Título no Brasil: Os Garotos Perdidos
Título Original: The Lost Boys
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Jan Fischer, James Jeremias
Elenco: Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Dianne Wiest
Sinopse:
Depois de se mudarem de sua cidade dois irmãos começam a suspeitar que a região para onde foram morar está na verdade infestada de vampiros pelas redondezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror. Também indicado nas categorias de Melhor Maquiagem, Figurino, Ator (Corey Haim) e Melhor Ator Coadjuvante (Barnard Hughes).
Comentários:
Muitos dizem que Joel Schumacher é um cineasta que só realiza porcarias. Bobagem, ele certamente é um diretor de altos e baixos, mas também acerta o alvo quando lhe convém. Esse "The Lost Boys" é um exemplo. Pense bem, esse filme já adentrou a esfera dos cult movies, sendo considerado hoje em dia um dos melhores filmes de terror dos anos 80 - o que não deixa de ser um título pra lá de honroso. O roteiro não esconde suas pretensões. Foi uma forma de revitalizar a figura do vampiro para as novas gerações. Não no sentido do que hoje isso significa (transformando vampiros em adolescentes bobos e apaixonados), mas sim em resgatar o monstro do passado para lhe dar uma nova roupagem, mas de acordo com os jovens daquela época. O resultado se mostra desde o começo muito acertado. Há ótimas decisões de linguagem, como a câmera sobrevoando a cidade como se fosse o ponto de vista de um vampiro e uma trilha sonora muito bem escolhida, com alguns clássicos do rock. Além disso o uso bem bolado do visual Heavy Metal dos jovens dos anos 80 acabou, vejam só, se encaixando muito bem na proposta. Enfim, "The Lost Boys" é realmente um achado para quem curte vampiros adolescentes assassinos em geral. Uma ótima diversão que resistiu até mesmo ao tempo, mostrando que tal como seus personagens também se mostra forte candidato a se tornar também imortal. Quem diria...
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 31 de março de 2016
Need for Speed - O Filme
Título no Brasil: Need for Speed - O Filme
Título Original: Need for Speed
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Scott Waugh
Roteiro: George Gatins
Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots
Sinopse:
As coisas não andam muito bem para Tobey Marshall (Aaron Paul). Tudo o que sempre sonhou foi ser um grande piloto de corridas, mas a realidade é bem diferente disso. Após a morte de seu pai, ele herdou uma oficina praticamente falida que toca ao lado de seus amigos de longa data. Para escapar do tédio resolve participar de perigosos rachas com carros possantes nas ruas da cidade onde mora. Esse seu hobby ilegal porém o colocará em muito problemas, inclusive com a lei.
Comentários:
Adaptação para o cinema do game "Need for Speed", um dos mais populares de seu nicho de mercado. Bom, só o fato de ser baseado em um game já jogaria as expectativas lá para baixo, uma vez que até hoje essa transição nunca deu muito certo - aliás legou à sétima arte grandes bombas cinematográficas. Curiosamente esse aqui não é tão ruim, na verdade até diverte bastante, se o espectador se concentrar basicamente nas cenas de velocidade e corridas. O filme tecnicamente é muito bem realizado, com ótima edição e impressionantes efeitos sonoros, o que era de se esperar pois os carrões exigem esse tipo de tecnologia. Outro ponto forte do filme vem com a presença do carismático Aaron Paul, sim, ele mesmo, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Livre das amarras contratuais da série ele agora tenta fazer a (sempre complicada) transição para o mundo do cinema, deixando o mundo da TV para trás. Seu filme anterior, "Uma Longa Queda", que inclusive já comentei aqui pelo blog, não era grande coisa, mas esse pode ser um novo recomeço para o ator nas salas de cinema, uma vez que o filme acabou sendo bem sucedido em termos de bilheteria. Os fãs dos games provavelmente vão preferir seus jogos, já que são linguagens diferentes, mas os fãs de filmes de ação e carros possantes certamente gostarão do resultado, pois de uma certa forma o filme chega até mesmo a ser melhor do que a franquia "Velozes e Furiosos", o que não deixa de ser uma boa notícia para os aficionados nesse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Need for Speed
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Scott Waugh
Roteiro: George Gatins
Elenco: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots
Sinopse:
As coisas não andam muito bem para Tobey Marshall (Aaron Paul). Tudo o que sempre sonhou foi ser um grande piloto de corridas, mas a realidade é bem diferente disso. Após a morte de seu pai, ele herdou uma oficina praticamente falida que toca ao lado de seus amigos de longa data. Para escapar do tédio resolve participar de perigosos rachas com carros possantes nas ruas da cidade onde mora. Esse seu hobby ilegal porém o colocará em muito problemas, inclusive com a lei.
Comentários:
Adaptação para o cinema do game "Need for Speed", um dos mais populares de seu nicho de mercado. Bom, só o fato de ser baseado em um game já jogaria as expectativas lá para baixo, uma vez que até hoje essa transição nunca deu muito certo - aliás legou à sétima arte grandes bombas cinematográficas. Curiosamente esse aqui não é tão ruim, na verdade até diverte bastante, se o espectador se concentrar basicamente nas cenas de velocidade e corridas. O filme tecnicamente é muito bem realizado, com ótima edição e impressionantes efeitos sonoros, o que era de se esperar pois os carrões exigem esse tipo de tecnologia. Outro ponto forte do filme vem com a presença do carismático Aaron Paul, sim, ele mesmo, o Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Livre das amarras contratuais da série ele agora tenta fazer a (sempre complicada) transição para o mundo do cinema, deixando o mundo da TV para trás. Seu filme anterior, "Uma Longa Queda", que inclusive já comentei aqui pelo blog, não era grande coisa, mas esse pode ser um novo recomeço para o ator nas salas de cinema, uma vez que o filme acabou sendo bem sucedido em termos de bilheteria. Os fãs dos games provavelmente vão preferir seus jogos, já que são linguagens diferentes, mas os fãs de filmes de ação e carros possantes certamente gostarão do resultado, pois de uma certa forma o filme chega até mesmo a ser melhor do que a franquia "Velozes e Furiosos", o que não deixa de ser uma boa notícia para os aficionados nesse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 30 de março de 2016
Imensidão Azul
Título no Brasil: Imensidão Azul
Título Original: Le grand bleu
Ano de Produção: 1988
País: França, Estados Unidos, Itália
Estúdio: Gaumont, Les Films du Loup
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Garland
Elenco: Jean-Marc Barr, Jean Reno, Rosanna Arquette
Sinopse:
Dois amigos de longa data, um francês e um italiano, entram numa disputa sem limites. Grandes mergulhadores, eles resolvem competir entre si para saber quem seria o maior mergulhador em águas profundas. A rivalidade entre ambos porém não fica apenas nas competições esportivas mas na disputa pelo coração de uma bela americana também. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme assinado por Luc Besson que tive o privilégio de assistir. A ocasião não poderia ser melhor, um festival de cinema cult, onde se fazia um panorama do novo cinema francês. A primeira impressão que "Le grand bleu" causa no espectador é de extrema beleza. Não há outra forma de definir. O cineasta fez questão de que cada tomada tentasse de alguma forma fazer jus à beleza do mar, seu infinito azul e seus mistérios. O roteiro certamente explora a obstinação do ser humano, na figura do mergulhador que deseja bater o recorde mundial a todo custo, sempre tentando superar os outros e a si mesmo. Apesar dessa linha narrativa o grande protagonista não é o homem mas a natureza, o mar. Esse é o tipo de filme que fica para sempre em sua mente por causa da beleza das imagens. O elenco não era marcante (para falar a verdade apenas Rosanna Arquette tinha algum nome pois Jean Reno não era tão famoso como agora) e o diretor pouco conhecido fora da França. Assim o que fez o filme se destacar, ganhando vários prêmios mundo afora foi mesmo sua maravilhosa fotografia. Um dos mais bonitos retratos das profundezas do oceano e dos limites do homem jamais feito.
Pablo Aluísio.
Título Original: Le grand bleu
Ano de Produção: 1988
País: França, Estados Unidos, Itália
Estúdio: Gaumont, Les Films du Loup
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, Robert Garland
Elenco: Jean-Marc Barr, Jean Reno, Rosanna Arquette
Sinopse:
Dois amigos de longa data, um francês e um italiano, entram numa disputa sem limites. Grandes mergulhadores, eles resolvem competir entre si para saber quem seria o maior mergulhador em águas profundas. A rivalidade entre ambos porém não fica apenas nas competições esportivas mas na disputa pelo coração de uma bela americana também. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme assinado por Luc Besson que tive o privilégio de assistir. A ocasião não poderia ser melhor, um festival de cinema cult, onde se fazia um panorama do novo cinema francês. A primeira impressão que "Le grand bleu" causa no espectador é de extrema beleza. Não há outra forma de definir. O cineasta fez questão de que cada tomada tentasse de alguma forma fazer jus à beleza do mar, seu infinito azul e seus mistérios. O roteiro certamente explora a obstinação do ser humano, na figura do mergulhador que deseja bater o recorde mundial a todo custo, sempre tentando superar os outros e a si mesmo. Apesar dessa linha narrativa o grande protagonista não é o homem mas a natureza, o mar. Esse é o tipo de filme que fica para sempre em sua mente por causa da beleza das imagens. O elenco não era marcante (para falar a verdade apenas Rosanna Arquette tinha algum nome pois Jean Reno não era tão famoso como agora) e o diretor pouco conhecido fora da França. Assim o que fez o filme se destacar, ganhando vários prêmios mundo afora foi mesmo sua maravilhosa fotografia. Um dos mais bonitos retratos das profundezas do oceano e dos limites do homem jamais feito.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 29 de março de 2016
Tennessee
Esse é um pequeno filme independente (custou meros quatro milhões de dólares apenas) que conta em seu elenco com uma estrela pop da música americana, a cantora Mariah Carey. Ela interpreta Krystal, uma garçonete infeliz que cruza o caminho de dois irmãos em busca de redenção. Eles estão voltando para a sua cidade natal no Tennessee em busca de seu pai, um sujeito violento e abusivo, que foi largado pela esposa por causa da violência. Os dois irmãos também sofreram muito na infância, mas agora retornam com um motivo forte: o pai pode ser o doador de medula óssea que irá salvar a vida de um dos irmãos que está morrendo de leucemia. Como a vida de Krystal também não é o que se pode qualificar de feliz, ela resolve pegar a estrada junto com eles. Seu objetivo é chegar em Nashville pois ela tem um sonho de se tornar cantora. O problema é que seu marido vai atrás, pois não admite o fim de seu casamento.
O sonho de Mariah Carey sempre foi emplacar uma carreira de atriz. Infelizmente ela começou mal com o fracasso de "Glitter: O Brilho de uma Estrela". Agora ela caminha por ares mais independentes, diria até mesmo indie. O filme é modesto, de baixo orçamento, mas tem qualidade. A fotografia é muito bonita e se o roteiro não chega a ser brilhante pelo menos não decepciona. A trama é convencional, nada do que ainda não se viu em centenas de filmes ao estilo "road movie", porém agrada no final das contas. Também proporciona ao espectador uma visão da América menos glamorosa, com seus motéis baratos de beira de estrada e uma galeria imensa de personagens que apenas vagam pela vida, sem muitas esperanças ou sonhos de grandeza. Assim o público acaba atravessando estados americanos do Texas, Arkansas, Alabama, chegando até o distante Tennessee onde finalmente acontece o clímax da história. Uma boa visão de uma América mais realista e menos idealizada.
Tennessee (Tennessee, Estados Unidos, 2008) Direção: Aaron Woodley / Roteiro: Russell Schaumburg / Elenco: Adam Rothenberg, Ethan Peck, Mariah Carey, Lance Reddick / Sinopse: Krystal (Carey) é uma garçonete que ao lado de dois irmãos cruza o sul dos Estados Unidos em direção ao estado do Tennessee. Ela quer se tornar cantora em Nashville e eles procuram pelo pai para que ele se torne doador de medula para o filho que está morrendo de leucemia. Algo que o marido de Krystal, um policial violento e abusivo, tentará impedir de todas as maneiras.
Pablo Aluísio.
O sonho de Mariah Carey sempre foi emplacar uma carreira de atriz. Infelizmente ela começou mal com o fracasso de "Glitter: O Brilho de uma Estrela". Agora ela caminha por ares mais independentes, diria até mesmo indie. O filme é modesto, de baixo orçamento, mas tem qualidade. A fotografia é muito bonita e se o roteiro não chega a ser brilhante pelo menos não decepciona. A trama é convencional, nada do que ainda não se viu em centenas de filmes ao estilo "road movie", porém agrada no final das contas. Também proporciona ao espectador uma visão da América menos glamorosa, com seus motéis baratos de beira de estrada e uma galeria imensa de personagens que apenas vagam pela vida, sem muitas esperanças ou sonhos de grandeza. Assim o público acaba atravessando estados americanos do Texas, Arkansas, Alabama, chegando até o distante Tennessee onde finalmente acontece o clímax da história. Uma boa visão de uma América mais realista e menos idealizada.
Tennessee (Tennessee, Estados Unidos, 2008) Direção: Aaron Woodley / Roteiro: Russell Schaumburg / Elenco: Adam Rothenberg, Ethan Peck, Mariah Carey, Lance Reddick / Sinopse: Krystal (Carey) é uma garçonete que ao lado de dois irmãos cruza o sul dos Estados Unidos em direção ao estado do Tennessee. Ela quer se tornar cantora em Nashville e eles procuram pelo pai para que ele se torne doador de medula para o filho que está morrendo de leucemia. Algo que o marido de Krystal, um policial violento e abusivo, tentará impedir de todas as maneiras.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de março de 2016
Fuga de Absolom
Título no Brasil: Fuga de Absolom
Título Original: No Escape
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Michael Gaylin
Elenco: Ray Liotta, Lance Henriksen, Stuart Wilson
Sinopse:
O filme conta a estória do capitão J.T. Robbins (Ray Liotta). Acusado e condenado pela morte de um general ele é levado para uma prisão de segurança máxima localizada numa ilha distante e isolada. O Estado envia para lá os piores elementos da sociedade, para que morram esquecidos. Nesse lugar esquecido por Deus acaba sendo criada uma sociedade entre os prisioneiros onde impera o barbarismo e a violência. Não existem normas, apenas imposições implantadas por força bruta e violência insana. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eu nunca fui particularmente muito fã desse tipo de ficção. Você certamente conhece esse tipo de argumento, passado em um futuro não muito distante, onde a tecnologia high-tech convive com uma sociedade doentia, prestes a entrar em colapso social. Nesse roteiro em especial temos uma prisão do futuro, um lugar simplesmente hostil e violento onde presos de grande periculosidade vivem isolados, numa ilha que foi transformada em presídio, onde o que impera mesmo é a lei do mais forte. Por essa razão não adianta se iludir pois não existem regras ou perdão dentro daqueles muros. Quando vi pela primeira vez até curti o estilo, mas hoje em dia vejo que não há mais espaço para produções como essa em minha vida de cinéfilo. Curioso porque o diretor Martin Campbell iria ser escalado logo depois para dirigir "007 Contra GoldenEye", demonstrando que o estúdio havia gostado do resultado final, principalmente por causa das boas cenas de ação que dirigiu (já que o roteiro definitivamente não era grande coisa). Dois filmes de Zorro depois (A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro) e mais um bom filme da franquia James Bond (007 - Cassino Royale) e a carreira do diretor seria praticamente destruída pelo desastre comercial do péssimo "Lanterna Verde". Pelo visto por essa nem seu mais persistente pessimismo futurista esperava.
Pablo Aluísio.
Título Original: No Escape
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Michael Gaylin
Elenco: Ray Liotta, Lance Henriksen, Stuart Wilson
Sinopse:
O filme conta a estória do capitão J.T. Robbins (Ray Liotta). Acusado e condenado pela morte de um general ele é levado para uma prisão de segurança máxima localizada numa ilha distante e isolada. O Estado envia para lá os piores elementos da sociedade, para que morram esquecidos. Nesse lugar esquecido por Deus acaba sendo criada uma sociedade entre os prisioneiros onde impera o barbarismo e a violência. Não existem normas, apenas imposições implantadas por força bruta e violência insana. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Eu nunca fui particularmente muito fã desse tipo de ficção. Você certamente conhece esse tipo de argumento, passado em um futuro não muito distante, onde a tecnologia high-tech convive com uma sociedade doentia, prestes a entrar em colapso social. Nesse roteiro em especial temos uma prisão do futuro, um lugar simplesmente hostil e violento onde presos de grande periculosidade vivem isolados, numa ilha que foi transformada em presídio, onde o que impera mesmo é a lei do mais forte. Por essa razão não adianta se iludir pois não existem regras ou perdão dentro daqueles muros. Quando vi pela primeira vez até curti o estilo, mas hoje em dia vejo que não há mais espaço para produções como essa em minha vida de cinéfilo. Curioso porque o diretor Martin Campbell iria ser escalado logo depois para dirigir "007 Contra GoldenEye", demonstrando que o estúdio havia gostado do resultado final, principalmente por causa das boas cenas de ação que dirigiu (já que o roteiro definitivamente não era grande coisa). Dois filmes de Zorro depois (A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro) e mais um bom filme da franquia James Bond (007 - Cassino Royale) e a carreira do diretor seria praticamente destruída pelo desastre comercial do péssimo "Lanterna Verde". Pelo visto por essa nem seu mais persistente pessimismo futurista esperava.
Pablo Aluísio.
Resgate Suicida
Título no Brasil: Resgate Suicida
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: North Sea Hijack
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Cinema Seven Productions Ltd., Universal Pictures
Direção: Andrew V. McLaglen
Roteiro: Jack Davies
Elenco: Roger Moore, James Mason, Anthony Perkins
Sinopse:
Kramer (Anthony Perkins) é um terrorista que tem como alvo uma plataforma de perfuração de petróleo no Mar do Norte. Ffolkes (Roger Moore) é um milionário excêntrico que decide formar uma tropa de voluntários em busca de ação para enfrentar os terroristas no local. Chantageado, o governo inglês resolve ceder, dando uma chance para que Ffolkes e seus homens completem sua missão, que para alguns, seria também suicida.
Comentários:
Um trio de respeito protagoniza essa fita de ação do final dos anos 1970. Roger Moore, James Mason e Anthony Perkins formam o trio básico de personagens que se enfrentam em uma região fria e distante, já perto do polo norte. A intenção é retomar o controle de uma base de perfuração da indústria petrolífera nos mares do Norte que foi tomada de assalto por um grupo de terroristas internacionais. Obviamente se trata de mais uma tentativa de faturar uma bela bilheteria usando como atrativo de público a presença do ator Roger Moore. O astro estava colhendo os frutos da popularidade trazida pela franquia de James Bond e vinha de dois grandes sucessos comerciais: "007 - O Espião Que Me Amava" (onde interpretava pela terceira vez James Bond) e "Selvagens Cães de Guerra" (filme também dirigido pelo cineasta Andrew V. McLaglen). Assim os objetivos ficam claros desde a primeira cena. A intenção é realmente agradar ao público que havia lotado os cinemas nas duas produções anteriores. O resultado porém ficou abaixo das expectativas, talvez por causa do roteiro que foi criticado na época de lançamento do filme. Isso porém em nada atrapalha a diversão, ainda mais valorizada por uma atuação muito boa de Anthony Perkins! Nenhum ator foi tão perfeito para interpretar vilões insanos como ele! Sua atuação acaba valendo pelo filme inteiro.
Pablo Aluísio.
Fim de Caso
Título no Brasil: Fim de Caso
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.
Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.
Pablo Aluísio.
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.
Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de março de 2016
47 Ronins
Título no Brasil: 47 Ronins
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: H2F Entertainment, Mid Atlantic Films
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é um mestiço, filho de um inglês e uma japonesa que por essa razão é abandonado ainda criança em uma floresta. Resgatado por um senhor feudal acaba trabalhando e vivendo para seu mestre praticamente por toda a sua vida. Quando esse sofre um ataque de um rival que tenciona rebaixar todos à meros Ronins (Samurais sem mestres), Kai entende ter chegado a hora de provar sua lealdade a quem lhe ajudou no passado.
Comentários:
Um bom filme de ação e aventura, com bastante fantasia e magia, tudo sob o ponto de vista da cultura oriental. "47 Ronins" tenta mesclar essa dualidade de culturas para criar um filme que no final das contas servirá como bom passatempo. Não é de hoje que os ocidentais possuem essa atração pelos antigos samurais. Obviamente que muita coisa não passa de lenda e por essa razão não há muito rigor do ponto de vista histórico nessa produção (nem era a intenção de seus realizadores fazer algo nesse sentido, para falar a verdade). Assim o que temos é realmente diversão à toda prova, inclusive com um roteiro que se não chega a ser excepcional cumpre seus objetivos. Keanu Reeves continua o mesmo. Ele nunca foi visto como um bom ator, pois na maioria das vezes sua expressividade é quase nula. Como seu papel ajuda nesse modo de "entrar mudo e sair calado" não há muitos problemas decorrentes dessa sua forma de atuar. O filme foi bem criticado, muitos não gostaram, mas se você souber abaixar um pouco as expectativas certamente se divertirá. O segredo é saber o que vai se encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: H2F Entertainment, Mid Atlantic Films
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é um mestiço, filho de um inglês e uma japonesa que por essa razão é abandonado ainda criança em uma floresta. Resgatado por um senhor feudal acaba trabalhando e vivendo para seu mestre praticamente por toda a sua vida. Quando esse sofre um ataque de um rival que tenciona rebaixar todos à meros Ronins (Samurais sem mestres), Kai entende ter chegado a hora de provar sua lealdade a quem lhe ajudou no passado.
Comentários:
Um bom filme de ação e aventura, com bastante fantasia e magia, tudo sob o ponto de vista da cultura oriental. "47 Ronins" tenta mesclar essa dualidade de culturas para criar um filme que no final das contas servirá como bom passatempo. Não é de hoje que os ocidentais possuem essa atração pelos antigos samurais. Obviamente que muita coisa não passa de lenda e por essa razão não há muito rigor do ponto de vista histórico nessa produção (nem era a intenção de seus realizadores fazer algo nesse sentido, para falar a verdade). Assim o que temos é realmente diversão à toda prova, inclusive com um roteiro que se não chega a ser excepcional cumpre seus objetivos. Keanu Reeves continua o mesmo. Ele nunca foi visto como um bom ator, pois na maioria das vezes sua expressividade é quase nula. Como seu papel ajuda nesse modo de "entrar mudo e sair calado" não há muitos problemas decorrentes dessa sua forma de atuar. O filme foi bem criticado, muitos não gostaram, mas se você souber abaixar um pouco as expectativas certamente se divertirá. O segredo é saber o que vai se encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
Orgulho & Preconceito
Título no Brasil: Orgulho & Preconceito
Título Original: Pride & Prejudice
Ano de Produção: 2005
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Focus Features, Universal Pictures, StudioCanal
Direção: Joe Wright
Roteiro: Deborah Moggach
Elenco: Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Brenda Blethyn, Carey Mulligan, Donald Sutherland
Sinopse:
Baseado na obra imortal escrita por Jane Austen, "Pride & Prejudice" conta uma história de amor em um momento particularmente complicado na vida de personagens que se vêem tragados por eventos de proporções mundiais. O enredo mostra a vida de cinco irmãs inglesas - Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia Bennet - que sonham em se casar com o homem perfeito. O problema será superar todas as dificuldades que irão surgir pela frente. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Figurino, Música e Atriz (Keira Knightley).
Comentários:
Ainda demorará alguns anos para que outras cinematografias alcancem o nível de sofisticação e classe do cinema inglês. Há toda uma preocupação em adaptar obras literárias importantes (como as de autoria da genial Jane Austen) e um cuidado todo especial em realizar pesquisas históricas para se chegar com máxima fidelidade possível nos modos de ser e se vestir das pessoas que viveram na época em que se passam os enredos narrados por essa escritora. O resultado é simplesmente impecável, valorizado por personagens extremamente humanos e bem desenvolvidos do ponto de vista psicológico e emocional. O filme foi mal qualificado e classificado no Globo de Ouro concorrendo na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Essa gafe acabou virando uma chacota entre a imprensa britânica. Obviamente que a graça está presente em muitas das obras de Austen, mas considerar um filme como esse como uma mera "comédia" só deixa exposto uma certa falta de sofisticação intelectual por parte dos americanos. Ignore isso e se delicie com as maravilhosas observações, ora cínicas, ora críticas, de Jane Austen sobre as convenções sociais de seu tempo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pride & Prejudice
Ano de Produção: 2005
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Focus Features, Universal Pictures, StudioCanal
Direção: Joe Wright
Roteiro: Deborah Moggach
Elenco: Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Brenda Blethyn, Carey Mulligan, Donald Sutherland
Sinopse:
Baseado na obra imortal escrita por Jane Austen, "Pride & Prejudice" conta uma história de amor em um momento particularmente complicado na vida de personagens que se vêem tragados por eventos de proporções mundiais. O enredo mostra a vida de cinco irmãs inglesas - Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e Lydia Bennet - que sonham em se casar com o homem perfeito. O problema será superar todas as dificuldades que irão surgir pela frente. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Figurino, Música e Atriz (Keira Knightley).
Comentários:
Ainda demorará alguns anos para que outras cinematografias alcancem o nível de sofisticação e classe do cinema inglês. Há toda uma preocupação em adaptar obras literárias importantes (como as de autoria da genial Jane Austen) e um cuidado todo especial em realizar pesquisas históricas para se chegar com máxima fidelidade possível nos modos de ser e se vestir das pessoas que viveram na época em que se passam os enredos narrados por essa escritora. O resultado é simplesmente impecável, valorizado por personagens extremamente humanos e bem desenvolvidos do ponto de vista psicológico e emocional. O filme foi mal qualificado e classificado no Globo de Ouro concorrendo na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Essa gafe acabou virando uma chacota entre a imprensa britânica. Obviamente que a graça está presente em muitas das obras de Austen, mas considerar um filme como esse como uma mera "comédia" só deixa exposto uma certa falta de sofisticação intelectual por parte dos americanos. Ignore isso e se delicie com as maravilhosas observações, ora cínicas, ora críticas, de Jane Austen sobre as convenções sociais de seu tempo.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de março de 2016
Velozes & Furiosos 7
Título no Brasil: Velozes & Furiosos 7
Título Original: Furious 7
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Kurt Russell
Sinopse:
Dominic Torretto (Vin Diesel) e sua gangue decidem deixar o mundo do crime. Na realidade após sua última incursão criminosa percebem que chegou mesmo a hora de parar com suas atividades mercenárias. Cada um membro de sua antiga equipe precisa seguir em frente, trilhando caminhos próprios. O problema é que o passado muitas vezes deixa rastros e deles surgem pessoas e organizações do mundo do crime empenhadas em acertar contas com algo que ficou para trás. Um lição que Torretto entenderá muito bem em breve.
Comentários:
Eu acredito que nem o mais otimista produtor de cinema poderia imaginar que essa franquia ainda poderia render tanto. " Velozes & Furiosos 7" chegou nos cinemas americanos nesse fim de semana de forma arrasadora, faturando quase 150 milhões de dólares, se tornando a nona melhor estreia de um filme na indústria. Qual é o grande segredo nessa equação de sucesso comercial? Em minha opinião tudo isso foi gerado pelo morte trágica do ator Paul Walker em 2013. Ele morreu em um terrível acidente bem no meio das filmagens. Muitas de suas cenas ficaram assim no meio do caminho, inacabadas ou não realizadas. Muitos pensaram que o projeto seria arquivado definitivamente, deixado de lado, até como uma homenagem a Walker. Ledo engano. O estúdio não iria perder milhões de dólares em investimentos assim, da noite para o dia. Dessa maneira e usando da tecnologia atual, Walker foi parcialmente recriado digitalmente, inserido em sequências e reaproveitado usando-se da magia do cinema. Claro que algo nesse estilo chamaria a atenção do público. Dito isso, devo confessar que essas serão algumas das poucas qualidades de "Velozes & Furiosos 7" que você conseguirá encontrar ao assistir o filme. O roteiro é básico, muito básico mesmo, e o filme só se sustenta pelas excelentes tomadas de ação desenfreadas. Com o sucesso espetacular não tenho a menor dúvida que a fórmula será levada em frente nos anos que virão, até seu completo esgotamento. É cinema fast food, descartável, sem profundidade e derivativo, mas se o público adora, o que se pode fazer? Nada, os executivos dos estúdios agradecem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Furious 7
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Wan
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Kurt Russell
Sinopse:
Dominic Torretto (Vin Diesel) e sua gangue decidem deixar o mundo do crime. Na realidade após sua última incursão criminosa percebem que chegou mesmo a hora de parar com suas atividades mercenárias. Cada um membro de sua antiga equipe precisa seguir em frente, trilhando caminhos próprios. O problema é que o passado muitas vezes deixa rastros e deles surgem pessoas e organizações do mundo do crime empenhadas em acertar contas com algo que ficou para trás. Um lição que Torretto entenderá muito bem em breve.
Comentários:
Eu acredito que nem o mais otimista produtor de cinema poderia imaginar que essa franquia ainda poderia render tanto. " Velozes & Furiosos 7" chegou nos cinemas americanos nesse fim de semana de forma arrasadora, faturando quase 150 milhões de dólares, se tornando a nona melhor estreia de um filme na indústria. Qual é o grande segredo nessa equação de sucesso comercial? Em minha opinião tudo isso foi gerado pelo morte trágica do ator Paul Walker em 2013. Ele morreu em um terrível acidente bem no meio das filmagens. Muitas de suas cenas ficaram assim no meio do caminho, inacabadas ou não realizadas. Muitos pensaram que o projeto seria arquivado definitivamente, deixado de lado, até como uma homenagem a Walker. Ledo engano. O estúdio não iria perder milhões de dólares em investimentos assim, da noite para o dia. Dessa maneira e usando da tecnologia atual, Walker foi parcialmente recriado digitalmente, inserido em sequências e reaproveitado usando-se da magia do cinema. Claro que algo nesse estilo chamaria a atenção do público. Dito isso, devo confessar que essas serão algumas das poucas qualidades de "Velozes & Furiosos 7" que você conseguirá encontrar ao assistir o filme. O roteiro é básico, muito básico mesmo, e o filme só se sustenta pelas excelentes tomadas de ação desenfreadas. Com o sucesso espetacular não tenho a menor dúvida que a fórmula será levada em frente nos anos que virão, até seu completo esgotamento. É cinema fast food, descartável, sem profundidade e derivativo, mas se o público adora, o que se pode fazer? Nada, os executivos dos estúdios agradecem.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de março de 2016
Victor Frankenstein
O texto a seguir contém alguns spoilers. Por isso se ainda não viu o filme pare por aqui a leitura. Pois bem, assisti recentemente a essa nova versão do livro de Mary Shelley. Pouca gente sabe, mas ela escreveu o livro para tentar ganhar uma aposta com outros escritores, amigos dela, que toparam vencer a disputa de quem iria escrever o livro com a trama mais aterrorizante. Shelley apenas pegou o que havia em sua volta - um incrível sentimento de otimismo e medo sobre os avanços da ciência de seu tempo - e acabou criando uma obra realmente imortal (e lá se vão quase duzentos anos da publicação original de Frankenstein!). Na essência é um conto de monstro, mas tudo tão genialmente criado que não é de se admirar que o enredo tenha sobrevivido a todas essas gerações. Dois séculos depois de ser escrito a estória ainda mostra força. É algo para poucos.
Aqui, para fugir um pouco do que já se viu nos vários filmes anteriores, os roteiristas resolveram se debruçar mais na vida de Igor, o corcunda assistente do Dr. Frankenstein. Nas adaptações anteriores ele era apenas um ser grotesco com uma séria deformidade física. Aqui criaram uma personalidade, emoções e sentimentos para ele. Isso se explica porque o ator que o interpreta é o astro juvenil Daniel Radcliffe da franquia "Harry Potter". Não cairia bem escalar um ator tão popular para interpretar um personagem tão raso e repugnante. Para não deixá-lo com aspecto asqueroso durante todo o filme os roteiristas inventaram moda, fazendo com que ele não fosse corcunda de verdade, tendo apenas um abscesso de líquidos, algo que o Dr. Frankenstein logo resolve com uma seringa e um método de drenagem nada ortodoxo. O encontro entre Igor e o seu mestre (o ponto central da narrativa) se dá em um circo. O médico está lá em busca de partes de animais para suas experiências. Ao ver que Igor (nome esse que só se dará a ele depois) tem muito conhecimento de anatomia e medicina (algo que adquiriu de forma autodidata) resolve lhe libertar da companhia circense (onde é praticamente um escravo do dono do circo). A partir daí começam as experiências que Frankenstein sonha realizar - trazer restos de corpos humanos de volta à vida com o uso de energia elétrica. Isso era uma crença na época em que o livro foi escrito, simplesmente porque ao se aplicarem choques elétricos em órgãos humanos mortos eles mostravam reação - obviamente causado pela passagem da carga elétrica que se deslocava pelos tecidos. Como a eletricidade ainda era algo novo na ciência criou-se esse mito que foi explorado pela escritora.
James McAvoy está bem como Victor Frankenstein. O sujeito tem traumas por causa da morte de seu irmão Henry. Ele se torna um ateu e resolve provar que a ciência teria todas as respostas, o que obviamente se tornaria uma heresia sob o ponto de vista religioso. Para ele religião não passaria de meras superstições de mentes primitivas. Essas discussões teológicas porém são superficiais (mas convenhamos, não deixam de ser interessantes). Para quem vai ao cinema ver um filme de Frankenstein o que importa mesmo é ver como a criatura vai surgir dessa vez em cena. Fizeram um design bem interessante para o monstro, algo que lembra até mesmo o visual clássico do antigo filme da Universal (mas claro tirando todas as devidas proporções). Para falar a verdade o macaco que Victor consegue ressuscitar é mais aterrorizante do que o grandalhão movido a fúria que vemos na cena final. O diretor escocês Paul McGuigan criou um cenário muito evocativo das clássicas adaptações, mas não foi muito além disso. Faltou maior ousadia, talvez pelo fato desse ter sido o primeiro filme de grande orçamento de sua carreira - ele antes se limitou a trabalhar em séries de TV como a popular "Sherlock" e nada muito além disso. Assim essa nova versão não escapa muito da pecha de blockbuster de cinema comercial, mas mesmo assim há coisas boas para se curtir no filme como um todo. Até porque vamos ser sinceros, qualquer filme que traga o livro de Sheller de volta à tona sempre será no mínimo interessante para os fãs de filmes de terror.
Pablo Aluísio.
Aqui, para fugir um pouco do que já se viu nos vários filmes anteriores, os roteiristas resolveram se debruçar mais na vida de Igor, o corcunda assistente do Dr. Frankenstein. Nas adaptações anteriores ele era apenas um ser grotesco com uma séria deformidade física. Aqui criaram uma personalidade, emoções e sentimentos para ele. Isso se explica porque o ator que o interpreta é o astro juvenil Daniel Radcliffe da franquia "Harry Potter". Não cairia bem escalar um ator tão popular para interpretar um personagem tão raso e repugnante. Para não deixá-lo com aspecto asqueroso durante todo o filme os roteiristas inventaram moda, fazendo com que ele não fosse corcunda de verdade, tendo apenas um abscesso de líquidos, algo que o Dr. Frankenstein logo resolve com uma seringa e um método de drenagem nada ortodoxo. O encontro entre Igor e o seu mestre (o ponto central da narrativa) se dá em um circo. O médico está lá em busca de partes de animais para suas experiências. Ao ver que Igor (nome esse que só se dará a ele depois) tem muito conhecimento de anatomia e medicina (algo que adquiriu de forma autodidata) resolve lhe libertar da companhia circense (onde é praticamente um escravo do dono do circo). A partir daí começam as experiências que Frankenstein sonha realizar - trazer restos de corpos humanos de volta à vida com o uso de energia elétrica. Isso era uma crença na época em que o livro foi escrito, simplesmente porque ao se aplicarem choques elétricos em órgãos humanos mortos eles mostravam reação - obviamente causado pela passagem da carga elétrica que se deslocava pelos tecidos. Como a eletricidade ainda era algo novo na ciência criou-se esse mito que foi explorado pela escritora.
James McAvoy está bem como Victor Frankenstein. O sujeito tem traumas por causa da morte de seu irmão Henry. Ele se torna um ateu e resolve provar que a ciência teria todas as respostas, o que obviamente se tornaria uma heresia sob o ponto de vista religioso. Para ele religião não passaria de meras superstições de mentes primitivas. Essas discussões teológicas porém são superficiais (mas convenhamos, não deixam de ser interessantes). Para quem vai ao cinema ver um filme de Frankenstein o que importa mesmo é ver como a criatura vai surgir dessa vez em cena. Fizeram um design bem interessante para o monstro, algo que lembra até mesmo o visual clássico do antigo filme da Universal (mas claro tirando todas as devidas proporções). Para falar a verdade o macaco que Victor consegue ressuscitar é mais aterrorizante do que o grandalhão movido a fúria que vemos na cena final. O diretor escocês Paul McGuigan criou um cenário muito evocativo das clássicas adaptações, mas não foi muito além disso. Faltou maior ousadia, talvez pelo fato desse ter sido o primeiro filme de grande orçamento de sua carreira - ele antes se limitou a trabalhar em séries de TV como a popular "Sherlock" e nada muito além disso. Assim essa nova versão não escapa muito da pecha de blockbuster de cinema comercial, mas mesmo assim há coisas boas para se curtir no filme como um todo. Até porque vamos ser sinceros, qualquer filme que traga o livro de Sheller de volta à tona sempre será no mínimo interessante para os fãs de filmes de terror.
Pablo Aluísio.
O Benfeitor
O ator Richard Gere interpreta um milionário, dono de hospitais, que sofre um sério acidente de carro. Um casal amigo morre na tragédia e ele começa a se sentir culpado por tudo. Com o tratamento para se recuperar dos ferimentos acaba se viciando em morfina. As coisas começam a ir de mal a pior até que cinco anos após o acontecimento ele é convidado por Olivia (Fanning), a única filha do casal morto, para ser seu padrinho de casamento. A partir daí ele tenta de todas as formas aliviar sua culpa, começando a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, comprando uma bela casa para ambos, providenciando um emprego para o marido em seu próprio hospital e se tornando alguém próximo com quem eles podem sempre contar. A aproximação porém se torna excessiva e ele se torna assim uma pessoa invasiva demais para a intimidade de Olivia e seu marido.
Esse é o novo filme de Richard Gere. Galã no passado, ele vai finalmente, aos poucos, assumindo a idade que tem. Aos 60 anos, Gere parece não estar mais disposto a fazer o tipo sedutor. Aqui ele interpreta um homem rico que ao longo da vida sempre priorizou sua liberdade, por isso nunca se casou e nem constituiu família. Na verdade ele só era próximo mesmo de um casal de amigos que morre em um acidente onde ele indiretamente teve sua parcela de culpa. Arrasado psicologicamente por tudo o que aconteceu e com problemas de vício em drogas e bebidas, ele tenta se redimir, ajudando exageradamente a filha de seus velhos amigos. O papel ajuda Gere a ter boas cenas onde ele atua muito bem. Ele parece estar sempre no limite, desenvolvendo uma personalidade bipolar, com picos de euforia e depressão. É um bom drama, embora não seja excepcional em nenhum momento. É um filme curto que se contenta em contar uma boa história. O final talvez seja um pouco otimista além da conta, não resolvendo seus momentos mais dramáticos de forma satisfatória. Mesmo assim se trata de um bom filme, valorizado ainda mais pela boa atuação de Gere.
O Benfeitor (Ihe Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film BFestival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
Esse é o novo filme de Richard Gere. Galã no passado, ele vai finalmente, aos poucos, assumindo a idade que tem. Aos 60 anos, Gere parece não estar mais disposto a fazer o tipo sedutor. Aqui ele interpreta um homem rico que ao longo da vida sempre priorizou sua liberdade, por isso nunca se casou e nem constituiu família. Na verdade ele só era próximo mesmo de um casal de amigos que morre em um acidente onde ele indiretamente teve sua parcela de culpa. Arrasado psicologicamente por tudo o que aconteceu e com problemas de vício em drogas e bebidas, ele tenta se redimir, ajudando exageradamente a filha de seus velhos amigos. O papel ajuda Gere a ter boas cenas onde ele atua muito bem. Ele parece estar sempre no limite, desenvolvendo uma personalidade bipolar, com picos de euforia e depressão. É um bom drama, embora não seja excepcional em nenhum momento. É um filme curto que se contenta em contar uma boa história. O final talvez seja um pouco otimista além da conta, não resolvendo seus momentos mais dramáticos de forma satisfatória. Mesmo assim se trata de um bom filme, valorizado ainda mais pela boa atuação de Gere.
O Benfeitor (Ihe Benefactor, Estados Unidos, 2015) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Richard Gere, Dakota Fanning, Theo James / Sinopse: Franny Hines (Gere) é um milionário filantropo com problemas de bebidas e drogas que reencontra um sentido na vida ao ter a oportunidade de ajudar a filha de um casal de amigos, mortos em um acidente no passado, do qual ele teve indiretamente uma parcela de culpa. Assim ele começa a ajudar o jovem casal de todas as maneiras possíveis, algumas delas de forma exagerada e invasiva na vida conjugal deles. Filme indicado ao Tribeca Film Festival e ao Champs-Élysées Film BFestival. Premiado no Catalina Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de março de 2016
Victor Frankenstein
Mais uma versão cinematográfica do famoso livro escrito por Mary Shelley em 1818 (a obra, como se pode perceber, está prestes a celebrar 200 anos de sua edição original). Pois bem, depois de tantos filmes é de se perguntar se ainda há algo de novo a explorar dentro desse universo literário. Para fugir do lugar comum os roteiristas inovaram em dois aspectos básicos. No primeiro procuraram valorizar a figura do personagem Igor. Para quem não se lembra ele era o assistente corcunda do Dr. Frankenstein, sempre se arrastando pelas sombras de seu laboratório sinistro. Na grande maioria das versões sua importância era bem secundária. Aqui ele ganha quase o foco principal, até porque é interpretado pelo ator Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter). O outro ponto que merece destaque é a batalha intelectual e de fé que se trava entre o Dr. Victor Frankenstein (James McAvoy) e o inspetor da Scotland Yard, Turpin (Andrew Scott). O primeiro não acredita em Deus e está plenamente convencido de que irá criar vida a partir de restos de corpos de pessoas mortas. Seu ateísmo vibra com essa possibilidade, pois seria o triunfo da ciência sobre a religião. O segundo é um policial com bastante religiosidade, que acredita sinceramente que o Dr. Frankenstein está infringindo as leis de Deus, criando por suas próprias mãos a vida humana.
A produção é excelente, com maravilhosa direção de arte. É importante chamar a atenção para o fato de que tentou-se recriar todos os cenários e reconstituições históricas dos filmes clássicos da Universal (inclusive no que diz respeito ao design da criatura). Assim Londres surge mais vitoriana (e sombria) do que nunca. De forma em geral gostei do filme. Reconheço que há exageros, principalmente nas cenas de maior movimentação e ação, claramente para satisfazer o gosto do público mais jovem que frequenta os cinemas atualmente, mas nem esse pequeno deslize desmerece o filme como um todo. O fato de Igor ter tanta visibilidade também não me aborreceu em absolutamente nada. Acredito que velhas estórias de terror como essa (e até mesmo Drácula) merecem passar por remodelações de vez em quando, desde que a essência principal do enredo original seja preservada. Foi o que aconteceu nessa produção. Manteve-se todo o background histórico com algumas pontuais modificações (como por exemplo o passado dramático e traumático do Dr. Frankenstein e a morte precoce de seu irmão, Henry). Releve tudo isso. O importante é que se trata de uma boa versão, com eventuais pequenas falhas que não atrapalham em nada. Vale o ingresso.
Victor Frankenstein (Victor Frankenstein, Estados Unidos, 2015) Direção: Paul McGuigan / Roteiro: Max Landis, baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Daniel Radcliffe, James McAvoy, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott / Sinopse: Victor Frankenstein (McAvoy) é o filho de um renomado médico britânico. Estudante de medicina, ele resolve fazer experiências com pedaços de corpos de animais, tentando trazê-los de volta à vida com o uso de eletricidade. Depois de uma experiência bem sucedida envolvendo um macaco ele parte para a maior criação de sua carreira: a criação de vida humana através de corpos de pessoas mortas.
Pablo Aluísio.
A produção é excelente, com maravilhosa direção de arte. É importante chamar a atenção para o fato de que tentou-se recriar todos os cenários e reconstituições históricas dos filmes clássicos da Universal (inclusive no que diz respeito ao design da criatura). Assim Londres surge mais vitoriana (e sombria) do que nunca. De forma em geral gostei do filme. Reconheço que há exageros, principalmente nas cenas de maior movimentação e ação, claramente para satisfazer o gosto do público mais jovem que frequenta os cinemas atualmente, mas nem esse pequeno deslize desmerece o filme como um todo. O fato de Igor ter tanta visibilidade também não me aborreceu em absolutamente nada. Acredito que velhas estórias de terror como essa (e até mesmo Drácula) merecem passar por remodelações de vez em quando, desde que a essência principal do enredo original seja preservada. Foi o que aconteceu nessa produção. Manteve-se todo o background histórico com algumas pontuais modificações (como por exemplo o passado dramático e traumático do Dr. Frankenstein e a morte precoce de seu irmão, Henry). Releve tudo isso. O importante é que se trata de uma boa versão, com eventuais pequenas falhas que não atrapalham em nada. Vale o ingresso.
Victor Frankenstein (Victor Frankenstein, Estados Unidos, 2015) Direção: Paul McGuigan / Roteiro: Max Landis, baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Daniel Radcliffe, James McAvoy, Jessica Brown Findlay, Andrew Scott / Sinopse: Victor Frankenstein (McAvoy) é o filho de um renomado médico britânico. Estudante de medicina, ele resolve fazer experiências com pedaços de corpos de animais, tentando trazê-los de volta à vida com o uso de eletricidade. Depois de uma experiência bem sucedida envolvendo um macaco ele parte para a maior criação de sua carreira: a criação de vida humana através de corpos de pessoas mortas.
Pablo Aluísio.
Começar de Novo
Título no Brasil: Começar de Novo
Título Original: Backwards
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: 13th Night Productions
Direção: Ben Hickernell
Roteiro: Sarah Megan Thomas
Elenco: Sarah Megan Thomas, James Van Der Beek, Glenn Morshower
Sinopse:
O sonho de Abi Brooks (Sarah Megan Thomas) sempre foi se tornar campeã olímpica de remo. Quando é selecionada para a equipe de Remo dos Estados Unidos ela fica extremamente empolgada e feliz, mas logo após se decepciona ao saber que apenas ficará no banco durante a competição. Decepcionada com as escolhas do treinador, decide abandonar tudo, resolvendo voltar para a casa da mãe. Com trinta anos e desempregada, ela pede ajuda ao treinador da escola local, Geoff (James Van Der Beek), que foi seu namorado nos tempos de adolescente. Ele lhe arranja um emprego e assim Abi começa a treinar um grupo de garotas colegiais que aos poucos vão se tornando bastante promissoras no esporte.
Comentários:
Um bom draminha que foca seu enredo nessa protagonista Abi (Thomas), que direcionou toda a sua vida para se tornar uma campeã olímpica. Os anos passaram e agora, aos 30 anos, ela vê seu sonho ruir ao ser deixada de lado pelo treinador da equipe americana de remo. Depois da decepção precisa recomeçar sua vida, até porque sua mãe agora está em seu pé para que arranje logo um emprego e tome um rumo definitivo na vida. A questão é que Abi ama o que faz, sempre quis ser atleta e não consegue se ver fazendo outra coisa na vida. Tentando se manter enquanto pensa em alguma outra coisa para fazer na vida ela reencontra casualmente um velho amor do passado, Geoff (Van Der Beek), que pode ser a resposta para todos os seus problemas, tanto profissionais como emocionais. Ele foi seu namoradinho na época da escola e agora reencontrá-lo mexe com ela que afinal de contas está meio perdida na vida, morando com a mãe e sem nenhum relacionamento amoroso mais sério pela frente. Não há nenhum nome mais conhecido no elenco a não ser o do ator James Van Der Beek que você vai imediatamente reconhecer da série popular nos anos 90 "Dawson's Creek" onde ele interpretava justamente o personagem principal Dawson Leery. A atriz Sarah Megan Thomas que interpreta Abi Brooks é também a autora do roteiro, já que a ideia do filme foi um projeto bem pessoal dela. O roteiro assim se concentra no remo, um esporte até que bem conhecido e praticado no Brasil, mas não muito popular entre o povão em geral. Não existe nenhuma cena mais marcante, o filme é na média e se contenta em contar uma boa história de superação e perseverança pois Abi acaba conquistando seus sonhos mesmo que por caminhos tortuosos e indiretos. Aliás uma das frases do filme resume muito bem todo o caminho percorrido por ela, ao aconselhar sempre seguir o seu coração nas escolhas da vida. Essa boa mensagem acaba sendo o grande triunfo do filme como um todo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Backwards
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: 13th Night Productions
Direção: Ben Hickernell
Roteiro: Sarah Megan Thomas
Elenco: Sarah Megan Thomas, James Van Der Beek, Glenn Morshower
Sinopse:
O sonho de Abi Brooks (Sarah Megan Thomas) sempre foi se tornar campeã olímpica de remo. Quando é selecionada para a equipe de Remo dos Estados Unidos ela fica extremamente empolgada e feliz, mas logo após se decepciona ao saber que apenas ficará no banco durante a competição. Decepcionada com as escolhas do treinador, decide abandonar tudo, resolvendo voltar para a casa da mãe. Com trinta anos e desempregada, ela pede ajuda ao treinador da escola local, Geoff (James Van Der Beek), que foi seu namorado nos tempos de adolescente. Ele lhe arranja um emprego e assim Abi começa a treinar um grupo de garotas colegiais que aos poucos vão se tornando bastante promissoras no esporte.
Comentários:
Um bom draminha que foca seu enredo nessa protagonista Abi (Thomas), que direcionou toda a sua vida para se tornar uma campeã olímpica. Os anos passaram e agora, aos 30 anos, ela vê seu sonho ruir ao ser deixada de lado pelo treinador da equipe americana de remo. Depois da decepção precisa recomeçar sua vida, até porque sua mãe agora está em seu pé para que arranje logo um emprego e tome um rumo definitivo na vida. A questão é que Abi ama o que faz, sempre quis ser atleta e não consegue se ver fazendo outra coisa na vida. Tentando se manter enquanto pensa em alguma outra coisa para fazer na vida ela reencontra casualmente um velho amor do passado, Geoff (Van Der Beek), que pode ser a resposta para todos os seus problemas, tanto profissionais como emocionais. Ele foi seu namoradinho na época da escola e agora reencontrá-lo mexe com ela que afinal de contas está meio perdida na vida, morando com a mãe e sem nenhum relacionamento amoroso mais sério pela frente. Não há nenhum nome mais conhecido no elenco a não ser o do ator James Van Der Beek que você vai imediatamente reconhecer da série popular nos anos 90 "Dawson's Creek" onde ele interpretava justamente o personagem principal Dawson Leery. A atriz Sarah Megan Thomas que interpreta Abi Brooks é também a autora do roteiro, já que a ideia do filme foi um projeto bem pessoal dela. O roteiro assim se concentra no remo, um esporte até que bem conhecido e praticado no Brasil, mas não muito popular entre o povão em geral. Não existe nenhuma cena mais marcante, o filme é na média e se contenta em contar uma boa história de superação e perseverança pois Abi acaba conquistando seus sonhos mesmo que por caminhos tortuosos e indiretos. Aliás uma das frases do filme resume muito bem todo o caminho percorrido por ela, ao aconselhar sempre seguir o seu coração nas escolhas da vida. Essa boa mensagem acaba sendo o grande triunfo do filme como um todo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Olhos Famintos
Título no Brasil: Olhos Famintos
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.
Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.
Pablo Aluísio
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.
Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.
Pablo Aluísio
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