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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Hardball - O Jogo da Vida

Título no Brasil: Hardball - O Jogo da Vida
Título Original: Hard Ball
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Brian Robbins
Roteiro: Daniel Coyle, John Gatins
Elenco: Keanu Reeves, Diane Lane, John Hawkes, Julian Griffith, Michael B. Jordan, Kris D. Lofton

Sinopse:

Para pagar um bookmaker violento, Conor O'Neill (Keanu Reeves) decide aceitar o convite para treinar um grupo de garotos negros da periferia de Chicago. Ele se torna o treinador do time de beisebol da liga júnior e acaba encontrando a grande vocação para sua vida.

Comentários:
Você já teve ter assistido dezenas de filmes com roteiro parecido. É a velha história (aqui baseada em fatos reais) envolvendo um homem meio perdido na vida, envolvido com apostas e o submundo, que acaba encontrando a redenção em sua vida ao aceitar se tornar o treinador de um time de beisebol formado por jovens pobres da periferia de uma grande cidade americana (no caso do filme a violenta Chicago).  Keanu Reeves é um cara bacana, que a despeito de ser um astro campeão de bilheteria em Hollywood ainda anda de metrô e bicicleta em Nova Iorque, se misturando com as pessoas comuns. Esse lado mais humano dele, que sempre rejeitou o estrelismo de Hollywood, pode ter sido o fator crucial que o aceitou fazer esse filme que tem um roteiro cheio de boas intenções. Um filme mesmo para trazer uma mensagem positiva sobre a vida, as dificuldades de garotos pobres em encontrar um futuro pela frente. De maneira em geral gostei do filme. Sempre é bom assistir a algum filme que tenha uma boa mensagem para passar para a frente, mesmo que muitas vezes ele seja meio bobinho e convencional. Vale a pena ver esse aqui. Pode assistir sem receios.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Grande Dave

Ah Eddie Murphy! Um dia a festa acaba, a fama se vai e tudo o que sobra é tentar reviver os antigos anos de glória estrelando um filme atrás do outro para que algum dia tudo volte a dar certo. Esse “O Grande Dave” é mais uma tentativa do comediante em voltar ao topo. Após os trabalhos de dublagem nos filmes “Shrek”, Murphy queria voltar à velha forma, estrelando um novo filme em carne e osso. O projeto escolhido foi esse, o que de inicio soou como uma péssima ideia pois um dos maiores desastres de sua carreira, “Pluto Nash”, também tentava combinar comédia com Sci-fi. Ignorando essa má experiência anterior Eddie afirmou ter adorado o enredo fora do comum do projeto e tentou mais uma vez acertar o rumo do sucesso. O resultado? Um filme até que bem realizado tecnicamente mas que não consegue em nenhum momento relembrar os hilariantes filmes do ator nos anos 80. Lembrando até mesmo de filmes da Disney das décadas de 60, esse “Grande Dave” tentava até ser bem original.
   
O que mais prejudica o filme é justamente seu roteiro que não tem muito pé, nem cabeça. Eddie interpreta Dave, que na realidade é apenas uma sofisticada nave espacial comandada por pequenos alienígenas. Todas as funções executadas por Dave são controladas por equipes bem treinadas em seu interior que dão as diretrizes para seus atos. As coisas começam a complicar quando o objetivo passa a ser conquistar uma mulher humana. Se você não viu o filme ainda deve estar se perguntando que loucura de argumento é esse! Pois é, o público também achou esquisito demais e o filme, como não poderia deixar de ser, foi outro fracasso no currículo de Murphy. Ficou óbvio que nem todo mundo comprou a idéia estranha do roteiro, o que é natural pois esse tipo de estoria exige uma certa cumplicidade do espectador (e nem todo mundo tem boa vontade para isso). De uma forma ou outra se você embarcar na onda do filme poderá até mesmo dar uma ou duas boas risadas dessa rara comédia romântica de ficção!

O Grande Dave (Meet Dave, Estados Unidos, 2008) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Rob Greenberg, Bill Corbett / Elenco: Eddie Murphy, Elizabeth Banks, Gabrielle Union / Sinopse: Dave (Eddie Murphy) é uma nave espacial em forma de ser humano que tenta se relacionar com outras pessoas. Na realidade todos os seus comandos são determinados por pequeninos alienigenas que trabalham em seu interior.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de maio de 2013

As Mil Palavras

Eddie Murphy foi um dos mais populares astros do cinema na década de 80. Após anos de sucesso sua carreira foi entrando lentamente em declínio. Alguns fracassos, outras produções mal recebidas pela crítica e alguns projetos indo parar diretamente no mercado de DVD, acabaram nublando completamente a estrela do ator. Agora ele tenta novamente voltar aos bons tempos com esse novo filme nos estúdios Dreamworks. O enredo é surreal: Jack McCall (Eddie Murphy) é um editor de livros ganancioso, convencido e falastrão que ao tentar comprar o livro de um líder espiritual da nova era se vê envolvido numa situação completamente fora do comum. Uma árvore surge do nada em seu quintal. A cada palavra dita por ele uma folha cai. A partir do momento em que não existirem mais folhas na árvore ele morrerá! Assim ele fará de tudo para não falar mais nada pois caso contrário sofrerá as conseqüências. Soa estranho para você? Claro que sim. Não é o tipo de argumento que se vê por aí toda hora. Na verdade nem há muitas explicações para o que acontece, a situação apenas surge em cena, sem chances de racionalizar bem sobre isso. O espectador tem que aceitar ou não curtirá o resto do filme.
   
Por baixo desse enredo de realismo fantástico o roteiro tenta passar uma lição de perdão, superação de velhos problemas pessoais do passado e o mais importante de tudo: a valorização da família e dos aspectos mais íntimos da vida de cada pessoa. Funciona? Apenas em termos. O filme tem noventa minutos, na primeira hora encontramos pela frente uma comédia no mais estrito sentido da palavra. O personagem de Eddie Murphy tenta tocar a vida em frente completamente mudo, calado, sem dizer uma palavra. Claro que isso vai gerar uma série de situações cômicas. O problema é que o roteiro se torna refém de uma piada só! Aos poucos as caretas e olhos esbugalhados de Eddie Murphy vão perdendo a graça, caindo no tédio absoluto. Finalmente nos 30 minutos finais o enredo dá uma guinada, deixa a comédia de lado e vira um dramalhão, com todos aqueles velhos valores familiares enchendo a tela. Fica chato a partir desse ponto. Melhor era tentar arriscar o humor até o fim. De uma forma ou outra não será com esse tipo de filme que Eddie Murphy voltará aos seus bons e velhos tempos.

As Mil Palavras (A Thousand Words, Estados Unidos, 2012) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Steve Koren / Elenco: Eddie Murphy, Kerry Washington, Clark Duke / Sinopse: Ambicioso editor tem sua vida atrelada a existência de uma árvore. Quanto mais ele fala, mais folhas caem da planta. A partir do momento em que não existirem mais folhas ele morrerá! Diante disso tentará levar sua vida completamente mudo, sem dizer nada, o que dará origem a várias confusões em seu trabalho e em sua vida pessoal.

Pablo Aluísio.