Esse tipo de filme era bem comum na década de 80. Na época eles eram chamados carinhosamente como filmes “de troca de corpos”. Soa estranho lido hoje em dia mas como o roteiro era bem corriqueiro nas salas de cinema da época tudo era muito mais fácil de entender. A graça vinha do fato de que pessoas diferentes trocavam de lugar, ocupando os corpos das outras, para viverem na pele essa mudança. Eu me recordo de pelo menos uns vinte títulos onde isso acontecia. Esse “Big – Quero Ser Grande” não era bem desse estilo, de certa forma era até uma variação, mas com resultados bem semelhantes. No enredo um garoto, cansado de ser tratado como uma criança, decide fazer um pedido estranho: “ser grande, crescer, virar um adulto”. Assim uma estranha máquina de um parque de diversões decadente acaba realizando o desejo do menino e da noite para o dia ele ganha o corpo de um homem adulto (na pele dessa vez do ator Tom Hanks). A partir daí você já sabe do que se trata, o roteiro vai criar a diversão justamente nessa inversão de papéis, onde um homem já crescido tem que lidar com os problemas da vida tendo a mentalidade de um garoto de apenas 12 anos.
Em minha concepção “Big – Quero Ser Grande” sempre foi muito superestimado. Credito isso ao grande desempenho de Tom Hanks, que inclusive foi indicado ao Oscar. É fato que nenhum outro ator teria dado credibilidade a esse papel como Hanks fez. Na época ele não era esse interprete sério de dramas pesados como os mais jovens se acostumaram a assistir, mas sim um comediante no mais estrito sentido da palavra. Seus filmes eram leves, comédias de verão sem nenhuma pretensão a não ser divertir. E como Hanks era divertido naqueles anos – de fato ele era extremamente talentoso nesse tipo de papel. Como eu disse o filme não é lá grande coisa. O roteiro tem furos e mais furos e algumas situações são pouco convincentes – sob qualquer ângulo que se analise. Para surpresa geral mesmo com tantos problemas acabou ganhando uma segunda indicação ao filme de, pasmem, melhor roteiro original! Uma das indicações mais absurdas da história da Academia em minha opinião. De qualquer maneira “Big” sobrevive pelo carisma à toda prova de Tom Hanks que surpreende mais uma vez, se entregando sem vergonha a um personagem que poderia constranger alguns atores da época. Ele realmente convence o espectador de que é um menino por dentro (algo que o espírito juvenil de Tom Hanks deixou tão visível no resultado final). Dando tanta veracidade ao papel as coisas acabaram ficando muito mais fácil. Assim fica então a dica dessa outra marcante comédia dos anos 80. Não é a obra prima que muitos dizem mas sem dúvida é divertido e cumpre muito bem sua função.
Quero Ser Grande (Big, Estados Unidos, 1988) Direção: Penny Marshall / Roteiro: Gary Ross, Anne Spielberg / Elenco: Tom Hanks, Elizabeth Perkins, Robert Loggia, John Heard, Jared Rushton / Sinopse: Garoto deseja ser “grande” após sentir na pele os problemas de sua idade. No dia seguinte acorda como um homem de 30 anos! Agora terá que lidar com as dificuldades da vida adulta. Destaque para a famosa cena do teclado na loja de brinquedos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
As Horas
Três linhas narrativas. Três excelentes atrizes. Um grande filme. Assim poderia resumir esse maravilhoso “As Horas”. Na trama acompanhamos três estórias envolvendo três mulheres em épocas diferentes mas com algo em comum: a impossibilidade de alcançar a verdadeira felicidade. Na primeira estória surge a figura da consagrada autora Virginia Woolf (interpretada com maestria por Nicole Kidman, perfeita, no papel que lhe valeu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz). Grande talento nas letras ela vive um drama em sua vida pessoal. Sofrendo de uma forte depressão e outros problemas mentais não consegue mais ter o controle sobre sua própria vida. Ela é casada com um homem que parece estar disposto a fazer tudo por sua felicidade mas essa parece cada vez mais distante e inatingível. A vida perdeu o próprio sentido de ser. Enquanto escreve seu grande livro, “Mrs Dalloway” (publicado em 1925), ela vai afundando em seus próprios dramas pessoais até que resolve tomar uma atitude extrema. Na segunda estória, passada na década de 50, conhecemos Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa infeliz com a rotina de um casamento frustrante e banalizado. O marido a ama e tenta agradar mas ela, muito tímida e sempre melancólica, não consegue encontrar mais motivações para seguir em frente. Lendo “Mrs Dalloway” ela acaba se identificando com a forma de ver o mundo da protagonista do famoso romance.
A terceira e última linha narrativa de “As Horas” traz o espectador para a Nova Iorque dos dias atuais. É lá que vive a bem sucedida editora de livros Clarissa Vaughan (Meryl Streep). Ela tem um relacionamento estável com outra mulher há longos dez anos mas parece incapaz de esquecer o grande amor de sua vida, o escritor Richard (Ed Harris) que está morrendo de AIDS lentamente. Embora tenha uma vida complicada com agenda cheia ela não perde a oportunidade de visitá-lo, afinal ele é o amor platônico, idealizado, nunca superado de sua vida sentimental. Ela almeja organizar uma grande festa para trazer o prazer de viver novamente a Richard, mas esse, vendo o final se aproximando, tem outros planos. “As Horas” é um filme sensível mas também doloroso, pesado, não recomendado para pessoas que tenham algum tipo de depressão. O seu texto não procura amenizar o espectador nem trazer algum tipo de falsa esperança para as vidas frustrantes de seus personagens. No fundo todos parecem estar mergulhados na mesma melancolia de viver da personagem principal do livro de Virginia Woolf. São mulheres vivendo em tempos diferentes mas que compartilham o mesmo sentimento de frustração, infelicidade e falta de perspectivas em suas vidas. A falta da realização pessoal, a impossibilidade de alcançar uma existência plena são os temas centrais desse filme realmente marcante. Uma obra prima do cinema que merece todos os elogios e prêmios que recebeu em seu lançamento.
As Horas (The Hours, Estados Unidos, Inglaterra, 2002) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: David Hare, baseado no livro de Michael Cunningham / Elenco: Meryl Streep, Julianne Moore, Nicole Kidman, Ed Harris, Toni Collette, Claire Danes, Jeff Daniels / Sinopse: Três mulheres vivendo em épocas diferentes passam pelo drama de não conseguir alcançar a verdadeira felicidade. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Atriz Coadjuvante (Julianne Moore), Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Atriz Drama (Nicole Kidman).
Pablo Aluísio
A terceira e última linha narrativa de “As Horas” traz o espectador para a Nova Iorque dos dias atuais. É lá que vive a bem sucedida editora de livros Clarissa Vaughan (Meryl Streep). Ela tem um relacionamento estável com outra mulher há longos dez anos mas parece incapaz de esquecer o grande amor de sua vida, o escritor Richard (Ed Harris) que está morrendo de AIDS lentamente. Embora tenha uma vida complicada com agenda cheia ela não perde a oportunidade de visitá-lo, afinal ele é o amor platônico, idealizado, nunca superado de sua vida sentimental. Ela almeja organizar uma grande festa para trazer o prazer de viver novamente a Richard, mas esse, vendo o final se aproximando, tem outros planos. “As Horas” é um filme sensível mas também doloroso, pesado, não recomendado para pessoas que tenham algum tipo de depressão. O seu texto não procura amenizar o espectador nem trazer algum tipo de falsa esperança para as vidas frustrantes de seus personagens. No fundo todos parecem estar mergulhados na mesma melancolia de viver da personagem principal do livro de Virginia Woolf. São mulheres vivendo em tempos diferentes mas que compartilham o mesmo sentimento de frustração, infelicidade e falta de perspectivas em suas vidas. A falta da realização pessoal, a impossibilidade de alcançar uma existência plena são os temas centrais desse filme realmente marcante. Uma obra prima do cinema que merece todos os elogios e prêmios que recebeu em seu lançamento.
As Horas (The Hours, Estados Unidos, Inglaterra, 2002) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: David Hare, baseado no livro de Michael Cunningham / Elenco: Meryl Streep, Julianne Moore, Nicole Kidman, Ed Harris, Toni Collette, Claire Danes, Jeff Daniels / Sinopse: Três mulheres vivendo em épocas diferentes passam pelo drama de não conseguir alcançar a verdadeira felicidade. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Atriz Coadjuvante (Julianne Moore), Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Atriz Drama (Nicole Kidman).
Pablo Aluísio
Curso de Verão
A década de 80 foi muito produtiva em termos de comédias realmente engraçadas. Esses filmes despretensiosos acabaram entraram definitivamente na cultura pop, se tornando muito queridos de quem viveu aquela época. Um dos mais lembrados é justamente esse “Curso de Verão” (também conhecido como “Curso de Férias”). Estrelado pelo ator Mark Harmon (atualmente fazendo sucesso na TV americana com a série NCSI), o filme se tornou a cara daquela década. Era simples, tipicamente produzido para ser lançado no mercado de vídeo VHS e tinha um roteiro cheio de referencias ao mundo dos jovens colegiais daquela época. No enredo um grupo de alunos em recuperação – somente os piores da classe – tinha que fazer um curso de verão numa última tentativa de não serem reprovados no final do ano. Como a escola não tinha recursos para contratar um professor de cada matéria – todos não abriram mão de suas férias – o trabalho acabou indo parar nas mãos de um professor de educação física, um sujeito cuca fresca que de repente se vê tentando ensinar algo para aquele bando de garotos sem a menor vontade de estudar de verdade.
Por falar nos alunos eles são responsáveis pelas cenas mais divertidas do filme. Há uma dupla impagável de nerds, fãs de filmes de terror, que idolatram os filmes mais podreiras, um bonitão que não consegue ficar acordado durante as aulas por trabalhar a noite toda e uma gatinha com problemas familiares. Fechando tudo há ainda o “cara do banheiro”, que só aparece uma vez no filme, logo no começo, pedindo para ir ao banheiro, desaparecendo definitivamente depois. No final, a grande surpresa: a maior nota da classe é justamente dele! Enfim, tudo muito divertido, com ótimas cenas de humor tipicamente dos anos 80. Para o público brasileiro o filme se tornou ainda mais querido por causa de suas incontáveis reprises na Sessão da Tarde da Rede Globo. Talvez seja o filme mais reprisado da emissora, só perdendo mesmo para “Curtindo a Vida Adoidado” que parece ser insuperável nesse quesito. Em 2007 foi lançado uma edição em DVD bastante caprichada para comemorar os 20 anos de lançamento do filme, matando a saudade de muita gente. Enfim, “Curso de Verão” é uma daquelas comédias que não conseguimos esquecer pois fez parte da juventude de muitos jovens ao longo de todos esses anos. Um programa nostálgico, engraçado e muito simpático que merece sempre ser revisto mais uma vez! Afinal, recordar é viver!
Curso de Verão / Curso de Férias (Summer School, Estados Unidos, 1987) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Stuart Birnbaum, David Dashev / Elenco: Mark Harmon, Kirstie Alley, Robin Thomas / Sinopse: Freddy Shoop (Mark Harmon) é um professor garotão de educação física que de repente se vê indicado pela direção educacional a dar um curso de verão para o pior grupo de alunos da escola onde trabalha.
Pablo Aluísio.
Por falar nos alunos eles são responsáveis pelas cenas mais divertidas do filme. Há uma dupla impagável de nerds, fãs de filmes de terror, que idolatram os filmes mais podreiras, um bonitão que não consegue ficar acordado durante as aulas por trabalhar a noite toda e uma gatinha com problemas familiares. Fechando tudo há ainda o “cara do banheiro”, que só aparece uma vez no filme, logo no começo, pedindo para ir ao banheiro, desaparecendo definitivamente depois. No final, a grande surpresa: a maior nota da classe é justamente dele! Enfim, tudo muito divertido, com ótimas cenas de humor tipicamente dos anos 80. Para o público brasileiro o filme se tornou ainda mais querido por causa de suas incontáveis reprises na Sessão da Tarde da Rede Globo. Talvez seja o filme mais reprisado da emissora, só perdendo mesmo para “Curtindo a Vida Adoidado” que parece ser insuperável nesse quesito. Em 2007 foi lançado uma edição em DVD bastante caprichada para comemorar os 20 anos de lançamento do filme, matando a saudade de muita gente. Enfim, “Curso de Verão” é uma daquelas comédias que não conseguimos esquecer pois fez parte da juventude de muitos jovens ao longo de todos esses anos. Um programa nostálgico, engraçado e muito simpático que merece sempre ser revisto mais uma vez! Afinal, recordar é viver!
Curso de Verão / Curso de Férias (Summer School, Estados Unidos, 1987) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Stuart Birnbaum, David Dashev / Elenco: Mark Harmon, Kirstie Alley, Robin Thomas / Sinopse: Freddy Shoop (Mark Harmon) é um professor garotão de educação física que de repente se vê indicado pela direção educacional a dar um curso de verão para o pior grupo de alunos da escola onde trabalha.
Pablo Aluísio.
Flashdance
Esse é um filme símbolo de um momento na história do cinema em que se tentou revitalizar um de seus gêneros mais populares e queridos: os musicais. Durante décadas Hollywood criou vários clássicos insuperáveis no gênero mas a partir da década de 60 eles foram cada vez mais rareando. Na década de 80 houve uma tentativa muito interessante de trazer de volta à moda esse tipo de produção. Claro que novos tempos exigiam novas idéias e assim a fórmula dos antigos musicais foi completamente deixada de lado. Agora haveria uma nova maneira de fazer esse tipo de produção. Saem as cenas grandiosas, com números de dança e sapateado e entram os hits radiofônicos, envolvendo tramas mais amenas (diria até mesmo açucaradas) com sucessos FM tocando a todo tempo. “Flashdance” nesse aspecto foi bastante inovador. A mais forte influência veio obviamente das peças da Broadway mas sem a pretensão de fazer algo completamente igual. O próprio enredo de Flashdance era um adaptação do que se via bastante em Nova Iorque mas realizado de forma bem mais simples, procurando captar o jeito despojado dos jovens da época.
Com tantas inovações o filme obviamente caiu nas graças do público e arrebentou nas bilheterias. A trilha sonora também virou uma campeã de cópias vendidas. Mais um acerto do compositor e produtor Giorgio Moroder que fez de sua canção "Flashdance... What a Feeling" um das músicas mais executadas da década de 80. Além do sucesso comercial também acabou vencendo o Oscar e o Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original. "Maniac" também foi indicada ao Oscar. “Flashdance” virou o “produto perfeito” na visão da dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer uma vez que foi uma produção relativamente barata, sem grandes astros com cachês milionários, que acabou virando moda, influenciando a indústria do cinema e da música. Nada mal para um filme com roteiro simples, visual de videoclip e uma atriz que pouco sabia dançar (Jennifer Beals foi dublada em praticamente todas as cenas de dança do filme, algo que só foi revelado muitos anos depois deixando muitos fãs desapontados). Depois do êxito de “Flahsdance” as portas do chamado novo musical se abriram em Hollywood. Vieram em seqüência vários filmes como “Footloose”, “Dirty Dancing” e vários outros, todos tentando pegar carona na estética de “Flashdance”. A Paramount se uniu a Polygram e juntos tiveram lucros espetaculares, afinal o filme custou pouco, não havia grandes astros e nem grandes cachês envolvidos na produção e a bilheteria foi simplesmente formidável. Revendo hoje em dia é inegável constatar o envelhecimento da película, mas ao mesmo tempo o clima de nostalgia supera tudo isso. Poucos filmes são tão representativos da década de 80 como esse. Por isso se você estiver interessado na música e na moda daqueles anos não deixe de ver “Flashdance”, uma produção que é a síntese de toda uma era.
Flashdance (Idem, Estados Unidos, 1984) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Thomas Hedley Jr., Joe Eszterhas / Elenco: Jennifer Beals, Michael Nouri, Lilia Skala / Sinopse: O filme narra as lutas e desafios de uma jovem garota, Alex Owens (Jennifer Beals), que tem o sonho de se tornar uma grande dançarina. Para viabilizar seu objetivo de vida ela tem que se virar como pôde, inclusive aceitando trabalhar nos empregos que lhe aparecem pela frente.
Pablo Aluísio.
Com tantas inovações o filme obviamente caiu nas graças do público e arrebentou nas bilheterias. A trilha sonora também virou uma campeã de cópias vendidas. Mais um acerto do compositor e produtor Giorgio Moroder que fez de sua canção "Flashdance... What a Feeling" um das músicas mais executadas da década de 80. Além do sucesso comercial também acabou vencendo o Oscar e o Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original. "Maniac" também foi indicada ao Oscar. “Flashdance” virou o “produto perfeito” na visão da dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer uma vez que foi uma produção relativamente barata, sem grandes astros com cachês milionários, que acabou virando moda, influenciando a indústria do cinema e da música. Nada mal para um filme com roteiro simples, visual de videoclip e uma atriz que pouco sabia dançar (Jennifer Beals foi dublada em praticamente todas as cenas de dança do filme, algo que só foi revelado muitos anos depois deixando muitos fãs desapontados). Depois do êxito de “Flahsdance” as portas do chamado novo musical se abriram em Hollywood. Vieram em seqüência vários filmes como “Footloose”, “Dirty Dancing” e vários outros, todos tentando pegar carona na estética de “Flashdance”. A Paramount se uniu a Polygram e juntos tiveram lucros espetaculares, afinal o filme custou pouco, não havia grandes astros e nem grandes cachês envolvidos na produção e a bilheteria foi simplesmente formidável. Revendo hoje em dia é inegável constatar o envelhecimento da película, mas ao mesmo tempo o clima de nostalgia supera tudo isso. Poucos filmes são tão representativos da década de 80 como esse. Por isso se você estiver interessado na música e na moda daqueles anos não deixe de ver “Flashdance”, uma produção que é a síntese de toda uma era.
Flashdance (Idem, Estados Unidos, 1984) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Thomas Hedley Jr., Joe Eszterhas / Elenco: Jennifer Beals, Michael Nouri, Lilia Skala / Sinopse: O filme narra as lutas e desafios de uma jovem garota, Alex Owens (Jennifer Beals), que tem o sonho de se tornar uma grande dançarina. Para viabilizar seu objetivo de vida ela tem que se virar como pôde, inclusive aceitando trabalhar nos empregos que lhe aparecem pela frente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Os Treze Dias Que Abalaram o Mundo
Hoje em dia os jovens nem sabem mais o que foi a União Soviética mas na década de 60 essa união de repúblicas do leste europeu e Ásia sob o domínio de Moscou representou a mais séria ameaça ao poderio norte-americano. Ambas as nações detinham grandes arsenais nucleares e o mundo vivia sob uma tensão inacreditável de viver um conflito armado de proporções épicas. Esqueça o louco da Coréia do Norte, naquela época o desastre de uma guerra nuclear era algo palpável e real e não delírios de um jovem inexperiente tentando se firmar para o mundo e seu próprio exército. Dentre todas as crises que viveram a mais séria delas foi justamente a chamada “crise dos mísseis de Cuba”. Durante o governo do presidente John Kennedy (1917 - 1963) o premie soviético Nikita Khrushchev (1894 - 1971) teve uma idéia infeliz. Levar mísseis nucleares intercontinentais para serem instalados em Cuba, já sob o regime ditadorial comunista de Fidel Castro. A proposta era manter um arsenal nuclear bem no quintal dos Estados Unidos, uma ameaça que o governo americano simplesmente não aceitaria.
É justamente sobre os 13 dias que duraram essa queda de braço entre Estados Unidos e União Soviética que o filme trata. A marinha americana fez um bloqueio naval a Cuba, com ordens de impedir que navios soviéticos desembarcassem na ilha de Fidel Castro armamentos e mísseis nucleares. A possibilidade de um confronto direto entre as duas superpotências nucleares colocou o mundo diante da possibilidade de uma guerra nuclear. Kennedy, considerado um inexperiente e fraco líder por Khrushchev, não admitia a possibilidade de instalação de armas nucleares soviéticas tão próximas aos Estados Unidos. Particularmente aprecio bastante esse filme, pela forma inteligente que o roteiro desenvolve toda a situação. Em um elenco excepcionalmente bom eu destaco a atuação de Kevin Costner. O ator é muito adequado e sempre se sai muito bem nesses dramas históricos (vide sua atuação em “JFK a Pergunta Que Não quer Calar” de Oliver Stone). O diretor Roger Donaldson também encontrou um tom muito bom para o filme em si, sem cair na armadilha fácil do ufanismo. Retrata um fato histórico com isenção e neutralidade, o que é de se admirar. Enfim, um grande trabalho de resgate de um dos momentos mais tensos da história mundial. Para quem gosta de política internacional e seus desdobramento o filme se torna essencial.
Os Treze Dias Que Abalaram o Mundo (Thirteen Days, Estados Unidos, 2000) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: : David Self / Elenco: Kevin Costner, Bruce Greenwood, Steven Culp, Dylan Baker, Michael Fairman / Sinopse: O filme retrata passo a passo os acontecimentos da chamada “Crise dos Mísseis de Cuba” quando a União Soviético tentou instalar uma base de armamentos nucleares a poucos quilômetros dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
É justamente sobre os 13 dias que duraram essa queda de braço entre Estados Unidos e União Soviética que o filme trata. A marinha americana fez um bloqueio naval a Cuba, com ordens de impedir que navios soviéticos desembarcassem na ilha de Fidel Castro armamentos e mísseis nucleares. A possibilidade de um confronto direto entre as duas superpotências nucleares colocou o mundo diante da possibilidade de uma guerra nuclear. Kennedy, considerado um inexperiente e fraco líder por Khrushchev, não admitia a possibilidade de instalação de armas nucleares soviéticas tão próximas aos Estados Unidos. Particularmente aprecio bastante esse filme, pela forma inteligente que o roteiro desenvolve toda a situação. Em um elenco excepcionalmente bom eu destaco a atuação de Kevin Costner. O ator é muito adequado e sempre se sai muito bem nesses dramas históricos (vide sua atuação em “JFK a Pergunta Que Não quer Calar” de Oliver Stone). O diretor Roger Donaldson também encontrou um tom muito bom para o filme em si, sem cair na armadilha fácil do ufanismo. Retrata um fato histórico com isenção e neutralidade, o que é de se admirar. Enfim, um grande trabalho de resgate de um dos momentos mais tensos da história mundial. Para quem gosta de política internacional e seus desdobramento o filme se torna essencial.
Os Treze Dias Que Abalaram o Mundo (Thirteen Days, Estados Unidos, 2000) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: : David Self / Elenco: Kevin Costner, Bruce Greenwood, Steven Culp, Dylan Baker, Michael Fairman / Sinopse: O filme retrata passo a passo os acontecimentos da chamada “Crise dos Mísseis de Cuba” quando a União Soviético tentou instalar uma base de armamentos nucleares a poucos quilômetros dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
Entrega Mortal
A primeira coisa que chama a atenção do fã de filmes de ação ao se deparar com essa nova produção é a presença dos astros Steve Austin e Dolph Lundgren no elenco. De fato eles ainda mantém a chama acessa dos filmes de pancadaria da década de 80. A boa notícia é que esse “Entrega Mortal” é realmente uma boa película, valorizada por um roteiro até simples mas muito eficiente. Na trama conhecemos Tommy (Steve Austin), capanga de um chefe mafioso local. Sua função é fazer as cobranças daqueles que não pagam suas dividas ao seu grupo. Logo no começo do filme temos uma idéia dos métodos de Tommy, ao usar uma pista de boliche como, digamos, “argumento” para que um devedor contumaz pague o que deve. Depois de mais um dia duro de trabalho ele recebe uma nova missão: levar uma “encomenda” para outro chefão violento, conhecido como “Alemão” (Dolph Lundgren). Se trata de uma pequena agenda feita de couro que ao que parece é muito valiosa, uma vez que se torna o objeto de desejo de várias gangues rivais que farão de tudo para colocar as mãos no tal objeto.
A partir desse ponto “Entrega Mortal” faz jus aos anseios dos fãs dos filmes de ação. Há muitas lutas, tiroteios, perseguições de carros, enfrentamentos homem a homem e uso de armamento pesado (e quando digo pesado é pesado mesmo, para se ter uma idéia em uma das cenas uma metralhadora antiaérea que normalmente é usada para derrubar helicópteros é utilizada na tentativa de deter Steve Austin, preso em um pequeno armazém). O personagem de Dolph Lundgren é outro atrativo do filme. Ele sofre de uma doença rara (que se tornará vital na conclusão do enredo) mas ao mesmo tempo não deixa a truculência de lado. Numa de suas melhores cenas ele ensina como fazer uma boa vitamina, bem nutritiva, enquanto um assassino enviado para lhe matar morre lentamente à sua frente. Humor negro mas bem divertido. Mesmo Dolph Lundgren estando bem em cena o filme pertence mesmo a Steve Austin. Ele faz um tipo durão, que mesmo assim ama sua mulher e quer uma vida mais sossegada. Austin consegue equilibrar bem o lado mais brucutu de seu personagem com o seu lado mais sentimental e amoroso com sua esposa. No saldo final “Entrega Mortal” é bastante satisfatório. Mesmo com a idade chegando os dois atores mostram que ainda estão em forma. Vale a pena conferir.
Entrega Mortal (The Package, Estados Unidos, 2013) Direção: Jesse V. Johnson / Roteiro: Derek Kolstad / Elenco: Steve Austin, Dolph Lundgren, Eric Keenleyside / Sinopse: Tommy (Steve Austin) é um capanga da máfia que é designado para levar até Alemão (Dolph Lundgren) uma pequena encomenda. O que parecia ser apenas mais um serviço de rotina se torna um inferno quando ele passa a ser perseguido por grupos fortemente armados que querem colocar as mãos no tal "pacote". Agora ele terá que lutar para sobreviver.
Pablo Aluísio.
A partir desse ponto “Entrega Mortal” faz jus aos anseios dos fãs dos filmes de ação. Há muitas lutas, tiroteios, perseguições de carros, enfrentamentos homem a homem e uso de armamento pesado (e quando digo pesado é pesado mesmo, para se ter uma idéia em uma das cenas uma metralhadora antiaérea que normalmente é usada para derrubar helicópteros é utilizada na tentativa de deter Steve Austin, preso em um pequeno armazém). O personagem de Dolph Lundgren é outro atrativo do filme. Ele sofre de uma doença rara (que se tornará vital na conclusão do enredo) mas ao mesmo tempo não deixa a truculência de lado. Numa de suas melhores cenas ele ensina como fazer uma boa vitamina, bem nutritiva, enquanto um assassino enviado para lhe matar morre lentamente à sua frente. Humor negro mas bem divertido. Mesmo Dolph Lundgren estando bem em cena o filme pertence mesmo a Steve Austin. Ele faz um tipo durão, que mesmo assim ama sua mulher e quer uma vida mais sossegada. Austin consegue equilibrar bem o lado mais brucutu de seu personagem com o seu lado mais sentimental e amoroso com sua esposa. No saldo final “Entrega Mortal” é bastante satisfatório. Mesmo com a idade chegando os dois atores mostram que ainda estão em forma. Vale a pena conferir.
Entrega Mortal (The Package, Estados Unidos, 2013) Direção: Jesse V. Johnson / Roteiro: Derek Kolstad / Elenco: Steve Austin, Dolph Lundgren, Eric Keenleyside / Sinopse: Tommy (Steve Austin) é um capanga da máfia que é designado para levar até Alemão (Dolph Lundgren) uma pequena encomenda. O que parecia ser apenas mais um serviço de rotina se torna um inferno quando ele passa a ser perseguido por grupos fortemente armados que querem colocar as mãos no tal "pacote". Agora ele terá que lutar para sobreviver.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de maio de 2013
B-17: A Fortaleza
Durante a Segunda Guerra Mundial um grupo de aviadores pertencentes a um esquadrão de bombardeiros B-17 da força aérea norte-americana realiza uma série de missões de ataque sob os céus da Itália de Mussolini. Agora terão que executar a mais complicada e perigosa de todas as missões: bombardear Roma, a cidade eterna. Para quem anda com saudades dos filmes de guerra eis aqui uma opção até bastante razoável. Lançado diretamente no mercado de vídeo essa produção modesta até que não faz feio. Com uso de efeitos digitais em praticamente tudo (cenários, aviões, batalhas aéreas), “B-17: A Fortaleza” é um entretenimento que cumpre bem sua função.
O elenco é formado basicamente por atores desconhecidos mas no geral eles certamente não comprometem. O roteiro é baseado em fatos reais e os personagens até que são razoavelmente bem desenvolvidos, com todos aqueles tipos que já conhecemos de vários outros filmes sobre esse conflito: há o piloto veterano, querido pela tripulação, o sargento espertalhão sempre querendo aplicar pequenos golpes (a ponto de tentar até mesmo roubar whisky dos oficiais) e por fim um tenente inexperiente, recém saído da academia, que se vê de repente em uma situação limite no qual será testado ao máximo. Como já foi dito o filme se apóia quase que totalmente em efeitos digitais. Particularmente não teria o que criticar nesse aspecto, as cenas de batalhas nos céus italianos são bem recriadas, os bombardeios B-17 e os caças alemães também não decepcionam. No saldo geral é um passatempo mediano que obviamente não pode ser comparado aos grandes filmes sobre o tema, como por exemplo, “Memphis Belle – A Fortaleza Voadora”, mas que no fundo não deixa qualquer sensação de tempo perdido para quem se aventurar a assisti-lo.
B-17: A Fortaleza (Fortress, Estados Unidos, 2012) Direção: Mike Phillips / Roteiro: Adam Klein / Elenco: Bug Hall, Donnie Jeffcoat, Sean McGowan / Sinopse: Grupo de bombardeiros B-17 recebe a missão de atacar Roma, na Itália, durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Com a cidade fortemente armada os aviões terão que sobreviver ao pesado ataque anti-aéreo, além de enfrentar os caças alemães. Em jogo os rumos da guerra na Europa ocupada.
Pablo Aluísio.
O elenco é formado basicamente por atores desconhecidos mas no geral eles certamente não comprometem. O roteiro é baseado em fatos reais e os personagens até que são razoavelmente bem desenvolvidos, com todos aqueles tipos que já conhecemos de vários outros filmes sobre esse conflito: há o piloto veterano, querido pela tripulação, o sargento espertalhão sempre querendo aplicar pequenos golpes (a ponto de tentar até mesmo roubar whisky dos oficiais) e por fim um tenente inexperiente, recém saído da academia, que se vê de repente em uma situação limite no qual será testado ao máximo. Como já foi dito o filme se apóia quase que totalmente em efeitos digitais. Particularmente não teria o que criticar nesse aspecto, as cenas de batalhas nos céus italianos são bem recriadas, os bombardeios B-17 e os caças alemães também não decepcionam. No saldo geral é um passatempo mediano que obviamente não pode ser comparado aos grandes filmes sobre o tema, como por exemplo, “Memphis Belle – A Fortaleza Voadora”, mas que no fundo não deixa qualquer sensação de tempo perdido para quem se aventurar a assisti-lo.
B-17: A Fortaleza (Fortress, Estados Unidos, 2012) Direção: Mike Phillips / Roteiro: Adam Klein / Elenco: Bug Hall, Donnie Jeffcoat, Sean McGowan / Sinopse: Grupo de bombardeiros B-17 recebe a missão de atacar Roma, na Itália, durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Com a cidade fortemente armada os aviões terão que sobreviver ao pesado ataque anti-aéreo, além de enfrentar os caças alemães. Em jogo os rumos da guerra na Europa ocupada.
Pablo Aluísio.
As Mil Palavras
Eddie Murphy foi um dos mais populares astros do cinema na década de 80. Após anos de sucesso sua carreira foi entrando lentamente em declínio. Alguns fracassos, outras produções mal recebidas pela crítica e alguns projetos indo parar diretamente no mercado de DVD, acabaram nublando completamente a estrela do ator. Agora ele tenta novamente voltar aos bons tempos com esse novo filme nos estúdios Dreamworks. O enredo é surreal: Jack McCall (Eddie Murphy) é um editor de livros ganancioso, convencido e falastrão que ao tentar comprar o livro de um líder espiritual da nova era se vê envolvido numa situação completamente fora do comum. Uma árvore surge do nada em seu quintal. A cada palavra dita por ele uma folha cai. A partir do momento em que não existirem mais folhas na árvore ele morrerá! Assim ele fará de tudo para não falar mais nada pois caso contrário sofrerá as conseqüências. Soa estranho para você? Claro que sim. Não é o tipo de argumento que se vê por aí toda hora. Na verdade nem há muitas explicações para o que acontece, a situação apenas surge em cena, sem chances de racionalizar bem sobre isso. O espectador tem que aceitar ou não curtirá o resto do filme.
Por baixo desse enredo de realismo fantástico o roteiro tenta passar uma lição de perdão, superação de velhos problemas pessoais do passado e o mais importante de tudo: a valorização da família e dos aspectos mais íntimos da vida de cada pessoa. Funciona? Apenas em termos. O filme tem noventa minutos, na primeira hora encontramos pela frente uma comédia no mais estrito sentido da palavra. O personagem de Eddie Murphy tenta tocar a vida em frente completamente mudo, calado, sem dizer uma palavra. Claro que isso vai gerar uma série de situações cômicas. O problema é que o roteiro se torna refém de uma piada só! Aos poucos as caretas e olhos esbugalhados de Eddie Murphy vão perdendo a graça, caindo no tédio absoluto. Finalmente nos 30 minutos finais o enredo dá uma guinada, deixa a comédia de lado e vira um dramalhão, com todos aqueles velhos valores familiares enchendo a tela. Fica chato a partir desse ponto. Melhor era tentar arriscar o humor até o fim. De uma forma ou outra não será com esse tipo de filme que Eddie Murphy voltará aos seus bons e velhos tempos.
As Mil Palavras (A Thousand Words, Estados Unidos, 2012) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Steve Koren / Elenco: Eddie Murphy, Kerry Washington, Clark Duke / Sinopse: Ambicioso editor tem sua vida atrelada a existência de uma árvore. Quanto mais ele fala, mais folhas caem da planta. A partir do momento em que não existirem mais folhas ele morrerá! Diante disso tentará levar sua vida completamente mudo, sem dizer nada, o que dará origem a várias confusões em seu trabalho e em sua vida pessoal.
Pablo Aluísio.
Por baixo desse enredo de realismo fantástico o roteiro tenta passar uma lição de perdão, superação de velhos problemas pessoais do passado e o mais importante de tudo: a valorização da família e dos aspectos mais íntimos da vida de cada pessoa. Funciona? Apenas em termos. O filme tem noventa minutos, na primeira hora encontramos pela frente uma comédia no mais estrito sentido da palavra. O personagem de Eddie Murphy tenta tocar a vida em frente completamente mudo, calado, sem dizer uma palavra. Claro que isso vai gerar uma série de situações cômicas. O problema é que o roteiro se torna refém de uma piada só! Aos poucos as caretas e olhos esbugalhados de Eddie Murphy vão perdendo a graça, caindo no tédio absoluto. Finalmente nos 30 minutos finais o enredo dá uma guinada, deixa a comédia de lado e vira um dramalhão, com todos aqueles velhos valores familiares enchendo a tela. Fica chato a partir desse ponto. Melhor era tentar arriscar o humor até o fim. De uma forma ou outra não será com esse tipo de filme que Eddie Murphy voltará aos seus bons e velhos tempos.
As Mil Palavras (A Thousand Words, Estados Unidos, 2012) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Steve Koren / Elenco: Eddie Murphy, Kerry Washington, Clark Duke / Sinopse: Ambicioso editor tem sua vida atrelada a existência de uma árvore. Quanto mais ele fala, mais folhas caem da planta. A partir do momento em que não existirem mais folhas ele morrerá! Diante disso tentará levar sua vida completamente mudo, sem dizer nada, o que dará origem a várias confusões em seu trabalho e em sua vida pessoal.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Códigos de Defesa
Emerson (John Cusack) é um assassino profissional a serviço da agência de inteligência do governo americano, CIA. Ele executa seus serviços, que são passados através de códigos cifrados, de forma impecável, sem deixar rastros. Em um dessas execuções porém uma adolescente acaba testemunhando tudo. Segundo o próprio protocolo de sua agência não é aceitável deixar testemunhas vivas dos assassinatos cometidos. No momento em que vai executar a jovem ele acaba tendo uma séria crise de consciência e não consegue apertar o gatilho. Percebendo seu estado, seu colega, também agente da CIA, executa sumariamente a garota. Esse trágico acontecimento, tratado entre os agentes como um mero dano colateral, acaba abalando tanto Emerson que ele é imediatamente afastado dos serviços de campo. Após a avaliação de uma psicóloga ele é enviado para a Inglaterra, para trabalhar em uma base americana desativada que na realidade funciona como uma estação de comunicação de mensagens cifradas. O trabalho se mostra inicialmente tedioso e burocrático até o momento em que um grupo de terroristas resolve invadir o local.
“Códigos de Defesa” é mais uma tentativa de Hollywood em reabilitar o gênero de filmes sobre espiões. Há um roteiro complexo, que não revela o que está por trás de todos os acontecimentos, numa clara tentativa de mostrar mais conteúdo do que na realidade tem. Na verdade tudo se resume na situação de tensão que se arma após o grupo terrorista invadir a estação de comunicação da CIA onde Emerson (Cusack) trabalha. Ele não sabe exatamente quem são aquelas pessoas e nem o que desejam. Ao seu lado uma jovem civil (entenda-se não pertencente aos quadros da CIA) também tenta sobreviver ao jogo de gato e rato que se instala. O filme vai soar um pouco claustrofóbico para certas pessoas pois toda a ação se passa dentro da velha base americana desativada travestida de centro de operações secretos da CIA. John Cusack repete de certa forma velhos personagens de sua filmografia, a do assassino sem alma que de repente se vê em crise existencial. Ao seu lado a bonita atriz Malin Akerman (de “Watchmen” e “Vestida Para Casar”) tenta trazer alguma credibilidade ao seu papel. Achei o filme particularmente frio e sem muita emoção. Também é muito breve, com menos de 90 minutos de duração. Não vai agradar a todos os públicos, pois é no final das contas um filme apenas mediano.
Códigos de Defesa (The Numbers Station, Estados Unidos, 2013) Direção: Kasper Barfoed / Roteiro: F. Scott Frazier / Elenco: John Cusack, Malin Akerman, Hannah Murray / Sinopse: Uma estação de comunicação da CIA na Inglaterra é invadida por um grupo terrorista. Para defender o local um agente da agência e uma especialista em códigos secretos se unem para preservar o sigilo das informações do local.
Pablo Aluísio.
“Códigos de Defesa” é mais uma tentativa de Hollywood em reabilitar o gênero de filmes sobre espiões. Há um roteiro complexo, que não revela o que está por trás de todos os acontecimentos, numa clara tentativa de mostrar mais conteúdo do que na realidade tem. Na verdade tudo se resume na situação de tensão que se arma após o grupo terrorista invadir a estação de comunicação da CIA onde Emerson (Cusack) trabalha. Ele não sabe exatamente quem são aquelas pessoas e nem o que desejam. Ao seu lado uma jovem civil (entenda-se não pertencente aos quadros da CIA) também tenta sobreviver ao jogo de gato e rato que se instala. O filme vai soar um pouco claustrofóbico para certas pessoas pois toda a ação se passa dentro da velha base americana desativada travestida de centro de operações secretos da CIA. John Cusack repete de certa forma velhos personagens de sua filmografia, a do assassino sem alma que de repente se vê em crise existencial. Ao seu lado a bonita atriz Malin Akerman (de “Watchmen” e “Vestida Para Casar”) tenta trazer alguma credibilidade ao seu papel. Achei o filme particularmente frio e sem muita emoção. Também é muito breve, com menos de 90 minutos de duração. Não vai agradar a todos os públicos, pois é no final das contas um filme apenas mediano.
Códigos de Defesa (The Numbers Station, Estados Unidos, 2013) Direção: Kasper Barfoed / Roteiro: F. Scott Frazier / Elenco: John Cusack, Malin Akerman, Hannah Murray / Sinopse: Uma estação de comunicação da CIA na Inglaterra é invadida por um grupo terrorista. Para defender o local um agente da agência e uma especialista em códigos secretos se unem para preservar o sigilo das informações do local.
Pablo Aluísio.
Footloose
É um, digamos assim, clássico do cinema musical da década de 80. O enredo é simpático e o filme até hoje tem seus admiradores, a ponto inclusive de se produzir um remake recente (horrendo, por sinal). A estória foi levemente baseada em um fato real ocorrido numa cidadezinha do meio oeste americano. Após a morte de jovens numa noite de bebedeiras e farras o pastor local conseguiu convencer a comunidade a adotar uma atitude radical: proibir toda e qualquer festa com música entre jovens. Embora fosse obviamente um ato sem a menor base jurídica (basicamente uma afronta aos direitos individuais da juventude local) o fato é que a cidade comprou a idéia e assim a música, a dança e as festas públicas foram definitivamente banidas do local.
Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.
Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.
Pablo Aluísio.
Footloose começa justamente quando um jovem de Detroit chega para morar na cidadezinha. Farrista, bom dançarino, ele logo fica espantado com a proibição e começa um movimento dentro da comunidade para a organização de uma grande festa, um baile de formatura. Bom, já deu para perceber que o roteiro abre muito espaço para música – e a trilha sonora se aproveita bem disso numa bela seleção de sucessos que estouraram nas rádios FMs em todo o mundo (inclusive no Brasil onde várias canções entraram nas principais paradas, marcando época para dizer a verdade). Footloose se tornou o primeiro grande sucesso da carreira do ator Kevin Bacon. Na época ele era apenas um notório desconhecido mas depois desse musical abriu seu próprio caminho dentro da indústria do cinema, estrelando ou participando como coadjuvante de grandes filmes e sucessos de bilheteria. Assim fica a dica de “Footloose” que ao lado de “Dirty Dancing” e “Flashdance” foi um dos maiores símbolos do cinema dançante da década de 80.
Footloose – Ritmo Louco (Footloose, Estados Unidos, 1984) Direção: Herbert Ross / Roteiro: Dean Pitchford / Elenco: Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow / Sinopse: Jovem recém chegado numa pequena cidade tenta colocar abaixo uma proibição do pastor da comunidade que impede a realização de festas e danças entre jovens.
Pablo Aluísio.
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