricha em cenas com os monstros - numa delas o werewolf sai de uma fonte e se balança para se enxugar, mostrando riqueza de detalhes em seus pelos. Claro que é uma cena extremamente bem feita tecnicamente, pena que o roteiro não teve o mesmo capricho. Tudo soa banal, sem novidades e cheio de clichês. O roteirista caiu na velha armadilha de escrever uma "estória igual, que pareça diferente!". Não convenceu ninguém e o filme fracassou nas bilheterias. Foi merecido. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Condessa

Erzebet Bathory (Julie Delpy) é uma condessa húngara que se torna obcecada por beleza e juventude. Tentando a todo modo permanecer sempre jovial e bonita ela começa a se tornar ávida por sangue humano pois acredita ser esse um excelente modo de se manter sempre jovem e bela. Em sua mente perturbada nada seria mais rejuvenescedor do que tomar um grande banho de sangue humano em sua banheira imperial, hábito que logo cultivaria com frequência em seu castelo isolado. Em busca de mais e mais sangue de jovens donzelas ela começa a assassinar jovens criadas de seu próprio quadro de serviçais. Não satisfeita e sem ter mais a quem matar entre sua criadagem, ela começa a sumir com jovens nobres da sociedade. O fato logo chega aos ouvidos do Rei que alarmado envia um nobre de alta estirpe para investigar o caso. Por mais bizarra e surreal que pareça a história da Condessa Bathory esse foi um fato real acontecido no século XVI na chamada Europa Central. Seus crimes se tornaram famosos pois estima-se que a nobre tenha levado à morte mais de 600 jovens mulheres que viviam em seu feudo. O filme é bem fiel aos acontecimentos porém há relatos de que a Condessa real foi ainda mais sanguinária do que a mostrada na tela. Muitos livros históricos afirmam que ela na realidade sofria de uma grave doença mental que a fazia sentir enorme prazer em ver outras pessoas sendo torturadas e mortas ao seu lado. Ela mantinha um calabouço de torturas onde promovia mortes horríveis a todas as jovens que conseguia capturar.

Sua história macabra inspirou várias lendas ao longo dos séculos, inclusive o próprio Drácula dos livros de ficção. Bram Stoker ficou particularmente interessado na sede de sangue da Condessa e por isso trouxe ao seu monstro vampiro a necessidade de sempre se alimentar de sangue humano. Anos depois do sucesso do livro de Stoker a própria nobre húngara recebeu o título de "Condessa Drácula" numa fina ironia do destino. Ao mesmo tempo em que influenciou a criação do personagem foi batizada pelo nome do mais famoso vampiro da história. O elenco em cena está bem inspirado, principalmente William Hurt dando show de interpretação no papel do nobre Gyorgy Thurzo. Em uma época em que a nobreza estava acima da lei ele teve a sensatez de encarcerar a psicótica Condessa em seu castelo até o fim de sua vida. Já Julie Delpy está perfeita como a desequilibrada Erzebet Bathory, uma mulher completamente obcecada pela beleza e juventude eternas que apaixonada por um homem bem mais jovem do que ela não mede esforços para consumar essa relação. A produção é um projeto pessoal de Julie Delpy que não apenas estrelou o filme como também dirigiu e escreveu seu roteiro. O resultado é de excelente nível. Um filme que mostra que a despeito de toda a nossa cultura e civilização ainda existe em certas pessoas uma perversidade intrínseca, que não consegue ser detida. Assista "A Condessa" e conheça um pouco mais sobre o lado mais macabro da alma humana.

A Condessa (The Countess, Estados Unidos, França, Alemanha, 2009) Direção: Julie Delpy / Roteiro: Julie Delpy / Elenco: Julie Delpy, William Hurt, Daniel Brühl, Anamaria Marinca / Sinopse: Erzebet Bathory (Julie Delpy) é uma condessa húngara que se torna obcecada por beleza e juventude. Tentando a todo modo permanecer sempre jovial e bonita ela começa a se tornar ávida por sangue humano pois acredita ser esse um excelente modo de se manter sempre jovem e bela. Em sua mente perturbada nada seria mais rejuvenescedor do que tomar um grande banho de sangue humano em sua banheira imperial, hábito que logo cultivaria com frequência em seu castelo isolado. Em busca de mais e mais sangue de jovens donzelas ela começa a assassinar jovens criadas de seu próprio quadro de serviçais.

Pablo Aluísio.