terça-feira, 31 de agosto de 2021

Coyote

Nova série que está na plataforma GloboPlay. O protagonista é uma guarda de fronteira entre Estados Unidos e México. Região perigosa, cheia de crimes, muito por causa da imigração ilegal. Bandos de "Coiotes" (como são chamados os criminosos que atravessam ilegais pela fronteira) atuam em toda a extensão da divisa entre os dois países. A série inicialmente terá apenas 7 episódios em sua temporada inicial. A produção foi problemática, por causa da pandemia. Conforme for assistindo irei colocando aqui as resenhas de cada episódio. Adianto que gostei do episódio piloto. Segue abaixo as demais avaliações.

Coyote 1.01 - Call of the Void
Ben Clemens (Michael Chiklis) é um guarda da fronteira. Sujeito durão, sempre disposto a pegar imigrantes ilegais e coiotes em geral. Durante uma ronda ele, por mero acaso, acaba descobrindo um túnel enorme debaixo do banheiro de um posto de gasolina. Mais de 10 metros de profundidade. Ao entrar dentro daquele buraco descobre um grupo de imigrantes mexicanos tentando chegar nos Estados Unidos de forma ilegal. E o tempo logo fecha entre o policial americano e os membros da quadrilha. O pior porém vem depois quando ele acaba se envolvendo numa confusão com uma mulher mexicana e seu companheiro, um capanga de um cartel de drogas. A situação obviamente fica tensa a ponto dele temer até mesmo por sua vida. Bom episódio inicial, até me animou para continuar acompanhando a série./ Coyote 1.01 - Call of the Void (Estados Unidos, 2021) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Michael Carnes / Elenco: Michael Chiklis, Cynthia Kaye McWilliams, Juan Pablo Raba. 

Coyote 1.02 - Silver or Lead
Tecnicamente é mais do que complicado atravessar um deserto como o que separa os Estados Unidos do México. E é justamente isso que faz o guarda da fronteira com a imigrante que ele tenta salvar a vida. Em seu encalço, o perseguindo, vai um grupo de sicarios mexicanos. Se encontrarem as ordens são claras: matar o tira e se possível salvar a garota, até porque ela está grávida de um dos criminosos. Uma situação mais do que delicada. Esse episódio também serve como gancho para todos os demais, uma vez que o policial é coagido a partir de agora a trabalhar para eles. Será que ele vai ceder mesmo e começar a trabalhar para bandidos? Seria uma mudança e tanto. Complicado. / Coyote 1.02 - Silver or Lead (Estados Unidos, 2021) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Michael Carnes / Elenco: Michael Chiklis, Juan Pablo Raba, Adriana Paz. 

Coyote 1.03 - Sin of Origin
O policial americano da fronteira Ben Clemens (Michael Chiklis) fica preso no México. Ele está sem dinheiro, cercado por homens violentos de um cartel de drogas. O que fazer? Ele arranja um pouco de dinheiro com a dona daquele pequeno restaurante e até consegue alugar um avião para atravessar a fronteira, mas é tudo em vão. O avião pertencia aos traficantes. Ele fica nas mãos do chefe do cartel depois que ele mata o atual marido de sua ex-mulher. Uma situação desesperadora. Nesse episódio também temos um pequeno flashback, quando Clemens atira em que jovem pensando que ele estava puxando uma arma - só que na verdade era seu celular! Um erro que custou uma vida, a vida de um jovem, com toda a vida pela frente... / Coyote 1.03 - Sin of Origin (Estados Unidos, 2021) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Michael Carnes / Elenco: Michael Chiklis, Juan Pablo Raba, Adriana Paz. 

Coyote 1.04 - Juan Doe
Como libertar um prisioneiro, um imigrante ilegal que agora se encontra detido no posto da fronteira? Para o ex-policial aposentado ele vai ter que dar um jeito. Afinal agora deve favores e precisa fazer alguns "servicinhos" para o cartel mexicano de drogas da região. Então ele volta a vestir seu uniforme, finge que ainda está na ativa e entra na detenção em busca do tal sujeito. Claro que algo assim, se descoberto, vai lhe trazer muitos problemas. Talvez ele seja até preso, afinal se trata de um crime federal. De qualquer forma a coisa acaba acontecendo, mas deixa dois policiais mortos em uma estrada deserta. O ex-tira assim acaba cruzando uma linha que jamais poderia ser ultrapassada. Coisas terríveis pela frente. / Coyote 1.04 - Juan Doe (Estados Unidos, 2021) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Michael Carne / Elenco: Michael Chiklis, Juan Pablo Raba, Adriana Paz. 

Coyote 1.05 - King Tide
A série já demonstra sinais de problemas nos roteiros. Não se sabe mais para onde ir. Em minha opinião erraram. Deveria ser uma boa série policial sobre um membro da polícia da fronteira entre Estados Unidos e México. Assunto não iria faltar. Mas aí decidiram que esse mesmo policial veterano iria trabalhar para o mundo do crime, para um cartel mexicano de tráfico de drogas. Aí a coisa desandou mesmo. Provavelmente não seguirei assistindo a série. Acho que ela entrou em um beco sem saída. Nesse episódio surgiu um antigo colega do protagonista que agora é um agente especial. Acho que tentaram consertar a série tarde demais. Por fim uma informação importante: só foram produzidos seis episódios até o momento e ninguém sabe se a série vai continuar ou não. Vamos aguardar. / Coyote 1.05 - King Tide (Estados Unidos, 2021) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Michael Carnes / Elenco: Michael Chiklis, Juan Pablo Raba, Adriana Paz.

Coyote 1.06 - Plaza De Nada
A série foi suspensa nesse sexto episódio da primeira temporada. A razão foi a pandemia. Vai voltar? Terá novos episódios? Até agora não se sabe ao certo. De minha parte vou ficando por aqui mesmo. Não vou continuar a ver se houver novos episódios. E o que acontece nesse suposto final da série Coyote? É curioso porque os roteiristas deram um jeito de meio que fechar a história. Talvez previssem que não haveria mais nada pela frente. Foi uma boa decisão. E o que acontece? Basicamente Ben Clemens (Michael Chiklis) consegue autorização do cartel de drogas mexicano e volta aos Estados Unidos. Uma vez de volta ao seu país natal as coisas complicam. Ele é preso pelos próprios ex-parceiros da polícia. Em troca de uma pena mais leve propõe um acordo e se oferece para entregar o que sabe. Com isso a série chegou ao seu, digamos, "final provisório", vamos colocar nesses termos. Então é isso. Não sei vocês, mas eu vou dando bye bye. Nao vou seguir em frente mesmo se houver mais episódios, como já frisei. No meu caso é o fim da linha para essa série. / Coyote 1.06 - Plaza De Nada (Estados Unidos, 2021) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Josh Gilbert / Elenco: Michael Chiklis, Juan Pablo Raba.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Belgravia

Comecei a assistir essa nova série que está disponível na plataforma GloboPlay. Logo no começo do episódio piloto o espectador é transportado para Bruxelas. Napoleão Bonaparte marcha com seu exército em direção à cidade belga. Os ingleses se preparam para enfrentar os franceses em Waterloo, naquela que seria a última batalha de Napoleão. Apesar do clima de guerra, os nobres ainda aproveitam uma última noite antes do conflito, em um requintado baile. Sophia Trenchard (Emily Reid) é a jovem apaixonada pelo filho de um rico Duque inglês, de Brockenhurst. Só que ela é filha de um simples mercador e dentro de uma sociedade baseada em castas sociais soaria improvável que um dia se casaria com ele. Entretanto naquele último baile antes da chegada de Napoleão, tudo poderia ser possível.

Desde a abertura percebemos que "Belgravia" tenta seguir a fórmula de outra série de época de sucesso, "Downton Abbey". Tudo remete para a outra série, inclusive a trilha sonora incidental, a estrutura dos roteiros, etc. Não que isso seja um defeito, é apenas a reedição de uma fórmula que deu sucesso. Deixando esse aspecto de lado devo dizer que o roteiro, pelo menos desse episódio piloto, me soou um pouco apressado demais. Há uma certa ansiedade de fisgar o espectador, em razão disso as coisas acontecem rápido demais, se acumulam em excesso. Penso que séries como essa precisam de um melhor desenvolvimento, algo mais temperado. Pelo menos nesse aspecto o roteiro dessa nova série não conseguiu reproduzir "Downton Abbey".

Belgravia (Inglaterra, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: Tamsin Greig, Emily Reid, Rebecca Callard, Matthew Canny / Sinopse: Série inglesa que conta a história de uma família burguesa, de ricos comerciantes, que tem um segredo a esconder de seu passado, com o envolvimento de uma de suas jovens com o filho de um Duque na nobreza britânica.

Pablo Aluísio. 


Episódios comentados - Primeira Temporada:

Belgravia 1.02
Eu reclamei do primeiro episódio por entender que as coisas aconteceram de forma muito acelerada. Nesse segundo episódio as coisas melhoram. Já não há tanta pressa para se contar a história e isso definitivamente é um ponto positivo. O fato principal é que o menino, fruto daquela gravidez indesejada em temos de guerras napoleônicas sobreviveu. Se tornou um rapaz esforçado que trabalha no ramo de vendas de algodão. Imagine sua surpresa quando recebe sem esperar a visita de uma nobre senhora. Ele não sabe, mas ela é sua avó. Ela já sabe da verdade. Ele é o único herdeiro do ducado de Brockenhurst que pertence ao seu avô, que ele sequer conhece. E tudo será dado a ele em herança. Ele recebe o inesperado convite para uma elegante festa na mansão do Duque de Brockenhurst e aceita, sem nem desconfiar o que está por vir. Bom episódio, gostei realmente. Agora estou mais animado para seguir assistindo a série. / Belgravia 1.02 (Estados Unidos, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: Tamsin Greig, Gary Lilburn, Philip Glenister.

Belgravia 1.03
O jovem que comercializa algodão é o neto do Duque de Brockenhurst. Único que ele tem. E todos em Londres ficam intrigados pela aproximação da Duquesa para com ele. A avó, que ainda não se revelou, decide financiar seus negócios, o convida para festas e tudo mais. O irmão do Duque de Brockenhurst, um sujeito que deve muitas dívidas de jogos coloca seu filho para descobrir tudo. A perda da fortuna para um neto recentemente descoberto seria a pior coisa que poderia acontecer. Estou gostando da série. Seu estilo de folhetim é sem dúvida dos melhores, para quem curte esse tipo de enredo certamente vai apreciar. / Belgravia 1.03 (Estados Unidos, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: John Alexander / Elenco: Philip Glenister, Tamsin Greig,mAlice Eve.

Belgravia 1.04
O sobrinho da Duquesa de Brockenhurst começa a colher mais informações sobre o preferido de sua tia. Um sujeito que ninguém conhecia, mas que de uma hora para outra se tornou seu protegido. Ela é na verdade sua avó, mas nada foi ainda revelado. E o irmão do Duque precisa correr contra o tempo. Devendo dívidas de jogo com uma turma da pesada, ele precisa arranjar o dinheiro. Seus bens pessoais já foram quase todos vendidos, restando pouca coisa. O Duque de Brockenhurst, em gesto de nobreza, entretanto volta atrás. Com receios que seu irmão seja morto por esses credores ele decide pagar parte de suas dívidas de jogo. E o jovem comerciante de algodão precisa se decidir se vai se atirar de corpo e alma em um novo romance que bate a porta. Justamente a namorada oficial do sobrinho da Duquesa, que agora está ficando para trás pois a jovem moça está se apaixonando pelo preferido dela. E agora, o que vai acontecer? Assista aos próximos episódios. / Belgravia 1.04 (Inglaterra, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: James Fleet, Adam James, Conor Lovett.

Belgravia 1.05
Todos os esforços que John Bellasis fez para descobrir as verdades e os segredos de Charles Pope começam a dar certo. Ele descobre alguns podres do passado do jovem vendedor de algodão. Também tira a sorte grande quando tem acesso a informações preciosas sobre ele. Tudo descoberto através de subornos e propinas dadas aos empregados e ao mordomo de uma pessoa em especial. Já Lady Maria Grey está mais do que decidida. Não quer se casar de jeito nenhum com John Bellasis. Ela ama mesmo Charles Pope! Por fim, diante de tantas pressões, fofocas e boatos que se espalham por Londres, a Duquesa de Brockenhurst levanta a hipótese de contar para todo mundo que Pope é na realidade seu neto. Ele foi fruto de um breve, mas marcante, relacionamento entre seu filho (que morreu em uma batalha contra Napoleão) e a bela Sophia. Inclusive os pais de Sophia pensam em aceitar tudo, mas ficando mais na cautela, sem envolvimento maior, para evitar escândalos na sociedade. E como termina a série Belgravia? Bom, só veremos tudo na próximo episódio, o último da série. Até lá! / Belgravia 1.05 (Inglaterra, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: Paul Ritter, Philip Glenister, Richard Goulding. 

Belgravia 1.06
E assim chegamos no último episódio da série "Belgravia". E o que acontece no último episódio? Bom, John Bellasis descobre que Pope é o verdadeiro neto da condessa! E o que significa isso para ele, pessoalmente falando? Significa que ele ficará sem a herança do conde, ou seja, seu futuro cai por terra. Pobreza e ruína financeira o esperam. E nesse momento de desespero ele decide matar Pope. Apenas a morte dele garantirá seu futuro. E assim ele tenta, mas fracassa. Pope sobrevive, mesmo sendo jogado de uma ponte. Após esse evento sinistro finalmente as coisas caminham em direção a um final feliz. Pope é reconhecido publicamente por seus avós, o Conde e a Condessa de  Brockenhurst. A cena final é de seu casamento com a mulher que ama. Um final mais do que adequado para quem acompanhou essa minissérie ao estilo folhetim. / Belgravia 1.06 (Inglaterra, 2020) Direção: John Alexander / Roteiro: Julian Fellowes / Elenco: Philip Glenister, Ian Attard, Stephen Chapman.

Pablo Aluísio.

The Boys - Segunda Temporada

The Boys - Segunda Temporada
Estou começando a assistir a segunda temporada de "The Boys" e isso é até interessante porque eu pensei seriamente em largar a série lá pelo meio da primeira temporada. Entretanto os episódios foram melhorando, ficando mais bem roteirizados, com situações mais, digamos, "ácidas" e isso reacendeu meu interesse pela série. Além disso o episódio final da temporada 1 terminou com um gancho que me deu curiosidade em saber o que iria acontecer. Então cá estou eu vendo a segunda temporada. Chegarei ao final? Depende da qualidade dos episódios, vamos ver. Abaixo deixo meus comentário sobre os episódios assistidos.

The Boys 2.01 - The Big Ride
Esse primeiro episódio da segunda temporada foi menos interessante do que pensava. A situação envolvendo o Capitão Pátria, Billy Butcher e sua ex-esposa (que ele pensava que estava morta) fica ainda sem explicação. Apenas na cena final quando Butcher reaparece ficamos com uma certa surpresa. Só que no final das contas ele ainda não explica o que realmente aconteceu (penso que essa explicação do roteiro virá nos próximos episódios, quem sabe...). A Luz Estrela continua seu namorico com o carinha que faz parte do grupo de Butcher. Essa personagem é uma boa sacada da série. Ela é aquele tipo de garota que foi muito reprimida pela religião protestante quando era criança, sempre com medo e culpa por todos os lados, por parte de sua mãe, etc. Essas pessoas geralmente acabam explodindo quando desfrutam de uma certa liberdade. Pelo visto é justamente o que está acontecendo com ela. A liberdade faz bem para a alma humana! / The Boys 2.01 - The Big Ride (Estados Unidos, 2020) Direção: Philip Sgriccia / Roteiro: Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Antony Starr, Erin Moriarty. 

The Boys 2.01 - Proper Preparation and Planning
O Trem Bala já sacou tudo sobre Luz Estrela. Sabe que ela está armando com seu namoradinho. Descobre inclusive que ela pegou amostras do componente V. Só que ele também tem esqueletos no armário, principalmente envolvendo a morte de sua namorada. E o Capitão Pátria? Misto de mau caráter com psicopata, ele retorna para tentar ter uma relação com seu filho, apenas um garoto. Sua aproximação deixa a mãe nervosa, já que ela sabe que ele pode ser capaz de tudo, até das piores atrocidades. Já Billy Butcher ainda tenta entender o que lhe aconteceu desde que o Capitão Pátria o levou para ver sua esposa viva, que ele acreditava que estava morta. Tudo muito confuso. Na dúvida ele segue perseguindo os super-heróis, que tanto odeia. / The Boys 2.01 - Proper Preparation and Planning (Estados Unidos, 2020) Direção: Liz Friedlander / Roteiro: Rebecca Sonnenshine / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.03 - Over the Hill with the Swords of a Thousand Men
Nessa altura da série já ficou claro para todos que os super-heróis são todos uns cretinos, uns boçais, em especial o Capitão Pátria que agora colocou na cabeça que quer ensinar o filho a ser um homem. Para o herói com a bandeira dos Estados Unidos na capa, o garoto está virando um verdadeiro "filhinho de mamãe". Então decide jogar ele de cima da casa para ver se ele voa... não voa e cai de cara no chão! Teria mesmo super poderes ou não? Pelos olhos vermelhos de raio-x é bem possível que sim. No outro grande momento do episódio o Profundo decide usar uma grande baleia cachalote para pegar Bluto e sua turma. Não dá muito certo... / The Boys 2.03 - Over the Hill with the Swords of a Thousand Men (Estados Unidos, 2020) Direção: Steve Boyum / Roteiro: Craig Rosenberg / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.04 - Nothing Like It in the World
O Capitão Pátria apronta mais uma. Ele, durante uma entrevista na TV ao vivo, revela que sua colega dos sete é lésbica! Isso mesmo, ela escondeu por anos sua orientação sexual, o que mais uma vez enfureceu o Capitão Pátria que para falar a verdade está irado com praticamente todos os membros dos super-heróis. Ninguém pode brilhar mais do que ele, chamar mais a atenção da imprensa. Afinal ele é um líder. E a nova integrante do grupo parece que não é nova coisa nenhuma. Ela pode ter sido uma antiga heroína que matou um homem negro no passado. Racista e violenta, além de egocêntrica, ela parece esconder muita coisa. E já está em rota de colisão contra quem? Sim, ele mesmo, o Capitão Pátria, o super ego do grupo. / The Boys 2.04 - Nothing Like It in the World (Estados Unidos, 2020) Direção: Frederick E.O. Toye / Roteiro: Michael Saltzman / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.05 - We Gotta Go Now
The Boys é uma porrada nesse universo de super-heróis. Todos os "supers" da série são sujeitos altamente escrotos e de péssima índole. Nesse episódio os caras ficam encurralados em uma casa, cercado pelo tal de Black Noir. Esse personagem é uma ironia em cima do Batman. Um herói que nunca diz uma palavra, que não interage com os demais, que não parece ter vida própria ou história pessoal. O menos desenvolvido de todos eles, obviamente uma escolha do roteiro para satirizar mesmo o personagem Batman de quem sabemos tanto, não é mesmo? Pois nesse episódio ele encurrala todo mundo, mas no último segundo libera geral. Por qual razão? Ora, por ordens do chefão da empresa que controla os heróis. Afinal todos são apenas peças de um grande tabuleiro. / The Boys 2.05 - We Gotta Go Now (Estados Unidos, 2020) Direção: Batan Silva / Roteiro: Ellie Monahan / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.06 - The Bloody Doors Off
Esse episódio é muito bom porque explica melhor de onde vieram todos esses "super-heróis" dessa estranha empresa que deu uma espécie de produto químico quando eles eram bebês, transformando todos em figuras com poderes absurdos. Há uma espécie de instituição mental para onde foram todos os que enlouqueceram com esses poderes. E a Tempesta - que é a primeira heroína da trupe - conta sua história para o Capitão Pátria. Ela foi uma mulher do nazismo, nascida na década de 1910. Durante o III Reich várias experiências com um cientista nazista foram realizadas. Ela tomou aplicações dessa droga, se tornando uma mulher com poderes incríveis. Só que na mentalidade ainda resiste a velha ideologia do ariano, do homem branco superior, das demais raças inferiores. Um episódio muito bom e muito esclarecer sobre as origens de todo esse universo. / The Boys 2.06 - The Bloody Doors Off (Estados Unidos, 2020) Direção: Sarah Boyd / Roteiro: Anslem Richardson / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.07 - Butcher, Baker, Candlestick Maker
O Capitão Pátria e sua namorada, a nazista Tempesta, estão querendo tomar conta de vez do filho dele. E isso significa deixar sua mãe natural de lado. Afinal os dois querem transformar o garoto (que tem super poderes) em um verdadeiro futuro herói fascista. Tudo de acordo com a ideologia nazi que Tempesta tanto ama! A Luz Estrela é capturada na base dos sete, mas consegue fugir, até mesmo com a ajuda de uma delas - quem diria! Já na convenção do congresso que começa a investigar os super-heróis a coisa desanda de uma vez e da forma mais violenta que se possa imaginar. Começam a explodir todas as cabeças dos envolvidos - por mais estranho e absurdo que isso tudo pode parecer. / The Boys 2.07 - Butcher, Baker, Candlestick Maker (Estados Unidos, 2020) Direção: Stefan Schwartz / Roteiro: Craig Rosenberg / Elenco:  Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr. 

The Boys 2.08 - What I Know
Como termina a série The Boys? Ou melhor dizendo, como termina essa segunda temporada? O foco central se concentra no Capitão Pátria que deseja dominar completamente o filho ao lado de sua namorada Tempesta. Só que os rapazes estão querendo mesmo é destruir com os super-heróis desse estranho universo. O passado nazista de Tempesta chega ao grande público. Ela fica irada. Tudo foi obtido através do Trem Bala que já entendeu que ela sempre iria sabotar sua volta aos sete. Afinal ele é negro e ela é uma racista desgraçada. Com ajuda de Maeva, do Luz Estrela e de outros, a Tempesta acaba levando uma grande surra, mas só morre mesmo (quem diria...) quando o filho do Capitão Pátria a destrói para salvar sua mãe da morte. Depois disso o Capitão Pátria tenta novamente colocar as mãos no seu filho, mas Maeva o ameaça. Se ele fizer qualquer coisa com o garoto ela vai divulgar o vídeo dele no avião caindo, quando se recusou a salvar a vida de pessoas inocentes. O episódio assim termina com várias vitórias do grupo contra o escroto do Capitão Pátria, mas esse ainda não se dá por vencido. O que acontecerá a seguir? Só nos resta esperar pela terceira temporada (se ela for produzida, claro!) / The Boys 2.08 - What I Know (Estados Unidos, 2020) Direção: Alex Graves / Roteiro: Rebecca Sonnenshine, Eric Kripke / Elenco: Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de agosto de 2021

Ninfomaníaca: Volume 1

O diretor Lars von Trier decidiu fazer dois filmes dessa história. Esse primeiro começa quando um senhor mais velho chamado Seligman (Stellan Skarsgård) encontra uma mulher, conhecida como Joe (Charlotte Gainsbourg), caída no chão, no meio da rua, machucada. Ele prontamente se oferece para ajudá-la. Pensa em chamar uma ambulância ou a polícia, mas ela recusa. Ao invés disso ele o leva para casa, para tomar chá e se recuperar. Então Joe começa a contar sua história. Desde quando era garotinha sua sexualidade era fora dos padrões. Depois quando veio a puberdade ela se atirou em uma vida promíscua. Fazia apostas com a amiga, sobre quem iria transar com mais homens em um trem e coisas do tipo. Com o tempo a coisa só piorou. Ela começou a transar com qualquer homem que surgisse pela frente. Homens mais novos, mais velhos, solteiros, casados, todos se tornavam seu alvo.

E claro, um comportamento como esse, também sempre traz problemas como quando a esposa de um de seus amantes apareceu em seu apartamento com três filhos pequenos para fazer uma cena constrangedora. Esse filme foi criticado em seu lançamento por causa das fortes cenas de sexo, mas ao meu ver essa é uma leitura superficial. Na verdade Lars apostou muito mais no aspecto emocional e psicológico de sua protagonista. Tanto isso é verdade que sua escalada de sexo e promiscuidade acontece na mesma proporção em que ela vai perdendo seu prazer real. Vai ficando insensível ao longo do tempo, como se fosse uma viciada em drogas, até porque queiram ou não há mesmo muitas semelhanças entre esse e o vício em sexo. Assim, olhando sob esse ponto de vista, gostei do filme e pretende ver o segundo. Não costumo me decepcionar com os filmes de Lars von Trier.

Ninfomaníaca: Volume 1 (Nymphomaniac: Vol. I, Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Lars von Trier / Roteiro: Lars von Trier / Elenco: Charlotte Gainsbourg, Stacy Martin, Stellan Skarsgård, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman / Sinopse: Mulher ninfomaníaca começa a destruir a vida dos homens com quem mantém relações amorosas. Aos poucos sua vida também vai se desmoronando por causa de seu comportamento promíscuo e sem limites.

Pablo Aluísio.

Os Subterrâneos da Noite

Leo Percepied (George Peppard) sonha ser escritor, mas as coisas não andam nada bem para ele. Morando com a mãe, que trabalha como enfermeira, ele vê os anos passando e nada acontecendo em sua vida. Está estagnado. Para esfriar um pouco a mente ele passa a frequentar uma turma de jovens artistas. São atrizes, atores, pintores, poetas, todos desempregados e sem grande perspectiva de futuro, tal como ele próprio. Acaba conhecendo a jovem Mardou Fox (Leslie Caron) e se apaixona por ela. Mas o romance fica longe de ser isento de problemas. Ela tem histórico de problemas psicológicos, sofre surtos e começa a pressionar Leo de uma forma que nunca poderia imaginar.

Muito bom esse filme que mostra um grupo de jovens talentosos, mas sem emprego, em uma San Francisco do começo dos anos 60. Há um pequeno texto no começo do filme, como se fosse um aviso contra a vida boêmia desses jovens, que achei bem babaca. Coisa do moralismo da época. Ignore isso e aproveite a boa história que o filme tem a contar, mostrando esses jovens que parecem perdidos na vida, mas que no fundo estão amando (e sendo amados) por outros que se encontram na mesma situação. De certa forma o ator George Peppard tem um personagem muito parecido com o que iria interpretar em "Bonequinha de Luxo", a do jovem escritor procurando por um lugar ao Sol. E nesse espaço de tempo acaba encontrando sua verdadeira essência como ser humano.

Os Subterrâneos da Noite (The Subterraneans, Estados Unidos, 1960) Direção: Ranald MacDougall / Roteiro: Robert Thom, baseado na obra de Jack Kerouac / Elenco: Leslie Caron, George Peppard, Roddy McDowall, Janice Rule / Sinopse: O filme conta a história de um jovem escritor, seus amigos e sua grande paixão, com tudo se passando no ano de 1960, na cidade de San Francisco.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de agosto de 2021

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Um grupo de estudantes universitários dos Estados Unidos decide fazer uma viagem até a distante e fria Suécia para conhecer um grupo religioso. Essas pessoas vivem isoladas, no interior do país, cultivando um culto que tem bastante semelhanças com as antigas religiões pagãs do passado. Alguns dos estudantes querem escrever uma tese sobre essa religião diferente e exótica. No começo as coisas começam bem. Eles são bem recebidos e passam a conviver com a vida daquelas pessoas, cheias de dogmas e rituais simbólicos. Só que as coisas começam a ficar estranhas quando dois idosos são levados até o alto de uma colina durante um ritual. E eles pulam para a morte. A partir daí os estudantes percebem que há algo muito errado naquele lugar.

Fui assistir a esse filme sem esperar por grande coisa. Pensei que era apenas mais um filme de terror como tantos outros que estão por aí. Só que acabou me surpreendendo com a proposta do filme. O clima estranho percorre toda a história e um sentimento de desconforto logo se impõe. Esse roteiro discute de forma subliminar temas importantes como o fanatismo religioso, o simbolismo dos ritos religiosos e a importância que a morte e o sacrifício de seres humanos tinham nas antigas religiões da antiguidade. Um roteiro, ao meu ver, muito bem articulado. Diz muito, sem usar grandes diálogos ou coisas do tipo. A mensagem é mais mostrada através de imagens insanas e a trilha sonora cantada por aqueles fanáticos religiosos. Enfim, um filme realmente acima da média. Gostei bastante.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar, Estados Unidos, Suécia, 2019) Direção: Ari Aster / Roteiro: Ari Aster / Elenco: Florence Pugh, Jack Reynor, Vilhelm Blomgren / Sinopse: Um grupo de estudantes americanos viaja até a Suécia para estudar e conhecer uma comunidade isolada que segue uma estranha religião com vários elementos de paganismo antigo. Depois de algum tempo descobrem que entraram em uma situação de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Studio 54

Filme muito bom que resgata parte da história noturna de Nova Iorque. Na década de 1970, em pleno auge da disco music, uma discoteca foi aberta na cidade. Chamada de "Studio 54" virou point de encontro de escritores, atores, atrizes, diretores de cinema e intelectuais em geral. Em um tempo em que não havia a AIDS e não havia risco de vida em ser libertino, esse lugar acabou se tornando um ponto de referência para quem desejava curtir uma noite sem medo, sem culpas. E como não poderia deixar de ser, também era uma discoteca onde rolava muita droga. A cocaína, por exemplo, era servida aos clientes em grandes bandejas de metal. O clima era de euforia à base de narcóticos.

Como era uma discoteca frequentada por ricos e famosos a polícia da cidade nunca fazia batidas e quando isso acontecia todos já sabiam que havia um acordo entre os donos da Studio 54 e o departamento de polícia da cidade. Até porque não era raro também a presença de políticos conhecidos da cidade, sendo que até mesmo o prefeito podia ser encontrado ali, talvez cheirando cocaína no banheiro! Eu gostei do filme. Esse clima de decadência dos anos 70 geralmente rende bons filmes e séries. Tudo era muito exagerado, kitsch, com os cabelos armados e as calças bocas de sino. E, por fim, o clima em geral me lembrou muito da ótima série "The Deuce" que se passa na mesma época, com os roteiros explorando os mesmos lugares ao estilo inferninho. Vale a pena fazer uma dobradinha entre o filme e a série.

Studio 54 (54, Estados Unidos, 1998) Direção: Mark Christopher / Roteiro: Mark Christopher / Elenco: Ryan Phillippe, Salma Hayek, Neve Campbell / Sinopse: A famosa boate da cidade de Nova York dos anos 70 vista e contada pelos olhos de um jovem empregado. Filme com roteiro baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

Velozes & Furiosos 9

O irmão de Dominic Toretto (Vin Diesel) está de volta e isso definitivamente não é algo bom. Rivais e competitivos desde que o pai morreu em uma pista de corrida, eles agora estão em lados opostos. Enquanto Dominic tenta evitar que um artefato tecnológico perigoso caia em mãos erradas, seu irmão Jakob (John Cena) quer exatamente o contrário disso. Ele está trabalhando para um grupo de criminosos internacionais. Quem conseguir colocar as mãos no tal objeto terá um poder supremo sobre praticamente todos os satélites ao redor do globo e em consequência terá também todas as armas militares sob o seu comando. É uma questão de segurança internacional.

Esse nono filme da franquia "Velozes & Furiosos" demonstra que essa série cinematográfica já virou outro coisa bem distinta do primeiro filme. Existe uma escalada em filmes de ação de Hollywood. Cada filme produzido precisa ter cenas mais espetaculares de ação, mais exageradas, impossíveis. E esse filme aqui já bem demonstra que o limite do absurdo já foi rompido. Há sequências absurdas de um carro equipado com um foguete espacial atrás e, pasmem, o tal carro vai para o espaço e entra em órbita. OK, já temos o pastiche do ano em termos de cenas ridículas. E o efeito que isso causa no espectador é bem diverso do que queriam os produtores. Tudo acaba causando apenas tédio e o bocejo chega sem cerimônias. De minha parte deixei de me importar com o que estava acontecendo no filme lá pela metade. Absurdos demais levam ao desinteresse quase que completo.

Velozes & Furiosos 9 (F9, Estados Unidos, 2021) Direção: Justin Lin / Roteiro: Daniel Casey, Justin Lin / Elenco: Vin Diesel, John Cena, Michelle Rodriguez, Charlize Theron, Kurt Russell, Helen Mirren, Jordana Brewster / Sinopse: Dois irmãos, com muitas mágoas e problemas a resolver de seus passados, se reencontram na luta por um artefato tecnológico de última geração que dará ao seu possuidor o poder de controlar todas as armas do mundo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Quase Deuses

O título nacional pode soar como um certo exagero, afinal médicos passam longe de serem deuses, ainda mais no Brasil. De qualquer maneira esse filme teve uma excelente recepção quando foi exibido. É importante, antes de tudo, esclarecer que se trata de um telefilme, muito bem produzido e roteirizado, mas ainda um telefilme. Ele conta a história de um médico (e cientista) que no começo do século XX criou, basicamente sozinho, a cirurgia de ponte de safena, que iria salvar a vida de milhares de pessoas nos anos seguintes. O mais interessante de tudo é saber que foram bebês os primeiros a passarem por esse tipo de cirurgia de alto risco. Era uma situação de vida ou morte, pois os bebezinhos não iriam sobreviver sem a tentativa de se fazer a cirurgia. Assim os pais acabaram concordando com o procedimento, mesmo sabendo dos riscos de tudo ser ainda muito experimental, teórico. Para sorte de todos a cirurgia de ponte de safena acabou se revelando um sucesso.

Conhecidos como "bebês azuis" por causa de seus problemas cardíacos, sua única chance de sobrevivência vinha mesmo do uso dessa inovação, ainda que nunca tivesse sido feito na prática. E o renomado cirurgião Dr. Alfred Blalock (Alan Rickman) contou com a ajuda de um jovem homem negro, que tinha grande talento para criar ferramentas cirúrgicas e que foi crucial para que todas as cirurgias se tornassem bem sucedidas. Então é isso, um filme especialmente recomendado para quem é da área médica e deseja ou tenha mera curiosidade de conhecer ainda mais um capítulo importante da história da medicina.

Quase Deuses (Something the Lord Made, Estados Unidos, 2004) Direção: Joseph Sargent / Roteiro: Peter Silverman, Robert Caswell / Elenco: Alan Rickman, Yasiin Bey, Kyra Sedgwick / Sinopse: O filme "Quase Deuses" conta a história real do médico e cirurgião Alfred Blalock (1899-1964) que criou, através de anos de estudo, a cirurgia da ponte de safena.

Pablo Aluísio.

Dança Comigo?

Título no Brasil: Dança Comigo?
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Peter Chelsom
Roteiro: Masayuki Suo, Audrey Wells
Elenco: Richard Gere, Jennifer Lopez, Susan Sarandon, Stanley Tucci, Lisa Ann Walter

Sinopse:
John Clark (Richard Gere) leva uma vida chata como advogado numa grande cidade americana. Seus dias parecem sempre iguais, indo de casa para o trabalho e vice versa. Clark está envelhecendo e está sentindo-se bem infeliz. Um dia ao passar por uma academia de ensino de dança de salão resolve sair da rotina. Vai até lá e se matricula. Quer aprender a dançar pois nunca o fez antes, sempre levando uma vida séria e austera. No começo está lá por um flerte casual com a bonita professora mas depois percebe que a dança lhe faz muito bem, o relaxa e alivia o stress de seu dia a dia no meio de uma pilha de processos. A dança se torna o seu pequeno segredo particular o que leva sua esposa a desconfiar que suas escapadas são fruto de um caso extra conjugal.

Comentários:
Alguns filmes são deliciosamente despretensiosos. "Shall We Dance" é um deles. Eu me recordo que em seu lançamento a crítica, sempre muito azeda e mal humorada, cai em cima, falando muito mal da leveza, da singeleza do filme, da sua falta de pretensão e tudo mais. Mas peraí... o objetivo era esse mesmo, contar uma boa história, até lírica e prazerosa, sem qualquer objetivo de ser uma obra prima ou qualquer coisa que o valha. Adorei ver Richard Gere como um cinquentão que simplesmente decide fazer algo diferente em sua vida muito monótona e aborrecida. Um dos aspectos mais curiosos é que ele leva uma existência tão reprimida que até mesmo algo tão singelo como se matricular numa escola de dança de salão vira algo a esconder. Já imaginaram o nível de opressão em que vive? E por mais incrível que isso possa parecer, esse tipo de coisa é algo até bem comum na vida real de muita gente por aí. As pessoas, encarceradas em suas próprias prisões - sejam elas reais ou imaginárias - acabam abdicando de parte da sua felicidade para viverem de acordo com as expectativas das outras pessoas e não das de si mesmas. Com isso deixam de seguir seus sonhos ou desejos mais íntimos. Vivem na realidade o sonho dos outros. Essa é a maior lição desse enredo que considero bem cativante. Chatos mesmos são os críticos que acreditam que todo filme deve mudar o mundo. A sétima arte não é apenas isso! Get a Life!

Pablo Aluísio.