segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Conta Comigo

Título no Brasil: Conta Comigo
Título Original: Stand by Me
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Raynold Gideon, baseado no livro de Stephen King
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, River Phoenix, Kiefer Sutherland, Richard Dreyfuss

Sinopse: 
Um grupo de garotos decide ir em busca do corpo de um jovem desaparecido. Na jornada acabam se encontrando a si mesmos, com seus pensamentos, planos de vida e sentimentos em relação à amizade, amor e companheirismo. Um retrato sentimental de toda uma geração, captada com grande talento.

Comentários:
Um dos textos mais singulares de Stephen King acabou dando origem a essa pequena obra prima dos anos 80 que hoje em dia soa ainda mais nostálgica do que em seu lançamento original. King, que ficou famoso por causa de seus excelentes livros de terror e suspense, aqui dá um tempo em seus maneirismos literários para dar origem a uma obra até mesmo poética, muito terna e sentimental. O livro "The Body" que deu origem a esse filme "Conta Comigo" não é apenas a narração de um grupo de garotos em busca de um suposto corpo pertencente a um jovem desaparecido mas sim uma alegoria sobre a própria jornada daqueles rapazes que estavam apenas começando essa longa jornada chamada vida. King mostra claro carinho por seus personagens, mostrando e desenvolvendo todos de uma forma até bastante rara em sua obra. Já para o cinéfilo não poderia haver notícia melhor já que o diretor Rob Reiner conseguiu trazer para a tela a poesia juvenil de King. Com elenco muito bacana (cheio de ídolos jovens do cinema dos anos 80) e uma excelente linha narrativa feita pelo ator Richard Dreyfuss como alter ego de King, "Conta Comigo" é uma daquelas películas que você assiste e jamais esquece.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Chicago Fire

Título no Brasil: Chicago Fire
Título Original: Chicago Fire
Ano de Produção: 2012 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC, Universal TV
Direção: Vários
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas
Elenco: Taylor Kinney, Jesse Spencer, Monica Raymund

Sinopse: 
A série acompanha um grupamento de bombeiros do departamento de combate a incêndios da cidade de Chicago. Todos os membros da equipe se apóiam não apenas na vida profissional mas pessoal também. Acompanhe você também os dramas e riscos desses bombeiros numa das séries mais interessantes da TV americana.

Comentários:
Essa série começou muito bem no ano passado nos Estados Unidos. Eu costumo dizer que sempre existirão séries sobre policiais e médicos na TV americana mas bombeiros é praticamente uma novidade. Acompanhar seriados americanos é algo muito prazeroso porque o espectador começa a literalmente criar hábito com todos os personagens. Em um filme você tem pouco menos de duas horas para simpatizar ou antipatizar com um personagem mas em séries a coisa é bem diferente. Aqui temos uma certa semelhança com "Greys Anatomy", não pelo tema em si que não tem muito a ver mas sim pelo desenvolvimento de cada trama. Como tem acontecido de forma até regular nos últimos anos também há uma personagem gay em cena, mas fora ela também temos o engraçadinho, o dramático e até mesmo um torturado (ele sofre de dores terríveis na coluna mas esconde isso do resto da equipe para não ser aposentado precocemente). Como é exibida na grade de programação da TV aberta americana não vá esperar nada mais ousado do que isso. Os episódios são bem realizados e escritos e mantém o interesse muito embora também seja aquele tipo de seriado que você pode largar de uma hora para outra sem maiores culpas por isso. Mesmo que não vá acompanhar procure pelo menos conhecer, assista alguns episódios e veja se faz sua cabeça.

Pablo Aluísio.

Karatê Kid (2010)

Título no Brasil: Karatê Kid
Título Original: The Karate Kid
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han

Sinopse: 
Dre Parker (Jaden Smith) e sua mãe se mudam para a China, na cidade de Pequim, por questões profissionais. Lá o garoto acaba se apaixonando pela bela Meiying mas essa paixão não será nada fácil pois provocará a reação dos demais jovens chineses, em especial do brigão e valentão Cheng que nem pensará duas vezes antes de usar seus conhecimento em artes marciais para dar uma lição em Parker. Para se proteger e revidar quando necessário ele começa a tomar aulas de Kung Fu (e sabedoria) com o Sr. Han (Chan) que lhe ensinará a boa e velha filosofia oriental.

Comentários:
Via de regra remakes ou são desnecessários ou são muito ruins. "Karatê Kid" é um filme dos anos 80 que marcou bastante a geração jovem daquela época. Era um filme até bem simples mas que fez sucesso e caiu no gosto da garotada. Agora temos esse remake muito ruim, fraco e nada animador. Para falar a verdade ele nem se assume como remake, pois procura trazer outros personagens, com nomes diferentes, muito embora a estória e o argumento sejam praticamente os mesmos. Will Smith, usando de toda sua influência e poder dentro de Hollywood, resolveu que iria transformar seu filho, o garoto Jaden Smith, em astro do cinema. Até agora isso definitivamente não aconteceu já que o rapaz não tem o carisma do pai. Na verdade ele é muito chatinho, com excesso de caretas e exageros. Para completar o que já era bem ruim o espectador ainda terá que aguentar outro chato de de galochas, Jackie Chan, que está em um papel completamente inadequado. No final sua presença em cena só serve mesmo para nos deixar com saudades do Sr. Kesuke Miyagi na saudosa interpretação de Pat Morita do filme original. Enfim, esqueça essa bobagem e reveja os filmes dos anos 80, pois cinematograficamente falando será muito mais proveitoso.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

CHiPs

Título no Brasil: CHiPs
Título Original: CHiPs
Ano de Produção: 1977 - 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television, Rosner Television
Direção: Vários
Roteiro: Rick Rosner
Elenco: Erik Estrada, Larry Wilcox, Robert Pine

Sinopse: 
Dois patrulheiros rodoviários da equipe CHIPs (California Highway Patrol) vivem muitas aventuras pelas estradas americanas. Os oficiais Frank Poncherello (Erik Estrada) e Jon Baker (Larry Wilcox) estão sempre prontos para ajudar o cidadão ao mesmo tempo em que combatem a marginalidade, tudo sob o comando do sargento Joseph Getraer (Robert Pine).

Comentários:
Essa foi uma das séries mais populares da TV americana na virada dos anos 1970 para 1980. Virou febre, tanto que passou a ser exibida pela Rede Globo em horário nobre. O conceito era muito atraente para a garotada, afinal quem não gostaria de ser um patrulheiro nas estradas da Califórnia, vivendo várias aventuras? Certamente quem está na faixa dos 40 anos hoje em dia se lembra muito bem dos personagens, das motos, do jeito de ser divertido e malandro de Erik Estrada e do seu colega, o loiro e sério Larry Wilcox. O sucesso da série foi tão grande que durou seis temporadas - um verdadeiro recorde naquela época! A música tema de abertura até hoje soa nostálgica e muito evocativa à uma época que não existe mais na TV brasileira já que nos grandes canais abertos já não se abre mais espaço para séries como antigamente. Basta lembrar de CHIPs, Magnum e tantas outras que passavam em ótimo horário e que hoje em dia não encontram mais lugar na grade de programação. Ainda bem que temos TV a cabo e internet uma vez que não há como negar as séries americanas estão vivendo novamente uma era de ouro. Se a TV brasileira não lhes abre mais espaço o problema é exclusivamente dela, com seus programas de quinta categoria. Mas deixemos isso de lado para lembrar com saudades de CHIPs - nós éramos felizes e nem sabíamos!

Pablo Aluísio.

Metido em Encrencas

Título no Brasil: Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern

Sinopse: 
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.

Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Garotos de Programa

Título no Brasil: Garotos de Programa
Título Original: My Own Private Idaho
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Elenco: River Phoenix, Keanu Reeves, James Russo

Sinopse: 
Dois jovens começam a se prostituir pelas ruas de Portland, no Oregon. Mike Waters (River Phoenix) sempre teve uma vida familiar caótica. Agora, pobre e desempregado, ele sem alternativas vira michê, saindo com homens homossexuais ricos que pagam por seus "serviços" sexuais. Já Scott Favor (Keanu Reeves) entra na prostituição para se vingar de seu pai, um homem rude e violento que sempre o reprimiu. Juntos, sem esperanças, usando drogas, os dois amigos decidem ir para o distante Idaho em busca de novas oportunidades.

Comentários:
" My Own Private Idaho" chocou em seu lançamento. Era um filme cru e realista que não fazia média. O diretor Gus Van Sant quis mostrar o outro lado da América, a dos excluídos, dos marginais, dos prostitutos, daqueles que nascem e vivem sem quaisquer perspectivas, vendendo tudo o que possuem em troca de alguns trocados. O ambiente é o da rua, onde impera a lei da selva e onde apenas os mais fortes sobrevivem. Curiosamente Van Sant conseguiu trazer para seu filme sórdido duas estrelinhas juvenis na época. River Phoenix era ídolo das adolescentes na ocasião. Politicamente correto, defensor da ecologia, ele não saía das revistas jovens. Infelizmente morreu muito jovem, de uma overdose de drogas na saída da boate de Johnny Depp em Hollywood poucos anos depois. Já Keanu Reeves, muitos anos antes de Matrix, se destacava pelo visual exótico e pelas participações em filmes juvenis. Assim essa produção foi certamente a entrada no mundo adulto do cinema para ambos. Talvez procurando por outros caminhos eles entraram de cabeça no projeto, não tendo qualquer receio de encarar seus personagens viscerais e ousados. Há inclusive fortes cenas de homossexualismo e uso de drogas pesadas que chocaram as fãs dos galãs juvenis. As imagens são nervosas, beirando o estilo documentário e o filme em si, mesmo revisto hoje em dia, certamente é uma pequena obra prima moderna. Nunca o mundo cão foi tão bem capturado em película como aqui. Assista se ainda não conhece.

Pablo Aluísio.

Friends

Título no Brasil: Friends
Título Original: Friends
Ano de Produção: 1994 - 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Vários
Roteiro: David Crane, Marta Kauffman
Elenco: Jennifer Aniston, Lisa Kudrow, David Schwimmer, Courteney Cox, Matthew Perry, Matt LeBlanc

Sinopse: 
"Friends", como o próprio nome sugere, é uma sitcom com episódios de meia hora que contam estórias engraçadas envolvendo um grupo de amigos que moram em Nova Iorque durante a década de 1990. Entre eles tem de tudo, uma cantora que canta pessimamente mal (Lisa Kudrow), um professor especialista em dinossauros (David Schwimmer), um ator canastrão de telenovelas, não muito inteligente (Matt LeBlanc), um casal improvável (Courteney Cox e Matthew Perry) e por fim uma garçonete que não consegue acertar em sua vida sentimental (Jennifer Aniston).

Comentários:
Provavelmente seja a sitcom mais bem sucedida da história da TV americana (apenas Seinfeld conseguiu se igualar). Para o público brasileiro porém "Friends" nunca foi um fenômeno como foi visto nos EUA. Até porque a série nunca foi exibida com regularidade em nenhuma tv aberta no Brasil e na década de 1990 (quando "Friends" estava no auge) a TV por assinatura mal existia em nosso país. Estamos muito longe daqueles que fãs que possuem verdadeira adoração pelos personagens, atores, episódios, etc. Na verdade "Friends" é inegavelmente simpática mas se formos analisar bem, com mais racionalidade, veremos que não existe nada demais em seu conceito e desenvolvimento. Provavelmente se tornou muito popular por causa do elenco, formado realmente por atores e atrizes carismáticos que tiveram sua glória na série e nunca mais conseguiram se livrar de seus personagens. Até hoje Jennifer Aniston interpreta variações de sua Rachel de Friends em todos os filmes em que participa. Pelo menos ela conseguiu fazer uma carreira no cinema enquanto os demais não conseguiram emplacar nada, nem no cinema e nem na TV. A série só acabou mesmo porque a Warner não conseguia mais pagar os salários do elenco, pois eles exigiam cada vez mais fortunas por cada episódio. Em determinado momento, apesar dos sempre bons índices de audiência, o estúdio resolveu acabar com tudo antes que fosse a falência! Revisto hoje em dia "Friends" soa mais bobinho do que de costume mas ainda é uma boa sitcom para assistir um ou outro episódio repetido quando você está zapeando sem nada de bom para ver pelos canais da TV a cabo.

Friends - Episódios Comentados:

Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In
Esse é aquele episódio em que o os amigos tentam convencer o Ross a mudar de apartamento. O problema é que ele é meticuloso, quer tudo nos lugares perfeitos e claro, não quer que façam barulho. Não é um cara fácil de conviver. Então os amigos tentam arranjar um apartamento para ele se mudar, mas tudo o que encontram é um apê minúsculo, que mal cabe uma pessoa - algo  bem típico de Nova Iorque, a propósito. E a Rachel? Coloca na cabeça que o vizinho de seu andar está afim dela! Mas claro, não está nem aí. Bom episódio, assisti por acaso no canal Warner. Mostra que "Friends" pode ser assistido sem compromisso algum, de vez em quando, pulando episódios. A série é puro relax descompromissado mesmo. Talvez por isso tenha feito tanto sucesso. / Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In (Estados Unidos, 1998) Direção: Gary Halvorson / Roteiro: David Crane, Marta Kauffman / Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow.

Pablo Aluísio.

Keruak, O Exterminador de Aço

Título no Brasil: Keruak, O Exterminador de Aço
Título Original: Vendetta dal futuro / Hands of Steel (EUA)
Ano de Produção: 1986
País: Itália
Estúdio: National Cinematografica, Dania Film
Direção: Sergio Martino
Roteiro: Sergio Martino, Elisa Briganti
Elenco: Daniel Greene, Janet Agren, Claudio Cassinelli

Sinopse: 
Futuro. Em 1997 Keruak (Greene) é um cyborg construído para se tornar a mais perfeita máquina assassina jamais construída. Ele deve executar os assassinatos sem pensar duas vezes ou contestar as ordens recebidas mas algo sai errado e o exterminador começa a duvidar de suas ordens, mostrando que ainda tem uma consciência humana muito viva. Agora, ele será caçado para ser destruído por aqueles que o construíram.

Comentários:
No auge da febre do mercado de vídeo VHS os produtores não tinham mais receios de copiar na cara dura grandes sucessos de bilheteria na realização de filmes de orçamentos bem modestos, que eram feitos exclusivamente para a venda em locadoras. Um exemplo é essa produção italiana que copiava o grande sucesso "O Exterminador do Futuro". Keruak era a versão spaghetti do cyborg imortalizado por Arnold Schwarzenegger. Enquanto aquele apostava em uma trama até bem bolada esse aqui não se importava nem em ser bem feito (os efeitos eram toscos) e nem muito menos tinha vergonha em apostar tudo na mais pura pancadaria sem freios. O ator Daniel Greene era um grandalhão sem muita expressão que mandava pelos ares qualquer um que o aborrecesse. As cenas de brigas eram obviamente muito exageradas e o vilão (um cientista insano) mais parecia uma caricatura. Para surpresa de muitos a fita, lançada aqui no Brasil pela América Vídeo, caiu no gosto do público brasileiro que a transformou num êxito de locações. Afinal de contas eram os anos 80. No auge do cinema brucutu isso nem era tão surpreendente assim, vamos convir.

Pablo Aluísio.

Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan
Título Original: Star Trek: The Wrath of Khan
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Gene Roddenberry, Harve Bennett
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, Ricardo Montalban, DeForest Kelley, George Takei, Walter Koenig, James Doohan

Sinopse:
Enquanto o capitão Kirk (Shatner) se ocupa do treinamento de novos membros da frota estelar, seu inimigo de longa data, o guerreiro Khan (Montalban), se prepara para colocar as mãos no projeto da frota chamado Gênese cuja finalidade é criar vida sustentável em planetas distantes e inóspitos. Sem alternativas Kirk então resolve retomar o comando da nave Enterprise para enfrentar Khan em um novo e terrível combate.

Comentários:
O primeiro filme de Jornada nas Estrelas para o cinema dividiu opiniões. Alguns gostaram de sua trama mais cabeça, quase ao estilo de "2001", já outros qualificaram o filme de chatice. De fato era um enredo mais cerebral, sem tanta enfase na aventura. Foi justamente nisso que os produtores pensaram ao realizar esse segundo filme pois "Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan" tinha muito mais ação, confrontos e batalhas pelo espaço, afinal de contas o vilão Khan estava de volta. Ele havia surgido na série clássica pela primeira vez no episódio "Space Seed" de 1967. Logo na sua primeira aparição já conquistou os fãs da série. Era um vilão muito visceral, instintivo e guerreiro que elevou esse episódio à categoria de ser um dos melhores da série original. Na ocasião havia sido interpretado pelo mesmo Ricardo Montalban e já que a intenção desse filme era recuperar o espírito dos episódios de TV nada mais natural do que trazer o personagem e o ator que marcaram tanto. O resultado dessa nova mentalidade se mostrou certeira. O filme de fato é excelente. Bem distante da racionalidade do primeiro "Jornada nas Estrelas - O Filme" esse segundo aposta mesmo no clima de matinê, algo que foi bastante elogiado na época. Khan mais parece um antigo vilão dos filmes de Flash Gordon e isso fez toda a diferença. O diretor Nicholas Meyer era um especialista, já tendo dirigido alguns pequenos clássicos Sci-fi como por exemplo "Um Século em 43 Minutos" e "The Day After". Ele inclusive voltaria à série em "Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida" mas essa é uma outra história. Aqui certamente conduziu tudo com muito talento. De qualquer forma, como reza a lenda, os episódios de números pares de Star Trek sempre foram considerados os melhores, pois bem, esse filme aqui mostra e confirma o que dizem dos filmes de Jornada nas Estrelas no cinema já que inegavelmente é um dos melhores da série.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Fundamentalista Relutante

Título no Brasil: O Fundamentalista Relutante
Título Original: The Reluctant Fundamentalist
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Inglaterra, Catar
Estúdio: IFC Films
Direção: Mira Nair
Roteiro: Javed Akhtar, Ami Boghani
Elenco: Riz Ahmed, Liev Schreiber, Kate Hudson, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Changez (Riz Ahmed) é um jovem natural do Paquistão que ganha uma bolsa de estudos numa conceituada universidade americana. Lá conhece a riqueza e a liberdade da sociedade dos Estados Unidos e chega até mesmo a se envolver com uma linda garota de Nova Iorque, Erica (Kate Hudson). Após se formar, arranja emprego numa empresa especializada no mercado financeiro. Tudo corria conforme seu planos até o dia 11 de setembro de 2001 quando Nova Iorque sofre o maior atentado terrorista de sua história. O mundo não seria mais o mesmo e nem a vida de Changez, que acaba entrando em um grande dilema moral consigo mesmo.

Comentários:
Pelo visto os americanos não vão superar 11 de setembro tão cedo. Esse é mais um filme que se propõe a discutir os efeitos e as causas daquele terrível evento. O ponto de vista acaba sendo o de um paquistanês que vai para a América estudar, se formar e começar a progredir em sua vida pessoal e profissional até que tudo vira de cabeça para baixo com os atentados terroristas. O filme se utiliza bastante bem do recurso de flashbacks. Logo no começo somos apresentados a um suposto jornalista americano (Liev Schreiber) que vai até uma casa de chá na capital paquistanesa para entrevistar um professor universitário local que tentará lhe dizer que nada tem a ver com o sequestro de um outro americano, um acadêmico acusado de espionagem que caiu nas garras de grupos extremistas. A partir desse encontro o homem, a quem a CIA acredita estar envolvido na captura do refém americano, vai lhe contar sua história. E a partir daí o espectador vai conhecendo todos os eventos. Essa opção do roteiro se mostra bastante eficiente pois o espectador começa a compreender o que acaba levando alguém a entrar numa guerra religiosa tão sangrenta como a do Oriente Médio, mesmo essa pessoa tendo tido contato com a cultura e o modo de pensar dos ocidentais. O filme tem ótimo elenco, direção segura e firme e uma trama mais do que interessante. Não vai interessar a todos os públicos mas para quem procura por respostas sobre a eterna crise internacional do mundo islâmico será muito proveitoso.

Pablo Aluísio.