Acordamos nessa manhã de domingo com o anúncio da morte da atriz francesa Brigitte Bardot. Para os mais jovens um nome que eles mal conhecem. Uma pena o nível de ignorância dessa nova geração! Pois saibam que ela foi uma das maiores estrelas do cinema mundial, um ícone da beleza e um verdadeiro fenômeno de popularidade. E tudo isso sem praticamente sair da França e sem saber falar direito nem uma frase em inglês. Ela foi, sem dúvida nenhuma, uma das mais famosas atrizes de todos os tempos.
Ao contrário de outros ícones da beleza e juventude de sua época, como Marilyn Monroe e até mesmo Elvis Presley (que ela esnobou, dizendo que não queria nem mesmo conhecer o cantor americano!), BB (como era conhecida) viveu muito! Passou dos 90 anos, completou seu ciclo de vida completo, sendo criança feliz, jovem famosa nos quatro cantos do mundo, adulta que abraçou a causa animal e idosa reclusa, mas plena de si, vivendo em um belo apartamento à beira-mar, pois amava o oceano.
Brigitte Bardot também foi símbolo da liberdade feminina. Ela teve seu auge de fama e popularidade nas décadas de 1950 e 1960, numa época em que as mulheres eram reprimidas em tudo. Pois ele ousou ser livre! Namorava com quem bem entendesse, saía à noite, ia à praia com roupas ousadas, não havia limites para BB em sua juventude. E não se engane sobre isso, sua postura causava escândalo. Chamavam ela de liberal, devassa e até mesmo de prostituta. Nada de novo no repertório de difamações e injúrias, tão típicas entre os mais conservadores. BB nem tomou conhecimento, seguiu sendo ela mesma!
Abandonou o cinema em 1973. Nunca mais retornou, tal como uma Greta Garbo dos tempos modernos. Ao invés da sétima arte abraçou o amor aos animais. Só concedia entrevistas para falar sobre esse tema e rejeitava os anos de fama proporcionada por seus filmes. Alegou que a fama poderia ser uma benção, mas também uma praga na vida de um artista. Disse que, por causa da fama internacional, nunca conseguiu ter a liberdade plena que tanto sonhava. Assim ela, que tanto falou sobre liberdade pessoal, acabou sendo presa justamente por ser a mais famosa mulher de seu tempo. Ecos da época em que viveu. De qualquer maneira fica o adeus para a eterna BB, que ficará imortalizada para sempre em seus filmes. Que os deuses da sétima arte a recebam hoje com tapete vermelho e tudo o que lhe era de pleno merecimento. Siga em paz Bardot!
Pablo Aluísio.

Cinema Clássico
ResponderExcluirPablo Aluísio.
A ironia da vida de celebridade é que, ela sendo a.mulher mais linda do mundo, viveu mais tempo sendo feia, que linda. A realidade é cruel.
ResponderExcluirNormal para quem viveu 90 anos sendo que a juventude só dura uns 30 e poucos anos.
ResponderExcluir