quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Elvis Presley - A Date With Elvis (1959)

A Date With Elvis
- Lançado em Agosto de 1959, o LP "A Date With Elvis" reúne músicas do período do cantor na Sun Records juntamente com canções extraídas de algumas de suas primeiras trilhas sonoras, como por exemplo "Jailhouse Rock" (o prisioneiro do rock, 1957) e "Love me Tender" (ama-me com ternura, 1956). Segue basicamente o mesmo critério utilizado pelo disco "For LP Fans Only", ou seja, é mais uma coletânea inventada pelo Coronel Parker e pela RCA para vender novamente material já lançado antes pelo cantor. A única novidade é que essas músicas nunca tinham sido reunidas antes no formato LP, pois eram provenientes de singles e EPs, como no caso das trilhas dos filmes já citados e das canções da época da Sun. Só que dessa vez o mercado não caiu na "estratégia" de Parker e assim como aconteceu com o anterior, "For LP Fans Only", o disco não alcançou o sucesso esperado, chegando somente ao 32º lugar na parada de álbuns da Billboard.

O fato era que a RCA Victor já havia utilizado todo o material gravado por Elvis antes dele ir servir o exército e em desespero de causa lançou este disco, que acabou não agradando aos consumidores e fãs. Todos estavam ansiosos para comprar novos discos de Elvis e não em adquirir mais uma vez o que já tinham. Muitos autores inclusive afirmam que tudo não passou de uma armação de Tom Parker em cima da RCA, levando a gravadora de Elvis a erro, pois a verdadeira intenção do Coronel seria essa mesma, ou seja, para o empresário seria interessante que o disco não fosse bem nas paradas, pois isso iria demonstrar aos produtores da RCA que a renovação do contrato de Elvis não era apenas uma opção, mas sim uma necessidade imperiosa para a empresa. Já que o público queria material inédito, então a RCA não deveria medir esforços para ter novamente Elvis em seu plantel. A necessidade de ter Elvis para a gravação de músicas inéditas iria, com certeza, ser mais um fator de pressão agindo ao lado de Tom Parker. Isso iria certamente pesar muito na renegociação do contrato de Elvis após ele voltar da Alemanha. Talvez o Coronel soubesse que o melhor seria mesmo reunir todas as gravações de Elvis pela Sun Records num único disco. Essa sim seria uma boa maneira de oficializar o lançamento dessas faixas da Sun pela RCA. Mas isso só iria acontecer mesmo muitos anos depois, já no final da carreira de Elvis, com o aclamado "The Sun Sessions".

De qualquer maneira, tudo tem seu lugar na história e esse disco, visto hoje, acabou tendo seu papel dentro da discografia do Rei. O nome do disco deriva do fato do mesmo trazer em sua capa a data do retorno de Presley aos Estados Unidos depois de prestar serviço militar na Alemanha. Era como se Elvis tivesse um encontro marcado com todos seus fãs no referido dia de seu retorno. A "ideia genial" só poderia partir de uma pessoa mesmo: O Coronel Tom Parker, mais uma vez! Em sua vida pessoal Elvis sofreu nesse período a maior perda de sua vida. Sua mãe, Gladys Smith, morreu do coração em Memphis. O cantor era muito próximo a ela e se viu deste modo frente ao maior drama de sua vida. A partir deste ponto de sua vida Elvis iria sofrer uma profunda mudança em sua personalidade, fato que iria se refletir muito em sua carreira musical nos anos que viriam. Segundo o autor Albert Goldman em seu livro "Elvis", foi neste período de sua vida que o Rei do Rock começou a sentir todo o peso negativo da fama e da celebridade, pois ao ver seus dramas pessoais expostos com grande repercussão na mídia, Elvis pela primeira vez sentiu o gosto amargo de ser uma figura pública que poderia ser explorada facilmente pela imprensa marrom. A morte de Gladys teve enorme influência não somente em aspectos pessoais de Elvis, mas também artísticos. No ano que viria Elvis iria deixar a velha imagem de roqueiro rebelde criada em torno dele nos anos 50 e iria promover uma mudança radical em seu estilo musical. Essa guinada nem sempre seria louvada ou celebrada, principalmente pelos seus primeiros fãs do estilo rocker dos anos 50. Para esses, Elvis iria ficar muito açucarado na década que nascia. Esse tipo de pensamento e postura foi muito bem resumido na famosa frase de John Lennon, que declarou ao saber da morte do cantor em 1977: "Elvis morreu no dia em que entrou para o exército!". Estas são as canções do disco "A Date With Elvis" (LPM 2011):

BLUE MOON OF KENTUCKY (Bill Monroe) - Originalmente foi lançado no ano de 1948 pelo próprio autor Bill Monroe, considerado o "pai do Bluegrass". O pequeno single trazia o selo Columbia e teve uma repercussão restrita às paradas ligadas ao gênero country. De qualquer forma ela acabou chamando atenção e ficou sempre em evidência, sendo muito tocada em estações de rádio do Sul. Certamente virou uma das preferidas também de um garoto de apenas 13 anos que sempre estava sintonizando suas velhas estações country em busca de novidades. O nome do garoto em questão? Nem é preciso dizer. Em julho de 1954 chegava às lojas do sul dos Estados Unidos o single "Sun 209" que trazia as duas primeiras canções comerciais interpretadas por Elvis Presley. No lado A "That's All Right" e no lado B, ela mesma, aquela simples baladinha country que tocava insistentemente nas estações caipiras de Memphis. Era a materialização do velho sonho de se tornar cantor nascendo para aquele garotinho que ouvia Bill Monroe no rádio. "Blue Moon of Kentucky" foi gravada em julho de 1954 contando apenas com Elvis, Scotty Moore e Bill Black. O produtor Sam Phillips sempre afirmava que: "O dia em que eu encontrar um branco que cante como um negro, irei ganhar um milhão de dólares". Essa profética frase iria se tornar verdade quando o próprio Sam resolveu dar uma chance a um dos inúmeros novatos que iam a seu estúdio em Memphis todos os dias tentar uma chance de se tornar artista profissional. Para quem não acredita em sonhos impossíveis, "Blue Moon Of Kentucky" veio para registrar para a história o momento do aparecimento de um dos maiores fenômenos da música popular mundial, um sonho que se tornou possível para Elvis Presley, pois ele acreditou em sua materialização com convicção. Pois é, "Sonhos são como deuses, nós temos que acreditar neles" já dizia a conhecida frase.

YOUNG AND BEAUTIFULL (A. Silver / A. Schroder) - Canção romântica que foi escrita especialmente para Elvis quebrar os corações de suas fãs adolescentes. Primeiro cantor a possuir um vasto conjunto de fãs clubes organizados nos anos 50, Elvis era considerado pelas jovens dos chamados anos dourados como o "namorado ideal", pelos fãs masculinos como um "modelo rebelde a se seguir" e pelas mães dessa moçada como "uma ameaça aos bons costumes". Embora fosse visto durante os anos 50 como um rebelde e delinquente essa imagem seria alterada profundamente em 1958 quando Elvis foi para o exército. A partir desse momento a imagem de Elvis sofreu uma profunda modificação passando a ser considerado um bom moço para até mesmo para as mães conservadoras de suas fãs mais fiéis. Essa imagem de um Elvis rebelde e transgressor realmente não condizia com a verdade. Talvez por ser polêmico e considerado um sucessor legitimo de James Dean nos anos 50, o cantor era apontado de forma equivocada como o grande incentivador do aumento da delinquência juvenil dos EUA. Um mau elemento, à margem da sociedade. Nada mais longe da verdade. Elvis era apenas um garoto do sul, extremamente ligado em sua família, profundamente religioso e que procurava levar uma vida decente. Obviamente não estava aí para contestar os valores da classe média americana. Era antes de tudo uma pessoa que procurava subir na vida com seu talento. Claro que papéis como o de Vince Everett do filme "Jailhouse Rock" contribuíram e muito para essa visão, mas tudo não passava de marketing dos estúdios. Elvis se dava bem com todos no set e principalmente com suas estrelas. Para contracenar com Elvis em "Jailhouse Rock" (filme do qual essa música foi retirada) foi contratada a starlet em ascensão Judy Tyler. Logo nasceu uma amizade entre Elvis e ela. Ambos eram novatos no cinema e procuravam antes de tudo se consolidar no meio. Mas antes mesmo de se tornar uma estrela de cinema Judy Tyler foi vítima de um destino trágico. Ela morreu logo após as filmagens em um acidente automobilístico.

O fato chocou a todos, e em particular Elvis, que lamentou profundamente o passamento de sua colega de trabalho, ainda tão jovem, talentosa e com um futuro tão promissor pela frente. Não tardou muito para que "Jailhouse Rock" entrasse na lista negra de Elvis. Para evitar ficar deprimido Elvis baniu o filme de sua vida e nunca mais o assistiu. Isso inclusive iria acontecer um ano depois com "Loving You". Nesse filme Gladys Presley, mãe do Rei, aparecia em cena batendo palmas em uma das cenas. Depois que sua mãe faleceu Elvis riscou do mapa também seu segundo filme. Não queria recordar Gladys ali ao seu lado, viva e feliz. Freud Explica!

(You're So Square) BABY I DON'T CARE (Leiber / Stoller) - É outra verdadeira pérola da dupla Leiber e Stoller que foram os responsáveis por quase toda a parte musical do fantástico filme "Jailhouse Rock". Um fato curioso ocorreu na sessão de gravação desta música: o baixista Bill Black não conseguiu executar de forma satisfatória a Introdução da música, então Elvis pegou o contrabaixo de Black e tocou a introdução de forma impecável, sendo esta a definitiva e a que aparece no disco. Curiosamente na cena do filme aconteceu uma coisa engraçada: sem se dar conta Scotty Moore acabou comprometendo a continuidade do filme. Nas cenas em que se mostrava Elvis em close, Scotty aparece sem óculos e nas cenas abertas com o cantor focalizado a uma certa distância, Scotty se apresenta com seus óculos pretos! Obviamente as tomadas de perto e de longe foram filmadas em ocasiões diferentes, porém na montagem final em que as duas cenas são unidas surge o erro de continuidade bem nítido. Apesar desse pequeno pecado técnico a cena em si é ótima, com Elvis animado e dançando em seu peculiar estilo.

MILKCOW BLUES BOOGIE (Arnold) - Esta canção foi gravada inicialmente por Kokomo Arnold em 1953 pelo selo Decca, sendo que em 1946 Bob Willis & his Texas Playboys já a tinham gravado com o título de "Brain Cloudy Blues". A versão de Presley surgiu no mercado como a música título de seu terceiro single pela Sun Records (Sun 215) com "You're a Heartbreaker" no lado B, logo no comecinho de 1955. Ela foi gravada na terceira sessão de Elvis pela pequena gravadora de Sam Phillips contando somente com o trio básico de suas primeiras músicas: ele, Bill e Scotty. A data correta desta sessão é motivo de controvérsia pois alguns autores determinam o mês de novembro e outros, dezembro, não ocorrendo um consenso sobra a data correta. Essa é provavelmente uma das canções mais peculiares que já ouvi. A letra e o arranjo não deixam dúvidas: é uma canção escrita, feita e produzida para o Sul rural americano dos anos do pós guerra. A sonorização abafada e o ritmo estranho podem deixar muitos fãs jovens do cantor surpresos! Mas é esse tipo de canção que tocava nas rádios regionais de Memphis quando Elvis era apenas um aspirante ao estrelado. Vale a pena sentir e ouvir a sonoridade daquela época na voz do artista que melhor representou aquela geração.

BABY LET'S PLAY HOUSE (Gunther) - Outra música da Sun Records presente neste disco. Foi lançada originalmente por Arthur Gunter em 1954 pelo selo Excello. Sam achou que a música se encaixava perfeitamente no estilo de seu novo cantor. Tentando repetir o êxito da versão original Sam pediu a Elvis que relaxasse e se soltasse durante a gravação! O resultado não poderia ter sido melhor, sendo que a música hoje é considerada um das melhores gravações de todos os tempos. Além de símbolo maior dos anos de Elvis na Sun a canção serve também para demonstrar os primeiros passos do Rock'n'Roll nos EUA. Ainda um pouco atrelada ao country and western, o novo gênero ia aos poucos abrindo seus próprios caminhos, trazendo coisas novas, como bem podemos perceber ao ouvir esse registro histórico. Em muitos trechos percebemos nitidamente que não se trata mais de uma canção totalmente country e sim de algo novo, inovador. Esse tipo de sonoridade logo receberia um nome: era o Rock'n'Roll! Imagine presenciar e fazer parte desse grande momento para a cultural pop mundial! Era simplesmente o bravo Rock'n'Roll que estava nascendo naquele exato instante, naquele exato momento, naquele pequeno estúdio de Memphis, TN! A Versão de Elvis Presley foi lançada como single (Sun 217) em Abril de 1955 com "I'm Left, You're Right, She's Gone" no lado B e o mundo nunca mais seria o mesmo! Apesar de muitos desses compactos de Elvis pela Sun Records terem alcançado um sucesso limitado, restrito à região conhecida como "Arklatex", ou seja, Arkansas, Texas, Mississipi e Tennessee, todos perceberam que algo novo e revolucionário estava chegando, que um novo idioma musical estava surgindo! Tanto isso é verdade que os primeiros singles de Elvis pela Sun logo chamaram a atenção dos chefões das grandes gravadoras americanas como a Decca, a Columbia e a RCA Victor. Todos queriam entender esse tipo novo de som que surgia entre a moçada. Um ritmo novo, tocado por jovens músicos, feito para e pela juventude. Nascia a cultura jovem tal como a conhecemos. Longa vida ao verdadeiro Rock'n'Roll.

GOOD ROCKIN'TONIGHT (Roy Brown) - Se "Baby Let's Playhouse" ainda era uma música híbrida, fortemente amarrada em suas raízes de country and western, "Good Rockin Tonight" já era o próprio Rock'n'Roll. Originalmente lançada em 1947, pelo próprio autor no selo DeLuxe, a música já trazia em seu título a gíria que iria dar nome ao novo estilo musical que estava nascendo da fusão entre country, R&B, blues e gospel. Segundo o especialista Peter Guranilck esta é uma das mais perfeitas gravações de Rock'n'Roll de todos os tempos! De fato esta canção é sem sombra de dúvida um dos maiores registros do talento de Elvis Aaron Presley. Ao tomar posse de uma velha canção da década de 40 e adaptá-la aos novos tempos, Elvis certamente estava escrevendo uma das páginas musicais mais importantes de nosso tempo. Até hoje se fica perplexo em saber como apenas três músicos (Elvis, Scotty e Bill) fizeram um som tão completo como este! Nem parece também que tal música foi gravada num estúdio com poucos recursos técnicos. Enfim, poucas vezes podemos presenciar em uma só música tantos elementos identificadores desse novo gênero que iria mudar a face do mundo a partir desse ponto para sempre. Daqui em diante não haveria mais volta! "Good Rockin Tonight" na voz de Elvis Presley foi lançada pela Sun (Sun 210) em setembro de 1954 com "I Don't Care If The Sun Don't Shine" no lado B. Era o segundo compacto simples de Elvis que chegava nas lojas do Sul, dois meses após o lançamento de "That's All Right / Blue Moon Of Kentucky". Depois de seu lançamento a canção virou um ícone da primeira geração do Rock. Um símbolo que nunca mais foi esquecido, tanto que muitos artistas iriam prestar seu tributo a esse momento tão raro e importante nas décadas posteriores! Entre as mais conhecidas versões está a que Sir Paul McCartney produziu em sua New World Tour. Uma versão belíssima desta canção, que inclusive conseguiu capturar toda a sua essência rocker.

IS IT SO STRANGE (Faron Young) - Vejam como Parker e a RCA bagunçavam a discografia de Elvis. Essa canção nada tinha a ver com todas as demais que fizeram parte desse disco! Ela não era da época da Sun e nem muito menos fazia parte de alguma trilha sonora! Assim fica até mesmo complicado explicar como ela veio parar aqui nesse disco! Muito provavelmente ela foi simplesmente encaixada de última hora para completar o tempo necessário para se preencher um álbum, o antigo LP. Apesar de ser considerada uma autêntica "estranha no ninho" trata-se na verdade de uma linda balada romântica, típica dos anos cinquenta. Foi gravada no dia 19 de janeiro de 1957 nos Estúdios Radio Recorders em Hollywood e lançada pela primeira vez no compacto duplo "Just for You" em Abril de 1957, se tornando uma grande sucesso, pois chegou até mesmo a atingir o segundo lugar nas paradas. Belo momento

WE'RE GONNA MOVE (Presley / Matson) - Canção que foi baseada numa marchinha muito popular entre os soldados confederados durante a guerra civil americana. Outra interessante adaptação de Ken Darby para o primeiro filme de Elvis, "Love Me Tender". Quando a Fox trouxe Elvis para os sets de filmagens em 1956 houve até um certo debate sobre os rumos que o filme iria seguir a partir de sua entrada. Para o diretor Richard D. Webb o filme deveria seguir o roteiro original, ou seja, nada de músicas e nem destaque especial para Elvis, que no fundo iria apenas interpretar um mero papel coadjuvante. Mas sua opinião foi atropelada pela repercussão que Elvis estava tendo na mídia da época. Era praticamente impossível ignorar a presença de Presley no filme. Além do mais os fãs não iriam aceitar que o filme não tivesse músicas. Por ordens vindas da direção da Fox tudo mudou. O roteiro, antes melodramático e soturno, foi jogado para o alto e em seu lugar foram acrescentadas várias cenas com Elvis cantando e exercendo seu direito óbvio de se destacar no elenco! Ken Darby foi chamado às pressas e teve que se virar para compor uma trilha sonora em cima da hora. Como não havia muito tempo mesmo para escrever material inédito, ele resolveu adaptar algumas canções folclóricas da época da guerra como "Aura Lee" (Love Me Tender) e essa que era conhecida pelos confederados como "There's a Leak in this Old Building".

I WANT TO BE FREE (Leiber / Stoller) - Outra canção composta por Leiber e Stoller para o filme "Jailhouse Rock". Dessa vez o resultado final fica um pouco abaixo da média. Nada que deponha contra o talento dos autores, mas se formos comparar com o restante da trilha sonora fica claro que o resultado fica abaixo do esperado. Novamente Elvis registrou duas versões na madrugada do dia 30 de abril (aliás, toda a trilha sonora foi praticamente gravada na mesma noite). Uma das versões foi utilizada exclusivamente no filme e a outra, oficial, lançada no EP (compacto duplo). Como sempre o Coronel Parker não deixaria a música ficar restrita à trilha do filme. Obviamente ele iria procurar uma forma de lançá-la novamente para ganhar alguns níqueis extras. E foi assim que "I Want To Be Free" foi relançada no disco "A Date With Elvis". Também no mesmo LP o Coronel ainda encaixaria "Baby I Don't Care" e "Young and Beautifull". Parker mais uma vez dava continuidade ao seu lema de vender a mesma coisa duas vezes!

I FORGOT TO REMEMBER TO FORGET (Kesler / Feathers) - Fechando o disco temos mais esta canção da época em que o "passe" do Rei do Rock pertencia à pequena Sun Records de Memphis. Ela foi título do último single de Elvis pela Sun (Sun 223) em agosto de 1955 e que foi logo relançado pela RCA em dezembro de 1955. No lado B "Mistery Train". Ela foi gravada no dia 11 de julho de 1955 com Elvis, Scotty Moore, Bill Black e Johnny Bernero, um dos primeiros bateristas da banda que acompanhava o cantor (o primeiro baterista que trabalhou profissionalmente com Elvis foi Jimmie Lott que só participou de uma sessão na Sun). Os Beatles no disco "Live in BBC" apresentam uma versão muito especial desta música. Era a prova que os Beatles eram profundos conhecedores da música americana e fãs de carteirinha de Elvis Presley.

Elvis Presley - A Date With Elvis (1959): (músicas da RCA Victor) Elvis Presley (vocal, violão, piano e baixo) / Scotty Moore (guitarra) / Chet Atkins (guitarra) / Bill Black (baixo) / D.J. Fontana (bateria) / Floyd Cramer (piano) / Short Long (piano) / The Jordanaires (acompanhamento vocal) / Produzido por Steve Sholes / Arranjado por Elvis Presley e Steve Sholes / Ficha Técnica: ("Jailhouse Rock Sessions") Elvis Presley (vocal e baixo) / Scotty Moore (guitarra) / Bill Black (baixo) / D.J. Fontana (bateria) / Dudley Brooks (piano) / Mike Stoller (piano) / The Jordanaires (vocais) / Arranjado por Steve Sholes e Elvis Presley / Produzido por Steve Sholes / - Data de Gravação: Abril e julho de 1957 / Local: Radio Recorders, Hollywood. Ficha Técnica: (músicas da Sun Records) Elvis Presley (voz, violão e guitarra) / Scotty Moore (guitarra) / Bill Black (baixo) / Jimmie Lott (bateria) / Johnny Bernero (bateria) / Engenheiro de Som: Sam Phillips / Produção: Sam Phillips / Arranjado por Sam Philips, Scotty Moore e Elvis Presley / Gravado no estúdio Sun Records, Avenida Union, 706, Memphis, Tennessee. Ficha Técnica: ("We're Gonna Move") Elvis Presley (vocal, violão e guitarra) / Vito Mumolo (guitarra) / Mike Rubin (baixo) / Richard Cornell (bateria) / Luther Rountree (banjo) / Dom Frontieri e Carl Fortina (acordeon) / Arranjos e producão: Ken Darby / Gravada em Agosto de 1956 nos estúdios I da 20th Century Fox em Hollywood. A Date With Elvis: Data de Lançamento: Agosto de 1959 / Melhor posição nas charts: #32 (EUA) e #4 (UK)

Pablo Aluísio - Setembro de 1999 / revisado e atualizado em novembro de 2001 / reescrito em junho de 2006.

Um comentário:

  1. Avaliação:
    Produção: ★★★★
    Arranjos: ★★★★
    Letras: ★★★★
    Direção de Arte: ★★★
    Cotação Geral: ★★★
    Nota Geral: 8,2

    Cotações:
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