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segunda-feira, 3 de junho de 2024

A Filha da Pecadora

Título no Brasil: A Filha da Pecadora
Título Original: Desert Fury
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lewis Allen
Roteiro: Robert Rossen, Ramona Stewart
Elenco: Lizabeth Scott, Burt Lancaster, John Hodiak, Wendell Corey, Mary Astor, Kristine Miller

Sinopse:
Paula Haller (Lizabeth Scott) é uma garota privilegiada, filho do dono de um dos maiores cassinos do estado de Nevada. O pai a enche de mimos e luxos, mas ela logo se revela ter uma personalidade rebelde. E as coisas pioram ainda mais quando ela se apaixona por um vigarista, um criminoso procurado, sempre em busca de novos golpes. E aquela garota rica era justamente o alvo que ele tanto procurava. 

Comentários:
Filme muito bom, mostrando o lado sórdido da elite rica de Nevada. E tudo foi baseado em fatos reais, na crônica policial da época. Um aspecto que me chamou muito atenção aqui foi ver uma jovem Lizabeth Scott em cena. Na juventude ela era realmente linda, uma beleza de impressionar. Eu a conhecia muito mais como a tutora de Elvis em "A Mulher Que Eu Amo" (Loving You) que seria lançado dez anos depois desse filme, quando ela já era uma mulher madura. Beleza e talento não lhe faltaram, mas ela nunca se tornou uma estrela como Marilyn Monroe ou Grace Kelly. O problema é que ela era lésbica e virava alvo fácil de revistas de fofocas como a Continental, muito popular em Hollywood. Ainda assim o produtor Hall Wallis a manteve sob contrato por muitos anos. Esse filme inclusive foi produzido por ele. Era mais do que um produtor, era um amigo pessoal da atriz. Então é isso. Um bom filme com elenco mais do que interessante, inclusive contando com Burt Lancaster ainda bem jovem, atlético, com aquele jeito de homem bruto, mas de bom coração, que iria ser sua persona definitiva nas telas durante toda sua carreira. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Homens Indomáveis

Título no Brasil: Homens Indomáveis
Título Original: Silver Lode
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Karen DeWolf
Elenco: John Payne, Lizabeth Scott, Dan Duryea, Dolores Moran, Harry Carey Jr, Stuart Whitman

Sinopse:
A história desse faroeste se passa na pequena cidade de Silver Lode. O cowboy Dan Ballard (John Payne) passa a ser acusado de um crime que não cometeu. Ele é preso por quatro xerifes e começa a ser abandonado pelos moradores da cidade. Agora só lhe resta encontrar o verdadeiro culpado para provar sua inocência.

Comentários:
Eu particularmente aprecio bastante filmes de western que foram produzidos na década de 1950. Em meu ponto de vista essas histórias cabiam muito bem naquele momento histórico que a América vinha passando, com prosperidade econômica e explosão da cultura pop. Esse faroeste aqui segue em linhas gerais aquele clima de suspense e tensão que foi a marca registrada do clássico do gênero "Matar ou Morrer". Mostra a história de um homem honesto que prestes a se casar é acusado de um crime que ele definitivamente nunca cometeu. O interessante roteiro coloca um grupo de xerifes como vilões, algo raro dentro do estilo faroeste daqueles anos. Assim o verdadeiro mocinho é justamente o homem bom e honesto interpretado por Payne. O diretor Allan Dwan era um veterano que trabalhava em Hollywood desde os primórdios, desde a era do cinema mudo. Ele tinha a fama de ser o homem dos mil filmes, um número que se um dia for confirmado realmente deverá entrar no livro dos recordes. No mais, em seu elenco coadjuvante, também temos a bela Lizabeth Scott, a primeira lésbica a sair do armário em Hollywood, isso em uma época em que o preconceito era total. Enfim, um bom filme de faroeste, hoje em dia pouco lembrado.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2022

Confissão

Título no Brasil: Confissão
Título Original: Dead Reckoning
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Cromwell
Roteiro: Oliver H.P. Garrett
Elenco: Humphrey Bogart, Lizabeth Scott, Morris Carnovsky, Charles Cane, William Prince, Marvin Miller

Sinopse:
Um detetive particular passa a investigar um estranho caso envolvendo um desertor que muito provavelmente esteve envolvido no passado com um assassinato não solucionado. E qual seria a ligação entre esse crime e o seu misterioso desaparecimento?

Comentários:
Cinema noir por excelência contando com um Humphrey Bogart em grande forma, aqui contracenando com a bela Lizabeth Scott. A atriz que trabalhou em muitos filmes noir também se notabilizou por ser uma das primeiras estrelas de Hollywood a assumir sua homossexualidade. Isso depois que sua opção sexual foi revelado por uma popular revista de fofocas e escândalos da época chamada Confidential. Aqui, em estilo loira platinada, ela interpreta essa mulher fatal que tanto pode ser uma vitima como a autora desconhecida de um crime brutal. O filme foi elogiado também pela fotografia, perfeita, trazendo para a tela a noite de Los Angeles. O diretor usa o preto e branco do filme para também expor o estado sentimental dos personagens. Claro, quando estão em momento de rara felicidade, escuro quando o momento é mais sombrio. Enfim, um belo noir, um dos mais representativos desse estilo cinematográfico.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Tempo Não Apaga

Título no Brasil: O Tempo Não Apaga
Título Original: The Strange Love of Martha Ivers
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lewis Milestone
Roteiro: Robert Rossen
Elenco: Barbara Stanwyck, Van Heflin, Lizabeth Scott, Kirk Douglas, Judith Anderson, Roman Bohnen

Sinopse:
O ano é 1928. Baseado no romance "Love Lies Bleeding" escrito por John Patrick, o filme conta a história de Martha Ivers (Barbara Stanwyck), uma mulher dominadora e implacável, casada com um homem que tenta manipular de todas as maneiras. Martha tem um terrível segredo envolvendo seu passado, algo que não pode ser descoberto por ninguém.

Comentários:
Drama pesado, assinado pelo talentoso cineasta Lewis Milestone. O filme chegou a ser indicado a um Oscar, na categoria melhor roteiro. Curiosamente a indicação foi para o escritor John Patrick que escreveu o romance que deu origem ao filme e não propriamente ao roteirista dessa produção,  Robert Rossen. Um tipo de erro que alguns anos depois a Academia iria consertar, mudando as regras de indicação a esse prêmio. Outro fato curioso é que o filme fez grande sucesso na Europa (mais do que dentro do mercado americano). Sua trama, bem pesada, calcada em personagens dramáticos e trágicos, foi bem de encontro ao gosto dos europeus. Por essa razão o filme acabou fazendo boa carreira no exterior, inclusive sendo reconhecido no Festival de Cannes daquele ano. Outro fato digno de nota é que esse foi o primeiro filme da carreira do ator Kirk Douglas. Ele interpreta um jovem procurador, ambicioso, mas honesto, chamado Walter O'Neil. Douglas ainda era bem moço, mas já demonstrava aquele carisma forte que iria construir toda a sua carreira, o transformando em um dos grandes astros da história de Hollywood nos anos seguintes. Já Barbara Stanwyck se sobressai bastante com sua atuação ao dar vida a uma mulher com poucos valores éticos, cujas ambições se resumem a ficar rica, seja de que maneira for. Ela inclusive guarda um terrível segredo em seu passado que agora tenta de todas as formas esconder. Enfim, um bom dramalhão dos anos 40, valorizado sobretudo por seu excelente elenco.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

A Estrada dos Homens sem Lei

Numa cidade infestada de gângsters e políticos corruptos, um novo capitão é designado para comandar um dos distritos mais violentos da metrópole. Seu nome é Thomas McQuigg (Robert Mitchum). Assim que assume seu posto ele precisa desvendar o assassinato de um mafioso que se colocou no caminho do violento gângster Nick Scanlon (Robert Ryan). Ele é encontrado morto, no meio de uma das avenidas mais movimentadas da cidade. McQuigg é velho conhecido de Scanlon. No passado ambos se enfrentaram, mas o policial se deu mal pois o criminoso tinha contatos com políticos importantes que o transferiram para outros distritos. Agora chegou a sua vez de se vingar de Scanlon. Para isso porém precisará superar o próprio sistema corrupto em que vive. O promotor está na folha de pagamento do chefão do crime organizado na cidade e Scanlon tem grandes contatos na prefeitura, inclusive o principal candidato ao posto de novo magistrado é um sujeito que recebe ordens dele. Para reunir provas o veterano tira McQuigg começa então a se utilizar de métodos nada tradicionais, como prisões arbitrárias, chantagens e provas plantadas. Vale tudo para prender Scanlon, tirando das ruas um criminoso perigoso e sociopata.

"A Estrada dos Homens sem Lei" é um filme policial noir, produzido pelo excêntrico milionário Howard Hughes (aquele mesmo que foi interpretado por Leonardo DiCaprio no filme de Martin Scorsese, "O Aviador"). Ele adorava um antigo filme mudo de 1928 e resolveu produzir esse remake para os estúdios RKO. Para estrelar seu filme Hughes contratou o ator Robert Mitchum (que curiosamente sempre se saía melhor no papel do gângster, mas que aqui acabou interpretando o policial honesto e íntegro). Uma velha conhecida do milionário, a atriz Lizabeth Scott, também foi contratada. Scott foi uma das primeiras atrizes de Hollywood na história a assumir sua condição de homossexual, algo que praticamente destruiu sua carreira. Como o roteiro foi baseado na peça teatral original o espectador vai sentir algumas características bem próprias do estilo teatro filmado, porém isso só ficará mais claro aos mais atentos. No geral é um bom filme policial, com cenas de ação, perseguições, tiroteios e aquele bem conhecido clima de decadência e cinismo que marcou muitos dos filmes noir. Há inclusive uma ótima cena quando Mitchum persegue um dos membros da gang em uma escada cheia de sombras e luzes, bem característico desse estilo cinematográfico. Com duração enxuta e roteiro objetivo, esse noir sem dúvida fez jus ao cinema clássico da época. 
 
A Estrada dos Homens sem Lei (The Racket, Estados Unidos, 1951) Direção: John Cromwell / Roteiro: William Wister Haines, W.R. Burnett / Elenco: Robert Mitchum, Lizabeth Scott, Robert Ryan / Sinopse: Policial honesto tenta limpar as ruas de sua cidade de uma quadrilha de criminosos que possui ramificações dentro do próprio governo, com políticos corruptos fazendo parte da folha de pagamentos do grande chefão conhecido apenas como "O Velho".

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A Mulher Que Eu Amo

Segundo filme da carreira de Elvis Presley no cinema. Basicamente temos aqui uma versão mais romanceada da própria história de Elvis. Veja bem a história, contando como um jovem de interior se torna popular como cantor para a juventude. E qual era a história de Elvis? Ora,  um jovem de interior que se tornou popular como cantor para a juventude. Nada mais, nada menos. É curioso porque muitos cantores e grupos de rock já tinham aparecido em filmes nos anos 50, mas no geral eles apenas faziam pequenos números musicais. Como Elvis era o rockstar mais famoso de sua época, o filme foi feito só para ele, onde além de cantar também atuava (de forma satisfatória, vamos ser sinceros).

Outro aspecto digno de nota é que a gravadora de Elvis lançou pela primeira vez um álbum (LP) completo com as músicas apresentadas no filme. O Lado A vinha com as faixas da trilha sonora, todas devidamente apresentadas por Elvis em cenas. Já o Lado B apresentava boas canções gravadas por Elvis naquele período. Prato cheio para os fãs. Curiosamente foi o único filme colorido de Elvis nos anos 50. Fruto do empenho da Paramount Pictures em realizar uma produção que fosse de encontro ao que esperava os fãs do cantor. Acabou virando também um sucesso comercial, frequentando as listas das maiores bilheterias do ano. Pelo visto Elvis fazia sucesso não apenas nos discos e nos rádios, mas também no cinema. Era o prenúncio que estava por vir nos anos seguintes.

A Mulher que Eu Amo (Loving You, Estados Unidos, 1957) Direção: Hal Kanter / Roteiro: Herbert Baker, Hal Kanter / Elenco: Elvis Presley, Dolores Hart, Lizabeth Scott, Wendell Corey / Sinopse: Deke Rivers (Elvis Presley) é um jovem vindo do interior que começa a fazer muito sucesso entre os jovens, dentro do circuito country. E aos poucos ele também começa a cantar um novo estilo musical chamado Rock ´n´ Roll.

Pablo Aluísio.