Título no Brasil: Brincou com Fogo... Acabou Fisgado!
Título Original: Continental Divide
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Michael Apted
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: John Belushi, Blair Brown, Allen Garfield, Carlin Glynn, Tony Ganios, Liam Russell
Sinopse:
Ernie Souchak (Belushi) é um jornalista de Chicago que se apaixona por uma mulher com personalidade bem diferente da dele, a pesquisadora de vida animal Nell Porter (Blair Brown). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Blair Brown).
Comentários:
Esse filme foi o penúltimo da carreira de John Belushi. Ele queria fazar um tipo de personagem mais romântico, mais sofisticado. Nada a ver com seus personagens grotescos, glutões, que eram os preferidos do público, tanto na TV como no cinema. A mudança não agradou aos fãs e o filme fracassou nas bilheterias. As pessoas acharam chato o filme, sem graça, com Belushi fazendo um papel que para muita gente não tinha nada a ver com ele. Todo mundo sabia que ele tinha problemas com drogas e quando o filme afundou ele acabou afundando junto, exagerando muito no consumo abusivo de cocaína e heroína. Essa combinação fatal o levaria à morte apenas alguns meses depois. Lamentavelmente John Belushi foi encontrado morto após uma overdose de drogas em um hotel barato de Los Angeles. Foi o fim precoce de um dos humoristas mais engraçados da virada dos anos 70 para os 80. Essa produção mais romântica hoje em dia é considerada apenas uma piada sofisticada demais que não foi entendida, nem apreciada. Vale para ver Belushi em um papel diferente. Já que ele morreu tão cedo é uma das poucas amostras do que ele poderia fazer caso lhe dessem papéis diferentes para atuar.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de setembro de 2019
Corpos Ardentes
Título no Brasil: Corpos Ardentes
Título Original: Body Heat
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Richard Crenna, Ted Danson, Mickey Rourke, J.A. Preston
Sinopse:
No meio de uma forte onda de calor da Flórida, uma mulher convence seu amante, um advogado de uma cidade pequena, a assassinar seu marido rico. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria revelação feminina do ano (Kathleen Turner). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Fazer um filme que misture assassinato com erotismo não é uma tarefa muito fácil, mas o diretor Lawrence Kasdan conseguiu unir esses dois elementos tão díspares em um filme realmente muito bom. Eu não tive a oportunidade de ver esse filme no cinema na época porque não tinha ainda idade por causa da classificação indicativa imposta pela censura (O Brasil ainda vivia sob regime militar). Anos depois o filme finalmente foi lançado em VHS e finalmente pude conferir. Por muito tempo a crítica chamou atenção para a atriz Kathleen Turner. No auge da beleza ela trazia uma sensualidade à flor da pele que chamava a atenção. De fato ela está muito bem, principalmente por encarnar esse modelo de personagem feminina bem conhecida como "dama fatal". Aquela mulher belíssima que vai acabar destruindo sua vida. Que tal ir até o inferno por estar perdidamente apaixonado? Assista ao filme e veja esse processo de forma até bem didática. De quebra havia ainda um elenco de apoio muito bom, contando com, entre outros, Mickey Rourke, bem jovem e já chamando a atenção por seu trabalho no filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: Body Heat
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Richard Crenna, Ted Danson, Mickey Rourke, J.A. Preston
Sinopse:
No meio de uma forte onda de calor da Flórida, uma mulher convence seu amante, um advogado de uma cidade pequena, a assassinar seu marido rico. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria revelação feminina do ano (Kathleen Turner). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Fazer um filme que misture assassinato com erotismo não é uma tarefa muito fácil, mas o diretor Lawrence Kasdan conseguiu unir esses dois elementos tão díspares em um filme realmente muito bom. Eu não tive a oportunidade de ver esse filme no cinema na época porque não tinha ainda idade por causa da classificação indicativa imposta pela censura (O Brasil ainda vivia sob regime militar). Anos depois o filme finalmente foi lançado em VHS e finalmente pude conferir. Por muito tempo a crítica chamou atenção para a atriz Kathleen Turner. No auge da beleza ela trazia uma sensualidade à flor da pele que chamava a atenção. De fato ela está muito bem, principalmente por encarnar esse modelo de personagem feminina bem conhecida como "dama fatal". Aquela mulher belíssima que vai acabar destruindo sua vida. Que tal ir até o inferno por estar perdidamente apaixonado? Assista ao filme e veja esse processo de forma até bem didática. De quebra havia ainda um elenco de apoio muito bom, contando com, entre outros, Mickey Rourke, bem jovem e já chamando a atenção por seu trabalho no filme.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Nos Bastidores da Notícia
Título no Brasil: Nos Bastidores da Notícia
Título Original: Broadcast News
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: William Hurt, Jack Nicholson, Albert Brooks, Holly Hunter, Joan Cusack, Robert Prosky,
Sinopse:
Em uma emissora de televisão dois jornalistas, apresentadores de jornais, começam uma briga de egos sem limites, cada um tentando aparecer e ser mais bem sucedido do que o outro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
Filme que sempre achei muito superestimado pela crítica. OK, é uma boa visão, até mordaz e cínica, sobre os bastidores do mundo da TV, mas nada muito além disso. O filme é estrelado pelo ator William Hurt, que sempre considerei um bom profissional do ramo da atuação, mas sem carisma, frio, quase sem alma em cena. Quem acabou roubando o filme no quesito elenco foi mesmo Jack Nicholson interpretando um veterano apresentador, um sujeito irascível e nada fácil de controlar. Hoje em dia o filme perdeu parte de sua força porque ficou inegavelmente datado em certas partes. Chegou a ser indicado em seu lançamento original a várias categorias do Oscar e do Globo de Ouro, mas já naquela época eu achei tudo muito exagerado. Parece que a Academia prestou mais atenção nos nomes envolvidos do que nas qualidades cinematográficas do filme em si. É o velho lobby existente em Hollywood. Assista pela presença de Jack Nicholson, que mesmo em um papel menor, conseguiu atrair todos as atenções. Tirando ele, que realmente se sobressai, o resto é bem na média, nada espetacular ou memorável.
Pablo Aluísio.
Título Original: Broadcast News
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: William Hurt, Jack Nicholson, Albert Brooks, Holly Hunter, Joan Cusack, Robert Prosky,
Sinopse:
Em uma emissora de televisão dois jornalistas, apresentadores de jornais, começam uma briga de egos sem limites, cada um tentando aparecer e ser mais bem sucedido do que o outro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
Filme que sempre achei muito superestimado pela crítica. OK, é uma boa visão, até mordaz e cínica, sobre os bastidores do mundo da TV, mas nada muito além disso. O filme é estrelado pelo ator William Hurt, que sempre considerei um bom profissional do ramo da atuação, mas sem carisma, frio, quase sem alma em cena. Quem acabou roubando o filme no quesito elenco foi mesmo Jack Nicholson interpretando um veterano apresentador, um sujeito irascível e nada fácil de controlar. Hoje em dia o filme perdeu parte de sua força porque ficou inegavelmente datado em certas partes. Chegou a ser indicado em seu lançamento original a várias categorias do Oscar e do Globo de Ouro, mas já naquela época eu achei tudo muito exagerado. Parece que a Academia prestou mais atenção nos nomes envolvidos do que nas qualidades cinematográficas do filme em si. É o velho lobby existente em Hollywood. Assista pela presença de Jack Nicholson, que mesmo em um papel menor, conseguiu atrair todos as atenções. Tirando ele, que realmente se sobressai, o resto é bem na média, nada espetacular ou memorável.
Pablo Aluísio.
Chinatown
Título no Brasil: Chinatown
Título Original: Chinatown
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Robert Towne
Elenco: Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, Perry Lopez, John Hillerman, Darrell Zwerling
Sinopse:
Década de 1940. O detetive particular J.J. Gittes (Jack Nicholson) é contratado para resolver mais um caso de rotina em sua profissão, mas que na verdade esconde uma imensa rede de crimes, mortes e corrupção entre as altas esferas do poder. Filme premiado com o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Robert Towne).
Comentários:
Recentemente um grupo de renomados críticos de cinema dos Estados Unidos elegeu esse filme como o segundo melhor dos anos 70, ficando atrás apenas de "O Poderoso Chefão". De fato é um clássico do cinema, um dos melhores trabalhos da carreira de Jack Nicholson, aqui sendo dirigido pelo mestre Roman Polanski. O interessante é que a ideia do diretor era apenas homenagear os antigos filmes de detetives dos anos 40. Aqueles com roteiros intrigados, mulheres fatais e protagonistas que eram acima de tudo anti-heróis. O cinema noir foi uma grande fonte de inspiração para Polanski. Assim temos um filme dos anos 70 com todo o estilo dos velhos filmes de Humphrey Bogart. O roteirista Robert Towne foi muito feliz nesse aspecto porque esses filmes sempre tinham um ponto de partida banal que aos poucos ia se tornando cada vez mais complexos até que o personagem principal (geralmente um detetive particular decadente) se via envolvido numa teia enorme de crimes e corrupção, envolvendo até mesmo altas figuras da política. Jack Nicholson está perfeito como J.J. Gittes. Poderia ser um papel para Bogart, mas com o bom e velho Jack tudo fica muito bem caracterizado. Enfim, se ainda não assistiu a essa joia cinematográfica não vá mais perder seu tempo. Corra atrás que é um filme essencial e obrigatório para cinéfilos em geral. Uma verdadeira obra prima cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Chinatown
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Robert Towne
Elenco: Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, Perry Lopez, John Hillerman, Darrell Zwerling
Sinopse:
Década de 1940. O detetive particular J.J. Gittes (Jack Nicholson) é contratado para resolver mais um caso de rotina em sua profissão, mas que na verdade esconde uma imensa rede de crimes, mortes e corrupção entre as altas esferas do poder. Filme premiado com o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Robert Towne).
Comentários:
Recentemente um grupo de renomados críticos de cinema dos Estados Unidos elegeu esse filme como o segundo melhor dos anos 70, ficando atrás apenas de "O Poderoso Chefão". De fato é um clássico do cinema, um dos melhores trabalhos da carreira de Jack Nicholson, aqui sendo dirigido pelo mestre Roman Polanski. O interessante é que a ideia do diretor era apenas homenagear os antigos filmes de detetives dos anos 40. Aqueles com roteiros intrigados, mulheres fatais e protagonistas que eram acima de tudo anti-heróis. O cinema noir foi uma grande fonte de inspiração para Polanski. Assim temos um filme dos anos 70 com todo o estilo dos velhos filmes de Humphrey Bogart. O roteirista Robert Towne foi muito feliz nesse aspecto porque esses filmes sempre tinham um ponto de partida banal que aos poucos ia se tornando cada vez mais complexos até que o personagem principal (geralmente um detetive particular decadente) se via envolvido numa teia enorme de crimes e corrupção, envolvendo até mesmo altas figuras da política. Jack Nicholson está perfeito como J.J. Gittes. Poderia ser um papel para Bogart, mas com o bom e velho Jack tudo fica muito bem caracterizado. Enfim, se ainda não assistiu a essa joia cinematográfica não vá mais perder seu tempo. Corra atrás que é um filme essencial e obrigatório para cinéfilos em geral. Uma verdadeira obra prima cinematográfica.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
Amor à Primeira Vista
Título no Brasil: Amor à Primeira Vista
Título Original: Falling in Love
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ulu Grosbard
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Robert De Niro, Meryl Streep, Harvey Keitel, Jane Kaczmarek, George Martin, David Clennon
Sinopse:
Frank (De Niro) e Molly (Streep) se conhecem casualmente durante as compras de natal em Nova Iorque. Meses depois voltam a se reencontrar em um trem indo para o centro de Manhattan. Ambos estão em busca de uma nova paixão. O que começa com um flerte casual acaba se tornando uma bela história de amor.
Comentários:
Os fãs de cinema sempre quiseram ver um reencontro nas telas entre Robert De Niro e Meryl Streep. Eles tinham trabalhado juntos antes em "O Franco Atirador" e todo mundo queria ver o casal junto novamente na tela. Isso durou anos até que eles decidiram finalmente atender a esse desejo dos cinéfilos. O interessante é que não escolheram um drama pesado para isso, mas sim um filme mais leve, bem romântico e que se dava até mesmo ao direito de ter uma daquelas trilhas sonoras bem melosas e açucaradas, com semelhanças de enredo com "Love Story", o grande sucesso de bilheteria do começo dos anos 80. Dessa maneira temos que reconhecer que "Falling in Love" ("Apaixonado" no título original) não é um filme excepcional com excelente roteiro e direção. Nada nesse sentido. É na verdade um bom filme romântico com uma dupla central de atores excepcional, eis a principal diferença. Muitas pessoas na época pensaram que o filme seria indicado com certeza ao Oscar nas categorias de melhor ator e atriz, mas isso não aconteceu, justamente pelo fato desse filme ser bem despretensioso. Vale é claro por ver De Niro apaixonado por Streep, mas nada muito além disso. Um bom momento do cinema romântico dos anos 80 e isso é tudo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Falling in Love
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ulu Grosbard
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Robert De Niro, Meryl Streep, Harvey Keitel, Jane Kaczmarek, George Martin, David Clennon
Sinopse:
Frank (De Niro) e Molly (Streep) se conhecem casualmente durante as compras de natal em Nova Iorque. Meses depois voltam a se reencontrar em um trem indo para o centro de Manhattan. Ambos estão em busca de uma nova paixão. O que começa com um flerte casual acaba se tornando uma bela história de amor.
Comentários:
Os fãs de cinema sempre quiseram ver um reencontro nas telas entre Robert De Niro e Meryl Streep. Eles tinham trabalhado juntos antes em "O Franco Atirador" e todo mundo queria ver o casal junto novamente na tela. Isso durou anos até que eles decidiram finalmente atender a esse desejo dos cinéfilos. O interessante é que não escolheram um drama pesado para isso, mas sim um filme mais leve, bem romântico e que se dava até mesmo ao direito de ter uma daquelas trilhas sonoras bem melosas e açucaradas, com semelhanças de enredo com "Love Story", o grande sucesso de bilheteria do começo dos anos 80. Dessa maneira temos que reconhecer que "Falling in Love" ("Apaixonado" no título original) não é um filme excepcional com excelente roteiro e direção. Nada nesse sentido. É na verdade um bom filme romântico com uma dupla central de atores excepcional, eis a principal diferença. Muitas pessoas na época pensaram que o filme seria indicado com certeza ao Oscar nas categorias de melhor ator e atriz, mas isso não aconteceu, justamente pelo fato desse filme ser bem despretensioso. Vale é claro por ver De Niro apaixonado por Streep, mas nada muito além disso. Um bom momento do cinema romântico dos anos 80 e isso é tudo.
Pablo Aluísio.
Era uma Vez na América
Título no Brasil: Era uma Vez na América
Título Original: Once Upon a Time in America
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sergio Leone
Roteiro: Leonardo Benvenuti
Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Treat Williams, Tuesday Weld, Burt Young
Sinopse:
Um antigo gângster retorna para suas origens no Lower East Side de Manhattan. Ele havia deixado a região há mais de 30 anos e agora precisa lidar com todos os arrependimentos e traumas de seu passado. Roteiro baseado no livro de Harry Grey. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção (Sergio Leone) e Melhor Trilha Sonora Original (Ennio Morricone).
Comentários:
O mestre Sergio Leone trabalhou muito pouco nos Estados Unidos. Para o tamanho de seu talento esse aspecto deixou a desejar. Artesão do cinema, ele tinha dificuldades em lidar com o lado industrial do cinema americano. Mesmo assim o pouco que produziu na América fez história. Esse "Once Upon a Time in America" foi muito provavelmente seu projeto mais ambicioso. Leone quis contar parte da história dos imigrantes nos Estados Unidos. E o mundo do crime organizado, dos gangsters, não poderia ficar de fora. Considerado por alguns críticos da época como uma espécie de complemento ao épico "O Poderoso Chefão" o filme só não foi mais aclamado em seu lançamento original porque o público americano achou a produção pesada demais, excessivamente longa. Talvez o farto material fosse menos mais adequado para uma minissérie ou ainda dois longas. De qualquer forma o resultado ficou excepcional em minha opinião. Assisti pela primeira vez ainda nos tempos do VHS. Eu me recordo bem que o filme foi lançado em fita dupla por causa de sua longa duração. Era um item essencial nas locadoras para quem estivesse em busca de cinema de qualidade e tudo isso com a assinatura de um dos grandes diretores de todos os tempos, o incomparável Sergio Leone.
Pablo Aluísio.
Título Original: Once Upon a Time in America
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sergio Leone
Roteiro: Leonardo Benvenuti
Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Treat Williams, Tuesday Weld, Burt Young
Sinopse:
Um antigo gângster retorna para suas origens no Lower East Side de Manhattan. Ele havia deixado a região há mais de 30 anos e agora precisa lidar com todos os arrependimentos e traumas de seu passado. Roteiro baseado no livro de Harry Grey. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção (Sergio Leone) e Melhor Trilha Sonora Original (Ennio Morricone).
Comentários:
O mestre Sergio Leone trabalhou muito pouco nos Estados Unidos. Para o tamanho de seu talento esse aspecto deixou a desejar. Artesão do cinema, ele tinha dificuldades em lidar com o lado industrial do cinema americano. Mesmo assim o pouco que produziu na América fez história. Esse "Once Upon a Time in America" foi muito provavelmente seu projeto mais ambicioso. Leone quis contar parte da história dos imigrantes nos Estados Unidos. E o mundo do crime organizado, dos gangsters, não poderia ficar de fora. Considerado por alguns críticos da época como uma espécie de complemento ao épico "O Poderoso Chefão" o filme só não foi mais aclamado em seu lançamento original porque o público americano achou a produção pesada demais, excessivamente longa. Talvez o farto material fosse menos mais adequado para uma minissérie ou ainda dois longas. De qualquer forma o resultado ficou excepcional em minha opinião. Assisti pela primeira vez ainda nos tempos do VHS. Eu me recordo bem que o filme foi lançado em fita dupla por causa de sua longa duração. Era um item essencial nas locadoras para quem estivesse em busca de cinema de qualidade e tudo isso com a assinatura de um dos grandes diretores de todos os tempos, o incomparável Sergio Leone.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
A Menina e o Leão
Título no Brasil: A Menina e o Leão
Título Original: Mia et le lion blanc
Ano de Produção: 2018
País: França, África do Sul, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, Outside Films
Direção: Gilles de Maistre
Roteiro: Prune de Maistre, William Davies
Elenco: Daniah De Villiers, Mélanie Laurent, Langley Kirkwood, Ryan Mac Lennan, Lionel Newton, Lillian Dube
Sinopse:
Mia é um jovem que morou toda a sua vida em Londres. Quando sua família se muda para a África do Sul ela sente saudades de seus antigos amigos de escola. Aos poucos porém ela vai se aproximando de um filhotinho de leão, um leãozinho branco que ela chama de "Charlie". A amizade entre os dois só vai se fortalecer com os anos e ela fará de tudo para protegè-lo dos caçadores africanos
Comentários:
Esse filme chegou a ser lançado no circuito comercial de cinemas no Brasil. Algo raro de acontecer em se tratando de um filme rodado e produzido na África do Sul. É uma produção com mensagem ecológica, mais voltada para um público adolescente. É meio enervante esse roteiro porque ele insiste em tratar um leão como um animal doméstico. Leões são animais selvagens e não pets. Além disso mesmo quando o animal fica adulto (e potencialmente perigoso) para a garota Mia que o trata desde filhote, o filme ainda insiste que isso não traria perigos para a jovem (o que não é verdade!). Assim o filme, apesar de suas boas intenções, erra nesse aspecto crucial. O roteiro também segue uma certa fórmula que já havia sido usada antes, só que com outro animal, em "Free Willy", ou seja, a luta de um jovem para que animais voltem para a vida selvagem, mesmo que isso vá contra até mesmo o desejo de seus familiares. O aspecto positivo vem na mensagem final, já nos letreiros, quando o filme informa que a caça de leões criados em fazendas ainda é permitido em certos países africanos. Nesse tópico sou completamente contra esse tipo de atividade. Pelo menos nessa sua lição principal está correta. No mais o estilo é bem convencional, sem maiores surpresas. Provavelmente vai virar um filme recorrente na Sessão da Tarde daqui alguns anos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mia et le lion blanc
Ano de Produção: 2018
País: França, África do Sul, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, Outside Films
Direção: Gilles de Maistre
Roteiro: Prune de Maistre, William Davies
Elenco: Daniah De Villiers, Mélanie Laurent, Langley Kirkwood, Ryan Mac Lennan, Lionel Newton, Lillian Dube
Sinopse:
Mia é um jovem que morou toda a sua vida em Londres. Quando sua família se muda para a África do Sul ela sente saudades de seus antigos amigos de escola. Aos poucos porém ela vai se aproximando de um filhotinho de leão, um leãozinho branco que ela chama de "Charlie". A amizade entre os dois só vai se fortalecer com os anos e ela fará de tudo para protegè-lo dos caçadores africanos
Comentários:
Esse filme chegou a ser lançado no circuito comercial de cinemas no Brasil. Algo raro de acontecer em se tratando de um filme rodado e produzido na África do Sul. É uma produção com mensagem ecológica, mais voltada para um público adolescente. É meio enervante esse roteiro porque ele insiste em tratar um leão como um animal doméstico. Leões são animais selvagens e não pets. Além disso mesmo quando o animal fica adulto (e potencialmente perigoso) para a garota Mia que o trata desde filhote, o filme ainda insiste que isso não traria perigos para a jovem (o que não é verdade!). Assim o filme, apesar de suas boas intenções, erra nesse aspecto crucial. O roteiro também segue uma certa fórmula que já havia sido usada antes, só que com outro animal, em "Free Willy", ou seja, a luta de um jovem para que animais voltem para a vida selvagem, mesmo que isso vá contra até mesmo o desejo de seus familiares. O aspecto positivo vem na mensagem final, já nos letreiros, quando o filme informa que a caça de leões criados em fazendas ainda é permitido em certos países africanos. Nesse tópico sou completamente contra esse tipo de atividade. Pelo menos nessa sua lição principal está correta. No mais o estilo é bem convencional, sem maiores surpresas. Provavelmente vai virar um filme recorrente na Sessão da Tarde daqui alguns anos.
Pablo Aluísio.
Todos os Homens da Rainha
Título no Brasil: Todos os Homens da Rainha
Título Original: All the Queen's Men
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Alemanha, Áustria
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Digby Wolfe, Joseph Manduke
Elenco: Matt LeBlanc, Edward Fox, Udo Kier, Eddie Izzard, Karl Markovics, Nicolette Krebitz
Sinopse:
Um grupo de agentes britânicos, liderados por um americano, é enviado para entrar disfarçado em uma fábrica na Alemanha Nazista durante a II Guerra Mundial. Para isso todos os agentes precisam se passar por mulheres
Comentários:
O ator Matt LeBlanc (da série "Friends") tentou várias vezes a transição da TV para o cinema. Uma das tentativas foi essa comédia meio sem graça chamada "All the Queen's Men". O problema aqui é a falta de originalidade e a saturação de uma piada única. Bom, original o roteiro passa longe de ser uma vez que essa coisa de atores vestidos de mulheres já vem sendo utilizado pelo cinema há décadas. Basta lembrar do clássico de Billy Wilder "Quanto Mais Quente Melhor" para perceber bem isso. A outra questão vem da repetição. Ok, marmanjos com roupas de mulheres, tentando imitar os trejeitos femininos, pode até, quem sabe, arrancar algumas risadas, mas repetir a mesma coisa à exaustão faz tudo perder a graça, ficando apenas constrangedor. Assim é um filme para se ver apenas uma vez, dar umas risadinhas amarelas e nada mais. Nem a desculpa de que tudo seria com o objetivo de decifrar a máquina Enigma usada pelos nazistas consegue manter o interesse por muito tempo. Bem descartável mesmo.
Pablo Aluísio.
Título Original: All the Queen's Men
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Alemanha, Áustria
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stefan Ruzowitzky
Roteiro: Digby Wolfe, Joseph Manduke
Elenco: Matt LeBlanc, Edward Fox, Udo Kier, Eddie Izzard, Karl Markovics, Nicolette Krebitz
Sinopse:
Um grupo de agentes britânicos, liderados por um americano, é enviado para entrar disfarçado em uma fábrica na Alemanha Nazista durante a II Guerra Mundial. Para isso todos os agentes precisam se passar por mulheres
Comentários:
O ator Matt LeBlanc (da série "Friends") tentou várias vezes a transição da TV para o cinema. Uma das tentativas foi essa comédia meio sem graça chamada "All the Queen's Men". O problema aqui é a falta de originalidade e a saturação de uma piada única. Bom, original o roteiro passa longe de ser uma vez que essa coisa de atores vestidos de mulheres já vem sendo utilizado pelo cinema há décadas. Basta lembrar do clássico de Billy Wilder "Quanto Mais Quente Melhor" para perceber bem isso. A outra questão vem da repetição. Ok, marmanjos com roupas de mulheres, tentando imitar os trejeitos femininos, pode até, quem sabe, arrancar algumas risadas, mas repetir a mesma coisa à exaustão faz tudo perder a graça, ficando apenas constrangedor. Assim é um filme para se ver apenas uma vez, dar umas risadinhas amarelas e nada mais. Nem a desculpa de que tudo seria com o objetivo de decifrar a máquina Enigma usada pelos nazistas consegue manter o interesse por muito tempo. Bem descartável mesmo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Os Vícios de Hitler
Título no Brasil: Os Vícios de Hitler
Título Original: Hitler's Hidden Drug Habit
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Chris Durlacher
Roteiro: Chris Durlacher
Elenco: Ewan Bailey, Adolf Hitler, Bill Panagopulo, Theodor Morell, Henrik Eberle, Sarah Bailey
Sinopse:
O documentário explora os diversos problemas de saúde do ditador nazista Adolf Hitler e sua crescente dependência em drogas ministradas por seu médico particular Dr. Theodor Morell.
Comentários:
Hitler era vegetariano, só procurava comer grãos, mas mesmo assim desenvolveu uma série de doenças crônicas durante a II Guerra Mundial. Amparado por seu médico pessoal, o Dr. Theodor Morell, um misto de charlatão e oportunista, ele foi ficando cada vez mais dependente de uma infinidade de droga pesadas, conforme a sua Alemanha nazista começava a perder a guerra. O diário e os registros médicos do Morell sobreviveram ao tempo e se tornaram peças fundamentais da história do III Reich. Entre as revelações mais interessantes ficamos sabendo, por exemplo, que Hitler desenvolveu dependência de uma droga que foi considerada uma predecessora da heroína e cocaína. Isso mesmo, enquanto a propaganda nazista propunha uma juventude alemã sadia, forte, adepta de exercícios físicos, seu próprio líder afundava no vício em drogas pesadas. Outro fato curioso é a revelação que Hitler em seus últimos dias estava sofrendo do Mal de Parkinson, como bem demonstram imagens recuperadas da época e que foram excluídas da propaganda por mostrar as mãos de Hitler com os típicos tremores dessa doença. Nos Estados Unidos esse documentário também é conhecido como Nazi Junkies (Os nazistas drogados). Enfim, mais um excelente resgate histórico da National Geographic expondo detalhes sórdidos, inéditos e em alguns casos, esquecidos da história mundial.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hitler's Hidden Drug Habit
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Chris Durlacher
Roteiro: Chris Durlacher
Elenco: Ewan Bailey, Adolf Hitler, Bill Panagopulo, Theodor Morell, Henrik Eberle, Sarah Bailey
Sinopse:
O documentário explora os diversos problemas de saúde do ditador nazista Adolf Hitler e sua crescente dependência em drogas ministradas por seu médico particular Dr. Theodor Morell.
Comentários:
Hitler era vegetariano, só procurava comer grãos, mas mesmo assim desenvolveu uma série de doenças crônicas durante a II Guerra Mundial. Amparado por seu médico pessoal, o Dr. Theodor Morell, um misto de charlatão e oportunista, ele foi ficando cada vez mais dependente de uma infinidade de droga pesadas, conforme a sua Alemanha nazista começava a perder a guerra. O diário e os registros médicos do Morell sobreviveram ao tempo e se tornaram peças fundamentais da história do III Reich. Entre as revelações mais interessantes ficamos sabendo, por exemplo, que Hitler desenvolveu dependência de uma droga que foi considerada uma predecessora da heroína e cocaína. Isso mesmo, enquanto a propaganda nazista propunha uma juventude alemã sadia, forte, adepta de exercícios físicos, seu próprio líder afundava no vício em drogas pesadas. Outro fato curioso é a revelação que Hitler em seus últimos dias estava sofrendo do Mal de Parkinson, como bem demonstram imagens recuperadas da época e que foram excluídas da propaganda por mostrar as mãos de Hitler com os típicos tremores dessa doença. Nos Estados Unidos esse documentário também é conhecido como Nazi Junkies (Os nazistas drogados). Enfim, mais um excelente resgate histórico da National Geographic expondo detalhes sórdidos, inéditos e em alguns casos, esquecidos da história mundial.
Pablo Aluísio.
O Rei da Comédia
Título no Brasil: O Rei da Comédia
Título Original: The King of Comedy
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul D. Zimmerman
Elenco: Robert De Niro, Jerry Lewis, Diahnne Abbott, Sandra Bernhard, Ed Herlihy, Loretta Tupper
Sinopse:
Rupert Pupkin (De Niro) é um comediante fracassado que decide sequestrar o astro da comédia Jerry Langford (Jerry Lewis). Seu modo de agir e ser combina uma mente doentia com o desejo insano de fazer sucesso a qualquer preço. Filme indicado a Palma de Ouro do Cannes Film Festival.
Comentários:
O último grande filme da carreira de Jerry Lewis no cinema também foi o mais perturbador. Como explicaria depois o diretor Martin Scorsese esse projeto só sairia do papel mesmo depois que Lewis aceitasse a oferta de trabalhar nele. E isso era algo nada certo, nem garantido, porque o personagem dele era um tanto sombrio, sinistro até. Um comediante consagrado que tinha uma imagem pública bem diferente do seu verdadeiro ser. Para pessoas que viveram com Lewis esse seu personagem no filme era mais parecido com ele na vida real do que qualquer outra coisa. De fato ele tendia para a melancolia, para a seriedade, nada parecido com seus personagens malucos que o público via no cinema. E para completar esse quadro, nada melhor do que um Robert De Niro irreconhecível. Na época o ator não havia atuado em nada parecido na sua filmografia, o que surpreendeu muitas pessoas. Era um misto de obsessão com psicopatia, sempre com um sorriso insano na face. Chegou a assustar. Então é isso. Um dos filmes mais perturbadores dos anos 80, com dois grandes astros de Hollywood, aqui em papéis completamente incomuns. Tudo com a direção do mestre Scorsese.
Pablo Aluísio.
Título Original: The King of Comedy
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul D. Zimmerman
Elenco: Robert De Niro, Jerry Lewis, Diahnne Abbott, Sandra Bernhard, Ed Herlihy, Loretta Tupper
Sinopse:
Rupert Pupkin (De Niro) é um comediante fracassado que decide sequestrar o astro da comédia Jerry Langford (Jerry Lewis). Seu modo de agir e ser combina uma mente doentia com o desejo insano de fazer sucesso a qualquer preço. Filme indicado a Palma de Ouro do Cannes Film Festival.
Comentários:
O último grande filme da carreira de Jerry Lewis no cinema também foi o mais perturbador. Como explicaria depois o diretor Martin Scorsese esse projeto só sairia do papel mesmo depois que Lewis aceitasse a oferta de trabalhar nele. E isso era algo nada certo, nem garantido, porque o personagem dele era um tanto sombrio, sinistro até. Um comediante consagrado que tinha uma imagem pública bem diferente do seu verdadeiro ser. Para pessoas que viveram com Lewis esse seu personagem no filme era mais parecido com ele na vida real do que qualquer outra coisa. De fato ele tendia para a melancolia, para a seriedade, nada parecido com seus personagens malucos que o público via no cinema. E para completar esse quadro, nada melhor do que um Robert De Niro irreconhecível. Na época o ator não havia atuado em nada parecido na sua filmografia, o que surpreendeu muitas pessoas. Era um misto de obsessão com psicopatia, sempre com um sorriso insano na face. Chegou a assustar. Então é isso. Um dos filmes mais perturbadores dos anos 80, com dois grandes astros de Hollywood, aqui em papéis completamente incomuns. Tudo com a direção do mestre Scorsese.
Pablo Aluísio.
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