terça-feira, 20 de agosto de 2019

Minority Report - A Nova Lei

Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.

Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.

Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Annabelle 3 - De Volta Para Casa

Título no Brasil: Annabelle 3 - De Volta Para Casa
Título Original: Annabelle Comes Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster, New Line Cinema
Direção: Gary Dauberman
Roteiro: James Wan, Gary Dauberman
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mckenna Grace, Madison Iseman, Katie Sarife, Michael Cimino

Sinopse:
O casal Warren consegue trazer a boneca amaldiçoada Annabelle para sua casa. Ela então é trancafiada em um armário de madeira, para nunca mais sair dali. Só que a amiga da babá de sua filha tem uma ideia diferente. Ela quer invocar o espírito de seu pai falecido e para isso decide usar a boneca. Uma péssima ideia que acabará criando o caos naquela casa.

Comentários:
Para quem acreditava que esses filmes dessa boneca amaldiçoada não iriam muito longe, aí está o terceiro filme da franquia. O fato é que essas produções são lucrativas demais. Cada filme não chega a custar nem 10 milhões de dólares e sempre apresentam um retorno seguro de bilheteria, muitas vezes ultrapassando os 250 milhões de faturamento. É uma mina de ouro cinematográfica. Então enquanto houver público, haverá novos filmes. Esse terceiro achei apenas mediano. Sigo dizendo que o segundo foi o melhor de todos em minha opinião. Esse número 3 é inegavelmente o mais fraquinho. Todo a trama se passa em apenas uma noite, dentro da casa do casal Warren. Só que eles estão fora e a filha fica sob responsabilidade da babá. Esse é uma daquelas jovens que conhece uma amiga que vai colocar tudo a perder. Ela entra na sala onde são guardados todos os objetos de maldição e bruxaria e resolve mexer em todos eles, colocando para fora até mesmo a boneca Annabelle. E aí o roteiro abre espaço para todo tipo de assombração com direito a um cão enviado do inferno, uma noiva com uma faca e outras bizarrices. É tudo muito simples e direto e o mais interessante é que a velha fórmula ainda funciona. Os sustinhos são garantidos. O diretor desse terceiro filme é um roteirista com experiência em filmes de terror, então ele sabia bem o que estava fazendo. Assim fica o veredito. È o mais fraco da trilogia, mas mesmo assim ainda consegue ser bem melhor do que muito filme de terror que anda sendo exibido por aí.

Pablo Aluísio.

O Dom da Premonição

Os anos 90 não foram muito bons para o terror. Houve muitos filmes recheados de adolescentes passando por sustinhos na escola. Terror teen mesmo. A maioria deles insuportável. "O Dom da Premonição" foi lançado em 2000, mas filmado em 1999, o último ano daquela década perdida. Aqui pelo menos já notamos uma mudança para melhor nos roteiros. Ao invés das gatinhas dando gritos estridentes, fugindo de assassinos em séries com máscaras, o roteiro procurava ser pelo menos um pouco mais adulto. Afinal a maioria do público não estava mais no banco escolar. Era hora de crescer. Com isso os roteiros voltaram a ser mais bem elaborados, como nos anos 70, onde ai sim tivemos inúmeras obras primas do terror (alguém lembrou de "O Exorcista" por aí? Pois é...)

Assim vamos ao enredo. Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) é uma jovem viúva com dons sobrenaturais. Ela consegue ver o futuro das pessoas. Para sobreviver começa a realizar sessões de espiritualismo, leitura de cartas e até magia. Praticando o que se costumava conhecer no mundo antigo como necromancia (o nome original do que hoje alguns chamam de espiritismo, adivinhação, etc), ela acaba atraindo também intrigas e inimizades com alguns moradores da cidade onde mora. As coisas ficam ainda piores quando ocorre um assassinato. Poderia ela ajudar a resolver o crime com seus poderes de clarividência? Como se pode perceber esse filme tem uma pegada mais séria, mais terror das antigas. Por isso gostei do resultado. Não é bobinho, nem teen, o que já garante o interesse. Some-se a isso a presença da sempre enigmática e talentosa Cate Blanchett e você entenderá porque o filme se destacou no meio do lamaçal de tolices dos anos 90.

O Dom da Premonição (The Gift, Estados Unidos, 2000) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Billy Bob Thornton, Tom Epperson / Elenco: Cate Blanchett, Katie Holmes, Keanu Reeves / Sinopse: Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) tem dons de premonição. Ela então passa a colaborar na solução de um mistério, um assassinato brutal acontecido na cidade onde mora, algo que acaba despertando a ira de alguns moradores mais tradicionais. Indicado ao prêmio Film Independent Spirit Awards e a cinco categorias do Saturn Award da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles o de Melhor Filme de Terror do ano.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2019

Assassinato em Hollywood

Título no Brasil: Assassinato em Hollywood
Título Original: Sunset
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Rod Amateau, Blake Edwards
Elenco: Bruce Willis, James Garner, Malcolm McDowell, Mariel Hemingway, Kathleen Quinlan, M. Emmet Walsh

Sinopse:
Tom Mix e Wyatt Earp se unem para solucionar um crime, um assassinato, na Hollywood dos anos 1920. E tudo acontecendo na semana da entrega dos prêmios da academia cinematográfica. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Patricia Norris).

Comentários:
Bruce Willis como o lendário ator e cowboy Tom Mix? Sim, o roteiro prometia bastante pois a premissa era realmente muito interessante, especialmente para quem sempre apreciou a história de Hollywood desde os seus primórdios, ainda nos tempos do cinema mudo. O problema é que o diretor Blake Edwards mais uma vez pesou a mão. Cineasta dado a excessos, principalmente na questão do humor, aqui ele novamente colocou elementos que não cabiam. Essa coisa de muitas vezes cair no pastelão de fato cansou muito em termos de filmografia de Edwards. De positivo não podemos deixar de elogiar a bonita fotografia e a bela reconstituição de época, inclusive contando com uma réplica do espalhafatoso carro de Tom Mix, uma ode ao exagero (e à breguice também!). A produção de fato é impecável, mas com um roteiro meio indeciso o filme deixou um pouco a desejar. Também foi pouco visto pois foi um tremendo fracasso de bilheteria, o primeiro da carreira de Bruce Willis. Pois é, não tem como acertar sempre.

Pablo Aluísio.

Olha Quem Está Falando

Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio:  TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller

Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.

Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Sob o Domínio do Medo

Título no Brasil: Sob o Domínio do Medo
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison

Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).


Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.

Pablo Aluísio.

Tinha Que Ser Você

Título no Brasil: Tinha Que Ser Você
Título Original: Last Chance Harvey
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Overture Films
Direção: Joel Hopkins
Roteiro: Joel Hopkins
Elenco: Dustin Hoffman, Emma Thompson, Kathy Baker, Richard Schiff, Liane Balaban, James Brolin

Sinopse:
Harvey Shine (Hoffman) é um pianista que ganha a vida escrevendo músicas para comerciais. Ele vai a Londres para o casamento da filha e descobre que ela já não o considera tanto, preferindo que seu padastro assuma as honrarias de sua cerimônia. Desiludido, ele acaba conhecendo a inglesa Kate Walker (Thompson) e se apaixona por ela.

Comentários:
Um bom filme que valoriza o romantismo já em um momento mais avançado da vida das pessoas. Os dois protagonistas, o casal central, já ultrapassou a fase da vida de namorar, conhecer alguém e se casar. O personagem de Dustin Hoffman já não tem mais tantas ilusões. Ele é divorciado, um tanto distante da filha que vai se casar e tem um clima pesado com a ex-mulher. Reencontrar a antiga família já não é um motivo de felicidade há anos. A personagem de Emma Thompson também tem seus problemas pessoais. É uma solteirona que vive sendo pressionada pela mãe idosa para se casar. Além disso carrega um trauma pois anos antes fez um aborto que a deixou com um grande sentimento de culpa. O curioso é que o roteiro, mesmo com esses personagens dramáticos, consegue levar o filme numa certa leveza. Nada é trágico ou melodramático demais, pelo contrário. O casal principal vai tentando se agarrar a uma última chance de ser feliz (como o título original do filme sugere), mas sem aquela coisa de derramar muitas lágrimas. Foi uma boa opção pois assim o filme se salvou de ser mais um daqueles dramalhões chatos. No geral gostei de tudo, mas especialmente das boas atuações de Hoffman e Thompson que nunca derrapam e nem caem na vala comum do novelão piegas.

Pablo Aluísio.

Shadowheart

Título no Brasil: Shadowheart
Título Original: Shadowheart
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Desert Moon Pictures
Direção: Dean Alioto
Roteiro: Dean Alioto, Peter Vanderwall
Elenco: Angus Macfadyen, Justin Ament, Marnie Alton, Tonantzin Carmelo, Michael Spears, William Sadler

Sinopse:
O filho de um pastor vê o pai ser assassinado de forma covarde e injusta. Os anos passam e ele se torna um caçador de recompensas. Sua chance de fazer justiça surge quando ele encontra um cartaz de procura-se vivo ou morto trazendo justamente a foto do assassino de seu pai.

Comentários:
Fazer cinema é algo caro. Não se faz cinema com pouco dinheiro. Ainda mais em um gênero como o western em que se necessita de recursos para recriar os figurinos de época, as cidades de madeira, as diligências, etc. Esse faroeste aqui foi rodado com pouco mais de 10 mil dólares! Isso é praticamente nada em termos de indústria americana de cinema. Por isso a falta de um orçamento mínimo faz toda a diferença desde as primeiras cenas. Não que a história não seja boa, ela é interessante, mas a pobre produção incomoda muito a cada cena. O espectador sente a falta de melhores cenários, boa reconstituição de época, etc. Quem sabe algum dia um grande estúdio venha a se interessar por esse roteiro e aí sim teremos um filme de faroeste com potencial. Enquanto isso não acontece é melhor ignorar essa fraca produção que não vai a lugar nenhum.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Uma Segunda Chance

Título no Brasil: Uma Segunda Chance
Título Original: Regarding Henry
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: J.J. Abrams
Elenco: Harrison Ford, Annette Bening, Michael Haley, Bruce Altman, Elizabeth Wilson, Donald Moffat

Sinopse:
O advogado Henry Turner (Harrison Ford) é conhecido por sua arrogância e frieza. Bem sucedido, rico e influente, ele pouco dá atenção até mesmo para sua família. Sua atitude muda após um assalto. Ele é ferido na cabeça, quase morre e decide finalmente ver o mundo de uma maneira diferente.

Comentários:
Harrison Ford dominou o mundo do cinema nas décadas de 1970 e 1980. Foram inúmeros sucessos de bilheteria. Nos anos 90 ele procurou diversificar mais sua carreira, procurando por roteiros melhores, diferentes do que ele vinha fazendo ano após ano. Esse filme aqui é um exemplo dos rumos diferentes que ele tentou seguir. É um filme, como se pode notar claramente pela sinopse, sobre as mudanças de personalidade que uma pessoa pode sofrer ao longo da vida após momentos de trauma físico e psicológico. No caso o ator interpreta um advogado cheio de si mesmo, egocêntrico e vazio, que se acha melhor do que as outras pessoas. Durante um assalto em um supermercado ele sai gravemente ferido e sobrevive. A perspectiva de encarar a morte assim tão de perto o faz mudar, só que haveria ainda espaço para isso? Ele então passa a conquistar todos aqueles que ele esnobou antes do ocorrido e nisso o filme vai tecendo sua história. Alguns poderiam dizer que a mensagem é de auto ajuda barata, mas penso que as intenções aqui justificaram os meios. O filme é bom, passa uma mensagem otimista e é bem realizado. Penso que diante de tudo isso já está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

A Costa do Mosquito

Título no Brasil: A Costa do Mosquito
Título Original: The Mosquito Coast
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Weir
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Harrison Ford, Helen Mirren, River Phoenix, Jason Alexander, Jadrien Steele, Rebecca Gordon

Sinopse:
Allie Fox (Harrison Ford) é um inventor e cientista dado a utopias que decide levar toda a sua família para uma região isolada da América Central. Ele pretende construir um invento que irã mudar toda a história da humanidade! Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Harrison Ford) e Melhor Trilha Sonora Original (Maurice Jarre).

Comentários:
Para quem havia interpretado Han Solo e Indiana Jones foi uma surpresa e tanto quando Harrison Ford surgiu com esse filme nos cinemas em meados dos anos 80. Era uma proposta bem diferente, enfocando um pouco no humor e no drama de um personagem sonhador, dado a utopias, que resolvia levar toda a sua família para um experimento em uma região distante e praticamente incivilizada. Eu particularmente gostei do filme. Esse foi aquele projeto que Ford fez por amor à arte mesmo, sem se importar se seria sucesso ou não, até porque o filme não fez boa bilheteria, chegando a dar prejuízo para o estúdio, mesmo com orçamento modesto e contido. Nas locadoras de vídeo a fita se saiu melhor porque o público foi conhecendo o filme aos poucos, em um típico caso de propaganda positiva boca a boca. Já para os dias atuais um dos atrativos é a presença do jovem River Phoenix. Dito como um potencial astro do futuro nos anos 80 ele teve uma morte trágica e preocce, causada por uma overdose de drogas. Foi um choque para seu fã clube juvenil que tinha grandes apostas em seu futuro. Algo que infelizmente nunca chegou a acontecer. O roteiro foi baseado no romance escrito por Paul Theroux.

Pablo Aluísio.