Título no Brasil: A Obsessão de Napoleão: Egito
Título Original: Napoleon's Obsession: The Quest for Egypt
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: National Geographic Channel, Discovery Channel
Direção: Peter Spry-Leverton
Roteiro: Peter Spry-Leverton
Elenco: Bob Brier (narrador)
Sinopse e comentários:
Excelente episódio da National Geographic desvendando a campanha militar de Napoleão Bonaparte no Egito. Nos livros didáticos de história você vê esse evento muito superficialmente, quase como um degrau coberto de glórias do imperador rumo à conquista da Europa. Só que os historiadores que serviram de base para esse documentário demonstram, sem meias verdades, que a campanha na verdade foi um desastre, com alto custo militar.
Isso sem contar a morte de milhares de soldados. Um ponto menor para Napoleão que não tinha mesmo muita consideração pela vida humana. Na verdade o imperador queria apenas inflar seu ego descomunal. O Egito e sua história milenar iria trazer uma espécie de "validação" de seu poder. Só que o povo daquela nação nunca conseguiu aceitar a presença de Napoleão e os franceses, ainda mais depois que o imperador começou a inventar mentiras, como a que dizia que ele tinha se convertido ao islamismo! Pura propaganda política sem ligação com a realidade.
Muitos morreram e a presença da França no Egito foi fugaz, sem retorno consistente. Um mero capricho que custou muito caro para os cofres da nação francesa. Muitos dos homens de Napoleão morreram de uma peste desconhecida. Outros foram abandonados no meio do deserto, para morrerem de fome e sede. Até quando Napoleão tentou ir para o Oriente Médio o fiasco não foi menor. Ele perdeu sua armada (sua marinha) e não conseguiu conquistar a Terra Santa. Um desastre completo atrás do outro. Só restou ao imperador francês voltar para Paris, para obviamente contar um monte de mentiras sobre suas falsas conquistas. A conclusão final que chegamos ao final desse documentário é que Napoleão Bonaparte não era apenas um maníaco egocêntrico, mas também um dos maiores mentirosos da história!
Pablo Aluísio.
A Obsessão de Napoleão: Egito
ResponderExcluirNota: 9.0
Pablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirPense bem: a revolução francesa resultou no Napoleão Bonaparte, que não sei como não foi equiparado na história ao Hitler, e a esquerda se vangloria da queda da Bastilha como se fosse um acontecimento sagrado e não a gênesis de um dos maiores megalomaníacos assassinos do planeta. O que acontece com o ser humano?
Incrível mesmo como ainda idolatram Napoleão Bonaparte! Ele fez uma péssima campanha no Egito, no Oriente Médio e depois foi destroçado ao invadir a Rússia! Era mentiroso e psicopata! Como ainda dão tanto valor a esse assassino frio?
ResponderExcluirSe Hitler tinha um ídolo, ele atendia pelo nome de Napoleão Bonaparte. O Führer procurou, de todas as maneiras, imitar seu ídolo francês, culminando com a malfadada campanha da Rússia. A diferença aí é que o pequeno corso ainda chegou a ocupar brevemente Moscou, Hitler, nem isso. Foi destroçado pelo inverno inclemente e pela resistência impressionante do exército vermelho.
ResponderExcluirHitler carregava consigo um certo encantamento pelas táticas colonialistas usadas por Napoleão. Elas, sem dúvida, teriam influenciado o ditador alemão na idealização do extermínio total do povo judeu. Segundo o historiador francês Claude Ribbe em seu livro "O Crime de Napoleão", que causou polêmica na França, Napoleão teria colocado em prática uma máquina de extermínio equivalente aos campos de concentração. Com certeza esse episódio da história francesa foi o grande modelo de Hitler à frente do genocídio nazista.
O massacre racial promovido por Napoleão deu-se entre os anos de 1802 e 1803 e teve como palco as colônias francesas da América Central. Ribbe mostra que as expedições militares para reimplantar a escravidão nessas ilhas do Caribe provocaram a morte de mais de um milhão de pessoas, somados os próprios soldados franceses nascidos nas colônias. Napoleão ordenara a matança programada da população negra desses países que se opunha à volta do trabalho forçado, abolido pela Revolução Francesa. As crueldades inomináveis do exército napoleônico, comandado por Victor-Emmanuel Leclerc, cunhado do imperador, incluía fuzilar e queimar vivo, além da utilização de 1,5 mil cães buldogues vindos de Cuba e adestrados para comer carne humana. Some-se a isso a prática de extermínio em massa que mais tarde seria adotada pelos nazistas: a asfixia por gás.
Telmo:
ExcluirVocê colocou as claras o que eu somente insinuei. É isso aí. Abs.
Pablo:
ResponderExcluirse você ainda não viu, precisa ver "The Ballad Of Buster Scruggs" dos irmão Coen. É um Western de arrepiar ao estilo do Ethan e do Joel. Não se deixe impressionar negativamente pelos primeiros quinze minutos do filme que não é nada daquilo; o buraco é mais embaixo.
Grande Telmo...
ResponderExcluirExcelente texto que você colocou aí. Acredito que você tenha esse interesse no Napoleão Bonaparte por causa do Marlon Brando, afinal o ator fez uma das mais interessante interpretações do imperador francês no cinema. Não tenho certeza, mas é só um palpite! rsrsrs
Serge,
ResponderExcluirJá estou com uma cópia desse filme. Sempre assisto tudo dos irmãos Coean.Confesso que são um pouco irregulares, oscilando entre filmes muito bons e muito ruins, mas o estilo próprio deles me agrada sempre. Obrigado pela dica!
Esse é original Netflix, então todo cuidado é pouco, mas é bom.
ExcluirOlá Pablo. É sempre muito bom escrever no seu Blog. Foi através do meu pai que passei a me interessar por história e consequentemente pelos grandes líderes: Napoleão, Alexandre da Macedônia, César, Carlos Magno, Hitler, Saladino,,etc.
ResponderExcluirAh, que maravilha! Feliz é o destino do homem que tem um pai sábio, que gosta de cultura. Sua jornada na vida será bem mais rica e interessante.
ResponderExcluirQuem a acompanha a tragetiria de Bolsonaro hoje sabe quem são seus idolos : Napoleão e Hitler .. triste destino do Brasil
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