segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Inferno na Ilha

Filme baseado em fatos reais. A história se passa em 1915. Um jovem, acusado de alguns crimes menores, é enviado para uma instituição de detenção para menores de idade. Em uma época ainda muito primitiva em termos de direitos humanos o lugar mais parecia uma prisão de verdade. Isolado em uma ilha, esse reformatório prezava pela disciplina absoluta. Quem saísse da linha era violentamente repreendido, muitas vezes com violência física. É nessa ilha que vai parar um jovem rebelde que passa a ser chamado apenas pelo seu número de matrícula (c-19). Ele não se conforma em ficar lá, decide fugir, mas como? Afinal é uma ilha no norte gelado da Noruega. Sua chance de fugir surge quando explode uma rebelião. Um jovem é violentado sexualmente por um dos guardas e isso causa uma revolta generalizada. Será que conseguirá escapar?

Gostei do filme. O tom realista dá o clima certo para a história. O elenco jovem é muito bom, todos merecem aplausos pelo trabalho coletivo. Entretanto quem se destaca mesmo é o veterano ator Stellan Skarsgård. Ele interpreta o diretor, um homem que tenta ser justo. Inclusive odeia violência, mas que no fundo está envolvido com corrupção, com desvio de dinheiro daquela prisão, o que o faz ficar sempre na defensiva. Esse é aquele tipo de ator que pela simples presença no elenco já faz valer a pena qualquer filme. Um talento raro! Enfim, um filme que realmente conta sua história com extrema competência. Fica a recomendação.

Inferno na Ilha (Kongen av Bastøy, Noruega, 2010) Direção: Marius Holst / Roteiro: Mette M. Bølstad, Lars Saabye Christensen / Elenco: Stellan Skarsgård, Benjamin Helstad, Trond Nilssen / Sinopse: O filme conta a história de um jovem rebelde que vai parar em uma instituição de recuperação de jovens delinquentes. Uma vez lá, isolado nessa ilha gelada, ele decide fugir de qualquer maneira, desafiando as autoridades do lugar.

Pablo Aluísio.

4 comentários:

  1. Pablo:
    Talvez você não acredite, mas peguei certa ojeriza por filmes de prisões violentas depois de assistir, no cinema em 1977, Papillon.

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  2. É um subgênero de filmes, assim como os filmes sobre assaltos a banco, etc. Em relação ao Papillon original (não o remake recente, claro!) é considerado um clássico do cinema. Eu particularmente gosto muito desse filme.

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    1. Eu também gosto do Papillon com o Steve Mcqueen, mesmo depois que fiquei sabendo que aquela história foi contada por um vigarista que roubou o livro do verdadeiro Charrière "Papillon", que morou no Brasil até morrer.

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