Outro filme que assisti no cinema. Aqui as razões para ter ido para o cinema já são mais óbvias. Qualquer filme em cartaz com a presença de Al Pacino já era motivo suficiente para contar com minha presença na plateia. Claro que os grandes dias de ator já tinham ficado para trás. Eu gostaria, por exemplo, ter ido assistir aos seus filmes nos anos 70, onde ele realmente atuou em grandes clássicos do cinema. Só que isso não foi possível. Então sempre que havia um novo filme do Pacino nos cinemas eu iria conferir. A história girava em torno do mundo das apostas esportivas. Claro que nem sempre os resultados surgiam de forma honesta e espontânea, fruto do puro espírito desportivo. Havia algo por trás, afinal pequenas fortunas giravam nesse mundo.
Matthew McConaughey interpretou o jogador de futebol americano que viu sua carreira ser destruída após uma séria lesão (algo muito comum nesse violento esporte). Al Pacino era o figurão, o velho tubarão que conhecia todos os atalhos para ganhar muito dinheiro nesse campo das apostas, algumas até ilegais. É um filme bom, interessante, mas nenhum clássico do cinema. Curiosamente o grande ator em cena, aquele que tem as melhores cenas e a maior chance de atuação é o próprio Matthew McConaughey. Al Pacino aqui funcionou apenas como um coadjuvante de luxo, nada mais. Seria de certa maneira uma constante em sua carreira a partir daqui.
Tudo por Dinheiro (Two for the Money, Estados Unidos, 2006) Direção: D.J. Caruso / Roteiro: Dan Gilroy / Elenco: Matthew McConaughey, Al Pacino, Rene Russo, Armand Assante / Sinopse: Dois homens, um ex-jogador de futbol americano chamado Brandon (Matthew McConaughey) e um investidor com fama de vigarista conhecido como Walter (Al Pacino) entram no mundo das apostas esportivas. O objetivo é ficar rico o mais rapidamente possível.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
Armações do Amor
Assisti no cinema! Olhando para um passado até recente fico surpreso com o fato de ter ido ao cinema ver filmes que eu já sabia que eram meramente medianos ou fracos mesmo. Era um outro tempo, com ingresso barato e não havia qualquer sinal de pandemia no ar. Não havia risco de vida ao ir ao cinema! Pois bem, trata-se de uma comédia romântica um tanto banal. Provavelmente o que me levou a ir ao cinema foi mesmo a dupla central. Sempre gostei tanto do trabalho de Matthew McConaughey como da atriz Sarah Jessica Parker. Além disso o elenco de apoio era excepcionalmente bom. Basta conferir os nomes envolvidos, contando com, entre outros, Zooey Deschanel, Bradley Cooper e Kathy Bates. Para quem gosta de cinema o elenco já era uma boa desculpa para pagar um ingresso de cinema.
Só que infelizmente, como era de se esperar, o roteiro não era mesmo muito bom. O gênero comédia romântica já mostrava sinais de desgaste após anos e anos de filmes usando a mesma fórmula batida e já conhecida de todos. De qualquer foram o público feminino garantiu o lucro para o estúdio. Um filme considerado até caro para os padrões desse tipo de produção (custou 50 milhões de dólares), conseguiu faturar nas bilheterias mais de 200 milhões, ou seja, um bom resultado comercial. Artisticamente falando porém o resultado se revelou bem fraco.
Armações do Amor (Failure to Launch, Estados Unidos, 2006) Direção: Tom Dey / Roteiro: Tom J. Astle, Matt Ember / Elenco: Matthew McConaughey, Sarah Jessica Parker, Kathy Bates, Zooey Deschanel, Bradley Cooper / Sinopse: Com trinta e tantos anos o folgadão Trip (Matthew McConaughey) nem pensa em se casar. Então pessoas próximas a ele armam um plano para ver se ele finalmente sobe o altar da igreja para se casar de uma vez por todas.
Pablo Aluísio.
Só que infelizmente, como era de se esperar, o roteiro não era mesmo muito bom. O gênero comédia romântica já mostrava sinais de desgaste após anos e anos de filmes usando a mesma fórmula batida e já conhecida de todos. De qualquer foram o público feminino garantiu o lucro para o estúdio. Um filme considerado até caro para os padrões desse tipo de produção (custou 50 milhões de dólares), conseguiu faturar nas bilheterias mais de 200 milhões, ou seja, um bom resultado comercial. Artisticamente falando porém o resultado se revelou bem fraco.
Armações do Amor (Failure to Launch, Estados Unidos, 2006) Direção: Tom Dey / Roteiro: Tom J. Astle, Matt Ember / Elenco: Matthew McConaughey, Sarah Jessica Parker, Kathy Bates, Zooey Deschanel, Bradley Cooper / Sinopse: Com trinta e tantos anos o folgadão Trip (Matthew McConaughey) nem pensa em se casar. Então pessoas próximas a ele armam um plano para ver se ele finalmente sobe o altar da igreja para se casar de uma vez por todas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Poderosa Afrodite
Esse filme de Woody Allen é até hoje um desvio na rota da obra do diretor. Como tudo o que envolve Allen há aqueles que odeiam o filme e outros que o adoram. Não é motivo nem para tomar uma posição radical e nem outra. Na verdade é uma boa comédia, bem mais leve do que a fase mais intelectual que o cineasta atravessou nas décadas de 70 e 80. Não tem grande roteiro e nem é uma obra de arte, mas tem a Mira Sorvino interpretando a personagem Linda Ash, uma atuação que (pasmem!) lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante numa das maiores zebras da história de Hollywood! Para muitos foi um prêmio para consagrar Allen, mas discordo disso, já que ele também estava concorrendo na categoria de Melhor Roteiro e não venceu. Assim não tem muita lógica afirmar que Mira foi premiada para homenagear Allen.
Na verdade essa premiação é um daquelas surpresas complicados de explicar por motivos racionais. Simplesmente aconteceu! Ela é carismática, mas jamais deveria ter sido premiada tão cedo na carreira (com certeza não por essa atuação). Aliás verdade seja dita, pois para ela teria sido muito melhor não ter vencido já que Sorvino acabou se tornando um dos maiores exemplos da "maldição do Oscar", onde atores ou atrizes são premiados precocemente, bem no começo da carreira e depois afundam feio na carreira. Outro exemplo? Cuba Gooding Jr. Muitas vezes o Oscar pode ser o aviso de que tudo acabou, por mais incrível que isso possa parecer.
Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, Estados Unidos, 1995) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Olympia Dukakis / Sinopse: Jornalista investigativo descobre a existência de um garoto com QI acima da média. Seria um gênio precoce. Só que sua mãe é uma mulher bem medíocre em todos os aspectos. Como explicar algo tão desigual? Filme premiado pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Mira Sorvino).
Pablo Aluísio.
Na verdade essa premiação é um daquelas surpresas complicados de explicar por motivos racionais. Simplesmente aconteceu! Ela é carismática, mas jamais deveria ter sido premiada tão cedo na carreira (com certeza não por essa atuação). Aliás verdade seja dita, pois para ela teria sido muito melhor não ter vencido já que Sorvino acabou se tornando um dos maiores exemplos da "maldição do Oscar", onde atores ou atrizes são premiados precocemente, bem no começo da carreira e depois afundam feio na carreira. Outro exemplo? Cuba Gooding Jr. Muitas vezes o Oscar pode ser o aviso de que tudo acabou, por mais incrível que isso possa parecer.
Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, Estados Unidos, 1995) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Mira Sorvino, F. Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Olympia Dukakis / Sinopse: Jornalista investigativo descobre a existência de um garoto com QI acima da média. Seria um gênio precoce. Só que sua mãe é uma mulher bem medíocre em todos os aspectos. Como explicar algo tão desigual? Filme premiado pelo Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Mira Sorvino).
Pablo Aluísio.
Inesquecível
Quem lembra desse filme? Pouca gente, mostrando que ele pode ser muita coisa, menos inesquecível. Enfim, vamos em frente. Essa é uma ficção B que tenta se sustentar com uma ideia que os roteiristas certamente acharam genial ou inovadora (embora, vamos ser sinceros, não foi para tanto!). David Krane (Ray Liotta) vê sua vida ruir após a morte da esposa, brutalmente assassinada. O crime porém fica sem solução por falta de testemunhas ou provas. Desesperado, Krane resolve experimentar uma estranha fórmula química desenvolvida pela Dra Martha Briggs (Linda Fiorentino) que lhe permite ter acessos às memórias de sua esposa morta. A partir daí ele acaba entrando numa situação alucinante onde não consegue mais distinguir loucura, insanidade e realidade dos fatos!
A ideia é até legalzinha, me fez lembrar imediatamente de "O Vingador do Futuro" aquele filme dirigido por Paul Verhoeven e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Sharon Stone onde havia uma situação bem parecida. A diferença básica é que esse aqui procura manter mais o pé no chão, não sendo tão fantasioso quanto o segundo, que inclusive foi baseado na obra de Philip K. Dick. De uma forma ou outra fica claro que o filme só foi produzido por causa da presença de Ray Liotta, ainda desfrutando do sucesso e prestígio de filmes como "Os Bons Companheiros". Pena que ele também nunca tenha se tornado uma estrela de primeiro escalão. O filme porém ainda vale como curiosidade, mesmo que depois de pouco tempo você venha a esquecer dele completamente. Nada inesquecível.
Inesquecível (Unforgettable, Estados Unidos, 1996) Direção: John Dahl / Roteiro: Bill Geddie / Elenco: Ray Liotta, Linda Fiorentino, Peter Coyote / Sinopse: Após a morte da esposa um homem consegue acessar todas as suas lembranças pessoais. Filme premiado pelo Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
A ideia é até legalzinha, me fez lembrar imediatamente de "O Vingador do Futuro" aquele filme dirigido por Paul Verhoeven e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Sharon Stone onde havia uma situação bem parecida. A diferença básica é que esse aqui procura manter mais o pé no chão, não sendo tão fantasioso quanto o segundo, que inclusive foi baseado na obra de Philip K. Dick. De uma forma ou outra fica claro que o filme só foi produzido por causa da presença de Ray Liotta, ainda desfrutando do sucesso e prestígio de filmes como "Os Bons Companheiros". Pena que ele também nunca tenha se tornado uma estrela de primeiro escalão. O filme porém ainda vale como curiosidade, mesmo que depois de pouco tempo você venha a esquecer dele completamente. Nada inesquecível.
Inesquecível (Unforgettable, Estados Unidos, 1996) Direção: John Dahl / Roteiro: Bill Geddie / Elenco: Ray Liotta, Linda Fiorentino, Peter Coyote / Sinopse: Após a morte da esposa um homem consegue acessar todas as suas lembranças pessoais. Filme premiado pelo Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
O Silêncio
Um terror da Netflix? É isso mesmo. O filme começa quando um grupo de exploradores de cavernas abrem uma fenda que estava há séculos lacrada. Para a surpresa (e desgraça) deles, surge uma espécie de animal pré-histórico, um tipo de Pterossauro carnívoro em tamanho mirim que ganha o mundo. Eles se reproduzem em velocidade, são cegos, mas atacam os seres humanos através do barulho que fazem. E trazem o completo caos ao nosso mundo. Sim, é um filme de monstros que até tem bons momentos. Para individualizar a tragédia o roteiro foca em cima de apenas uma família, o da garota com problemas auditivos Ally Andrews (Kiernan Shipka). Ao lado dos pais e da avó eles fogem de onde moram, por não ser mais seguro, caindo na estrada. Na viagem encontram todos os perigos, que surgem não apenas por causa dos monstrengos, mas também em razão de outros seres humanos. Filme on the road, com bichinhos assassinos da pré-história voando por cima dos personagens. É isso aí.
Por falar nos bichanos, são até bem feitos. O roteiro ainda traz algumas surpresas que ajudam a manter o interesse do espectador, entre eles um grupo de religiosos fanáticos que com sorrisos tentam atrair a família de Ally. Só que na verdade são pedófilos vorazes, gente da pior espécie, a escória vestida de preto, que tentam se passar por bondosos. Pois é, desconfie de religiosos fanáticos. Geralmente são pessoas perigosas mesmo. O veterano Stanley Tucci é o nome mais conhecido do elenco. Ele interpreta o pai da família em desespero. Você vai reconhecer a jovem Kiernan Shipka se algum dia assistiu a série "Mad Men". Ela cresceu, não é mais uma criança e convence bem em seu papel. No final o roteiro deixa a porta aberta. Claro, era algo de se esperar. Os produtores estão de olho em futuras continuações. Quem viver (ou sobreviver), verá...
O Silêncio (The Silence, Estados Unidos, 2019) Direção: John R. Leonetti / Roteiro: Carey Van Dyke, Tim Lebbon / Elenco: Stanley Tucci, Kiernan Shipka, Miranda Otto, Kate Trotter, John Corbett / Sinopse: Uma família norte-americana tenta sobreviver ao ataque de monstros alados que ressurgem diretamente dos tempos pré-históricos.
Pablo Aluísio.
Por falar nos bichanos, são até bem feitos. O roteiro ainda traz algumas surpresas que ajudam a manter o interesse do espectador, entre eles um grupo de religiosos fanáticos que com sorrisos tentam atrair a família de Ally. Só que na verdade são pedófilos vorazes, gente da pior espécie, a escória vestida de preto, que tentam se passar por bondosos. Pois é, desconfie de religiosos fanáticos. Geralmente são pessoas perigosas mesmo. O veterano Stanley Tucci é o nome mais conhecido do elenco. Ele interpreta o pai da família em desespero. Você vai reconhecer a jovem Kiernan Shipka se algum dia assistiu a série "Mad Men". Ela cresceu, não é mais uma criança e convence bem em seu papel. No final o roteiro deixa a porta aberta. Claro, era algo de se esperar. Os produtores estão de olho em futuras continuações. Quem viver (ou sobreviver), verá...
O Silêncio (The Silence, Estados Unidos, 2019) Direção: John R. Leonetti / Roteiro: Carey Van Dyke, Tim Lebbon / Elenco: Stanley Tucci, Kiernan Shipka, Miranda Otto, Kate Trotter, John Corbett / Sinopse: Uma família norte-americana tenta sobreviver ao ataque de monstros alados que ressurgem diretamente dos tempos pré-históricos.
Pablo Aluísio.
Cabana do Inferno
Bom, nessa altura da vida, se você é um cinéfilo veterano, já sabe que essa história de cabana na floresta é mais do que batida. E poucos filmes que assisti ao longo da minha vida são mais claros nesse sentido do que esse "Cabana do Inferno". Parece até que os roteiristas leram a fórmula básica desse tipo de produção de terror e a copiaram ipsis litteris, tal como se estivessem copiando uma receita de bolo tradicional. Só que obviamente aqui estamos falando de um filme, de arte, não de um alimento com alto teor calórico. O diretor e roteirista Eli Roth é mais talentoso do que isso, mas aqui resolveu colocar tudo mesmo no controle remoto, com praticamente nada de original. Apenas cumpriu tabela, sem se importar muito com o resultado final.
Pois bem... e qual seria essa fórmula básica? Na história cinco jovens universitários decidem alugar uma cabana isolada em uma floresta. Querem curtir o fim de semana, com muita bebida, sexo e drogas. Algo que é típico da idade. Só que uma vez isolados no meio do nada (embora o lugar em si seja bonito) começam a acontecer coisas inexplicáveis. Não, não é o ataque de uma entidade sobrenatural. Está mais para a infecção de um vírus mortal que todos desconhecem. Achou alguma semelhança com o mundo atual? Pois é, parece mesmo que agora estamos vivendo dentro de um filme de terror... quem diria...Corram para as colinas...
Cabana do Inferno (Cabin Fever, Estados Unidos, 2002) Direção: Eli Roth / Roteiro: Eli Roth, Randy Pearlstein / Elenco: Jordan Ladd, Rider Strong, James DeBello / Sinopse: Cinco universitários decidem curtir, alugando uma isolada cabana na floresta. Só que não demora muito e o desespero começa a tomar conta de todos. Agora tentarão lutar por suas vidas contra um inimigo invisível.
Pablo Aluísio.
Pois bem... e qual seria essa fórmula básica? Na história cinco jovens universitários decidem alugar uma cabana isolada em uma floresta. Querem curtir o fim de semana, com muita bebida, sexo e drogas. Algo que é típico da idade. Só que uma vez isolados no meio do nada (embora o lugar em si seja bonito) começam a acontecer coisas inexplicáveis. Não, não é o ataque de uma entidade sobrenatural. Está mais para a infecção de um vírus mortal que todos desconhecem. Achou alguma semelhança com o mundo atual? Pois é, parece mesmo que agora estamos vivendo dentro de um filme de terror... quem diria...Corram para as colinas...
Cabana do Inferno (Cabin Fever, Estados Unidos, 2002) Direção: Eli Roth / Roteiro: Eli Roth, Randy Pearlstein / Elenco: Jordan Ladd, Rider Strong, James DeBello / Sinopse: Cinco universitários decidem curtir, alugando uma isolada cabana na floresta. Só que não demora muito e o desespero começa a tomar conta de todos. Agora tentarão lutar por suas vidas contra um inimigo invisível.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Garotos Incríveis
Esse filme foi bastante badalado em seu lançamento, chegando inclusive a vencer um Oscar na categoria de Melhor Canção Original por "Things Have Changed" de Bob Dylan. Apesar de muito elogiado pela crítica nunca consegui gostar muito do filme e olha que tive muita boa vontade. O enredo passado em um meio universitário, com diálogos mais bem escritos do que o usual, poderia ser um diferencial. O problema é que o ritmo me soou fora do compasso, não fluindo naturalmente. Outro aspecto que me fez desanimar em relação a essa produção foi o papel de Michael Douglas. Ele aqui interpreta um professor intelectual que tenta potencializar os sonhos de seus pupilos. Esse tipo de personagem não combinou muito bem com o ator. Primeiro porque é complicado enxergar Douglas como um membro da academia. Segundo porque ao longo dos anos você vai criando uma imagem dele, até mesmo por causa de seus filmes anteriores, que pouco se encaixa aqui nessa história. O filme realmente destoa do que o ator fez por anos.
De bom mesmo resta apenas o elenco mais jovem. Tobey Maguire, antes de se tornar o Homem-Aranha na primeira trilogia do personagem no cinema, está muito bem. Idem para uma ainda adolescente Katie Holmes. Por fim temos aqui um raro papel bem coadjuvante de Robert Downey Jr. Não é demais lembrar que o ator passou anos e anos tentando superar sua dependência química e isso significava muitas vezes encarar um projeto apenas como coadjuvante de luxo - nem que fosse para apenas ganhar o dinheiro suficiente para pagar as clínicas de rehab. Então é isso. Um roteiro até interessante que foi rodado de forma um tanto controvertida e pouco convincente. Infelizmente é lento e muitas vezes se perde o interesse. O mundo universitário americano, o melhor do mundo, merecia algo melhor.
Garotos Incríveis (Wonder Boys, Estados Unidos, 2000) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Steve Kloves, baseado no romance de Michael Chabon / Elenco: Michael Douglas, Tobey Maguire, Frances McDormand, Robert Downey Jr, Katie Holmes / Sinopse: Um professor universitário tenta inspirar seus alunos, potencializando seus sonhos pessoais para o futuro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Dede Allen) e Melhor Roteiro Adaptado (Steve Kloves).
Pablo Aluísio.
De bom mesmo resta apenas o elenco mais jovem. Tobey Maguire, antes de se tornar o Homem-Aranha na primeira trilogia do personagem no cinema, está muito bem. Idem para uma ainda adolescente Katie Holmes. Por fim temos aqui um raro papel bem coadjuvante de Robert Downey Jr. Não é demais lembrar que o ator passou anos e anos tentando superar sua dependência química e isso significava muitas vezes encarar um projeto apenas como coadjuvante de luxo - nem que fosse para apenas ganhar o dinheiro suficiente para pagar as clínicas de rehab. Então é isso. Um roteiro até interessante que foi rodado de forma um tanto controvertida e pouco convincente. Infelizmente é lento e muitas vezes se perde o interesse. O mundo universitário americano, o melhor do mundo, merecia algo melhor.
Garotos Incríveis (Wonder Boys, Estados Unidos, 2000) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Steve Kloves, baseado no romance de Michael Chabon / Elenco: Michael Douglas, Tobey Maguire, Frances McDormand, Robert Downey Jr, Katie Holmes / Sinopse: Um professor universitário tenta inspirar seus alunos, potencializando seus sonhos pessoais para o futuro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Dede Allen) e Melhor Roteiro Adaptado (Steve Kloves).
Pablo Aluísio.
Susie e os Baker Boys
Quando se consegue unir boa música e cinema com elegância o resultado costuma ser dos melhores. Veja o caso desse drama romântico musical. Com uma trilha muito fina e de bom gosto e uma história interessante servindo de cenário, tudo soa muito prazeroso aos ouvidos e aos olhos. O enredo mostra dois irmãos músicos, Jack Baker (Jeff Bridges) e Frank Baker (Beau Bridges). Durante muitos anos eles conseguiram sobreviver cantando e se apresentando em pequenos clubes noturnos de Nova Iorque. O tempo passou e naturalmente tudo começou a se tornar mais complicado, como conseguir arranjar os mesmos trabalhos de antes. Para dar uma turbinada na dupla eles então resolvem contratar uma bela cantora para se apresentar junto a eles, Susie Diamond (Michelle Pfeiffer). Nasce assim o grupo Susie e os Baker Boys. Apesar do bom sucesso inicial as coisas começam a se complicar quando eles acabam confundindo aspectos profissionais com a vida pessoal de cada um.
Além da já citada ótima trilha sonora o filme ganha muito também por causa da presença de Michelle Pfeiffer. Ainda jovem e muito bonita, ela chama todas as atenções para si, roubando o filme dos irmãos Bridges, que também são ótimos, mas que não conseguem se sobressair por causa do brilho de Michelle. Com aquela beleza natural dela seria realmente impossível para eles se destacarem. Ainda assim vale destacar e citar o talento musical que todos os atores demonstraram em cena. Além de Michelle Pfeiffer cantar muito bem, Jeff Bridges demonstrou que tinha realmente um talento musical digno de aplausos. Anos depois ele chegaria a gravar seus próprios álbuns, alguns realmente muito bons. Country music de qualidade.
Susie e os Baker Boys (The Fabulous Baker Boys, Estados Unidos, 1989) Direção: Steve Kloves / Roteiro: Steve Kloves / Elenco: Jeff Bridges, Michelle Pfeiffer, Beau Bridges. / Sinopse: Dois irmãos músicos se unem a uma talentosa cantora. Juntos acabam fazendo sucesso em restaurantes e casas de show de luxo em Nova Iorque. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Michelle Pfeiffer), melhor direção de fotografia (Michael Ballhaus), melhor edição (William Steinkamp) e melhor música (Dave Grusin).
Pablo Aluísio.
Além da já citada ótima trilha sonora o filme ganha muito também por causa da presença de Michelle Pfeiffer. Ainda jovem e muito bonita, ela chama todas as atenções para si, roubando o filme dos irmãos Bridges, que também são ótimos, mas que não conseguem se sobressair por causa do brilho de Michelle. Com aquela beleza natural dela seria realmente impossível para eles se destacarem. Ainda assim vale destacar e citar o talento musical que todos os atores demonstraram em cena. Além de Michelle Pfeiffer cantar muito bem, Jeff Bridges demonstrou que tinha realmente um talento musical digno de aplausos. Anos depois ele chegaria a gravar seus próprios álbuns, alguns realmente muito bons. Country music de qualidade.
Susie e os Baker Boys (The Fabulous Baker Boys, Estados Unidos, 1989) Direção: Steve Kloves / Roteiro: Steve Kloves / Elenco: Jeff Bridges, Michelle Pfeiffer, Beau Bridges. / Sinopse: Dois irmãos músicos se unem a uma talentosa cantora. Juntos acabam fazendo sucesso em restaurantes e casas de show de luxo em Nova Iorque. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Michelle Pfeiffer), melhor direção de fotografia (Michael Ballhaus), melhor edição (William Steinkamp) e melhor música (Dave Grusin).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Stillwater
Matt Damon interpreta o pai que tem uma filha presa na França. Ela foi julgada e condenada pela morte da própria namorada. Inconformado, o pai decide viajar para Marselha onde a filha cumpre pena. Durante uma das visitas ela conta a ele que dentro da prisão ouviu histórias sobre a verdadeira identidade do assassino. Então esse americano, que nem sabe falar francês, decide agir por conta própria. Inicialmente ele procura ajuda na advogada da filha, mas não encontra apoio. Percebendo que as autoridades locais também não vão lhe ajudar em um caso considerado encerrado, ele decide investigar tudo sozinho. Vai até bairros violentos em busca de informação. Tenta aproximação com imigrantes, muitos deles envolvidos com o mundo do crime e como era de se esperar acaba se dando mal também, apanhando desses jovens de forma violenta e covarde. Apesar de tudo ele decide seguir em frente em sua luta obsessiva para inocentar sua filha. Ele parte em uma espécie de cruzada pessoal para que ela deixe a prisão.
Gostei do roteiro desse filme. Pode parecer, à primeira vista, uma espécie de filme de ação ou algo parecido. Não é nada disso. Está mais próximo do drama. Todos os personagens são bem desenvolvidos, bem trabalhados no roteiro. E esse ritmo mais ponderado resultou em filme até mais longo do que poderia ser. Em minha opinião um corte mais eficaz cairia bem. Outro aspecto interessante é que lá pelo final a história tem uma reviravolta para subverter esse tipo de enredo que poderia soar meio batido. As coisas não são como aparentam ser. Alguns personagens que pareciam ser tão íntegros e inocentes realmente não são. Achei uma mudança das mais positivas. Mais próxima da realidade do mundo em que vivemos.
Stillwater - Em Busca da Verdade (Stillwater, Estados Unidos, 2021) Direção: Tom McCarthy / Roteiro: Tom McCarthy, Marcus Hinchey / Elenco: Matt Damon, Camille Cottin, Abigail Breslin, Lilou Siauvaud / Sinopse: O filme conta a história de Bill (Matt Damon), um pai americano que luta para provar a inocência da filha que está presa na França, condenada por homicídio. Seria ela mesma uma pessoa inocente?
Pablo Aluísio.
Gostei do roteiro desse filme. Pode parecer, à primeira vista, uma espécie de filme de ação ou algo parecido. Não é nada disso. Está mais próximo do drama. Todos os personagens são bem desenvolvidos, bem trabalhados no roteiro. E esse ritmo mais ponderado resultou em filme até mais longo do que poderia ser. Em minha opinião um corte mais eficaz cairia bem. Outro aspecto interessante é que lá pelo final a história tem uma reviravolta para subverter esse tipo de enredo que poderia soar meio batido. As coisas não são como aparentam ser. Alguns personagens que pareciam ser tão íntegros e inocentes realmente não são. Achei uma mudança das mais positivas. Mais próxima da realidade do mundo em que vivemos.
Stillwater - Em Busca da Verdade (Stillwater, Estados Unidos, 2021) Direção: Tom McCarthy / Roteiro: Tom McCarthy, Marcus Hinchey / Elenco: Matt Damon, Camille Cottin, Abigail Breslin, Lilou Siauvaud / Sinopse: O filme conta a história de Bill (Matt Damon), um pai americano que luta para provar a inocência da filha que está presa na França, condenada por homicídio. Seria ela mesma uma pessoa inocente?
Pablo Aluísio.
Falando de Sexo
Um casal em crise tenta aconselhamentos com uma especialista, só que por trás de tudo existe uma grande engrenagem para faturar muito dinheiro com divórcios. Essa é uma comédia de humor negro que até tem seus momentos, mas que de maneira em geral apresenta um morno e mediano grau de verdadeira comicidade. O curioso é que tirando Bill Murray que sempre foi realmente um ator de comédias, todo o resto do elenco nunca teve muita aproximação com esse tipo de gênero cinematográfico. A atriz Lara Flynn Boyle interpretando uma analista, uma especialista em tratamento de casais em crise, uma mulher sem qualquer ética profissional, por exemplo, poucas vezes (ou nenhuma vez) atuou em comédias verdadeiras. Por essa razão ela fica meio deslocada.
James Spader é outro estranho no ninho. Seu personagem é um tipo meio abobado, inocente útil, que nunca funciona direito. O James Spader tem tudo, menos cara de bobalhão. Não iria dar certo de jeito nenhum mesmo. Seu papel nesse filme deve ter sido o mais constrangedor de sua carreira. O único que saiu bem, como era de esperar, foi mesmo o Bill Murray. Esse é do ramo mesmo. Ele interpreta um advogado cínico, cheio de atitudes absurdamente inescrupulosas. O papel caiu como uma luva para o jeitão de Murray. Enfim, posso dizer que esse é um daqueles filmes que tinham o roteiro certo, mas com um elenco errado, acabou não dando certo.
Falando de Sexo (Speaking of Sex, Estados Unidos, 2001) Direção: John McNaughton / Roteiro: Gary Tieche / Elenco: Lara Flynn Boyle, James Spader, Bill Murray, Jay Mohr, Melora Walters / Sinopse: Um casal em crise acaba colocando para girar, sem saber, uma verdadeira máquina de lucro que vive do divórcio de pessoas como eles. Psicólogos, analistas, advogados e escroques de todos os tipos querem sua parte na divisão dos bens daquele casal.
Pablo Aluísio.
James Spader é outro estranho no ninho. Seu personagem é um tipo meio abobado, inocente útil, que nunca funciona direito. O James Spader tem tudo, menos cara de bobalhão. Não iria dar certo de jeito nenhum mesmo. Seu papel nesse filme deve ter sido o mais constrangedor de sua carreira. O único que saiu bem, como era de esperar, foi mesmo o Bill Murray. Esse é do ramo mesmo. Ele interpreta um advogado cínico, cheio de atitudes absurdamente inescrupulosas. O papel caiu como uma luva para o jeitão de Murray. Enfim, posso dizer que esse é um daqueles filmes que tinham o roteiro certo, mas com um elenco errado, acabou não dando certo.
Falando de Sexo (Speaking of Sex, Estados Unidos, 2001) Direção: John McNaughton / Roteiro: Gary Tieche / Elenco: Lara Flynn Boyle, James Spader, Bill Murray, Jay Mohr, Melora Walters / Sinopse: Um casal em crise acaba colocando para girar, sem saber, uma verdadeira máquina de lucro que vive do divórcio de pessoas como eles. Psicólogos, analistas, advogados e escroques de todos os tipos querem sua parte na divisão dos bens daquele casal.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)