sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Crocodilo Dundee em Hollywood

Que fim levou Paul Hogan?! O sujeito me surge em meados dos anos 80 com um filme chamado "Crocodilo Dundee" que inclusive deu origem a uma sequência, depois rodou esse terceiro filme e... desapareceu completamente depois disso! Nunca mais ouvi falar desse simpático australiano que fez uma (breve) carreira em Hollywood interpretando o mesmo personagem (que no fundo era ele mesmo!). Como era de se esperar esse terceiro filme em nada muda o roteiro que já havia sido utilizado nos filmes anteriores. É basicamente o mesmo enredo, mostrando um caipirão australiano às voltas com a cidade grande, com os desafios de uma grande metrópole americana.

A única diferença é que agora tudo se passa em Los Angeles. Nada muito diferente do que já havia sido visto antes. Esse terceiro filme é bem fraquinho, com orçamento precário e situações saturadas que já não divertem mais como antes. Além disso Los Angeles há muito deixou para trás o glamour de seu passado, quando Hollywood esbanjava elegância e luxo das estrelas de cinema. Hoje em dia a cidade é cheia de ruas feias, lotadas de sem-tetos, traficantes, viciados e garotas de programa. O filme ainda tenta fazer algum humor em cima dessa fauna urbana, mas o baixo astral é tão grande que nem o Crocodilo Dundee conseguiu tirar risos disso. Melhor esquecer esse filme bem descartável e ruim.

Crocodilo Dundee em Hollywood (Crocodile Dundee in Los Angeles, Estados Unidos, 2001) Direção: Simon Wincer / Roteiro: Paul Hogan, Matt Berry / Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, Jere Burns / Sinopse: Crocodilo Dundee (Paul Hogan) deixa os pântanos da Austrália para trás para encarar uma outra selva, essa de pedra, no caos urbano da grande Los Angeles. Filme "premiado" no Framboesa de Ouro na categoria de Pior sequência, continuação ou remake.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O Príncipe Feliz

Título no Brasil: O Príncipe Feliz
Título Original: The Happy Prince
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Alemanha, Bélgica
Estúdio: Maze Pictures
Direção: Rupert Everett
Roteiro: Rupert Everett
Elenco: Rupert Everett, Colin Firth, Emily Watson, Colin Morgan, Tom Wilkinson, Tom Colley

Sinopse:
Após cumprir sua pena de trabalhos forçados numa prisão inglesa, o escritor Oscar Wilde finalmente ganha a sua liberdade. Sem pensar duas vezes ele vai embora para Paris onde pretende recomeçar sua vida, só que velhos fantasmas do passado teimam em persegui-lo. Filme indicado no Berlin International Film Festival, British Independent Film Awards e European Film Awards.

Comentários:
Geralmente quando lemos alguma biografia do escritor Oscar Wilde descobrimos que ele foi preso acusado de ser homossexual (era um crime na era vitoriana) e depois de cumprir sua pena (de 2 anos) teria ido para Paris, onde morreu. Mas o que aconteceu nesse período final de sua vida? Esse filme traz todos os detalhes de seus últimos meses de vida. É curioso perceber que a prisão, com trabalhos forçados, destruiu não apenas a reputação de Wilde, mas também o arruinou financeiramente e artisticamente. Psicologicamente ele igualmente ficou muito mal. Quando o encontramos no filme ele está praticamente falido, sem dinheiro nem para pagar uma conta de bar. Frequentando pequenas tavernas de Paris ele tenta viver um dia de cada vez. A decadência absoluta de Wilde desfila pela tela, sem amenizar sua ruína pessoal. Eu tinha poucas informações sobre esse período de sua vida e fiquei bem surpreso em saber que mesmo após passar por tudo ele ainda foi atrás de "Bosie", o filho de um rico nobre inglês, o mesmo que fez de tudo para que Wilde fosse para a prisão. E nesse reencontro ele finalmente percebeu que seu jovem amante era no fundo um sujeito mesquinho, frívolo e decepcionante. Deve ter sido terrível para Wilde saber disso depois de tudo o que passou. Enfim, excelente filme, muito bem feito, com ótima direção e roteiro. Se você gosta de Oscar Wilde e sua obra então é uma peça cinematográfica simplesmente indispensável.

Pablo Aluísio.

Efeito Colateral

Título no Brasil: Efeito Colateral
Título Original: Collateral Damage
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Ronald Roose, David Griffiths
Elenco: Arnold Schwarzenegger, John Leguizamo, Francesca Neri, John Turturro, Michael Milhoan, Rick Worthy

Sinopse:
Gordy Brewer (Arnold Schwarzenegger) é um bombeiro. Homem honsto, comum. Ele nunca pensou em ser um cara violento, até o dia em que sua família é assassinada. A partir daí ele resolve procurar justiça por si mesmo, usando para isso a força de seus punhos e o poder de fogo de armas pesadas.

Comentários:
Eu sempre gostei, de maneira em geral, dos filmes de ação do  Arnold Schwarzenegger. Esse aqui porém não me agradou em nada. A fórmula já estava mais do que saturada, sem ter para onde ir. O roteiro era o básico do básico, aquela velha coisa de vingança que todos já estamos fartos de ver no cinema americano. Para piorar não havia uma boa produção para manter pelo menos o mínimo interesse no que estava passando na tela. Acontece que o  Arnold Schwarzenegger estava mais interessado em política. Ele tinha planos na época de largar o cinema para se tornar governador da Califórnia (algo que iria conseguir). O problema é que o filme foi feito nessa situação de ressaca. Outro dia inclusive lendo a biografia do ator vi que ele escreveu que já não aguentava mais o set de cinema, ficar pendurado em cordas, etc. Ele queria mesmo era ser um figurão em um escritório, em um gabinete. E afinal do que se trata o filme? O Schwarzenegger é um bombeiro, um cara comum. Tudo vai bem, às mil maravilhas, até que sua família é assassinada por um grupo terrorista. Vendo que o crime ficará impune então ele resolve fazer justiça pelas próprias mãos. Como se pode perceber não há nada de novo no front. O roteiro é outro derivativo de "Desejo de Matar", sem tirar, nem colocar muita coisa. É um filme fraco, bastante esquecível, sem rumo próprio. Hoje em dia poucos lembram. Esquecimento merecido.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Memória de um Crime

Título no Brasil: Memória de um Crime
Título Original: Backtrace
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Mike Maples
Elenco: Sylvester Stallone, Matthew Modine, Christopher McDonald, Colin Egglesfield, Ryan Guzman, Meadow Williams

Sinopse:
Sete anos após um assalto a banco um dos antigos membros da quadrilha, que estava com amnésia, tenta recordar onde foi escondido uma parte do dinheiro roubado. Para isso ele toma uma droga experimental que mexe com sua mente de forma destrutiva.

Comentários:
Antes de rodar "Rambo V", Sylvester Stallone arranjou um tempinho para filmar esse filme policial classe B. Ele interpreta um detetive da polícia estadual que tenta resolver um caso em aberto, envolvendo o roubo de um banco na sua cidade. Durante sete anos as investigações não dão em nada, até que um dos suspeitos entra em campo para tentar encontrar parte do dinheiro que havia sido roubado e escondido numa fábrica. Ok, o roteiro até tenta ser um pouco diferenciado, mas a pura verdade é que o filme não agrada e está lotado de clichês por todos os lados. O próprio Stallone é praticamente um coadjuvante de luxo. Com figurino preto, poucos diálogos, ele poderia ser substituído que o público nem notaria. Quem ganha mais espaço no filme é Matthew Modine. Irreconhecível, com cabelos brancos, ele é um dos comparsas da quadrilha que após muitos anos toma uma dose experimental de uma droga para se lembrar onde o dinheiro foi colocado. Nada de muito especial. Suas dores de cabeça, com a câmera tremendo, quase cria um humor involuntário. Ficou forçado demais. Então é isso. Esse "Backtrace" não passa de um policial B, bem descartável e esquecível. Para os fãs de Stallone só resta mesmo esperar pelo novo filme do John Rambo.

Pablo Aluísio.

D-Tox

Título no Brasil: D-Tox
Título Original: D-Tox
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Gillespie
Roteiro: Howard Swindle, Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Sylvester Stallone, Charles S. Dutton, Kris Kristofferson, Stephen Lang, Polly Walker, Robert Patrick

Sinopse
Após uma série de assassinatos sem solução, envolvendo até mesmo a morte de um policial,  um detetive do departamento de polícia, Jake Malloy (Stallone), se infiltra em um grupo para seguir os passos de um potencial suspeito.

Comentários:
Filme pouco lembrado hoje em dia dentro da filmografia do ator Sylvester Stallone. O interessante é que o filme até tem seus bons momentos. O enredo criminal se passa todo em uma cidade fria, escura e gelada do Canadá (onde as filmagens foram realizadas). O clima certo para um filme de caça a um serial killer. Além disso o diretor vinha do sucesso do suspense "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado". Parecia o nome certo para esse filme policial mais dark. Só que o público não comprou a ideia da produção e esse thriller fracassou nas bilheterias. Para Stallone foi uma péssima notícia pois ele vinha numa fase de maré baixa, de poucos sucessos comerciais. Logo ele que foi um dos campeões absolutos de bilheteria dos anos 80. Mesmo sem ter feito sucesso volto a escrever que o filme em si não é ruim, muito pelo contrário, só não teve êxito de público. A crítica por outro lado até pegou leve em se tratando de um filme com Stallone. Por fim uma curiosidade: "D-Tox" tem coadjuvantes muito bons, como o cantor e compositor country Kris Kristofferson e Robert Patrick, o inimigo cibernético de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro 2".

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Um Tira da Pesada III

Título no Brasil: Um Tira da Pesada III
Título Original: Beverly Hills Cop III
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Danilo Bach, Daniel Petrie Jr
Elenco: Eddie Murphy, Jon Tenney, Joey Travolta, Eugene Collier, Jimmy Ortega, Ousaun Elam

Sinopse:
Enquanto investiga um caso envolvendo roubos de carros, o detetive Axel Foley (Murphy) descobre outro crime sendo cometido por uma quadrilha de criminosos. E tudo envolvendo um parque temático em Los Angeles. 

Comentários:
Os dois primeiros filmes foram grandes sucessos de bilheteria. Os maiores até então dentro da carreira de Eddie Murphy nos anos 80. Só que o tempo passou, ele nunca aceitava os cachês oferecidos para voltar a interpretar o tira Axel Foley e o projeito de um terceiro filme parecia nunca sair do papel. Até que em 1994 finalmente o ator e a Paramount acertaram as arestas e Murphy retornou para um de seus personagens mais populares. O problema é que o filme não foi o sucesso esperado. Na realidade até hoje me surpreendo pelo fato desse filme não ter agradado. Muitos reclamaram do roteiro, da falta de cenas divertidas e engraçadas, etc. E perceba que o filme foi dirigido por John Landis, um baita de um diretor talentoso. O que deu errado? Complicado saber, mesmo após tantos anos. Talvez tenha sido a época errada para se produzir o filme. Se fosse nos anos 80 a onda em torno dessa franquia ainda estava em alta. Depois com o tempo o hype vai passando, as pessoas vão esquecendo... e se perde o tempo certo para lançar um filme como esse. Muito provavelmente foi isso que de fato aconteceu.

Pablo Aluísio.

O Professor Aloprado 2

Título no Brasil: O Professor Aloprado 2: A Familia Klump
Título Original: Nutty Professor II - The Klumps
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Segal
Roteiro: Steve Oedekerk, Eddie Murphy
Elenco: Eddie Murphy, Janet Jackson, Larry Miller, Richard Gant, Anna Maria Horsford, Melinda McGraw

Sinopse:
O professor Sherman Klump (Eddie Murphy) decide se casar, algo que não será nada fácil por causa de seus parentes e, é claro, de Buddy Love, seu alter-ego bonitão que só faz atrapalhar sua vida. Filme indicado ao Kids' Choice Awards e ao MTV Movie Awards.

Comentários:
Quem criou o personagem do Professor Aloprado foi Jerry Lewis nos anos 60. Era uma sátira em cima de Dean Martin, seu antigo companheiro de dupla. O curioso é que Eddie Murphy vinha numa série de fracassos no cinema e conseguiu seu primeiro sucesso em anos justamente por causa dessa criação de Lewis. E como o primeiro filme fez muito sucesso Eddie Murphy decidiu turbinar tudo nessa continuação - com mais personagens, mais maquiagem, mais tudo. O resultado ficou over, mas não deixou também de ser divertido. É inegável que Eddie Murphy é um comediante talentoso. Aqui ele criou toda uma família, interpretando todos os parentes, com trejeitos, vozes, tudo diferente. E o mais interessante de tudo, ele já havia mudado o próprio protagonista. Com Lewis o professor era um nerd com cara de professor de química. Eddie Murphy o transformou em um professor gordão, boa gente, mas excessivamente tímido e vulnerável. E isso abriu as portas para esse segundo filme quando ele precisa lidar com seus parentes, um pior do que o outro. Ficou muito bom. Acredito até que o Eddie Murphy deveria ter feito mais filmes dessa franquia. Seria bem melhor do que muitas bombas que ele estrelou por aí nos últimos anos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Filhos da Máfia

Título no Brasil: Filhos da Máfia
Título Original: Knockaround Guys
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brian Koppelman, David Levien
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: John Malkovich, Dennis Hopper, Vin Diesel, Seth Green, Jennifer Baxter, Dov Tiefenbach

Sinopse:
Quatro jovens, que fazem parte de importantes famílias de mafiosos do Brooklyn, precisam se unir para recuperar uma sacola cheia de dinheiro que foi parar em uma pequena cidade de Montana. Lá eles vão precisar lidar com um xerife corrupto.

Comentários:
Vamos colocar de uma forma polida. A máfia já teve melhores momentos no cinema. Nem vou citar "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão" porque seria até uma covardia. Esse filme aqui tem um roteiro bem fraco que procura tirar proveito do choque cultural envolvendo quatro jovens mafiosos de Nova Iorque que vão para em um lugar remoto de Montana, uma terra cheia de caipiras. Claro, nesse meio rude eles vão ter que provar que são realmente durões. E aí Vin Diesel, bem jovem ainda e pouco conhecido, aproveita para sair no braço com alguns interioranos em um daqueles bares onde a diversão se resume a jogar sinuca, beber e arranjar brigas. O filme procura também ter um pouco de humor, mas nada muito divertido. Assisti nos tempos do VHS e não deixou saudades. É um filme de ação convencional, indo para o medíocre. Nem os dois grandes atores do elenco (John Malkovich e Dennis Hopper) conseguem melhorar o quadro geral.

Pablo Aluísio.

As Quatro Plumas

Título no Brasil: As Quatro Plumas
Título Original: The Four Feathers
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Shekhar Kapur
Roteiro: Michael Schiffer
Elenco: Heath Ledger, Kate Hudson, Wes Bentley, Daniel Caltagirone, Lucy Gordon, Alex Jennings

Sinopse:
Durante uma guerra nas colônias inglesas um oficial britânico decide abandonar o campo de batalha. Isso cria uma série de problemas pessoais e profissionais para ele pois a partir de então ele é visto como um mero covarde, recebendo quatro plumas por seu ato. Um gesto simbólico de desmerecimento.

Comentários:
Heath Ledger morreu jovem demais. Em janeiro de 2008 ele sofreu uma overdose de drogas que acabou com sua vida. Estava em um dos melhores momentos de sua carreira. Outro talento que sucumbiu ao vício. Uma pena. Esse "As Quatro Plumas" foi uma tentativa da Paramount em transformá-lo em astro. Ele ainda estava começando a se tornar conhecido e contracenava com a gracinha da Kate Hudson. É um filme de época, com todos aqueles uniformes militares pomposos e um código de ética e moral que soam completamente estranhos para as novas gerações. Apesar de ter até gostado do filme achei que o diretor indiano Shekhar Kapur não conseguiu imprimir um bom ritmo para o filme. O desenvolvimento se torna lento e pesado em algumas partes. Um pouco mais de leveza cairia muito bem. Talvez por isso o filme não tenha feito sucesso, chegando a dar prejuízo para o estúdio dentro do mercado americano. Assim apesar da boa e bonita produção, não é aquele tipo de épico marcante. É um momento de presenciar Heath Ledger tentando chegar ao topo em Hollywood e nada muito além disso. Dizem que na época ele teve um caso amoroso com Kate Hudson. Bom, se isso foi verdade então já valeu ter feito o filme...apesar de tudo.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de setembro de 2019

Brinquedo Assassino

Título no Brasil: Brinquedo Assassino
Título Original: Child's Play
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Picture
Direção: Lars Klevberg
Roteiro: Tyler Burton Smith, Don Mancini
Elenco: Mark Hamill, Aubrey Plaza, Tim Matheson, Brian Tyree Henry, Gabriel Bateman, David Lewis

Sinopse:
Um garoto ganha de sua mãe, empregada numa loja de brinquedos, um novo boneco Chucky. Só que ele vem com vários defeitos, o que faz com que sua programação desenvolve aspectos de pura psicopatia, colocando em risco a vida de todos os que vivem ao redor de seu novo dono.

Comentários:
Não gostei desse remake. Na verdade é um reboot da franquia "Child's Play", aquela mesma do boneco assassino Chucky. É inacreditável, mas conseguiram, mesmo depois de tantos anos, apresentar um Chucky mal feito, nada convincente. O original, criado lá nos anos 80, era sem dúvida muito mais bem realizado, com mais expressões faciais e com design mais criativo. Esse aqui é estranho, mal produzido, não desperta simpatia nenhuma. E isso partindo da premissa de que ele deveria ser um boneco de sucesso entre as crianças, fica ainda mais esquisito. O roteiro também não tem novidades. É bem feijão com arroz. A única mudança foi para pior. Ao invés de Chucky ser possuído pela alma de um assassino em um ritual de magia negra, ele é agora apenas fruto de uma sabotagem em sua programação. Tudo feito por um empregado de uma fábrica do boneco no sudeste asiático. Para se vingar de seus patrões ele desliga as diretrizes de segurança do boneco e sem elas tudo pode acontecer, o boneco se torna uma ameaça em potencial para a vida de pessoas que vão adquiri-lo numa loja nos Estados Unidos. Além disso, quando ataca, seus olhos ficam vermelhos. Que bobagem! Enfim, achei tudo muito fraco. Prefiro mil vezes o Chucky original, mesmo com todas as presepadas que fizeram com ele nas inúmeras continuações ao estilo trash de sua série de filmes. Era mais divertido, pelo menos.

Pablo Aluísio.