Título no Brasil: Amor Eletrônico
Título Original: Desk Set
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: Spencer Tracy, Katharine Hepburn, Gig Young
Sinopse:
Numa grande rede de TV, em seu departamento de notícias, um engenheiro de ponta chamado Richard Sumner (Spencer Tracy) tenta informatizar todos os setores da empresa, algo que não será muito bem visto pelos demais empregados. Bunny Watson (Katharine Hepburn), uma astuta executiva, tentará pegar no pé de Sumner, enquanto que, para sua surpresa, descobre estar ficando realmente interessada nele.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme colorido da dupla Spencer Tracy e Katharine Hepburn. Antes já tinham atuado em sete produções, todas em preto e branco e todas muito bem sucedidas na bilheteria. A química entre eles nascia de um suposto romance que mantiveram por longos anos, após a esposa de Tracy ficar seriamente doente. Por ser muito católico jamais se divorciou dela e assim manteve esse romance com Hepburn por anos e anos. Como sempre acontecia em filmes deles esse aqui também investe em um tipo de humor mais sofisticado, adulto, feito para uma platéia com mais de 30 anos. O foco vai para o mundo corporativo das grandes redes de TV dos Estados Unidos, a tensão dentro dos bastidores e a luta para se alcançar melhores postos na hierarquia dessas empresas. Curiosamente a direção foi dada ao Walter Lang por insistência de Hepburn, que inclusive também escolheu a peça teatral que daria origem a esse roteiro. O resultado de seus esforços se mostra muito positivo pois o filme ainda consegue divertir e encantar em doses generosas.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 3 de junho de 2024
quinta-feira, 16 de junho de 2022
O Mundo da Fantasia
Título no Brasil: O Mundo da Fantasia
Título Original: There's No Business Like Show Business
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: Ethel Merman, Marilyn Monroe, Donald O'Connor, Dan Dailey, Johnnue Ray, Richard Eastham
Sinopse:
O filme conta a história de uma família de artistas, que vivem e se apresentam nas melhores peças musicais de seu tempo. E uma jovem aspirante à atriz também sonha em um dia se tornar uma grande estrela dos musicais da Broadway. Trilha sonora musical de Irving Berlin.
Comentários:
Eu fico surpreso ainda hoje ao perceber como esse ótimo "O Mundo da Fantasia" é pouco comentado, pouco conhecido. E até mesmo entre os fãs de Marilyn Monroe ele não é muito citado. Uma injustiça. Poucas vezes Marilyn esteve tão talentosa e brilhante em cena como nesse musical. É um filme com linda direção de arte, primorosos números musicais, onde a futura estrela loira pode esbanjar tudo aquilo que aprendeu em Hollywood. Ela dança, canta, encanta com seu talento para comédias musicais românticas. O filme inclusive pode ser encarado como um dos últimos suspiros da era de ouro dos musicais clássicos, pois já década de 1950 eles começaram a ser deixados para trás pelos grandes estúdios. Não alcançavam mais grandes bilheterias como nos tempos de Fred Astaire e Ginger Rogers. Então é isso. Um filme maravilhoso, cheio de plumas e paetês, além do carisma fenomenal de uma ainda jovem Marilyn Monroe, prestes a se tornar a maior estrela de cinema do mundo.
Pablo Aluísio.
Título Original: There's No Business Like Show Business
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron
Elenco: Ethel Merman, Marilyn Monroe, Donald O'Connor, Dan Dailey, Johnnue Ray, Richard Eastham
Sinopse:
O filme conta a história de uma família de artistas, que vivem e se apresentam nas melhores peças musicais de seu tempo. E uma jovem aspirante à atriz também sonha em um dia se tornar uma grande estrela dos musicais da Broadway. Trilha sonora musical de Irving Berlin.
Comentários:
Eu fico surpreso ainda hoje ao perceber como esse ótimo "O Mundo da Fantasia" é pouco comentado, pouco conhecido. E até mesmo entre os fãs de Marilyn Monroe ele não é muito citado. Uma injustiça. Poucas vezes Marilyn esteve tão talentosa e brilhante em cena como nesse musical. É um filme com linda direção de arte, primorosos números musicais, onde a futura estrela loira pode esbanjar tudo aquilo que aprendeu em Hollywood. Ela dança, canta, encanta com seu talento para comédias musicais românticas. O filme inclusive pode ser encarado como um dos últimos suspiros da era de ouro dos musicais clássicos, pois já década de 1950 eles começaram a ser deixados para trás pelos grandes estúdios. Não alcançavam mais grandes bilheterias como nos tempos de Fred Astaire e Ginger Rogers. Então é isso. Um filme maravilhoso, cheio de plumas e paetês, além do carisma fenomenal de uma ainda jovem Marilyn Monroe, prestes a se tornar a maior estrela de cinema do mundo.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de janeiro de 2021
O Mundo da Fantasia
Belo musical da Fox com Marilyn Monroe. Temos aqui aquele tipo de produção em que todos os talentos foram reunidos pelo estúdio em apenas um filme. Basta analisar a ficha técnica para entender bem isso. As canções foram escritas por um dos maiores compositores da história da música americana, Irving Berlin. A direção foi entregue a Walter Lang, um verdadeiro artesão da sétima arte. A produção ficou a cargo do célebre Sol C. Siegel, uma pessoa tão importante na história de Hollywood que virou até nome de prêmio e para completar temos Marilyn Monroe dançando, cantando e atuando, tudo de forma simplesmente magistral. É muito interessante quando vejo alguém falando que Marilyn não tinha talento e que o segredo de seu sucesso se resumia unicamente ao fato de ter sido uma bela mulher! Será que uma pessoa que emite uma opinião dessas realmente conhece os filmes da estrela? Acredito que não, já que basta assistir a esse filme para compreender totalmente a extensão do talento da atriz. Ela está, repito, simplesmente fenomenal nesse filme!
Marilyn Monroe interpreta Vicky Parker, uma simples chapeleira de uma casa noturna que sonha um dia ser uma estrela da Broadway. Para isso ela não mede esforços. Quando descobre que um famoso produtor está no local onde ela trabalha, pede uma chance ao dono do estabelecimento para apresentar um número, cantando e dançando ao velho estilo. A partir daí as portas vão se abrindo para ela no mundo do Show Business. Claro que o grande atrativo desse musical hoje em dia provém do fato de Marilyn estar no elenco, mas é bom salientar que ela não é o ponto central da trama que gira mesmo em torno de uma família de artistas, os Donahues.
Eles vivem no mundo do Vaudeville e sonham também um dia com as marquises dos grandes espetáculos dos EUA - entenda-se Broadway em Nova Iorque. O filme em si é maravilhoso, lindas canções, coreografias de alto nível e uma direção de arte e musical de encher os olhos. De certa forma a produção tentava resgatar o clima dos grandes musicais das décadas de 30 e 40 que naquele momento já sofriam bastante com uma acentuada queda de bilheteria. De uma forma ou outra, não há como negar o charme e o carisma desse filme. É aquele tipo de musical que deixará você mais leve e feliz no final da exibição.
O Mundo da Fantasia (There's No Business Like Show Business, Estados Unidos, 1954) Direção: Walter Lang / Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron / Elenco: Ethel Merman, Marilyn Monroe, Donald O'Connor / Sinopse: Uma família de artistas cresce sob as luzes dos grandes espetáculos musicais nos Estados Unidos, enquanto uma humilde chapeleira de uma casa noturna sonha em um dia se tornar uma grande estrela da Broadway. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro, Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla e Miles White) e Melhor Música (Alfred Newman e Lionel Newman).
Pablo Aluísio.
Eles vivem no mundo do Vaudeville e sonham também um dia com as marquises dos grandes espetáculos dos EUA - entenda-se Broadway em Nova Iorque. O filme em si é maravilhoso, lindas canções, coreografias de alto nível e uma direção de arte e musical de encher os olhos. De certa forma a produção tentava resgatar o clima dos grandes musicais das décadas de 30 e 40 que naquele momento já sofriam bastante com uma acentuada queda de bilheteria. De uma forma ou outra, não há como negar o charme e o carisma desse filme. É aquele tipo de musical que deixará você mais leve e feliz no final da exibição.
O Mundo da Fantasia (There's No Business Like Show Business, Estados Unidos, 1954) Direção: Walter Lang / Roteiro: Phoebe Ephron, Henry Ephron / Elenco: Ethel Merman, Marilyn Monroe, Donald O'Connor / Sinopse: Uma família de artistas cresce sob as luzes dos grandes espetáculos musicais nos Estados Unidos, enquanto uma humilde chapeleira de uma casa noturna sonha em um dia se tornar uma grande estrela da Broadway. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro, Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla e Miles White) e Melhor Música (Alfred Newman e Lionel Newman).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Radiomania
Bill Lawrence (James Stewart) é um trabalhador comum. Ao lado da esposa e dois filhos, ele leva uma vida bem rotineira e pacata. Todas as manhãs ele acorda e segue para o trabalho numa grande loja de magazine de sua cidade. Sua vida começa a mudar quando recebe o telefonema de uma estação de rádio local. A atendente lhe avisa que à noite, durante um popular programa, ele terá que responder a uma pergunta que vale 24 mil dólares. No começo Bill não leva nada muito à sério e resolve juntar todos os seus amigos para ouvirem o rádio juntos. Tudo acaba virando uma grande festa. Quando a grande hora chega e a pergunta é feita Bill, ele acaba acertando, se tornando o vencedor do cobiçado prêmio. O que ele não contava é que o prêmio vai lhe trazer uma série de dores de cabeça, virando sua vida literalmente de cabeça para baixo. Para começo de conversa os 24 mil dólares não surgem em dinheiro vivo, mas sim em vários produtos que são enviados pelos patrocinadores do programa. De repente sua casa é invadida por uma série de entregadores, que lhe trazem desde pôneis, até uma quantidade enorme de carne de bezerro, dezenas de vasos de plantas, centenas de relógios e tudo o mais que você possa imaginar. Para piorar o fisco americano acaba ficando de olho em sua premiação, o enchendo de cobranças de taxas e impostos dos mais variados tipos! Sua vida acaba assim virando um verdadeiro caos da noite para o dia.
"Radiomania" é muito divertido. Uma comédia hilariante que se encaixa perfeitamente no tipo de personagem que era ideal na pele de James Stewart. O sujeito comum, simples, que de repente se vê tendo que lidar com coisas que nunca fizeram parte de sua rotina, como um decorador esnobe (que joga fora toda a sua mobília) e até uma bela artista que vem pintar seu retrato como parte do prêmio ganho. A questão é que a grande maioria dos prêmios não tem a menor serventia na vida de Bill e sua família. Tudo acaba virando uma grande metáfora sobre a inutilidade de um sonho consumista sem sentido.
O roteiro, além de ser muito divertido, é muito bem escrito pois não deixa a bola cair em nenhum momento. Como o filme é relativamente curto (algo em torno de 80 minutos) o espectador nem percebe o tempo passando pois o personagem de Stewart se envolve numa série de confusões, uma mais engraçada do que a outra. Para os fãs da atriz Natalie Wood o filme ainda traz um atrativo extra, pois ela está no elenco, interpretando a jovem filha de Stewart. Incrível, mas ela deveria ter uns 12 anos quando fez o filme. Enfim, mais um belo momento da carreira do sempre ótimo James Stewart. Uma comédia leve, simpática, que deixará você com um inevitável sorriso no rosto após terminar de assistir.
Radiomania (The Jackpot, Estados Unidos, 1950) Direção: Walter Lang / Roteiro: John McNulty, Phoebe Ephron / Elenco: James Stewart, Barbara Hale, James Gleason, Natalie Wood / Sinopse: Bill (Stewart) é um sujeito comum que de repente vê sua vida virada de ponta cabeça após ganhar um prêmio em um programa de rádio!
Pablo Aluísio.
"Radiomania" é muito divertido. Uma comédia hilariante que se encaixa perfeitamente no tipo de personagem que era ideal na pele de James Stewart. O sujeito comum, simples, que de repente se vê tendo que lidar com coisas que nunca fizeram parte de sua rotina, como um decorador esnobe (que joga fora toda a sua mobília) e até uma bela artista que vem pintar seu retrato como parte do prêmio ganho. A questão é que a grande maioria dos prêmios não tem a menor serventia na vida de Bill e sua família. Tudo acaba virando uma grande metáfora sobre a inutilidade de um sonho consumista sem sentido.
O roteiro, além de ser muito divertido, é muito bem escrito pois não deixa a bola cair em nenhum momento. Como o filme é relativamente curto (algo em torno de 80 minutos) o espectador nem percebe o tempo passando pois o personagem de Stewart se envolve numa série de confusões, uma mais engraçada do que a outra. Para os fãs da atriz Natalie Wood o filme ainda traz um atrativo extra, pois ela está no elenco, interpretando a jovem filha de Stewart. Incrível, mas ela deveria ter uns 12 anos quando fez o filme. Enfim, mais um belo momento da carreira do sempre ótimo James Stewart. Uma comédia leve, simpática, que deixará você com um inevitável sorriso no rosto após terminar de assistir.
Radiomania (The Jackpot, Estados Unidos, 1950) Direção: Walter Lang / Roteiro: John McNulty, Phoebe Ephron / Elenco: James Stewart, Barbara Hale, James Gleason, Natalie Wood / Sinopse: Bill (Stewart) é um sujeito comum que de repente vê sua vida virada de ponta cabeça após ganhar um prêmio em um programa de rádio!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de abril de 2007
O Pássaro Azul
Título no Brasil: O Pássaro Azul
Título Original: The Blue Bird
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Maurice Maeterlinck, Ernest Pascal
Elenco: Shirley Temple, Spring Byington, Nigel Bruce, Gale Sondergaard, Eddie Collins, Sybil Jason
Sinopse:
Mytyl e seu irmão Tyltyl, filhos de um lenhador, são conduzidos pela Fada Berylune em uma viagem mágica pelo passado, presente e futuro para localizar o Pássaro Azul da Felicidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Arthur C. Miller) e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse ultra colorido musical "O Pássaro Azul" foi uma resposta da Twentieth Century Fox ao sucesso de "O Mágico de Oz". O estúdio queria o mesmo sucesso, a mesma aclamação da crítica. Inclusive o elenco contava com a estrela mirim Shirley Temple, que havia sido pedida em empréstimo pela Metro para estrelar justamente "O Mágico de Oz". A MGM tentou de todas as formas levar ela para interpretar a garota Dorothy, que com a sua recusa acabou indo parar nas mãos de Judy Garland. A Fox, claro, não quis emprestar sua pequena atriz, considerada a mais popular do estúdio na época. E o resultado foi esse. "O Pássaro Azul" é extremamente bem realizado, um show de cores vibrantes e números musicais bem elaborados. Só que não chegou nem perto do êxito de "O Mágico de Oz". É aquela coisa, um filme como aquele tinha seu encanto próprio, sua mágica inerente, não havia mesmo como reproduzir aquilo novamente, mesmo contando com o que de melhor Hollywood tinha em termos de elenco e produção. Um raio não cai mesmo duas vezes no mesmo lugar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Blue Bird
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Maurice Maeterlinck, Ernest Pascal
Elenco: Shirley Temple, Spring Byington, Nigel Bruce, Gale Sondergaard, Eddie Collins, Sybil Jason
Sinopse:
Mytyl e seu irmão Tyltyl, filhos de um lenhador, são conduzidos pela Fada Berylune em uma viagem mágica pelo passado, presente e futuro para localizar o Pássaro Azul da Felicidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Arthur C. Miller) e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse ultra colorido musical "O Pássaro Azul" foi uma resposta da Twentieth Century Fox ao sucesso de "O Mágico de Oz". O estúdio queria o mesmo sucesso, a mesma aclamação da crítica. Inclusive o elenco contava com a estrela mirim Shirley Temple, que havia sido pedida em empréstimo pela Metro para estrelar justamente "O Mágico de Oz". A MGM tentou de todas as formas levar ela para interpretar a garota Dorothy, que com a sua recusa acabou indo parar nas mãos de Judy Garland. A Fox, claro, não quis emprestar sua pequena atriz, considerada a mais popular do estúdio na época. E o resultado foi esse. "O Pássaro Azul" é extremamente bem realizado, um show de cores vibrantes e números musicais bem elaborados. Só que não chegou nem perto do êxito de "O Mágico de Oz". É aquela coisa, um filme como aquele tinha seu encanto próprio, sua mágica inerente, não havia mesmo como reproduzir aquilo novamente, mesmo contando com o que de melhor Hollywood tinha em termos de elenco e produção. Um raio não cai mesmo duas vezes no mesmo lugar.
Pablo Aluísio.
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