quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Ninfomaníaca: Volume 2

Lars von Trier concluiu a história de sua personagem ninfomaníaca Joe (Charlotte Gainsbourg) nesse segundo filme. O diálogo entre ela e o senhor Seligman (Stellan Skarsgård) continua. Ela vai contando eventos lamentáveis de sua vida, todos ocasionados por seu vício em sexo. Em determinado momento ela até conseguiu ter um relacionamento um pouco estável com Jerôme (Shia LaBeouf), inclusive com a chegada de um filho. Porém não demorou muito e ela fez tudo para destruir essa família. Continuou a sair com outros homens, a participar de situações extremas. Convidou imigrantes ilegais desconhecidos na rua para frequentar seu quarto. Desenvolveu um interesse por masoquismo, misturando sexo e violência. Ficou obcecada por seu "mestre" nesse tipo de fetiche e negligenciou o companheiro e o seu próprio filho. O fim foi inevitável.

Do vício em sexo para o mundo do crime também foi um pulo. Ela entrou para uma quadrilha que cobrava dívidas, usando de todos os meios possíveis. Surgiu uma garota de 15 anos em sua vida e a coisa toda só desandou. Foi ficando pior e pior. O final de tudo é bem surpreendente. Lars decidiu que os momentos decisivos fossem apenas ouvidos e não vistos. Tela escura. Assim você vai um ouvir um tiro e um corpo caindo no chão, mas de quem? Quem matou quem? Eu tenho minha opinião, mas não vou revelar. Lars preferiu deixar tudo em aberto, apenas na mente do espectador. Tire suas próprias conclusões.

Ninfomaníaca: Volume 2 (Nymphomaniac: Vol. II, Estados Unidos, 2013) Direção: Lars von Trier / Roteiro: Lars von Trier / Elenco: Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Willem Dafoe, Shia LaBeouf, Jamie Bell / Sinopse: O filme traz a segunda parte da história da ninfomaníaca Joe. Ela vê sua vida pessoal ser destruída por ser viciada em sexo sem limites.

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Ninfomaníaca: Volume 2
    Nymphomaniac: Vol. II
    Pablo Aluísio.

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  2. Pablo:
    Me dá a impressão que o Lars von Trier, depois de receber elogios rasgados da critica por O Anticristo, e Melancolia também, adquiriu um cacoete na forma de contar suas histórias e isso incomoda um pouco. Me vem o termo pernóstico.

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  3. ...pra mim em Dogville, ainda em 2003, ele está genial.

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  4. Dogville é um filmaço, tanto em estética, como em história mesmo. O meu preferido do Lars. Depois disso ele nunca mais alcançou o mesmo patamar.

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  5. Em Dogville, só o cachorro desenhado a giz do qual só ouvimos o latido e pra nós é como se eletisse ali o tempo todo, já vale o filme.

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  6. Filme muito inovador. Realmente fora de série.

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