quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Rock e Drogas

Durante muitos anos o lema "Sexo, Drogas e Rock ´n´ Roll dominou o nicho da música jovem americana. Depois com o tempo, principalmente com o aumento de tragédias envolvendo abusos de drogas por artistas a frase foi perdendo gradualmente sua força. Se na década de 1960 o uso de drogas era visto como uma libertação contra o sistema, hoje em dia tudo é visto como baixo astral, problema de saúde pública e coisas do gênero. Ser drogado não parece ser mais tão legal como era na geração hippie. Hoje é uma tragédia.

Muita gente procura entender essa relação entre drogas e o mundo da música. Isso não nasceu com o Rock para falar a verdade, é bem anterior. Já na era do jazz e do blues era grande o número de músicos envolvidos com drogas. A vida boêmia, na noite, sempre cobrava seu preço. Os músicos eram mal vistos pela sociedade em geral, quase como marginais, além de serem mal pagos. Muitas vezes a saída para esse tipo de situação depressiva era mesmo o uso de drogas como cocaína, marijuana e ópio.

Muito antes dos roqueiros surgirem em cena já havia um número expressivo de vítimas no mundo jazzístico americano. Billie Holliday, Bird e tantos outros estiveram enrascados com vícios em drogas. Depois que o Rock surgiu nas paradas a simbiose se fortaleceu de vez. Muitos roqueiros usaram drogas, ou para estarem na crista da onda ou para aguentarem uma rotina estafante de shows e concertos em praticamente todos os dias.

O boom porém só viria com os anos 60. Nessa época usar drogas significava não ser careta, conservador e chato. O uso de drogas era visto como algo libertador. Pena que o sonho hippie não tinha fundamento nenhum já que o usuário em drogas se tornava mesmo um escravo da química viciante. Antes que as pessoas tomassem consciência disso aconteceu uma série de mortes que serviu para jogar um balde realidade nas pessoas que defendiam o uso de drogas como estilo de vida. Brian Jones, o fundador dos Rolling Stones foi encontrado morto. Overdose. Jim Morrison, o líder do The Doors, morreu em uma banheira em Paris. Hendrix sucumbiu também a uma overdose e Janis Joplin não aguentou a bad trip de depressão, álcool e drogas e também virou estatística. Moral da história? Não há nada de divertido na frase famosa. Só tristeza pela perda de tantos nomes consagrados da música jovem.

Pablo Aluísio.

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