Bom filme italiano. O protagonista é claramente uma pessoa que está inserida no espectro do Autismo. Quando o filme começa ele é apenas um garotinho que mora com a mãe solteira. Onde estaria seu pai? Sua mãe inventa uma história dizendo que ele é um super-herói que luta para salvar o mundo. Claro, tudo mentira, mas o menino que cresceu ao lado de uma pilha de gibis acredita mesmo nas histórias inventadas pela mãe. O tempo passa e ele se torna adulto, mas com a mesma mentalidade de uma criança. Decide que vai virar um herói do mundo real. Com a ajuda de um velho homem que trabalha com cobre e constrói para ele uma espécie de armadura, o pobre rapaz sai pelas ruas escuras em busca de criminosos. Ele passa a se auto intitular Copperman (algo como "Homem de Cobre") e logo percebe que as coisas não seriam tão simples como ele pensava.
Como o cinema italiano é muito bom nesse tipo de roteiro, também foi inserido ali um pequeno romance - só que diferente, uma vez que o Homem de Cobre é um autista e para ele se relacionar com mulheres é algo bem mais complicado. Achei o roteiro muito bem escrito, ora explorando aspectos de um drama, ora usando algumas situações que ficariam até bem legais em um filme verdadeiro de super-herói. No fundo é um belo retrato de um autista que procura seu lugar no mundo, com muita fantasia em sua mente, mesmo que sua vida real seja farta em dramas e momentos de pura tristeza.
Copperman - Um Herói Especial (Copperman, Itália, 2020) Direção: Eros Puglielli / Roteiro: Mauro Graiani, Riccardo Irrera / Elenco: Luca Argentero, Antonia Truppo, Galatea Ranzi / Sinopse: O filme "Copperman - Um Herói Especial" conta a história de um homem autista que pensa ser um super-herói enquanto sonha em se casar com uma velha amiga de sua infância.
Pablo Aluísio.
Copperman
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Nessa época em que o cinema italiano vive de mimetizar o Fellini, isso feito, principalmente, pelo diretor Paolo Sorrentino, é bom ver filmes como esse que você resenha, que tenta trilhar novos caminhos para o glorioso cinema italiano.
ResponderExcluirNão dá para ficar sempre no passado, mesmo que esse passado tenha sido glorioso. É necessário abrir espaço para os mais jovens... com novas ideias sobre cinema.
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