domingo, 7 de janeiro de 2024

A Chamada

Título no Brasil: A Chamada 
Título Original: Retribution
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: StudioCanal
Direção: Nimród Antal
Roteiro: Alberto Marini, Christopher Salmanpour
Elenco: Liam Neeson, Matthew Modine, Noma Dumezweni, Lilly Aspell, Jack Champion, Arian Moayed

Sinopse:
Matt Turner (Liam Neeson), um pai de família, aparentemente dos mais normais, decide levar os filhos adolescentes para a escola, mas no meio do caminho recebe uma perturbadora chamada de celular. O homem, que não se identifica, avisa a ele há uma bomba debaixo de sua cadeira no carro. Se ele tentar sair do veículo tudo voará pelos ares. 

Comentários:
Bom filme, eu gostei. Parte de uma premissa básica, uma situação de tensão e perigo. Nesse aspecto me lembrou até mesmo de antigos filmes dos anos 90 que apresentavam roteiros exatamente nessa linha. O diferencial é que a tensão e o suspense da trama ficam em segundo plano, se valorizando mais a ação nas cenas. Algo de se esperar nessa fase da carreira do ator Liam Neeson que tem mesmo optado por filmes desse gênero cinematográfico. O filme também acertou em não exagerar, não se alongar demais, de forma desnecessária, não ter longa duração, porque caso isso viesse a acontecer as chances de ficar chato seriam bem grandes. A única coisa nesse filme que me decepcionou um pouco foi seu final, nada corajoso ou diferenciado. Aqui se optou por um desfecho mais normal, convencional. Se tivessem levado tudo às últimas consequências teríamos um filme memorável para se assistir. 

Pablo Aluísio.

Drive

Drive é um filme seco, cru e pra falar a verdade bem cruel. O clima é totalmente insípido. O personagem Driver (que não tem nome e é interpretado por Ryan Gosling) é esquisito, quase não fala e não parece transparecer emoções. Até seu "quase relacionamento" com Irene (feito pela sempre gatinha Carey Mulligan) é destituído de calor verdadeiramente humano. A postura em cima desses personagens me deixou surpreso mas não vi isso como algo negativo por parte do roteiro. Na realidade entendi a intenção dos roteiristas em elaborar quase um "não personagem", ou seja, alguém sem passado, sem nome, sem objetivos, que apenas existe mas não interage bem com outras pessoas (a não ser quando se trata de ser violento e cruel).

Talvez por ser tão árido o filme seja bem melhor nas cenas de assalto e perseguições. A sequência inicial, por exemplo, é uma das melhores coisas de todo o filme pois achei realmente muito bem feita e editada. O elenco de apoio também é um dos pontos altos do filme. Cheio de estrelas da tv como Christina Hendricks (Mad Men), Bryan Cranston (Breaking Dad) e Ron Perlman (Sons of Anarchy). Fiquei impressionado também pela participação de Albert Brooks, fazendo um personagem completamente fora de seu habitual, um sujeito envelhecido e violento, que dá o tom ao resto da estória. Enfim, é isso. Drive não é um filme fácil, leve e nem pipoca. No saldo final esse é seu grande mérito.

Drive (Drive, Estados Unidos, 2011) Direção: Nicolas Winding Refn / Roteiro: Hossein Amini, baseado em obra de James Sallis / Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Bryan Cranston e Christina Hendricks / Sinopse: Um dublê de Hollywood, interpretado por Ryan Gosling, tem um outro emprego. Ele é piloto de fuga no submundo do crime em Los Angeles. A trama se aprofunda quando ele resolve ajudar a sua vizinha (Carey Mulligan), que tem um namorado ex-presidiário.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de janeiro de 2024

As Aventuras de Tintim

Argumento e roteiro: O roteiro de "As Aventuras de Tintim" é bastante feliz no aspecto de não deixar a bola cair nunca durante a projeção do filme. O ritmo é realmente de história em quadrinhos, com muita ação e bom humor mesclados de forma a não deixarem o espectador se entediar ou perder o interesse pelo que se passa na tela. O ritmo é ágil e adequado a proposta do personagem. Até mesmo o desvendamento do mistério no qual a trama se desenvolve é bem roteirizado. Nunca fui leitor do personagem Tintim mas pelo que ando lendo o filme realmente é fiel à obra original. Então mais um ponto positivo para o roteiro aqui.

Produção: Assim como "A Invenção de Hugo Cabret" aqui a produção ganha importância ímpar. O filme é todo produzido em cima da tecnologia de captação de movimentos, algo que se desenvolveu absurdamente desde os tempos de "O Expresso Polar", um dos primeiros filmes comerciais a usar dessa técnica. Em Tintim se nota muito bem que os personagens ganharam bastante em termos de expressividade, inclusive facial. O ambiente também está extremamente bem feito, inclusive o próprio oceano é recriado com ótima veracidade (sempre houve problemas em recriar água e fumaça digitalmente). Em resumo a produção é de encher os olhos do espectador.

Elenco: Em um filme baseado na tecnologia de captação de movimentos é até complicado avaliar o elenco do filme. Os produtores ainda tentaram emplacar uma indicação para o ator Andy Serkis (que faz o Capitão Haddock, o melhor personagem do filme) mas não conseguiram. Pelo visto a Academia ainda não comprou essa ideia, quem sabe no futuro. De qualquer forma o elenco deve ser reconhecido - principalmente aos que além das vozes também contribuíram fazendo as cenas para posterior recriação digital.

Direção: O maior receio dos fãs de Tintim quando Steven Spielberg anunciou seus planos de fazer um filme sobre o personagem era de que suas conhecidas pieguices e sentimentalismos estragassem o projeto. Bom, podem ficar tranquilos. Spielberg apenas dá o melhor de seu talento e não deixa seus defeitos atrapalharem o resultado final. Na minha opinião esse é o melhor trabalho do diretor em muito tempo. Ele foi muito feliz na transposição do personagem de quadrinhos para a telona. Não se colocou á frente do espírito da obra original e nem tampouco atrapalhou essa adaptação com egos inflados. Foi discreto e fiel ao autor Hergé, o que é uma qualidade e tanto. O final abre margem para futuras continuações, demonstrando que Spielberg tem esperanças de inaugurar uma nova franquia. Se tudo der certo e as sequências conseguirem manter o mesmo nível dessa produção então teremos boas coisas vindo por aí. Vamos aguardar.

As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn, Estados Unidos, 2011) Diretor: Steven Spielberg / Roteiro: Steven Moffat, Edgar Wright, Joe Cornish, baseado na obra de Hergé / Elenco: Vozes na versão original de: Daniel Craig, Simon Pegg, Jamie Bell, Andy Serkis, Cary Elwes, Toby Jones, Nick Frost, Tony Curran, Sebastian Roché, Mackenzie Crook / Sinopse: adaptação do personagem Tintim do desenhista belga Hergé

Pablo Aluísio.

A Invenção de Hugo Cabret

Argumento e roteiro: O filme é baseado no livro "A Invenção de Hugo Cabret" cujo teor é nitidamente de realismo fantástico pois mistura personagens reais (como o diretor George Melies) em situações de ficção. Em termos de desenvolvimento temos aqui um começo um pouco cambaleante, quase caindo no chato, mas que conforme o filme avança melhora bastante. Talvez isso seja atribuído ao fato do roteiro não ter sido tão polido quanto a produção, essa sim rica e bonita. De qualquer forma não há maiores danos dessa falta de ritmo na terça parte inicial do filme pois logo ele consegue superar esse problema e finalmente encontra o tom certo conforme o filme avança..

Produção: A grande qualidade de "A Invenção de Hugo Cabret" é sua produção nota 10. Não é complicado de entender porque tiveram tanto capricho nesse aspecto do filme. Rodado para se tornar o primeiro projeto 3D do diretor Martin Scorsese o filme supervaloriza cada cena, cada cenário, cada ambiente, tudo ricamente desenvolvido chegando quase ao ponto da saturação, da poluição visual (são tantos os detalhes que o espectador simplesmente cansa de prestar atenção de tudo). Em resumo, uma produção de alto luxo e rica direção de arte.

Elenco: Aqui se destacam os veteranos Ben Kingsley (finalmente fazendo um personagem carismático depois de aparecer em alguns abacaxis por aí) e Christopher Lee (que consegue se destacar mesmo em um papel mínimo e mal desenvolvido pelo roteiro). Já o elenco infantil é de mediano para fraco, o que é um problema em um filme baseado nas peripécias dos guris. Achei o ator que faz o garoto Hugo (Asa Butterfield) sem carisma, quase beirando a antipatia. Não mostrou nada de muito especial em cena, sendo apenas correto. A garotinha Chloe Grace Moretz (que fez a vampirinha do remake "Deixe-me Entrar") se sai melhor mas como o papel dela é limitado não melhora muito sua situação.

Direção: Não é o tipo de filme que estamos acostumados a ver com Martin Scorsese. De fato, "Hugo" é seu filme mais singular. Em vista disso não consegui visualizar maiores marcas da presença do cineasta. A antiga maestria em extrair o melhor de seu elenco aqui está nitidamente atenuada, uma vez que o filme é baseado mesmo em alta tecnologia na criação de cenários e ambientes totalmente virtuais. De certa forma achei a direção mais modesta desde "Gangues de Nova Iorque".Espero que ele deixe de lado essa fase "George Lucas" para retornar aos bons e velhos filmes baseados em atuações e situações reais.

A Invenção de Hugo Cabret (Hugo, Estados Unidos, 2011) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Ben Kingsley, Sacha Baron Cohen, Asa Butterfield, Chloë Grace Moretz, Ray Winstone, Emily Mortimer, Christopher Lee, Helen McCrory, Michael Stuhlbarg, Frances de la Tour / Sinopse: Garoto vive aventuras na estação de trem em Paris. Lá acaba conhecendo uma garotinha que irá lhe levar a ter uma outra perspectiva de vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Jogos Mortais X

Título no Brasil: Jogos Mortais X
Título Original: Saw X
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Twisted Pictures
Direção: Kevin Greutert
Roteiro: Pete Goldfinger, Josh Stolberg
Elenco: Tobin Bell, Shawnee Smith, Synnøve Macody Lund, Steven Brand, Joshua Okamoto, Paulette Hernandez

Sinopse:
Sofrendo de um câncer agressivo e incurável, John Kramer (Tobin Bell) descobre que tem poucos dias de vida. Desesperado, acaba caindo nas mãos de golpistas e estelionatários que arrancam seu dinheiro após oferecer uma espécie de cura milagrosa. Pura balela e estelionato. Sabendo disso chegou a hora de Jigsaw se vingar de todos aqueles vigaristas. 

Comentários:
Eu não dei bola quando soube da existência desse filme. Até porque quem iria dar bola para a décima continuação de uma franquia de terror como essa, que já teve tantos altos e baixos? Mas para minha grande surpresa acabei gostando. Incrivelmente esse décimo filme traz um dos melhores roteiros da série. OK, a violência extrema ainda está lá, mas antes disso há todo um desenvolvimento da história mostrando um John Kramer até mesmo vulnerável, cheio de esperanças. Ele chega a sorrir em cena! Sim, é um sorriso um tanto psicótico, mas ainda assim uma face sorridente. Quem poderia imaginar que algo assim iria acontecer? Já para quem deseja ver a parte torture porn do filme, não espere por coisas tão bem elaboradas como nos filmes anteriores. E issso tem justificativa na própria história. Inclusive deve ter sido gratificante para o ator Tobin Bell, que aqui teve muito mais espaço para atuar, desenvolver seu torturado personagem. Assim o lado final é positivo. Esse é um bom filme da franquia. Eu o colocaria em segundo lugar na lista dos melhores. E sim, isso é de surpreender. 

Pablo Aluísio.

Navio Fantasma

Título no Brasil: Navio Fantasma
Título Original: Ghost Ship
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Steve Beck
Roteiro: Mark Hanlon
Elenco: Julianna Margulies, Gabriel Byrne, Ron Eldard

Sinopse:
Uma equipe de resgate é contratada para localizar uma embarcação perdida na costa do Alasca mas ao invés disso acaba encontrando um antigo navio dado como desaparecido há mais de 40 anos, o Antonia Graza! Logo a equipe decide então explorar seu convés, o que certamente não será uma boa ideia. Agora todos precisam rezar para sair de lá vivos e inteiros!

Comentários:
Outro filme que tive a oportunidade de conferir no cinema. É a tal coisa, navios desaparecidos sempre fizeram parte do inconsciente coletivo como algo macabro e sombrio. Naturalmente todos pensam nas pessoas que sumiram na vastidão dos mares sem deixar vestígios. E as suas almas, como ficam? Vagando eternamente no oceano? É partindo dessa premissa, que já foi bem explorada por velhos contos de terror, que se construiu o roteiro desse filme. De certa forma já sabia de antemão o que esperar pois era um produto típico do selo Dark Castle Entertainment. Produção mais modesta, com orçamento um pouco abaixo dos padrões, mas que espertamente sabe tirar proveito de efeitos digitais bem bolados e inseridos na trama. Em termos de roteiro e atuação não há maiores novidades, embora a fita até funcione em certos aspectos. Curiosamente o elenco é estrelado por Julianna Margulies que iria virar estrela mesmo muitos anos depois no mundo da TV, ao protagonizar a série de grande sucesso de audiência da CBS, "The Good Wife". Enfim, assista, tome alguns sustinhos e coma sua pipoca sem culpas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Medidas Extremas

Título no Brasil: Medidas Extremas
Título Original: Extreme Measures
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Michael Apted
Roteiro: Michael Palmer, Tony Gilroy
Elenco: Hugh Grant, Gene Hackman, Sarah Jessica Parker, 
J.K. Simmons, David Morse, Bill Nunn

Sinopse:
O jovem médico Dr. Guy Luthan (Hugh Grant) começa a desconfiar do desaparecimento de corpos de pessoas indigentes, moradores de rua. E suas suspeitas o levam até a pessoa de um médico veterano, o Dr. Lawrence Myrick (Gene Hackman), que parece estar envolvido com o que está acontecendo, pois se trata de um comportamento que fere a ética médica, além de ser um crime. 

Comentários:
Sem dúvida um bom thriller de suspense dos anos 90, com bom roteiro e trama interessante. O que surpreende no fundo é o time de atores, o elenco. Gene Hackman está no seu habitual, não saiu do tipo de filme que costumava fazer, muito embora aqui interprete o vilão da história, um médico egocêntrico que acredita ser tão brilhante que estaria até mesmo acima da lei. O que me deixou surpreso mesmo foi ver Hugh Grant tentando emplacar um personagem sério, logo ele que naquela época vinha enfileirando uma série de sucessos comerciais, todos filmes enquadrados na categoria de comédias românticas. Nada errado um ator tentar diversificar de vez em quando, mas naqueles tempos ele estava tão associado com aquele tipo de personagem, a do inglês meio bobalhão, mas romântico, que pouca gente conseguiu levar ele à sério nessa produção de suspense. Efeitos colaterais de seu próprio sucesso anterior no cinema. 

Pablo Aluísio.

Meus Queridos Presidentes

Título no Brasil: Meus Queridos Presidentes
Título Original: My Fellow Americans
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Segal
Roteiro: E. Jack Kaplan, Richard Chapman
Elenco: Jack Lemmon, James Garner, Dan Aykroyd, Lauren Bacall, John Heard, Wilford Brimley

Sinopse:
Kramer e Douglas, dois ex-presidentes de extremos opostos do espectro político, tornam-se aliados relutantes quando se tornam alvo de um conspirador na administração do presidente Haney. Os dois ex-presidentes percebem que têm um inimigo dentro do governo e partem em busca de provas que limpem seus nomes.

Comentários:
É uma comédia fraca mesmo. Com muita boa vontade, mas muita boa vontade, levaria 3 estrelas no total de 5 possíveis. E essa cotação viria não do roteiro, que apela para situações bobinhas e algumas até constrangedoras, mas sim dos nomes envolvidos no elenco. Esses veteranos, do naipe de Jack Lemmon e James Garner, não queriam se aposentar, apesar da idade e da vasta filmografia produzida no passado. Eles tinham aquela mentalidade de trabalhar até o final de suas vidas. Realmente a aposentadoria muitas vezes significa a morte, principalmente para artistas que sempre foram muito produtivos. Então o Dan Aykroyd usou de sua influência dentro da Warner para que o filme fosse produzido. O resultado pode até ser considerado simpático por alguns, mas em minha opinião haveria de ter material de melhor qualidade para nomes tão consagrados. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Elvis Presley - Kentucky Rain / My Little Friend

O primeiro single de Elvis nos anos 70 trazia canções gravadas no ano anterior, no American. Esse single aliás, lançado tardiamente, trazia ao mercado os últimos materiais gravados por Elvis naquelas sessões que foram consideradas as melhores da carreira do cantor durante os anos 60. Após anos de trilhas sonoras Elvis voltava a gravar com afinco e determinação, com ótimo repertório e o que era melhor de tudo, em Memphis, sua cidade querida. Essas faixas do American foram extremamente bem recebidas pela crítica, pois era um verdadeiro renascimento artístico por parte de Elvis.

Nesse mesmo dia Elvis ainda gravaria a versão definitiva de "Only the Strong Survive". Realmente é um lote de canções bem acima da média, com ótimos arranjos e produção. Apesar de tudo isso não considero "Kentucky Rain" um dos grandes destaques do material produzido no American. Certamente é bem gravada, porém seu ritmo um pouco indeciso não me agrada muito. Prefiro a singeleza de "My Little Friend", que destoava um pouco da consistência das outras músicas gravadas nessa ocasião. Era mais pueril, lembrando um pouco suas trilhas sonoras mais simples. De qualquer forma "Kentucky Rain" cumpriu suas pretensões, mantendo a discografia de Elvis em alta entre a crítica. Comercialmente falando não fez muito sucesso, chegando apenas no Top 20 da Billboard, em décima sexta posição. Nunca foi um grande sucesso, mas serviu para completar o pacote de músicas do American que ainda não tinham chegado ao mercado. No saldo final é um bom single, nada espetacular, mas mantendo um certo nível de qualidade.

Elvis Presley - Kentuck Rain (1970)
Single: Kentucky Rain / My Little Friend
Cantor: Elvis Presley
Selo: RCA Victor
Data de Lançamento: Fevereiro de 1970
Melhor posição Billboard: 16
Produção: Chips Moman, Felton Jarvis
Estúdio: American Sound, Memphis, Tennessee
Músicos: Elvis Presley (vocais e violão), Reggie Young (guitarra), Tommy Cogbill (baixo), Gene Chrisman (bateria), Bobby Wood (piano), Bobby Emmons (órgão).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A Senda do Ódio

Título no Brasil: A Senda do Ódio
Título Original: One Foot in Hell
Ano de Lançamento: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James B. Clark
Roteiro: Aaron Spelling, Sydney Boehm
Elenco: Alan Ladd, Don Murray, Dan O'Herlihy

Sinopse:
Mitch Barrett (Alan Ladd) é um velho homem do oeste que após muitos anos retorna para uma pequena cidade da fronteira. Os tempos são outros, os novos moradores da cidade nem o conhecem mais. Só que Barrett não está de volta para passar suas férias ou apreciar uma nostalgia do passado. Ele quer vingança por algo terrível que lhe aconteceu muitos anos antes. 

Comentários:
Inegavelmente, ao longo de sua carreira, o ator Alan Ladd estrelou grandes filmes de faroeste. Alguns são considerados clássicos absolutos como "Os Brutos Também Amam". Só que conforme os anos foram passando os roteiros que lhe eram oferecidos já não eram tão bons como no passado. Ele também já estava entrando em uma certa idade em que os estúdios já não o chamavam mais para as grandes produções. Restou ao veterano ator aparecer em filmes menores, mais modestos, filmes B de faroeste como esse aqui. É um filme bem de rotina dentro do gênero. Isso em uma época em que o western já começava a perder espaço para outros tipos de filmes. Ladd também vinha com problemas de depressão, o que dificultava sua capacidade de trabalho. Ainda assim atuou profissionalmente bem, dando plenamente conta do recado. Enfim, deixo a dica desse que foi um dos últimos filmes de faroeste desse simbólico ator do western americano. 

Pablo Aluísio.