quinta-feira, 6 de junho de 2024

Relação Violentada

Título no Brasil: Relação Violentada
Título Original: Rape and Marriage - The Rideout Case
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Productions
Direção: Peter Levin
Roteiro: Hesper Anderson
Elenco: Mickey Rourke, Linda Hamilton, Rip Torn

Sinopse:
Após ser violentada, Greta Rideout (Linda Hamilton) acusa seu próprio marido de estupro. Os advogados de John Rideout (Mickey Rourke) porém alegam que a acusação é ridícula, pois um marido jamais poderia ser acusado do estupro de sua própria esposa, afinal de contas o relacionamento íntimo entre pessoas ligadas pelo casamento seria um direito do marido, protegido e previsto por lei. Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
No auge do mercado de vídeo nos anos 80 foi lançado esse telefilme que para os fãs de Mickey Rourke (categoria no qual estou inserido) era uma grata surpresa. Essa aliás era uma das grandes qualidades de se ter uma verdadeira explosão de locadoras de fitas VHS por todo o país naqueles anos. Você poderia entrar em um loja de bairro e de repente encontrar preciosidades como essa, bem escondida nas prateleiras. A fita mostra um Mickey Rourke ainda muito jovem, recém saído do mitológico Actors Studio, mas já demonstrando ser um talento nato. Sua parceira em cena, interpretando uma corajosa vítima de estupro, era a atriz Linda Hamilton, que alguns anos depois também se tornaria um rosto conhecido no mundo do cinema ao estrelar a franquia de enorme sucesso "O Exterminador do Futuro". Já Rourke surge com todos os maneirismos que iria consolidar sua fama nos anos 80, cabelo despenteado, barba por fazer e estilo cool de ser. Um telefilme no final das contas que se mostra bem acima da média, valorizado pelo elenco promissor ainda no começo da distante década de 80.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Paixão Bandida

Título no Brasil: Paixão Bandida 
Título Original: Feeling Minnesota
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Steven Baigelman
Roteiro: Steven Baigelman
Elenco: Keanu Reeves, Cameron Diaz, Courtney Love, Vincent D'Onofrio, Dan Aykroyd

Sinopse:
Jjaks Clayton (Keanu Reeves) conhece Freddie Clayton (Cameron Diaz) e se apaixona à primeira vista por ela. Bonita, jovem e loira, a garota é simplesmente de fechar o trânsito, mas há muitos problemas para que esse relacionamento amoroso vá em frente. A principal delas é que Freddie já está comprometida com outro homem. 

Comentários:
Eu não gostei muito da primeira vez que assisti, ainda nos anos 90. Mas é a tal coisa, a nostalgia muitas vezes melhora filmes com o passar dos anos. É o caso aqui. Rever todos esses atores, ainda jovens e bonitos, é sem dúvida, um prazer. A atriz Cameron Diaz estava especialmente bonita. Ela não era uma grande atriz, temos que reconhecer, mas tinha carisma e muito feeling e timing para o humor, tanto que mesmo esbanjando beleza, ela ainda caprichava nos momentos de bom humor do filme. Aliás o humor fora de lugar talvez seja o maior problema desse roteiro. Algumas cenas são verdadeiras palhaçadas (no mal sentido) beirando o humor pastelão! Não penso que ficou legal, ficou chato, nada divertido e em alguns momentos até constrangedor. Deveriam ter investido mais no lado romântico da história. Com Reeves e Diaz bonitões e jovens, não precisaria de mais nada para que o filme agradasse seu público alvo. 

Pablo Aluísio.

Meu Vizinho Suspeito

Título no Brasil: Meu Vizinho Suspeito 
Título Original: Getting Away with Murder
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Savoy Pictures
Direção: Harvey Miller
Roteiro: Harvey Miller
Elenco: Jack Lemmon, Dan Aykroyd, Lily Tomlin

Sinopse:
Jack Lambert (Jack Lambert) é um pacato professor de ensino médio nos Estados Unidos. Um dia, assistindo ao noticiário, ele descobre que seu vizinho, um senhor idoso chamado Max Mueller (Jack Lemmon), foi no passado o comandante de um campo de concentração nazista. E agora, o que ele planeja fazer para se livrar daquele sujeito?

Comentários
Pela sinopse podemos ver que poderia ser um filme muito bom. O tema é espinhoso, mas abriria diversas possibilidades nessa narrativa. Infelizmente não espere por grande coisa. Como foi um filme produzido e estrelado pelo Dan Aykroyd não haveria como ser diferente. Ele optou por apenas desenvolver cenas sem graça de seu personagem tentando matar seu vizinho, mas tudo feito de forma atrapalhada. Pois é, foram pelo caminho mais óbvio e menos interessante. Se o filme não é bom, pelo menos temos a oportunidade de assistir a uma das últimas aparições do grande Jack Lemmon no cinema. Claro que por sua história ele merecia muito mais do que participar de uma comédia boboca como essa, mas é a tal coisa, sua simples presença já é motivo para despertar o interesse de qualquer cinéfilo. E esse foi um de seus últimas personagens. Uma pena que não tenha contado com um bom roteiro para atuar. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de junho de 2024

O Magnífico Matador

Título no Brasil: O Magnífico Matador
Título Original: The Magnificent Matador
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Budd Boetticher, Charles Lang
Elenco: Maureen O'Hara, Anthony Quinn, Manuel Rojas

Sinopse:
Karen Harrison (Maureen O'Hara) é uma jovem americana, pertencente a uma família rica e tradicional, que acaba se apaixonando por um aventureiro mexicano, um matador de touradas chamado Luís Santos (Anthony Quinn). Após ir ao México para conhecer o mundo das tradicionais touradas daquele país, ela começa a se tornar mais próxima da cultura e do folclore dos mexicanos.

Comentários:
O cineasta Budd Boetticher era apaixonado por touradas. Sempre que havia algum tempo livre ele ia até o México para assistir aos grandes espetáculos do gênero. Segundo o livro de memórias do filho de Randolph Scott, o diretor tentou de todas as formas convencer o ator a estrelar esse filme que para Budd seria sua obra prima. Ele próprio havia escrito o roteiro mas teve que esperar por longos três anos para que a Fox aprovasse a realização da produção, que não seria barata pois teria que ser rodada no México, nas arenas de matança. Maureen O'Hara e Anthony Quinn foram escalados e todos então partiram não para uma filmagem comum, mas para uma verdadeira aventura. Em dias de politicamente correto algo assim poderia incomodar, afinal os grandes heróis da fita são justamente os matadores, grandes especialistas em touradas sangrentas. Anthony Quinn nunca esteve tão intenso em cena e sua colega Maureen O'Hara ficou belíssima em trajes do folclore local. É um western diferente, rodado no México, com protagonistas mexicanos. Se na Hollywood da época eles eram retratados sempre como bandoleiros indigestos de sombreros, aqui temos uma visão menos estereotipada e ofensiva. Um belo filme sem dúvida.

Pablo Aluísio.

A Lei da Fronteira

Título no Brasil: A Lei da Fronteira
Título Original: Frontier Marshal
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Stuart N. Lake, Sam Hellman
Elenco: Randolph Scott, Nancy Kelly, Cesar Romero

Sinopse:
Tombstone é uma cidade infestada de bandidos. Conhecida por ser uma terra sem lei, a região acaba se tornando ponto de encontro de assassinos, assaltantes de trem e facínoras em geral. Aterrorizados, os cidadãos de bem do local resolvem eleger um novo xerife! Para a função terá que ser escolhido alguém realmente rápido no gatilho, que esteja disposto a enfrentar o crime sem medo, pois não será fácil limpar toda aquela sujeira. A escolha acaba caindo nos ombros de Wyatt Earp (Randolph Scott) que está disposto a impor a lei e a ordem novamente na pequena Tombstone. 

Comentários:
Esse é certamente um dos mais clássicos filmes da carreira de Randolph Scott. Não poderia ser diferente, afinal de contas ele interpreta o lendário xerife e homem da lei Wyatt Earp! A junção desses dois mitos não poderia resultar em nada menos do que memorável. Curiosamente, apesar de ser reconhecidamente um dos melhores filmes já feitos sobre o tiroteio do O.K. Corral, o roteiro toma certas liberdades com a história real. Só para citar a mais famosa delas, aqui temos a morte de Doc Halliday (Cesar Romero), que antecede o famoso confronto entre Earp e os bandoleiros no famoso curral de Tombstone. Na história real Doc não morreu como mostrado no filme, pelo contrário, ele vai até o O.K. para enfrentar ao lado de Earp todo o bando de criminosos naquele que, até hoje, é considerado o maior duelo da história do velho oeste. Isso porém não desmerece as qualidades de um western clássico que é extremamente bem realizado. Randolph Scott está perfeito em seu papel e até mesmo Cesar Romero convence plenamente como Doc, o dentista jogador e tuberculoso que se tornou um dos mais conhecidos pistoleiros da mitologia do western americano. Mais um exemplo do talento do subestimado cineasta Allan Dwan. Em suma, um título para se ter na coleção, assim você poderá sempre rever o mito Randolph Scott na pele do mais famoso xerife de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

A Filha da Pecadora

Título no Brasil: A Filha da Pecadora
Título Original: Desert Fury
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lewis Allen
Roteiro: Robert Rossen, Ramona Stewart
Elenco: Lizabeth Scott, Burt Lancaster, John Hodiak, Wendell Corey, Mary Astor, Kristine Miller

Sinopse:
Paula Haller (Lizabeth Scott) é uma garota privilegiada, filho do dono de um dos maiores cassinos do estado de Nevada. O pai a enche de mimos e luxos, mas ela logo se revela ter uma personalidade rebelde. E as coisas pioram ainda mais quando ela se apaixona por um vigarista, um criminoso procurado, sempre em busca de novos golpes. E aquela garota rica era justamente o alvo que ele tanto procurava. 

Comentários:
Filme muito bom, mostrando o lado sórdido da elite rica de Nevada. E tudo foi baseado em fatos reais, na crônica policial da época. Um aspecto que me chamou muito atenção aqui foi ver uma jovem Lizabeth Scott em cena. Na juventude ela era realmente linda, uma beleza de impressionar. Eu a conhecia muito mais como a tutora de Elvis em "A Mulher Que Eu Amo" (Loving You) que seria lançado dez anos depois desse filme, quando ela já era uma mulher madura. Beleza e talento não lhe faltaram, mas ela nunca se tornou uma estrela como Marilyn Monroe ou Grace Kelly. O problema é que ela era lésbica e virava alvo fácil de revistas de fofocas como a Continental, muito popular em Hollywood. Ainda assim o produtor Hall Wallis a manteve sob contrato por muitos anos. Esse filme inclusive foi produzido por ele. Era mais do que um produtor, era um amigo pessoal da atriz. Então é isso. Um bom filme com elenco mais do que interessante, inclusive contando com Burt Lancaster ainda bem jovem, atlético, com aquele jeito de homem bruto, mas de bom coração, que iria ser sua persona definitiva nas telas durante toda sua carreira. 

Pablo Aluísio.

Amor Eletrônico

Título no Brasil: Amor Eletrônico
Título Original: Desk Set
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: Spencer Tracy, Katharine Hepburn, Gig Young

Sinopse:
Numa grande rede de TV, em seu departamento de notícias, um engenheiro de ponta chamado Richard Sumner (Spencer Tracy) tenta informatizar todos os setores da empresa, algo que não será muito bem visto pelos demais empregados. Bunny Watson (Katharine Hepburn), uma astuta executiva, tentará pegar no pé de Sumner, enquanto que, para sua surpresa, descobre estar ficando realmente interessada nele.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme colorido da dupla Spencer Tracy e Katharine Hepburn. Antes já tinham atuado em sete produções, todas em preto e branco e todas muito bem sucedidas na bilheteria. A química entre eles nascia de um suposto romance que mantiveram por longos anos, após a esposa de Tracy ficar seriamente doente. Por ser muito católico jamais se divorciou dela e assim manteve esse romance com Hepburn por anos e anos. Como sempre acontecia em filmes deles esse aqui também investe em um tipo de humor mais sofisticado, adulto, feito para uma platéia com mais de 30 anos. O foco vai para o mundo corporativo das grandes redes de TV dos Estados Unidos, a tensão dentro dos bastidores e a luta para se alcançar melhores postos na hierarquia dessas empresas. Curiosamente a direção foi dada ao Walter Lang por insistência de Hepburn, que inclusive também escolheu a peça teatral que daria origem a esse roteiro. O resultado de seus esforços se mostra muito positivo pois o filme ainda consegue divertir e encantar em doses generosas.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de junho de 2024

O Rei Leão

Título no Brasil: O Rei Leão
Título Original: The Lion King
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Jon Favreau
Roteiro: Jeff Nathanson, Irene Mecchi
Elenco: Donald Glover, James Earl Jones, Beyoncé, Seth Rogen, Chiwetel Ejiofor, John Oliver

Sinopse:
O Rei Leão Mufasa apresenta ao seu reino Simba, o herdeiro do trono, para todos so demais animais. Só quem não aprecia a cerimônia é seu irmão rancoroso e ressentido, o malvado Scar. Ele planeja se unir ao reino da Hienas para destruir seu próprio irmão, o monarca de pleno direito, para assumir a coroa em seu favor. E Simba também será um de seus alvos nesse plano terrível. 

Comentários:
A Disney tem produzido releituras de seus mais famosos desenhos animados nos últimos anos. Sai a animação tradicional e entra a tecnologia da computação gráfica. Essa nova versão de "O Rei Leão" veio justamente nessa onda de remakes. E muita gente não gostou, principalmente por causa do realismo dos bichos mostrados na tela. Tirando o fato deles falarem, tudo o mais foi recriado com extremo realismo mesmo. Os leões são leões de verdade. Para os críticos isso tirou o encanto que havia na animação original. Eu concordo com esse ponto de vista, gosto muito mais do primeiro filme, mas vamos dar uma chance. Esse segundo não é ruim, pelo contrario, a força da história ofusca esse desconforto inicial que surge quando vemos os animais pela primeira vez. Assim, no saldo geral, entre mortos e feridos, afirmo que gostei desse novo Rei Leão. Não tem a magia e nem e encanto do filme original. Até as músicas surgem meio apagadas, mas ainda assim é um dos bons momentos da Disney moderna. É apenas uma maneira diferente de recontar a mesma história, sendo esse sim seu maior valor. Vale ter o selo de recomendação. 

Pablo Aluísio.