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sábado, 28 de agosto de 2021

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Um grupo de estudantes universitários dos Estados Unidos decide fazer uma viagem até a distante e fria Suécia para conhecer um grupo religioso. Essas pessoas vivem isoladas, no interior do país, cultivando um culto que tem bastante semelhanças com as antigas religiões pagãs do passado. Alguns dos estudantes querem escrever uma tese sobre essa religião diferente e exótica. No começo as coisas começam bem. Eles são bem recebidos e passam a conviver com a vida daquelas pessoas, cheias de dogmas e rituais simbólicos. Só que as coisas começam a ficar estranhas quando dois idosos são levados até o alto de uma colina durante um ritual. E eles pulam para a morte. A partir daí os estudantes percebem que há algo muito errado naquele lugar.

Fui assistir a esse filme sem esperar por grande coisa. Pensei que era apenas mais um filme de terror como tantos outros que estão por aí. Só que acabou me surpreendendo com a proposta do filme. O clima estranho percorre toda a história e um sentimento de desconforto logo se impõe. Esse roteiro discute de forma subliminar temas importantes como o fanatismo religioso, o simbolismo dos ritos religiosos e a importância que a morte e o sacrifício de seres humanos tinham nas antigas religiões da antiguidade. Um roteiro, ao meu ver, muito bem articulado. Diz muito, sem usar grandes diálogos ou coisas do tipo. A mensagem é mais mostrada através de imagens insanas e a trilha sonora cantada por aqueles fanáticos religiosos. Enfim, um filme realmente acima da média. Gostei bastante.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar, Estados Unidos, Suécia, 2019) Direção: Ari Aster / Roteiro: Ari Aster / Elenco: Florence Pugh, Jack Reynor, Vilhelm Blomgren / Sinopse: Um grupo de estudantes americanos viaja até a Suécia para estudar e conhecer uma comunidade isolada que segue uma estranha religião com vários elementos de paganismo antigo. Depois de algum tempo descobrem que entraram em uma situação de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de setembro de 2018

Hereditário

Esse filme de terror, lançado recentemente nos cinemas brasileiros, tem colecionado críticas positivas. De fato é um filme muito bom, diria até mesmo acima da média do que se anda produzindo nesses últimos anos. O roteiro não tem pressa em desenvolver sua história mostrando inicialmente uma família comum, em luto, pela morte da avó. Senhora idosa, morreu já sofrendo de problemas de senilidade. É feito o funeral, a filha fica muito triste com sua morte, mas a vida segue. A família tem histórico de problemas mentais, um típico caso genético envolvendo alguns familiares no passado.

A coisa começa a mudar de foco quando a presença da avó falecida passa a ser sentida. Depois a tragédia volta a abater a família, quando a pequena Charlie, a caçula, tem uma morte horrível, quando retornava de volta para a casa de uma festinha com o irmão mais velho. Duas mortes, bem próximas. Claro que a morte da criança arrasa com a mãe (em boa interpretação da atriz Toni Collette). Destruída emocionalmente ela procura ajuda em um grupo de apoio e lá conhece uma senhora que lhe diz que conheceu um médium que tem o poder de entrar em contato com os mortos.

Bom, se você conhece filmes de terror sabe muito bem que invocações de pessoas falecidas sempre acabam mal. É uma premissa da religião cristã tradicional. A invocação de mortos vai contra as escrituras, é considerada uma abominação perante os olhos de Deus. Claro que a entidade espiritual que atende ao chamado não é a da criança morta, mas sim o puro mal... bem, ir além seria estragar as surpresas do filme. Basta dizer que gostei bastante do resultado final. Apenas uma coisa me incomodou: não gosto de finais onde o mal impera. Ainda sou um tradicionalista que aprecia finais felizes onde o mal é derrotado e o universo reencontra seu equilíbrio. Não foi o caso aqui. Provavelmente os produtores estão de olho em futuras continuações. Nasce uma nova franquia de terror? Bom, só o tempo dirá... Enquanto isso não deixe de assistir a esse "Hereditário", um filme de terror com o estilo dos filmes do passado.

Hereditário (Hereditary, Estados Unidos, 2018) Direção: Ari Aster / Roteiro: Ari Aster / Elenco: Toni Collette, Milly Shapiro, Gabriel Byrne / Sinopse: Uma família americana sofre duas tragédias. Primeiro morre a avó, uma senhora que já sofria de problemas de demência. Depois morre a sua pequena neta Charlie (Milly Shapiro), a caçula de apenas 13 anos. Desesperada e arrasada pelas mortes, Annie (Collette) decide invocar seus espíritos. Péssima, péssima ideia.

Pablo Aluísio.