quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Gimme Shelter

Título no Brasil: Gimme Shelter
Título Original: Gimme Shelter
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Maysles Films
Direção: Albert Maysles, David Maysles
Roteiro: David Maysles
Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Mick Taylor

Sinopse: 
Este documentário acompanha os Rolling Stones numa turnê pelos EUA em 1969. As apresentações culminaram com o concerto de Altamont, em que um jovem foi assassinado, anunciando o fim do sonho hippie de paz e amor.

Comentários:
Em shows cheios de energia e performances únicas, a lendária banda inglesa mostra por que tinha tudo a ver com a rebeldia dos anos 60. O problema é que junto da fama e da pose de bad boys os Stones também serviam de porta bandeira da cultura das drogas. Mais cedo ou mais tarde essa mensagem iria dar em algo ruim. E deu. Em entrevista John Lennon sutilmente sugeriu que a culpa seria dos próprios Stones. Ele afirmou que o grupo criou um clima pesado e o que aconteceu foi consequência disso. O fato aconteceu por falta de planejamento, até amadorismo por parte do grupo. Ao invés de contratar profissionais para cuidar da segurança do concerto os Stones contrataram os motoqueiros do grupo Hell´s Angels. Os Angels eram em sua maioria foras da lei, então o que aconteceu fatalmente iria ocorrer. No meio do empurra empurra da multidão, bem em frente ao palco, um briga entre um Angel e um jovem acabou mal. Ele foi morto bem ali, na frente de Mick Jagger e cia, com tudo sendo registrado pelas câmeras desse filme. O documentário é bom, sem dúvida, mas apesar da importância de ter captado a morte desse movimento hippie não o acho tão bem montado e editado. De qualquer forma é histórico, pelo menos para os que curtem a história do Rock.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sonhadora

Título no Brasil: Sonhadora
Título Original: Dreamer: Inspired by a True Story
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: John Gatins
Roteiro: John Gatins
Elenco: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Freddy Rodriguez, Luis Guzman, Elisabeth Shue

Sinopse: 
O treinador Ben Crane (Kurt Russell) e sua filha, Cale Crane (Dakota Fanning), resolvem cuidar de um cavalo muito ferido. Não tarda para crescer um carinho muito grande entre eles. Aos poucos o animal vai se recuperando, ficando novamente saudável e superando todas as expectativas se torna um grande corredor das pistas. Em vista disso o treinador Crane decide ir mais longe e resolve inscrever o animal na Breeder's Cup, uma competição de cavalos de corrida.

Comentários:
Produzido pelo estúdio de Steven Spielberg e contando com um elenco acima da média esse "Sonhadora" até que não é mal. Na verdade esse tipo de filme sempre existiu em Hollywood, basta lembrar do recente "Cavalo de Guerra" (do próprio Spielberg), "Seabiscuit" ou indo mais em direção ao passado, do famoso "O Corcel Negro" de 1979. Essa produção porém é bem mais modesta do que os citados, que foram lançados em cinema e se tornaram, cada um ao seu jeito, sucessos de bilheteria. O roteiro usa e abusa de um certo chantagismo emocional com o espectador, usando até mesmo de fartas doses de pieguice (que sempre foi a marca registrada de Spielberg, aliás) mas que não chega a aborrecer muito. O segredo para curtir um filme como esse é manter as expectativas bem baixas, esperar por uma boa história - que é baseada em fatos reais - um final feliz e céu dourado ao longe nos letreiros finais. Se você tiver esse tipo de atitude sim, certamente se divertirá.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Conta Comigo

Título no Brasil: Conta Comigo
Título Original: Stand by Me
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Raynold Gideon, baseado no livro de Stephen King
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, River Phoenix, Kiefer Sutherland, Richard Dreyfuss

Sinopse: 
Um grupo de garotos decide ir em busca do corpo de um jovem desaparecido. Na jornada acabam se encontrando a si mesmos, com seus pensamentos, planos de vida e sentimentos em relação à amizade, amor e companheirismo. Um retrato sentimental de toda uma geração, captada com grande talento.

Comentários:
Um dos textos mais singulares de Stephen King acabou dando origem a essa pequena obra prima dos anos 80 que hoje em dia soa ainda mais nostálgica do que em seu lançamento original. King, que ficou famoso por causa de seus excelentes livros de terror e suspense, aqui dá um tempo em seus maneirismos literários para dar origem a uma obra até mesmo poética, muito terna e sentimental. O livro "The Body" que deu origem a esse filme "Conta Comigo" não é apenas a narração de um grupo de garotos em busca de um suposto corpo pertencente a um jovem desaparecido mas sim uma alegoria sobre a própria jornada daqueles rapazes que estavam apenas começando essa longa jornada chamada vida. King mostra claro carinho por seus personagens, mostrando e desenvolvendo todos de uma forma até bastante rara em sua obra. Já para o cinéfilo não poderia haver notícia melhor já que o diretor Rob Reiner conseguiu trazer para a tela a poesia juvenil de King. Com elenco muito bacana (cheio de ídolos jovens do cinema dos anos 80) e uma excelente linha narrativa feita pelo ator Richard Dreyfuss como alter ego de King, "Conta Comigo" é uma daquelas películas que você assiste e jamais esquece.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Chicago Fire

Título no Brasil: Chicago Fire
Título Original: Chicago Fire
Ano de Produção: 2012 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC, Universal TV
Direção: Vários
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas
Elenco: Taylor Kinney, Jesse Spencer, Monica Raymund

Sinopse: 
A série acompanha um grupamento de bombeiros do departamento de combate a incêndios da cidade de Chicago. Todos os membros da equipe se apóiam não apenas na vida profissional mas pessoal também. Acompanhe você também os dramas e riscos desses bombeiros numa das séries mais interessantes da TV americana.

Comentários:
Essa série começou muito bem no ano passado nos Estados Unidos. Eu costumo dizer que sempre existirão séries sobre policiais e médicos na TV americana mas bombeiros é praticamente uma novidade. Acompanhar seriados americanos é algo muito prazeroso porque o espectador começa a literalmente criar hábito com todos os personagens. Em um filme você tem pouco menos de duas horas para simpatizar ou antipatizar com um personagem mas em séries a coisa é bem diferente. Aqui temos uma certa semelhança com "Greys Anatomy", não pelo tema em si que não tem muito a ver mas sim pelo desenvolvimento de cada trama. Como tem acontecido de forma até regular nos últimos anos também há uma personagem gay em cena, mas fora ela também temos o engraçadinho, o dramático e até mesmo um torturado (ele sofre de dores terríveis na coluna mas esconde isso do resto da equipe para não ser aposentado precocemente). Como é exibida na grade de programação da TV aberta americana não vá esperar nada mais ousado do que isso. Os episódios são bem realizados e escritos e mantém o interesse muito embora também seja aquele tipo de seriado que você pode largar de uma hora para outra sem maiores culpas por isso. Mesmo que não vá acompanhar procure pelo menos conhecer, assista alguns episódios e veja se faz sua cabeça.

Pablo Aluísio.

Karatê Kid (2010)

Título no Brasil: Karatê Kid
Título Original: The Karate Kid
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han

Sinopse: 
Dre Parker (Jaden Smith) e sua mãe se mudam para a China, na cidade de Pequim, por questões profissionais. Lá o garoto acaba se apaixonando pela bela Meiying mas essa paixão não será nada fácil pois provocará a reação dos demais jovens chineses, em especial do brigão e valentão Cheng que nem pensará duas vezes antes de usar seus conhecimento em artes marciais para dar uma lição em Parker. Para se proteger e revidar quando necessário ele começa a tomar aulas de Kung Fu (e sabedoria) com o Sr. Han (Chan) que lhe ensinará a boa e velha filosofia oriental.

Comentários:
Via de regra remakes ou são desnecessários ou são muito ruins. "Karatê Kid" é um filme dos anos 80 que marcou bastante a geração jovem daquela época. Era um filme até bem simples mas que fez sucesso e caiu no gosto da garotada. Agora temos esse remake muito ruim, fraco e nada animador. Para falar a verdade ele nem se assume como remake, pois procura trazer outros personagens, com nomes diferentes, muito embora a estória e o argumento sejam praticamente os mesmos. Will Smith, usando de toda sua influência e poder dentro de Hollywood, resolveu que iria transformar seu filho, o garoto Jaden Smith, em astro do cinema. Até agora isso definitivamente não aconteceu já que o rapaz não tem o carisma do pai. Na verdade ele é muito chatinho, com excesso de caretas e exageros. Para completar o que já era bem ruim o espectador ainda terá que aguentar outro chato de de galochas, Jackie Chan, que está em um papel completamente inadequado. No final sua presença em cena só serve mesmo para nos deixar com saudades do Sr. Kesuke Miyagi na saudosa interpretação de Pat Morita do filme original. Enfim, esqueça essa bobagem e reveja os filmes dos anos 80, pois cinematograficamente falando será muito mais proveitoso.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

CHiPs

Título no Brasil: CHiPs
Título Original: CHiPs
Ano de Produção: 1977 - 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television, Rosner Television
Direção: Vários
Roteiro: Rick Rosner
Elenco: Erik Estrada, Larry Wilcox, Robert Pine

Sinopse: 
Dois patrulheiros rodoviários da equipe CHIPs (California Highway Patrol) vivem muitas aventuras pelas estradas americanas. Os oficiais Frank Poncherello (Erik Estrada) e Jon Baker (Larry Wilcox) estão sempre prontos para ajudar o cidadão ao mesmo tempo em que combatem a marginalidade, tudo sob o comando do sargento Joseph Getraer (Robert Pine).

Comentários:
Essa foi uma das séries mais populares da TV americana na virada dos anos 1970 para 1980. Virou febre, tanto que passou a ser exibida pela Rede Globo em horário nobre. O conceito era muito atraente para a garotada, afinal quem não gostaria de ser um patrulheiro nas estradas da Califórnia, vivendo várias aventuras? Certamente quem está na faixa dos 40 anos hoje em dia se lembra muito bem dos personagens, das motos, do jeito de ser divertido e malandro de Erik Estrada e do seu colega, o loiro e sério Larry Wilcox. O sucesso da série foi tão grande que durou seis temporadas - um verdadeiro recorde naquela época! A música tema de abertura até hoje soa nostálgica e muito evocativa à uma época que não existe mais na TV brasileira já que nos grandes canais abertos já não se abre mais espaço para séries como antigamente. Basta lembrar de CHIPs, Magnum e tantas outras que passavam em ótimo horário e que hoje em dia não encontram mais lugar na grade de programação. Ainda bem que temos TV a cabo e internet uma vez que não há como negar as séries americanas estão vivendo novamente uma era de ouro. Se a TV brasileira não lhes abre mais espaço o problema é exclusivamente dela, com seus programas de quinta categoria. Mas deixemos isso de lado para lembrar com saudades de CHIPs - nós éramos felizes e nem sabíamos!

Pablo Aluísio.

Metido em Encrencas

Título no Brasil: Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern

Sinopse: 
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.

Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Garotos de Programa

Título no Brasil: Garotos de Programa
Título Original: My Own Private Idaho
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Elenco: River Phoenix, Keanu Reeves, James Russo

Sinopse: 
Dois jovens começam a se prostituir pelas ruas de Portland, no Oregon. Mike Waters (River Phoenix) sempre teve uma vida familiar caótica. Agora, pobre e desempregado, ele sem alternativas vira michê, saindo com homens homossexuais ricos que pagam por seus "serviços" sexuais. Já Scott Favor (Keanu Reeves) entra na prostituição para se vingar de seu pai, um homem rude e violento que sempre o reprimiu. Juntos, sem esperanças, usando drogas, os dois amigos decidem ir para o distante Idaho em busca de novas oportunidades.

Comentários:
" My Own Private Idaho" chocou em seu lançamento. Era um filme cru e realista que não fazia média. O diretor Gus Van Sant quis mostrar o outro lado da América, a dos excluídos, dos marginais, dos prostitutos, daqueles que nascem e vivem sem quaisquer perspectivas, vendendo tudo o que possuem em troca de alguns trocados. O ambiente é o da rua, onde impera a lei da selva e onde apenas os mais fortes sobrevivem. Curiosamente Van Sant conseguiu trazer para seu filme sórdido duas estrelinhas juvenis na época. River Phoenix era ídolo das adolescentes na ocasião. Politicamente correto, defensor da ecologia, ele não saía das revistas jovens. Infelizmente morreu muito jovem, de uma overdose de drogas na saída da boate de Johnny Depp em Hollywood poucos anos depois. Já Keanu Reeves, muitos anos antes de Matrix, se destacava pelo visual exótico e pelas participações em filmes juvenis. Assim essa produção foi certamente a entrada no mundo adulto do cinema para ambos. Talvez procurando por outros caminhos eles entraram de cabeça no projeto, não tendo qualquer receio de encarar seus personagens viscerais e ousados. Há inclusive fortes cenas de homossexualismo e uso de drogas pesadas que chocaram as fãs dos galãs juvenis. As imagens são nervosas, beirando o estilo documentário e o filme em si, mesmo revisto hoje em dia, certamente é uma pequena obra prima moderna. Nunca o mundo cão foi tão bem capturado em película como aqui. Assista se ainda não conhece.

Pablo Aluísio.