domingo, 29 de dezembro de 2013

E Se Fosse Verdade...

As comédias românticas andam saturadas ultimamente. Embora tenham um público cativo, formado obviamente por mulheres, o fato é que não é fácil lançar tantos filmes todos os anos sem a fórmula se desgastar. Assim não soa como novidade o argumento desse "E Se Fosse Verdade...", mais uma comédia romântica... sobrenatural! Isso mesmo que você leu. O enredo aqui explora a paixão que nasce entre um homem e uma fantasma, uma mulher controladora e obsessiva que já está do outro lado da vida. Aliás essa última frase já mata a charada. Quem lembrou de "Ghost" acertou em cheio. A diferença é que em "Ghost" o amor nasceu quando ambos eram vivos e aqui o sentimento nasce quando ela já está morta! Esse "E Se Fosse Verdade..." tive a oportunidade de ver no cinema na data de seu lançamento. Não havia muitos bons filmes em cartaz então resolvi arriscar. Apesar da boa vontade não me pareceu grande coisa realmente.

O único atrativo talvez venha do esforçado elenco. Mark Ruffalo (O Hulk mas ator de bons outros filmes também), certamente consegue manter o público feminino acordado e interessado. Já Reese Witherspoon deveria repensar sua carreira. O tempo de interpretar garotinhas apaixonadas certamente já passou. Ainda mais agora que ela tem se envolvido em vários problemas pessoais (recentemente foi presa por dirigir embriagada, ficou com raiva e ofendeu os policiais, indo diretamente em cana por desacato). Sua carreira já está estagnada  há anos e a falta de um sucesso de bilheteria talvez prove que o momento é de partir para outra para evitar virar uma nova Meg Ryan. Enfim é isso. Comédia romântica espiritual que não decola, nem empolga. Ideal para passar na Sessão da Tarde (coisa aliás que vai acontecer hoje!). Se quiser arriscar (como eu fiz no cinema), boa sorte!

E Se Fosse Verdade... (Just Like Heaven, Estados Unidos, 2005) Direção: Mark Waters / Roteiro: Peter Tolan, Leslie Dixon / Elenco: Reese Witherspoon, Mark Ruffalo, Donal Logue / Sinopse: David Abbott (Mark Ruffalo) aluga um apartamento em San Francisco e acaba descobrindo que o local parece ser assombrado por uma garota morta, Elizabeth Martinson (Reese Witherspoon)!

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Obsessão

Título no Brasil: Obsessão
Título Original: The Paperboy
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Lee Daniels, Peter Dexter
Elenco: Matthew McConaughey, Nicole Kidman, John Cusack, Zac Efron, David Oyelowo 

Sinopse:
Hillary Van Wetter (John Cusack) é condenado à morte por supostamente ter assassinado o xerife de uma cidadezinha da Flórida. Convencidos de sua inocência, dois jornalistas investigativos, Ward (Matthew McConaughey) e Yardley (David Oyelowo) ao lado do jovem Jack Jansen (Zac Efron) e da namorada do condenado, Charlotte Bless (Nicole Kidman), resolvem ir a fundo nas investigações para colher provas que inocentem Hillary. A verdade porém não será tão simples assim de encontrar.

Comentários:
Bom filme que apesar do interessante e até mesmo realista roteiro não irá certamente agradar a todos, principalmente o público que deseja ver um belo e convencional final feliz. A trama se passa nos anos 60, em uma região isolada, pantanosa, do calorento estado da Flórida. O espectador é levado todo o tempo a acreditar numa tese sobre a verdadeira morte do xerife local mas isso é apenas uma parte do que será revelado. É um enredo bem escrito e com reviravoltas que para alguns serão radicais demais. Mesmo assim não há como negar que a estória envolve e agrada. O elenco é excepcionalmente muito bom. Nicole Kidman interpreta uma personagem bem distante de seus últimos trabalhos onde a classe e a elegância eram os pontos fortes. Sua Charlotte Bless é uma mulher obsessiva por se apaixonar por homens condenados, prisioneiros no corredor da morte. Ela é a imagem da mulher beirando a vulgaridade da década de 60, sempre se envolvendo com os homens errados. Zac Efron surge como o jovem que se apaixona platonicamente por ela - uma paixão que lhe dará muitos desgostos e tragédias em sua vida pessoal. Apesar de certos exageros no desenrolar de tudo gostei bastante do filme. Certamente não agradará a todos, como já frisei, mas quem embarcar na proposta do diretor certamente vai gostar do resultado final.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Mordomo da Casa Branca

Título no Brasil: O Mordomo da Casa Branca
Título Original: The Butler
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Follow Through Productions
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Danny Strong, Wil Haygood
Elenco: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Mariah Carey, Vanessa Redgrave, Cuba Gooding Jr, James Marsden, Alan Rickman, Jane Fonda

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme conta a história de Cecil Gaines (Forest Whitaker), pobre e negro, nascido em um dos estados sulistas mais racistas dos Estados Unidos. Após testemunhar seu pai ser morto por um branco que não sofreu qualquer condenação por esse assassinato, ele começa a aprender uma nova profissão, a de serviçal na fazenda rural onde mora. Conforme os anos passam ele começa a melhorar de vida, inclusive trabalhando em grandes hotéis, até ser admitido para ser mordomo na Casa Branca, exercendo essa função por mais de 30 anos.

Comentários:
Filme que tem causado grande repercussão nos Estados Unidos. Não é para menos já que conta a história do homem que vê sua vida passando, servindo como mordomo da Casa Branca, ao mesmo tempo em que vai testemunhando as mudanças sociais pelas quais passa a sociedade americana. Ele chega na Casa Branca durante a presidência de Dwight D. Eisenhower, ainda nos anos 1950, e só se aposenta durante os anos presidenciais do republicano Ronald Reagan. O roteiro é extremamente bem escrito e mostra nos dois filhos de Cecil o destino de muitos jovens negros daquela época. Um deles se torna ativista, entra para os Panteras Negras e começa a lutar pelos direitos civis dos negros. O outro resolve ir por um caminho diferente e se torna soldado do exército americano durante a Guerra do Vietnã. Com isso a família de Cecil acaba sendo um alegoria do que foi toda a história dos negros americanos durante aqueles anos turbulentos.

Conforme a imprensa dos EUA revelou recentemente alguns eventos mostrados no filme são meramente ficcionais mas isso em nada diminui a ótima qualidade cinematográfica desse "O Mordomo da Casa Branca". Em termos de elenco o espectador encontrará uma galeria de estrelas mas como não poderia ser diferente quem rouba todas as atenções é mesmo o ator Forest Whitaker no papel principal. Ele tem uma atuação magistral mostrando o mordomo Cecil desde sua juventude até seus dias de velhice e aposentadoria. A apresentadora de TV Oprah Winfrey interpreta sua esposa e se saí muito bem. Embora não sejam parecidos fisicamente com os personagens que interpretam os atores John Cusack (Nixon), James Marsden (Kennedy) e Alan Rickman (Reagan) conseguem trazer para o filme a essência dos presidentes que interpretam. A direção também é muito bem realizada, procurando nunca cair na pieguice mas sem perder a emoção em nenhum momento. Enfim, grande filme, bela mensagem e uma forma muito didática e agradável de contar parte da história americana do século XX. Seja você ativista ou não, assista, pois é uma excelente obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

Renascido das Trevas

Título no Brasil: Renascido das Trevas
Título Original: The Resurrected
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Dan O'Bannon
Roteiro: Brent V. Friedman, baseado na obra de H.P. Lovecraft
Elenco: John Terry, Jane Sibbett, Chris Sarandon

Sinopse: 
A esposa de Charles Dexter Ward (Chris Sarandon) resolve em desespero contratar os serviços de um investigador particular para descobrir o que teria acontecido com seu marido. Ele vive isolado numa cabana remota realizando estranhas experiências que começam a afetar de uma forma ou outra toda a região. Produção também conhecida como "O Filho das Trevas". 

Comentários:
Bom momento do cinema de terror dos anos 90. O destaque em minha opinião vai para a excelente atuação de Chris Sarandon. Ele, como todos sabem, foi imortalizado nos filmes de terror por causa de sua atuação como o vampiro sedutor de "A Hora do Espanto". Foi um grande sucesso a tal ponto que no Brasil se criou até uma expressão para o êxito de bilheteria do filme, a "Espantomania". Ora vejam só que coisa curiosa. Aqui ele injeta novamente seu talento para um enredo que prende a atenção do espectador, principalmente porque a trama que mais parece um enorme mosaico vai sendo tecida aos pouquinhos. Clima escuro e sórdido que funciona muito bem, até nos dias de hoje. Eis um filme dos anos 90 que merecia ser mais reconhecido. Uma boa chance para o cinéfilo conferir mais uma vez.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A Família

Título no Brasil: A Família
Título Original: The Family
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, França
Estúdio: EuropaCorp, Relativity Media
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Michael Caleo
Elenco: Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Tommy Lee Jones, Dianna Agron

Sinopse: 
Giovanni Manzoni (Robert De Niro) e sua família chegam no norte da França, na Normandia, para tentar recomeçar mais uma vez suas vidas. Eles entraram no programa de proteção às testemunhas do FBI após Manzoni entregar toda a sua família mafiosa de Nova Iorque. Na nova cidade os garotos tentam se acostumar com a nova escola enquanto Manzoni resolve assumir a nova identidade de Fred Blake que seria supostamente um escritor americano escrevendo sobre o famoso Dia D quando a França finalmente foi libertada por tropas aliadas.

Comentários:
Sempre gostei muito do cinema de Luc Besson. Desde o primeiro filme que vi dele (Imensidão Azul, ainda nos anos 80) pude perceber que ele é um dos poucos cineastas em atividade que ainda conseguiam realizar obras que aliavam o clima mais cult com a boa e velha cultura pop. Aqui isso se repete. Besson na verdade faz quase uma homenagem à persona de Robert De Niro no cinema. Seu mafioso é uma sátira-homenagem aos grandes papéis que interpretou ao longo de sua grande carreira. Isso se torna muito claro quando De Niro vai ao lado de Tommy Lee Jones para um debate sobre grandes clássicos do cinema americano e o filme exibido é nada mais, nada menos, do que o grande clássico "Os Bons Companheiros" de Martin Scorsese que tinha no elenco justamente... sim, ele mesmo... Robert De Niro! Usando sempre dessa excelente ideia o filme consegue divertir e dar uma boa sensação aos fãs de cinema em geral pois seu clima de fino humor negro combina muito bem com sua proposta de divertir e homenagear ao mesmo tempo. Gostei bastante do resultado final pois em alguns aspectos temos uma gama incrível de referências bem humoradas sobre filmes da máfia em geral que vão desde "Donnie Brasco", passando por filmes sobre mafiosos de Scorsese chegando até o sucesso da HBO "The Sopranos". Um ótimo programa certamente. Há tempos que De Niro não soava tão satisfatório como nessa película. Está recomendado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Lenda de Sleepy Hollow

Título no Brasil: A Lenda de Sleepy Hollow
Título Original: Sleepy Hollow 
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Television
Direção: Paul A. Edwards, Ken Olin
Roteiro: Phillip Iscove, Alex Kurtzman, Roberto Orci
Elenco: Tom Mison, Nicole Beharie, Orlando Jones

Sinopse: 
Durante a guerra de independência dos Estados Unidos o soldado Ichabod Crane (Tom Mison) acaba decapitando um estranho mercenário inimigo mas na luta termina sendo morto também. Dois séculos e meio depois ressurge do mundo dos mortos para destruir o cavaleiro sem cabeça, o mesmo que havia matado no passado. A estranha criatura deve ser destruída pois caso encontre seu antigo crânio poderá abrir as portas para a chegada dos quatro cavaleiros do apocalipse nos dias atuais.

Comentários:
"Sleepy Hollow" traz para a TV a conhecida estória do cavaleiro sem cabeça. Como o universo de séries na TV americana é extremamente concorrido os roteiristas jogaram praticamente toda a trama já no episódio piloto. A intenção é certamente prender o espectador, criando um interesse para acompanhar os episódios seguintes. Por isso tudo soa meio apressado, jogado às pressas, sem tempo para tomar fôlego. Esse tipo de desenvolvimento honestamente não me agrada muito pois sempre preferi que tudo acontecesse aos poucos, em seu devido tempo. Mesmo assim, com esses problemas que entendo perfeitamente, pois é a eterna luta pela audiência, ainda consegui gostar do que vi. Se você gosta da versão do cinema, que tem uma direção de arte primorosa e muitos efeitos digitais, provavelmente vai achar tudo muito acanhando nesse campo. Mas releve esse tipo de comparação e tente gostar da nova série. Ainda é cedo para dizer se ela vai conseguir se firmar mas que tem potencial, certamente tem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Os Fantasmas de Scrooge

Título no Brasil: Os Fantasmas de Scrooge 
Título Original: A Christmas Carol
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, baseado na obra de Charles Dickens
Elenco: Jim Carrey, Gary Oldman, Colin Firth

Sinopse: 
Scrooge (Jim Carrey) é um ser humano desprezível. Muito rico mas completamente mesquinho não quer saber de absolutamente ninguém em sua vida. Extremamente materialista só pensa em dinheiro e nada mais. Quando seu sócio morre ele acaba recebendo a visita de três fantasmas do natal. Um dos natais passados, outro do natal do presente e finalmente um terceiro, representando os natais do futuro. Juntos eles levarão o velho Scrooge numa jornada de auto conhecimento e renovação do verdadeiro espírito do natal.

Comentários:
Produção milionária que teve um orçamento estimado em absurdos 200 milhões de dólares. Não é para menos. Aqui o cineasta Robert Zemeckis reuniu um elenco de primeira e tecnologia de ponta para contar mais uma versão do famoso livro (imortal, diga-se de passagem) do grande Charles Dickens. Jim Carrey aproveita o uso dessa técnica para deitar e rolar em suas caracterizações. Apesar de seu talento reconhecido temos que admitir que sua atuação nem sempre funciona a contento. A questão é que essa estória, muito evocativa e belamente escrita, já foi adaptada tantas vezes (a primeira em 1910, totalizando quase 100 versões até hoje) que já não existe a menor possibilidade de surpreender. Nem mesmo sob uma nova roupagem, com tecnologia de ponta, muda essa situação. Agora se você é jovem demais para se lembrar ou nunca viu nada sobre esse enredo até pode ser uma boa opção. De fato a direção de arte desse filme é acima da média e o enredo do velho avarento encontrando sua verdadeira felicidade ainda pode emocionar aos novatos. De qualquer modo não é uma má ideia para uma madrugada de natal. Assim se estiver no espírito certo não deixe de conferir pois o filme será exibido nessa madrugada pela Rede Globo. Aproveite e tenha um Feliz natal de muita paz e alegria!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Natal Brilhante

Título no Brasil: Um Natal Brilhante
Título Original: Deck the Halls
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Whitesell
Roteiro: Matt Corman, Chris Ord
Elenco: Matthew Broderick, Danny DeVito, Kristin Chenoweth

Sinopse: 
Steve Finch (Matthew Broderick) é louco pelo natal. Na verdade essa é a época do ano mais feliz em sua vida e ele não faz a menor questão de esconder isso, tanto que cultiva uma infinidade de tradições natalinas, alguma bem absurdas. Seu fanatismo do natal é tamanho que ele chega até mesmo a incomodar sua família. Seu otimismo porém começa a ser abalada quando um novo vizinho se muda para a casa ao lado. Buddy Hall (Danny DeVito) é o extremo oposto de Steve. Não demora muito para que ambos entrem numa rivalidade sem limites, uma rixa completamente maluca.

Comentários:
Já que é natal vamos falar sobre alguns filmes natalinos, em especial os que serão exibidos amanhã pela Rede Globo em uma maratona que vai pela madrugada adentro com três filmes cujo tema não poderia ser outro, a festa de natal. "Um Natal Brilhante" é o primeiro deles. Se trata de uma comédia de costumes, um subgênero divertido que sempre rende bons momentos no cinema. A intenção é de sempre satirizar o chamado American Way of Life, com seus maridos suburbanos meio idiotizados, seus filhos disfuncionais e suas esposas no fundo bem frustradas sobre tudo. É um tipo de humor que nasce das pequenas banalidades da vida. Esse aqui porém é dos mais leves, coisa bem família mesmo, sem qualquer tipo de ousadia maior com o americano médio que sempre é o alvo preferido desse tipo de fita. O destaque vai para o bom elenco onde se merecem citar as boas atuações de Matthew Broderick e Danny DeVito, ambos muito bem em seus respectivos papéis, o de um pai meio abobalhado e o de um sujeito baixinho e invocado. Vale a espiada depois da ceia e da Missa do Galo.

Pablo Aluísio.

Arthur Newman

Título no Brasil: Arthur Newman
Título Original: Arthur Newman
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Dante Ariola
Roteiro: Becky Johnston
Elenco: Colin Firth, Emily Blunt, Anne Heche

Sinopse: 
Wallace (Colin Firth) é um gerente de uma grande empresa americana. Divorciado, pai de um filho de 13 anos que mal fala com ele, decide jogar tudo para o alto e partir pela estrada. Após assumir a identidade de Arthur Newman em sua viagem conhece uma jovem cheia de problemas, Mike (Emily Blunt). Ela também não parece contar a verdade sobre sua identidade real mas isso pouco importa. Juntos acabam atravessando os Estados Unidos, vivendo várias experiências amorosas e de vida pelos lugares por onde passam.

Comentários:
Arthur Newman é um road movie existencialista. O personagem principal interpretado muito bem por Colin Firth é um sujeito que acima de tudo deseja fugir de si mesmo, da sua vida chata e de seus relacionamentos fracassados. Sonhando entrar em um torneio de golfe para ricaços entediados ele resolve cair na estrada. Fugir da rotina, da monotonia que sua vida se tornou. Mike, que tem nome de homem mas é uma garota bonita, tem certamente mais problemas do que ele. Sua mãe enlouqueceu e sua irmã também. Com receio que a loucura genética a atinja mais cedo ou mais tarde ela procura viver tudo intensamente, o que para Wallace será um achado pois é justamente isso que ele procura. Mesmo com o encontro entre ambos, de seu turbulento relacionamento, não vá esperar um filme romântico tradicional. Uma fina melancolia atravessa o filme de ponta a ponta como se aquele casal não tivesse mesmo qualquer futuro promissor pela frente. Emily Blunt, apesar da maquiagem pesada, está perturbadoramente atraente e sensual. No final das contas o que temos aqui é de fato um romance sui generis, nada banal que certamente agradará aos românticos mais existencialistas. Se é o seu caso, arrisque!

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Homem de Ferro e Hulk - Super-Heróis Unidos

Título no Brasil: Homem de Ferro e Hulk - Super-Heróis Unidos
Título Original: Iron Man & Hulk: Heroes United
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Eric Radomski, Leo Riley
Roteiro: Brandon Auman, Henry Gilroy
Elenco: Adrian Pasdar, Fred Tatasciore, Dee Bradley Baker

Sinopse: 
Hulk é capturado pela Hydra com o objetivo de drenar sua energia para a construção de uma super arma de energia letal. A experiência porém acaba dando errado fazendo com que o reator entre em implosão, criando no processo uma estranha criatura de pura energia chamada Zzzax que ameaça todo o mundo pois é alimentada por energia de todas as formas. Para ajudar a destruir a nova ameaça Hulk e Homem de Ferro se unem para neutralizar o novo monstro energético.

Comentários:
Nova animação dos estúdios Marvel. Aqui temos o uso da técnica de computação gráfica. O resultado é bem interessante mas o roteiro se concentra mesmo no quebra pau generalizado entre os personagens. Inicialmente Hulk e um monstro também criado por raios gama chamado Abomination saem na pancadaria, depois Hulk e Homem de Ferro tentam vencer a nova e estranha criatura feita de energia. Como a animação se concentra mesmo nas brigas o desenho é mais recomendado para a garotada que adora esse tipo de enredo e produção. Hulk e Homem de Ferro trocam muitas figurinhas na animação, dando origem a boas piadinhas mas o que vale mesmo aqui são as lutas. Outro ponto que poderia ser mais bem desenvolvido é a luta dos heróis Marvel contra criaturas mitológicas que encontram em um sombrio cemitério. Não faz mal. Enfim, recomendo pois o resultado final é bem divertido e movimentado.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ripper Street

Título no Brasil: Ripper Street
Título Original: Ripper Street
Ano de Produção: 2012 - 2013
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC)
Direção: Andy Wilson, Tom Shankland
Roteiro: Richard Warlow, Toby Finlay
Elenco: Matthew Macfadyen, Jerome Flynn, Adam Rothenberg

Sinopse: 
O detetive e inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen) é designado para resolver vários crimes brutais ocorridos na Londres do século XIX, entre eles o assassinato de uma jovem em Whitechapel, bairro onde ocorreram as mortes das vítimas do conhecido serial killer Jack, o Estripador. As circunstâncias porém o levam a dúvida já que a garota encontrada sem vida não parece ter sido morta da mesma forma que as demais mulheres que caíram nas mãos de Jack. Coincidência ou acobertamento de um crime promovido por um outro psicopata serial?

Comentários:
Pelo visto não é apenas a TV americana que vive seu momento áureo, a TV inglesa segue no mesmo caminho. Um excelente exemplo vem dessa maravilhosa série "Ripper Street". Produzido pela BBC somos levados ao cotidiano de investigações e casos do inspetor Edmund Reid (Matthew Macfadyen), que ao lado de seus assistentes, tenta resolver crimes escabrosos ocorridos na Londres de 1888. Essa data é significativa pois foram nos meses de agosto a novembro desse mesmo ano que ocorreram os brutais assassinatos atribuídos a um dos mais famosos psicopatas da história, Jack o Estripador. Logo no episódio piloto o detetive se vê as voltas com a morte de mais uma suposta prostituta nos becos sinistros e escuros de Whitechapel. Teria sido Jack o autor da nova morte? É justamente esse o tema da primeira trama da série. Excelente produção (como convém à requintada BBC), atores realmente acima da média e tramas bem boladas, aliadas a bons roteiros. Se você gosta de séries policiais com muitos mistérios, suspense e até mesmo doses exatas de terror, "Ripper Street" é uma ótima pedida.

Pablo Aluísio.

Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida

Título no Brasil: Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida 
Título Original: Lara Croft Tomb Raider: The Cradle of Life 
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jan de Bont
Roteiro: Dean Georgaris, Steven E. de Souza
Elenco: Angelina Jolie, Gerard Butler, Chris Barrie, Ciarán Hinds, Djimon Hounsou

Sinopse: 
A heroína dos games está de volta às telas. Agora a arqueóloga e aventureira Lara Croft (Angelina Jolie) parte em busca de um objeto mitológico, a famosa Caixa de Pandora que contém supostamente em seu interior todas as forças malignas do universo. Croft sai em busca na expedição de sua vida ao tomar conhecimento do lugar onde estaria o tal artefato, uma região localizada no continente africano chamada "Origem da Vida".

Comentários:
O problema de filmes fracos fazerem sucesso é que eles geralmente dão origem a continuações igualmente fracas - ou ainda piores! Esse é o caso desse "Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida". O primeiro filme da franquia sempre foi reconhecidamente muito fraquinho mas a força do nome comercial dos games o tornaram um sucesso também nos cinemas. Assim o estúdio resolveu colocar a velha máxima em uso novamente, ou seja, não se deve mexer em time que está ganhando! Todos os erros cometidos em Lara Croft Tomb Raider continuam nesse filme que tem ainda um grave defeito pois se leva à sério demais e se mostra totalmente pretensioso! O resultado porém é igualmente decepcionante!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Sistema

Título no Brasil: O Sistema
Título Original: The East
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Free Productions
Direção: Zal Batmanglij
Roteiro: Zal Batmanglij, Brit Marling
Elenco: Brit Marling, Alexander Skarsgård, Ellen Page, Toby Kebbell

Sinopse: 
Um grupo de ativistas radicais anarquistas liderados por Benji (Alexander Skarsgård) adota uma linha de retaliação contra grandes grupos corporativos capitalistas na base do "olho por olho, dente por dente". Assim eles promovem ataques, a que chamam de "peças", para protestar e ao mesmo tempo dar aos grandes executivos um pouco de seus próprios venenos. Para descobrir a verdadeira identidade do grupo uma corporação de investigação resolve infiltrar a agente Sarah (Brit Marling) entre eles. A aproximação com as ideologias e bandeiras que o grupo defende porém irá mudar para sempre a forma de pensar dela.

Comentários:
Um filme muito oportuno para o momento em que vivemos, inclusive no Brasil onde grupos anarquistas estão ficando cada vez mais numerosos. O roteiro procura mostrar todos os lados dessa nova e complicada realidade social. O grupo de ativistas mostrada no filme é formada por jovens da alta classe, filhos de industriais, milionários, etc, que certo dia descobrem o vazio em que vivem. Para trazer algum sentido em suas vidas eles resolvem se unir para lutar contra as grandes corporações que não se inibem em destruir o meio ambiente ou contaminar pessoas (até crianças!) visando única e exclusivamente lucros e mais lucros. Uma das coisas pelas quais bato palmas em relação a esse filme é que ele evita o moralismo fácil e de certa forma procura se manter numa postura bem neutra. A agente infiltrada no grupo de anarquistas, por exemplo, acaba sendo seduzida por sua ideologia. Eu credito esse roteiro inteligente não só aos roteiristas mas também a Ridley Scott e seu irmão, Tony Scott, que produziram o filme. Certamente temos aqui uma produção para levantar questionamentos, levar à reflexão. Todo o elenco está muito bem com destaque para a sempre ótima Ellen Page e Alexander Skarsgård, o vampiro de "True Blood" em seu primeiro grande papel no cinema. É um filme realmente muito bom que não pode passar batido em sua lista. Desde já o consideramos um dos melhores do ano, por isso não vá perder!

Pablo Aluísio.

Sobrevivendo ao Natal

Título no Brasil: Sobrevivendo ao Natal
Título Original: Surviving Christmas
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Mike Whitcher
Roteiro: Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Ben Affleck, Christina Applegate, James Gandolfini, Catherine O'Hara, Josh Zuckerman, Bill Macy

Sinopse: 
Executivo bem sucedido, saudoso dos natais passados ao lado de sua família, decide voltar para a cidade onde nasceu. Na antiga casa encontra uma outra família morando o que o faz recordar ainda mais de suas anos de infância. Para superar a nostalgia ele então decide tomar uma decisão no mínimo fora do comum ao "alugar" uma família para passar esse novo natal ao seu lado!

Comentários:
Para desespero de muitos vai começar a temporada de filmes natalinos na TV aberta. Produções que focam no natal nem sempre dão certo. Claro que existem os clássicos como os filmes estrelados por James Stewart na era de ouro do cinema americano mas aquelas produções são certamente exceções. Na maioria das vezes esse subgênero de filmes de natal não apresentam películas muito relevantes. Esse "Surviving Christmas" tenta trazer alguma inovação embora seu roteiro seja bem derivativo. Basicamente repete a situação dos livros de Charles Dickens, onde ricaços sem almas são tocados pelo espírito natalino de uma forma ou outra e assim se tornam pessoas melhores. Como se pode perceber a mensagem é bem velha e batida mas ainda encontra eco no público que vai aos cinemas nesse período de festas para conferir filmes como esse. Aqui o destaque vai para o novo Batman, sim ele mesmo, Mr. Ben Affleck que tenta disfarçar sua canastrice crônica se escorando no roteiro cheio de boas intenções. Funciona? Bom, aí vai depender de seu estado de espírito ao assistir ao filme.

Pablo Aluísio.

A Família Addams

Título no Brasil: A Família Addams 
Título Original: The Addams Family
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Caroline Thompson, baseada na obra de Charles Addams
Elenco: Anjelica Huston, Raul Julia, Christopher Lloyd, Christina Ricci

Sinopse: 
A Família Addams pode ser tudo, menos normal. Com gosto exagerado para o sombrio, eles na verdade são uma versão radical da típica família americana suburbana. Agora terão que lidar com um misterioso acontecimento envolvendo seu querido tio Fester (Christopher Lloyd). Adaptação da famosa obra do cartunista Charles Addams para o cinema.

Comentários:
Poucas vezes vi uma escolha de elenco tão acertada como essa no cinema americano. Os famosos personagens criados por Charles Addams encontraram atores simplesmente perfeitos para a tela. Some-se a isso uma brilhante direção de arte e uma produção requintada e de bom gosto e você terá um grande filme em mãos, sem exagero algum. O humor negro nunca foi tão divertido e engraçado como aqui. Obviamente todos estão ótimos em seus respectivos papéis mas destaco Christina Ricci e Anjelica Huston. Ricci parece ter incorporado a sua personagem Wednesday Addams não apenas nesse filme mas em sua própria personalidade como atriz. Basta ver qualquer outro filme dela para entender isso. Já Huston está tão adequada à Morticia Addams que para ser sincero nem seria necessária aquela maquiagem toda! Barry Sonnenfeld conseguiu assim realizar aquilo que chamo de "adaptação perfeita", definitiva. Tanto isso é verdade que nenhuma tentativa posterior de trazer essa estranha família de volta às telas deu certo. É algo parecido com o que aconteceu com Drácula de Bram Stoker. Depois daquela adaptação não há mais espaço para mais nada. Assista, se divirta muita e dê boas risadas!

Pablo Aluísio.