Mostrando postagens com marcador Lara Flynn Boyle. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lara Flynn Boyle. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Falando de Sexo

Um casal em crise tenta aconselhamentos com uma especialista, só que por trás de tudo existe uma grande engrenagem para faturar muito dinheiro com divórcios. Essa é uma comédia de humor negro que até tem seus momentos, mas que de maneira em geral apresenta um morno e mediano grau de verdadeira comicidade. O curioso é que tirando Bill Murray que sempre foi realmente um ator de comédias, todo o resto do elenco nunca teve muita aproximação com esse tipo de gênero cinematográfico. A atriz Lara Flynn Boyle interpretando uma analista, uma especialista em tratamento de casais em crise, uma mulher sem qualquer ética profissional, por exemplo, poucas vezes (ou nenhuma vez) atuou em comédias verdadeiras. Por essa razão ela fica meio deslocada.

James Spader é outro estranho no ninho. Seu personagem é um tipo meio abobado, inocente útil, que nunca funciona direito. O James Spader tem tudo, menos cara de bobalhão. Não iria dar certo de jeito nenhum mesmo. Seu papel nesse filme deve ter sido o mais constrangedor de sua carreira. O único que saiu bem, como era de esperar, foi mesmo o Bill Murray. Esse é do ramo mesmo. Ele interpreta um advogado cínico, cheio de atitudes absurdamente inescrupulosas. O papel caiu como uma luva para o jeitão de Murray. Enfim, posso dizer que esse é um daqueles filmes que tinham o roteiro certo, mas com um elenco errado, acabou não dando certo.

Falando de Sexo (Speaking of Sex, Estados Unidos, 2001) Direção: John McNaughton / Roteiro: Gary Tieche / Elenco: Lara Flynn Boyle, James Spader, Bill Murray, Jay Mohr, Melora Walters / Sinopse: Um casal em crise acaba colocando para girar, sem saber, uma verdadeira máquina de lucro que vive do divórcio de pessoas como eles. Psicólogos, analistas, advogados e escroques de todos os tipos querem sua parte na divisão dos bens daquele casal.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O Despertar do Desejo

Título no Brasil: O Despertar do Desejo
Título Original: Afterglow
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Alan Rudolph
Roteiro: Alan Rudolph
Elenco: Nick Nolte, Julie Christie, Lara Flynn Boyle, Jonny Lee Miller
  
Sinopse:
O filme mostra a história de dois casais infelizes. O primeiro é formado por um vazio e ambicioso homem de negócios, Jeffrey Byron (Jonny Lee Miller), e sua esposa sexualmente frustrada Marianne (Lara Flynn Boyle). O segundo com o profissional da construção civil Lucky Mann (Nick Nolte) e uma atriz fracassada de filmes B chamada Phyllis (Julie Christie). Quando Lucky é contratado para trabalhar no apartamento de Jefrey logo surge uma atração entre ele a esposa do seu contratante.

Comentários:
Casamentos infelizes geralmente rendem bons dramas, ainda mais porque a destruição de relacionamentos que deveriam durar para sempre sempre despertam a atenção do público. Esse "O Despertar do Desejo" é um drama cult dos anos 90 que explora justamente esse tipo de situação. Embora tenha sido indicado a vários prêmios pelos festivais mundo afora o grande destaque desse filme é realmente seu elenco. A começar pela presença sempre interessante de Julie Christie, uma musa do cinema clássico em sua era de ouro. Afinal é impossível esquecer Julie em seu maior papel, o da linda russa Lara em "Doutor Jivago", personagem que a marcou para sempre. Aqui ela já estava bem mais velha, porém o talento continuava intacto, tanto que acabou sendo agraciada com uma indicação ao Oscar justamente por interpretar essa atriz infeliz na profissão e no casamento. Essa foi a terceira vez que Julie Christie foi indicada ao Oscar, tendo sido premiada em 1965 com o filme "Darling - A Que Amou Demais", seguida das indicações em "Onde os Homens São Homens" em 1971 e "Longe Dela" em 2006. Julie sozinha, com seu imenso talento dramático, já vale o filme inteiro. Por isso não deixe de conferir esse grande momento de sua carreira.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de novembro de 2015

Três Formas de Amar

Outro filme que foi acusado de ser bem vulgar, não no mesmo estilo da comédia de Jim Carrey, mas sim ideologicamente vulgar. Explico. A temática passeia sobre um triângulo amoroso entre dois homens e uma mulher. O cenário é o meio universitário americano. Por um erro burocrático do campus a jovem Alex (Lara Flynn Boyle) acaba indo parar no dormitório de dois colegas de faculdade, Stuart (Stephen Baldwin) e Eddy (Josh Charles). Bom, a partir daí já sabemos muito bem que um clima de tensão sexual se instalará entre eles. Mulheres e homens vivendo sob um mesmo teto acaba despertando os instintos mais básicos do ser humano. É algo perfeitamente natural. Alex logo se apaixona por Eddy, mas Stuart também tem uma queda por ela. O problema é que Eddy é gay e na verdade esconde uma atração por seu colega de quarto, o próprio Stuart.

Como resolver uma situação como essa, onde todos parecem interessados, mas que no fundo ninguém consegue dar o braço a torcer? Eventualmente Alex propõe aos rapazes um tipo de relacionamento aberto, onde ninguém seria realmente de ninguém e todos poderiam compartilhar da mesma cama sem maiores culpas. Bem, se não houvesse sentimento envolvido até poderia dar certo, porém como há paixões no meio dessa equação todos acabam se machucando emocionalmente, de uma forma ou outra. Entre as acusações que o filme sofreu estava a de que ele seria na verdade um longo comercial ou lobby da causa gay ou bissexual. Não vejo motivos para isso. No fundo é apenas uma história de amor triangular que definitivamente não deu muito certo!

Três Formas de Amar (Threesome, Estados Unidos, 1994) Direção: Andrew Fleming / Roteiro: Andrew Fleming / Elenco: Lara Flynn Boyle, Josh Charles, Stephen Baldwin / Sinopse: O roteiro explora um conturbado triângulo amoroso.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de setembro de 2015

Homens de Preto II

Título no Brasil: MIIB - Homens de Preto II
Título Original: Men in Black II
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Lowell Cunningham, Robert Gordon
Elenco: Tommy Lee Jones, Will Smith, Lara Flynn Boyle, Johnny Knoxville
 
Sinopse:
Os Homens de Preto precisam combater uma nova ameaça, Serleena (Lara Flynn Boyle), uma Kylothiana que pretende abalar as estruturas do planeta Terra. Para enfrentar esse novo desafio o agente Jay (Will Smith) resolve trazer de volta à ativa o agente Kay (Tommy Lee Jones) cuja memória foi apagada no passado e que agora passa seus dias como um mero empregado dos correios americanos.

Comentários:
Bem mais bem produzido do que o primeiro filme, "Men in Black II" segue sendo a mais bem sucedida bilheteria dessa franquia. Como se sabe tudo é uma adaptação de uma revista em quadrinhos obscura da Malibu Comics. Poucos conheciam esse universo mas Spielberg viu potencial nessas estorinhas. Como o primeiro filme tratou de apresentar esse mundo ao público agora há mais espaço para desenvolver melhor a trama e os personagens. A fórmula segue sendo a mesma, agentes de um super secreto órgão de controle de ETs em nosso mundo caçam os alienígenas que se desviam das normas de boa convivência. MIB é um produto pop pipoca por excelência, sem qualquer pretensão de ser algo mais do que diversão descompromissada. Tommy Lee Jones e Will Smith continuam como sempre muito carismáticos mas quem acaba roubando o show mesmo é a atriz Lara Flynn Boyle (na época namorada de Jack Nicholson). Seu visual e estilo exóticos combinaram muito bem em seu papel de outro mundo. Em suma, compre muita pipoca e se divirta o máximo que puder.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de abril de 2015

Equinox

Como vocês sabem eu estou aqui fazendo um resgate dos filmes que assisti nos últimos vinte anos. Assim estou publicando breves resenhas usando como guia um velho caderno de anotações onde escrevi os filmes que ia assistindo naquela época. Esse "Equinox" é um deles. Assisti pela primeira vez em 1995, segundo meus escritos. Demorei um certo tempo para me lembrar direito do filme. É um thriller de suspense com toques dramáticos que tem um enredo até bem interessante. Dois irmãos gêmero são separados assim que nascem. Um vira um sujeito honesto e íntegro, o outro se torna um gangster.

O primeiro tem uma personalidade tímida, já o segundo é tão expansivo que muitos pensam que ele tem algum tipo de problema mental. O destino que os separou os une novamente quando um jornalista investigativo e escritor descobre que eles são herdeiros de uma grande fortuna, pertencente a um nobre europeu muito rico que morreu. Aqui não há nem muita dificuldade em apontar o grande trunfo do filme: o ator Matthew Modine! Ele interpreta os dois irmãos e se sai maravilhosamente bem. Modine sempre foi um grande profissional, seu problema talvez tenha sido apenas a falta de maiores oportunidades na carreira. De qualquer maneira vale a lembrança desse esquecido e bom "Equinox".

Equinox (Equinox, Estados Unidos, 1992) Direção: Alan Rudolph / Roteiro: Alan Rudolph / Elenco: Matthew Modine, Lara Flynn Boyle, Fred Ward / Sinopse: Dois gêmeos se envolvem em uma situação surreal. Filme indicado a quatro categorias no Independent Spirit Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Rookie

Um dos filmes menores de Clint Eastwood que acabou ficando esquecido. Na época de seu lançamento o filme foi malhado impiedosamente pela crítica mas houve certamente um exagero. A fita é em essência um policial de rotina que tentou transformar Charlie Sheen em astro do primeiro time. É curioso que dois profissionais tão diferentes tenham trabalhado juntos aqui. Clint Eastwood é o exemplo da austeridade, sempre cumprindo o cronograma de seus filmes, nunca estourando o orçamento determinado pelo estúdio. Já Sheen é o extremo oposto disso, um ator com longo histórico de problemas, atrasos, brigas e envolvimento com drogas e prostitutas. Quando a Warner produziu Rookie sua fama ainda não estava tão deteriorada nesse aspecto mas em pouco tempo sua falta de profissionalismo ficaria evidente. O set de Rookie foi movimentado. Eastwood não admitia indisciplina e nem atraso no tempo previsto de filmagens e teve que lidar com um deslumbrado Charlie Sheen, nem um pouco preocupado em ser "certinho" nas filmagens. Nem é preciso esclarecer que os dois não se deram bem juntos.

De certa forma o que aconteceu nos bastidores era um reflexo da própria premissa do filme, onde vemos uma tumultuada relação entre um veterano e um novato. A produção é classificada como sendo de ação e realmente se resume a isso. Não há nenhum grande toque de Midas artístico por parte do diretor Eastwood, que parece empenhado em apenas disponibilizar ao seu público um eficiente policial com várias cenas de tiroteios, explosões e perseguições de carros em alta velocidade. Sheen não funciona muito no papel. Ele já não era nenhum garotão - coisa que seu papel exigia - e passava longe de transparecer imaturidade em cena. O elenco de apoio conta com duas presenças interessantes: Raul Julia, tentando trazer algum conteúdo ao seu vazio personagem e Sônia Braga, tentando novamente emplacar no mercado americano. Embora bonita sua presença acrescenta pouco ao filme em si. No saldo final "Rookie" não sai da média das produções da década de 80 nesse estilo  - embora filmado em abril de 1990 o filme segue o padrão da década anterior que havia acabado há pouco tempo. Vale como curiosidade, principalmente para entender porque Charlie Sheen nunca conseguiu virar um astro como Tom Cruise no mundo do cinema.

Rookie - Um Profissional do Perigo (The Rookie, Estados Unidos, 1990) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Boaz Yakin, Scott Spiegel / Elenco: Clint Eastwood, Charlie Sheen, Raul Julia, Sônia Braga, Tom Skerritt,  Lara Flynn Boyle / Sinopse: Nick Pulovski (Clint Eastwood) é um policial veterano que tem que lidar com um tira novato,  David Ackerman (Charlie Sheen). Juntos unirão forças para perseguir um perigoso criminoso, Strom  (Raul Julia).

Pablo Aluísio.