Título no Brasil: Anna Nicole
Título Original: Anna Nicole
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Mary Harron
Roteiro: Joe Batteer, John Rice
Elenco: Agnes Bruckner, Martin Landau, Adam Goldberg
Sinopse:
O filme se propõe a contar a história real da atriz e modelo Anna Nicole Smith. Ela nasce em uma cidadezinha do Texas e depois quando atinge a adolescência fica grávida do cozinheiro do restaurante onde trabalha como garçonete. Expulsa de casa pela própria mãe ela decide rumar em direção a Houston e na grande cidade, como mãe solteira e desempregada, acaba virando dançarina de boates de strip tease. Filme vencedor do Prism Awards na categoria de melhor Atriz em telefilme ou minissérie (Agnes Bruckner).
Comentários:
Anna Nicole Smith foi uma das mais famosas playmates da revista Playboy na década de 1990. Uma loira deslumbrante ao estilo Bombshell que ficou muito conhecida não apenas por seus ensaios na popular publicação masculina, mas também por causa dos problemas que causou em sua vida pessoal. Uma típica garota bonita desmiolada, ela logo caiu na armadilha da gravidez na adolescência (que já destruiu a vida de muitas mulheres jovens por aí). Depois, desesperada para criar o próprio filho como mãe solteira, teve que se virar como podia para sustentar sua família. E em função disso valia qualquer coisa, até mesmo se envolver com um bilionário octogenário que se engraçou por ela. Claro que um romance assim tão explosivo lhe traria muitos problemas, inclusive legais e judiciais após a morte do velhote apaixonado. Ela também desfrutou de uma passageira fama ao estrelar um reality show no canal E! (programa esse que a mostrava como uma caricatura, uma mulher bonita, mas completamente destrambelhada, que passava o dia todo chapada). O grande atrativo para os cinéfilos em geral vem da presença do ótimo veterano Martin Landau que interpreta o ricaço J. Howard Marshall. Um ator muito digno que mesmo com a idade bem avançada ainda realiza um trabalho primoroso. A atriz Agnes Bruckner interpreta Anna Nicole Smith. mas não consegue captar muito bem sua personalidade vulgar e mal educada. A Agnes na verdade está muito mais estilosa e elegante, duas coisas que definitivamente nunca combinaram com a Anna do mundo real. Meio burocrático, esse telefilme não é de todo descartável, vale principalmente como curiosidade para tentar entender esse tipo de celebridade, tão vazia e falsa quanto seus próprios seios de silicone.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
O Homem Mais Procurado
Título no Brasil: O Homem Mais Procurado
Título Original: A Most Wanted Man
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Ink Factory, Potboiler Productions
Direção: Anton Corbijn
Roteiro: Andrew Bovell, baseado na obra de John le Carré
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Rachel McAdams, Willem Dafoe, Robin Wright, Daniel Brühl, Grigoriy Dobrygin
Sinopse:
Günther Bachmann (Philip Seymour Hoffman) é um agente da inteligência alemã especializado em rastrear potenciais terroristas em seu país. Quando um checheno com ligações a grupos terroristas chega em Hamburgo ele começa a seguir todos os seus passos. Günther, ao contrário de seus superiores, deseja descobrir todas as células envolvidas com o sujeito antes de o prender e para isso arma toda uma armadilha para descobrir todos os elos que ligam esse grupo internacional islâmico.
Comentários:
Mais um brilhante trabalho de composição e interpretação do ator Philip Seymour Hoffman. Esse aliás foi seu penúltimo filme. Seu personagem é um agente que promove ações anti-terroristas em solo alemão. Ao contrário de um sofisticado e elegante James Bond, ele é praticamente um burocrata da espionagem, um sujeito estressado, acima do peso, que acende um cigarro atrás do outro, sempre nervoso e tenso. Em compensação é inteligente e muito eficaz. Nada imediatista, ele procura descobrir todas as ligações terroristas antes de promover prisões, isso o leva a estar sempre em constante tensão e atrito com seus superiores e com a CIA americana. Já Rachel McAdams interpreta uma advogada liberal que trabalha para um grupo de apoio a refugiados. Não tarda e ela acaba se envolvendo na situação, prestando assistência a Issa Karpov (Grigoriy Dobrygin), justamente o checheno que Günther Bachmann quer colocar as suas mãos. Um filme muito bom, que tem pedigree em termos de conteúdo pois a trama foi toda baseada em um livro escrito pelo genial John le Carré. Como sempre acontece nos textos desse autor o espectador já pode esperar de antemão ligações sombrias, reviravoltas e traições no submundo da espionagem, algo mais do que comum em seus famosos livros. O único porém a se relatar talvez seja a duração que ficou um pouquinha excessiva. Um corte mais enxuto cairia muito bem. Mesmo assim não se engane, pois esse é de fato um filme muito bom, bem acima de média.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Most Wanted Man
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Ink Factory, Potboiler Productions
Direção: Anton Corbijn
Roteiro: Andrew Bovell, baseado na obra de John le Carré
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Rachel McAdams, Willem Dafoe, Robin Wright, Daniel Brühl, Grigoriy Dobrygin
Sinopse:
Günther Bachmann (Philip Seymour Hoffman) é um agente da inteligência alemã especializado em rastrear potenciais terroristas em seu país. Quando um checheno com ligações a grupos terroristas chega em Hamburgo ele começa a seguir todos os seus passos. Günther, ao contrário de seus superiores, deseja descobrir todas as células envolvidas com o sujeito antes de o prender e para isso arma toda uma armadilha para descobrir todos os elos que ligam esse grupo internacional islâmico.
Comentários:
Mais um brilhante trabalho de composição e interpretação do ator Philip Seymour Hoffman. Esse aliás foi seu penúltimo filme. Seu personagem é um agente que promove ações anti-terroristas em solo alemão. Ao contrário de um sofisticado e elegante James Bond, ele é praticamente um burocrata da espionagem, um sujeito estressado, acima do peso, que acende um cigarro atrás do outro, sempre nervoso e tenso. Em compensação é inteligente e muito eficaz. Nada imediatista, ele procura descobrir todas as ligações terroristas antes de promover prisões, isso o leva a estar sempre em constante tensão e atrito com seus superiores e com a CIA americana. Já Rachel McAdams interpreta uma advogada liberal que trabalha para um grupo de apoio a refugiados. Não tarda e ela acaba se envolvendo na situação, prestando assistência a Issa Karpov (Grigoriy Dobrygin), justamente o checheno que Günther Bachmann quer colocar as suas mãos. Um filme muito bom, que tem pedigree em termos de conteúdo pois a trama foi toda baseada em um livro escrito pelo genial John le Carré. Como sempre acontece nos textos desse autor o espectador já pode esperar de antemão ligações sombrias, reviravoltas e traições no submundo da espionagem, algo mais do que comum em seus famosos livros. O único porém a se relatar talvez seja a duração que ficou um pouquinha excessiva. Um corte mais enxuto cairia muito bem. Mesmo assim não se engane, pois esse é de fato um filme muito bom, bem acima de média.
Pablo Aluísio.
2001 - Uma Odisséia no Espaço
Título no Brasil: 2001 - Uma Odisséia no Espaço
Título Original: 2001: A Space Odyssey
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado na obra de Arthur C. Clarke
Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester, Daniel Richter
Sinopse:
Durante uma missão espacial rumo ao planeta Júpiter, dois astronautas entram em confronto com o computador HAL 9000 que controla todo o sistema operacional da espaçonave, colocando em lados opostos o pensamento humano contra a lógica e racionalidade da máquina. Filme indicado aos Oscars de Melhor Direção (Stanley Kubrick), Roteiro e Direção de Arte. Vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia e Direção de Arte. Indicado ainda nas categorias de Melhor Filme e Direção.
Comentários:
Para muitos esse seria o maior clássico da ficção científica de todos os tempos. Esse título por si só já daria ao filme o status de obra imortal, porém como se trata do gênio Stanley Kubrick temos que elevar ainda mais sua importância. Na verdade além de ser uma ficção clássica, o filme "2001: A Space Odyssey" também pode ser encarado como um drama sobre a fragilidade do sentimento humano e sua luta para superar a racionalidade técnica e científica (aqui incorporada pelo personagem HAL 9000, que com argumentação impecável, mostra como o ser humano é uma entidade frágil, incoerente e primitiva, isso analisando-se tudo sob uma ótica puramente lógica e racional). Além do duelo homem versus máquina o roteiro primoroso de Kubrick também abre margem para um intenso debate de fundo filosófico e metafísico sobre as barreiras dimensionais que existem dentro do universo. O final, que segue incompreendido por muitos até hoje, é um reflexo dessa pretensão de Kubrick em ir muito além do simples convencional. Não existiram barreiras para o que ele desejava transmitir com sua mensagem. O diretor não aceitou abrir concessões ao seu projeto original e indo contra as próprias orientações da MGM resolveu levar até as últimas consequências sua visão muito particular sobre esse tema. Por essa razão não é uma obra fácil e acessível a todos os públicos. Kubrick exige do espectador um certo background cultural e científico para conseguir entender todas as nuances que expõe e desfila na tela. O resultado de tanto empenho é de fato uma produção que segue sendo discutida até os dias atuais. Uma prova cabal da importância da sétima arte dentro do pensamento humano. É a obra prima definitiva do mestre Kubrick.
Pablo Aluísio.
Título Original: 2001: A Space Odyssey
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado na obra de Arthur C. Clarke
Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester, Daniel Richter
Sinopse:
Durante uma missão espacial rumo ao planeta Júpiter, dois astronautas entram em confronto com o computador HAL 9000 que controla todo o sistema operacional da espaçonave, colocando em lados opostos o pensamento humano contra a lógica e racionalidade da máquina. Filme indicado aos Oscars de Melhor Direção (Stanley Kubrick), Roteiro e Direção de Arte. Vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia e Direção de Arte. Indicado ainda nas categorias de Melhor Filme e Direção.
Comentários:
Para muitos esse seria o maior clássico da ficção científica de todos os tempos. Esse título por si só já daria ao filme o status de obra imortal, porém como se trata do gênio Stanley Kubrick temos que elevar ainda mais sua importância. Na verdade além de ser uma ficção clássica, o filme "2001: A Space Odyssey" também pode ser encarado como um drama sobre a fragilidade do sentimento humano e sua luta para superar a racionalidade técnica e científica (aqui incorporada pelo personagem HAL 9000, que com argumentação impecável, mostra como o ser humano é uma entidade frágil, incoerente e primitiva, isso analisando-se tudo sob uma ótica puramente lógica e racional). Além do duelo homem versus máquina o roteiro primoroso de Kubrick também abre margem para um intenso debate de fundo filosófico e metafísico sobre as barreiras dimensionais que existem dentro do universo. O final, que segue incompreendido por muitos até hoje, é um reflexo dessa pretensão de Kubrick em ir muito além do simples convencional. Não existiram barreiras para o que ele desejava transmitir com sua mensagem. O diretor não aceitou abrir concessões ao seu projeto original e indo contra as próprias orientações da MGM resolveu levar até as últimas consequências sua visão muito particular sobre esse tema. Por essa razão não é uma obra fácil e acessível a todos os públicos. Kubrick exige do espectador um certo background cultural e científico para conseguir entender todas as nuances que expõe e desfila na tela. O resultado de tanto empenho é de fato uma produção que segue sendo discutida até os dias atuais. Uma prova cabal da importância da sétima arte dentro do pensamento humano. É a obra prima definitiva do mestre Kubrick.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
O Elevador Assassino
Título no Brasil: O Elevador Assassino
Título Original: De lift
Ano de Produção: 1983
País: Holanda
Estúdio: First Floor Features, Sigma Film Productions
Direção: Dick Maas
Roteiro: Dick Maas
Elenco: Huub Stapel, Willeke van Ammelrooy, Josine van Dalsum
Sinopse:
Um elevador supostamente com defeito apresenta problemas técnicos e quatro pessoas quase acabam sendo mortas, asfixiadas, por causa da falha do sistema de ar condicionado do aparelho. Ao verificar o elevador o técnico Felix (Huub Stapel) acaba descobrindo, perplexo, que não existem problemas nele. As mortes porém continuam e o mecânico resolve se unir a uma jornalista para descobrir a verdade sobre todas as mortes que estão acontecendo. Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival.
Comentários:
Muitas vezes uma ideia original acaba dando certo. É o que acontece nesse filme cult holandês que chegou inclusive a ser lançado em VHS no Brasil pelo prestigiado selo Warner Home Video. Na época de seu lançamento ganhou elogios da imprensa especializada. A revista Variety, por exemplo, qualificou a fita como "um suspense refinado, repleto de risos e emoções". Já a Screen International foi além qualificando o terror como "uma ideia incomodante, plausível e brilhantemente realizada". Com isso já podemos perceber bem que o filme ganhou mesmo um prestígio incomum para esse tipo de lançamento. No geral é realmente um suspense acima da média, principalmente na década de 80 quando os diretores começaram a deixar a criatividade um pouco de lado. Curiosamente o diretor voltaria ao tema em "O Elevador da Morte" de 2001, mas dessa vez sem o mesmo charme de antes.
Pablo Aluísio.
Título Original: De lift
Ano de Produção: 1983
País: Holanda
Estúdio: First Floor Features, Sigma Film Productions
Direção: Dick Maas
Roteiro: Dick Maas
Elenco: Huub Stapel, Willeke van Ammelrooy, Josine van Dalsum
Sinopse:
Um elevador supostamente com defeito apresenta problemas técnicos e quatro pessoas quase acabam sendo mortas, asfixiadas, por causa da falha do sistema de ar condicionado do aparelho. Ao verificar o elevador o técnico Felix (Huub Stapel) acaba descobrindo, perplexo, que não existem problemas nele. As mortes porém continuam e o mecânico resolve se unir a uma jornalista para descobrir a verdade sobre todas as mortes que estão acontecendo. Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival.
Comentários:
Muitas vezes uma ideia original acaba dando certo. É o que acontece nesse filme cult holandês que chegou inclusive a ser lançado em VHS no Brasil pelo prestigiado selo Warner Home Video. Na época de seu lançamento ganhou elogios da imprensa especializada. A revista Variety, por exemplo, qualificou a fita como "um suspense refinado, repleto de risos e emoções". Já a Screen International foi além qualificando o terror como "uma ideia incomodante, plausível e brilhantemente realizada". Com isso já podemos perceber bem que o filme ganhou mesmo um prestígio incomum para esse tipo de lançamento. No geral é realmente um suspense acima da média, principalmente na década de 80 quando os diretores começaram a deixar a criatividade um pouco de lado. Curiosamente o diretor voltaria ao tema em "O Elevador da Morte" de 2001, mas dessa vez sem o mesmo charme de antes.
Pablo Aluísio.
Pollock
Título no Brasil: Pollock
Título Original: Pollock
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Ed Harris
Roteiro: Steven Naifeh, Gregory White Smith
Elenco: Ed Harris, Marcia Gay Harden, Tom Bower
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Steven Naifeh, o filme refaz a trajetória artística e de vida do pintor americano Jackson Pollock (1912 - 1956), um dos artistas mais importantes da arte moderna dos Estados Unidos. Dono de um estilo único, onde a intensidade física fazia parte essencial do processo de criação de suas obras de arte, Pollock teve que lidar com complicadas questões pessoais e familiares enquanto dava vazão ao seu talento com as telas. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Marcia Gay Harden).
Comentários:
Nem sempre a Academia consegue fazer justiça com os grandes atores do cinema americano. Que o diga o excelente Ed Harris. Ele jamais conseguiu vencer o Oscar de melhor ator, isso apesar de ter sido indicado quatro vezes ao longo de sua maravilhosa carreira. Sua primeira indicação veio com Apollo 13 (1995), seguidas de mais outras três, por The Truman Show (1998), Pollock (2000) e As Horas (2002). De todas as chances que teve a que seguramente mais chegou perto de levantar a estatueta foi justamente aqui em Pollock. Na época ele era considerado um dos favoritos ao prêmio, mas infelizmente não conseguiu se sagrar vencedor. Lamentavelmente não apenas o talento conta nesses momentos, mas também um intrigado jogo de bastidores envolvendo marketing milionário e política. De qualquer maneira não há como negar o fantástico trabalho desenvolvido pelo ator nesse filme. Foi uma produção praticamente independente da grande indústria, bancada muitas vezes com o dinheiro do próprio bolso de Harris (que também assinou a direção), tudo com o objetivo de levar para as telas a vida do famoso pintor Jackson Pollock. O artista falecido precocemente em 1956 foi um dos mais inovadores artistas da arte moderna americana, se consagrando completamente no estilo do expressionismo abstrato. Seus quadros atualmente valem verdadeiras fortunas. Por trás do grande criador havia também um homem com problemas pessoais e de relacionamento. Ed Harris, em grande atuação, conseguiu trazer parte dessa rica biografia de volta, nesse excelente drama que tenta desvendar os grandes mistérios que rondam a criação artística. Para amantes das artes plásticas é de fato uma película simplesmente obrigatória.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pollock
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Ed Harris
Roteiro: Steven Naifeh, Gregory White Smith
Elenco: Ed Harris, Marcia Gay Harden, Tom Bower
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Steven Naifeh, o filme refaz a trajetória artística e de vida do pintor americano Jackson Pollock (1912 - 1956), um dos artistas mais importantes da arte moderna dos Estados Unidos. Dono de um estilo único, onde a intensidade física fazia parte essencial do processo de criação de suas obras de arte, Pollock teve que lidar com complicadas questões pessoais e familiares enquanto dava vazão ao seu talento com as telas. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Marcia Gay Harden).
Comentários:
Nem sempre a Academia consegue fazer justiça com os grandes atores do cinema americano. Que o diga o excelente Ed Harris. Ele jamais conseguiu vencer o Oscar de melhor ator, isso apesar de ter sido indicado quatro vezes ao longo de sua maravilhosa carreira. Sua primeira indicação veio com Apollo 13 (1995), seguidas de mais outras três, por The Truman Show (1998), Pollock (2000) e As Horas (2002). De todas as chances que teve a que seguramente mais chegou perto de levantar a estatueta foi justamente aqui em Pollock. Na época ele era considerado um dos favoritos ao prêmio, mas infelizmente não conseguiu se sagrar vencedor. Lamentavelmente não apenas o talento conta nesses momentos, mas também um intrigado jogo de bastidores envolvendo marketing milionário e política. De qualquer maneira não há como negar o fantástico trabalho desenvolvido pelo ator nesse filme. Foi uma produção praticamente independente da grande indústria, bancada muitas vezes com o dinheiro do próprio bolso de Harris (que também assinou a direção), tudo com o objetivo de levar para as telas a vida do famoso pintor Jackson Pollock. O artista falecido precocemente em 1956 foi um dos mais inovadores artistas da arte moderna americana, se consagrando completamente no estilo do expressionismo abstrato. Seus quadros atualmente valem verdadeiras fortunas. Por trás do grande criador havia também um homem com problemas pessoais e de relacionamento. Ed Harris, em grande atuação, conseguiu trazer parte dessa rica biografia de volta, nesse excelente drama que tenta desvendar os grandes mistérios que rondam a criação artística. Para amantes das artes plásticas é de fato uma película simplesmente obrigatória.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Os Mercenários 3
Título no Brasil: Os Mercenários 3
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Mel Gibson, Arnold Schwarzenegger, Harrison Ford, Jason Statham, Antonio Banderas, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Jet Li
Sinopse:
Depois de uma mal sucedida operação, o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) decide que talvez tenha chegado o momento de dispensar sua velha equipe de veteranos. Para isso ele então planeja formar um novo time de soldados e combatentes, formado por uma turma bem mais jovem, na flor da idade. Então começa a atravessar os Estados Unidos de ponta a ponta atrás de novos membros para os mercenários. Será que seu plano realmente dará certo? Terceira aventura da série de sucesso "The Expendables".
Comentários:
Muita gente boa reclamou desse terceiro filme da franquia "Os Mercenários". Entre as críticas mais comuns estavam a falta de novidades em seu roteiro e a tentativa de lançar um novo grupo de soldados formados basicamente por atores bem mais jovens - alguns inclusive sem expressividade nenhuma, para dizer a verdade. No geral realmente não há maiores surpresas. Sylvester Stallone, que não é bobo nem nada, resolveu apenas requentar a mesma fórmula que foi utilizada nos dois filmes anteriores. A única ousadia maior foi mesmo apostar na nova geração, mas isso em si não chega a estragar o filme completamente. Já na ala dos veteranos temos as presenças de Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson. Ford não acrescenta em nada, seu personagem não tem qualquer importância e suas cenas não fariam diferença se fossem apagadas na edição final. Snipes já traz um carisma maior e tal como na vida real também interpreta um sujeito recém saído da prisão (o ator foi preso por sonegação de impostos). Dos novatos na franquia a melhor participação vem mesmo de Mel Gibson como o vilão Stonebanks! Claro que no meio de tantos atores e personagens fica mesmo complicado se destacar, mas o velho e bom Gibson consegue marcar presença, justificando sua presença em cena. Em termos de pura ação o roteiro procura se concentrar o máximo possível numa longa e destrutiva batalha envolvendo grupos rivais fortemente armados em um antigo prédio abandonado (típico da era do socialismo no leste europeu). Ali são realizadas as melhores sequências do filme, que se comparado com os anteriores realmente se revela o mais fraco, justificando o velho mito de que filmes de número 3 nunca são muito bons.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Expendables 3
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Patrick Hughes
Roteiro: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger
Elenco: Sylvester Stallone, Mel Gibson, Arnold Schwarzenegger, Harrison Ford, Jason Statham, Antonio Banderas, Dolph Lundgren, Wesley Snipes, Jet Li
Sinopse:
Depois de uma mal sucedida operação, o líder dos mercenários Barney Ross (Sylvester Stallone) decide que talvez tenha chegado o momento de dispensar sua velha equipe de veteranos. Para isso ele então planeja formar um novo time de soldados e combatentes, formado por uma turma bem mais jovem, na flor da idade. Então começa a atravessar os Estados Unidos de ponta a ponta atrás de novos membros para os mercenários. Será que seu plano realmente dará certo? Terceira aventura da série de sucesso "The Expendables".
Comentários:
Muita gente boa reclamou desse terceiro filme da franquia "Os Mercenários". Entre as críticas mais comuns estavam a falta de novidades em seu roteiro e a tentativa de lançar um novo grupo de soldados formados basicamente por atores bem mais jovens - alguns inclusive sem expressividade nenhuma, para dizer a verdade. No geral realmente não há maiores surpresas. Sylvester Stallone, que não é bobo nem nada, resolveu apenas requentar a mesma fórmula que foi utilizada nos dois filmes anteriores. A única ousadia maior foi mesmo apostar na nova geração, mas isso em si não chega a estragar o filme completamente. Já na ala dos veteranos temos as presenças de Harrison Ford, Wesley Snipes e Mel Gibson. Ford não acrescenta em nada, seu personagem não tem qualquer importância e suas cenas não fariam diferença se fossem apagadas na edição final. Snipes já traz um carisma maior e tal como na vida real também interpreta um sujeito recém saído da prisão (o ator foi preso por sonegação de impostos). Dos novatos na franquia a melhor participação vem mesmo de Mel Gibson como o vilão Stonebanks! Claro que no meio de tantos atores e personagens fica mesmo complicado se destacar, mas o velho e bom Gibson consegue marcar presença, justificando sua presença em cena. Em termos de pura ação o roteiro procura se concentrar o máximo possível numa longa e destrutiva batalha envolvendo grupos rivais fortemente armados em um antigo prédio abandonado (típico da era do socialismo no leste europeu). Ali são realizadas as melhores sequências do filme, que se comparado com os anteriores realmente se revela o mais fraco, justificando o velho mito de que filmes de número 3 nunca são muito bons.
Pablo Aluísio.
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A Possessão de Piper Rose
Título no Brasil: A Possessão de Piper Rose
Título Original: Possessing Piper Rose
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Bauman Entertainment, Lifetime Network
Direção: Kevin Fair
Roteiro: Scott Nimerfro
Elenco: Rebecca Romijn, David Cubitt, Isabella Cramp
Sinopse:
Um jovem casal está desesperado em adotar uma criança. Diante dos problemas burocráticos envolvidos na adoção uma assistente social mexe seus pauzinhos para que eles adotem rapidamente a menina Piper Rose! O que os novos pais nem desconfiam é que a garotinha tem sinistras ligações com o sobrenatural.
Comentários:
Telefilme de terror muito inofensivo que não fará maior diferença caso você o ignore. Curtinho (pouco mais de setenta minutos de duração), é aquele tipo de produção meio descuidada, com clichês pipocando por todos os lados. Se serve para alguma coisa poderíamos dizer que é pela beleza da atriz Rebecca Romijn, sim ela mesma, a Raven Darkholme / Mystique da franquia X-Men. Um pouco acima do peso (penso que muito provavelmente estaria grávida nas filmagens), ela se torna com sua beleza estética uma das poucas recompensas ao se assistir esse terrorzinho até o final. Com ecos de inúmeros filmes do passado, principalmente àqueles que envolveram crianças e possessões, o roteiro não consegue dar um passo sequer rumo à originalidade. Assim, diante de tanta previsibilidade o melhor mesmo é ignorar completamente. Há coisas bem melhores no gênero por aí.
Pablo Aluísio.
Título Original: Possessing Piper Rose
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Bauman Entertainment, Lifetime Network
Direção: Kevin Fair
Roteiro: Scott Nimerfro
Elenco: Rebecca Romijn, David Cubitt, Isabella Cramp
Sinopse:
Um jovem casal está desesperado em adotar uma criança. Diante dos problemas burocráticos envolvidos na adoção uma assistente social mexe seus pauzinhos para que eles adotem rapidamente a menina Piper Rose! O que os novos pais nem desconfiam é que a garotinha tem sinistras ligações com o sobrenatural.
Comentários:
Telefilme de terror muito inofensivo que não fará maior diferença caso você o ignore. Curtinho (pouco mais de setenta minutos de duração), é aquele tipo de produção meio descuidada, com clichês pipocando por todos os lados. Se serve para alguma coisa poderíamos dizer que é pela beleza da atriz Rebecca Romijn, sim ela mesma, a Raven Darkholme / Mystique da franquia X-Men. Um pouco acima do peso (penso que muito provavelmente estaria grávida nas filmagens), ela se torna com sua beleza estética uma das poucas recompensas ao se assistir esse terrorzinho até o final. Com ecos de inúmeros filmes do passado, principalmente àqueles que envolveram crianças e possessões, o roteiro não consegue dar um passo sequer rumo à originalidade. Assim, diante de tanta previsibilidade o melhor mesmo é ignorar completamente. Há coisas bem melhores no gênero por aí.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Os Eleitos
Título no Brasil: Os Eleitos - Onde o Futuro Começa
Título Original: The Right Stuff
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Philip Kaufman
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Sam Shepard, Scott Glenn, Ed Harris, Dennis Quaid, Fred Ward, Lance Henriksen
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra a história de um grupo de cientistas, astronautas e políticos empenhados em superar a rival União Soviética na conquista do espaço. Dando prosseguimento ao projeto Mercury esses pioneiros tentaram levar a corrida espacial até os seus limites. Filme indicado a oito Oscars, inclusive Melhor Filme, Fotografia, Direção de Arte e Ator (Sam Shepard). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Som, Edição, Efeitos Especiais e Música. Também indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Drama.
Comentários:
Certamente um dos mais completos filmes sobre a corrida espacial. Aqui o foco é centrado no chamado projeto Mercury, que nada mais era do que uma resposta americana aos incríveis avanços tecnológicos e espaciais da União Soviética (o bloco comunista liderado pela Rússia e países satélites que deixaram de ser independentes). Para não ficar atrás o governo americano se empenhou ao máximo para conquistar os primeiros êxitos da agência espacial do país. Com isso o Mercury conseguiu finalmente recuperar o ego ferido do povo dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que abria novos horizontes para a conquista da assim conhecida última fronteira. O roteiro escrito pelo cineasta Philip Kaufman foi elaborado com base no famoso livro de Tom Wolfe. Minucioso nos menores detalhes, a obra acabou se tornando robusta, com 193 minutos de duração. O tom é quase documental, com pouca margem para liberdades históricas e dramáticas. Kaufman optou realmente por mostrar todos aqueles astronautas como homens de carne e osso e não apenas como heróis idealizados da ficção. Assim o espectador passa a acompanhar não apenas os problemas surgidos dentro da missão, mas também os desafios pessoais, familiares e de relacionamento que esses militares enfrentaram naquela época pioneira. A escolha por um filme mais áspero e seco poderá afastar alguns, mas quem realmente se interessar por história será plenamente presenteado com um grande filme, uma produção essencial para entender aqueles anos em que o homem tencionou vencer seus próprios limites ao se lançar rumo ao espaço em busca do desconhecido.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Right Stuff
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Philip Kaufman
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Sam Shepard, Scott Glenn, Ed Harris, Dennis Quaid, Fred Ward, Lance Henriksen
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra a história de um grupo de cientistas, astronautas e políticos empenhados em superar a rival União Soviética na conquista do espaço. Dando prosseguimento ao projeto Mercury esses pioneiros tentaram levar a corrida espacial até os seus limites. Filme indicado a oito Oscars, inclusive Melhor Filme, Fotografia, Direção de Arte e Ator (Sam Shepard). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Som, Edição, Efeitos Especiais e Música. Também indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Drama.
Comentários:
Certamente um dos mais completos filmes sobre a corrida espacial. Aqui o foco é centrado no chamado projeto Mercury, que nada mais era do que uma resposta americana aos incríveis avanços tecnológicos e espaciais da União Soviética (o bloco comunista liderado pela Rússia e países satélites que deixaram de ser independentes). Para não ficar atrás o governo americano se empenhou ao máximo para conquistar os primeiros êxitos da agência espacial do país. Com isso o Mercury conseguiu finalmente recuperar o ego ferido do povo dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que abria novos horizontes para a conquista da assim conhecida última fronteira. O roteiro escrito pelo cineasta Philip Kaufman foi elaborado com base no famoso livro de Tom Wolfe. Minucioso nos menores detalhes, a obra acabou se tornando robusta, com 193 minutos de duração. O tom é quase documental, com pouca margem para liberdades históricas e dramáticas. Kaufman optou realmente por mostrar todos aqueles astronautas como homens de carne e osso e não apenas como heróis idealizados da ficção. Assim o espectador passa a acompanhar não apenas os problemas surgidos dentro da missão, mas também os desafios pessoais, familiares e de relacionamento que esses militares enfrentaram naquela época pioneira. A escolha por um filme mais áspero e seco poderá afastar alguns, mas quem realmente se interessar por história será plenamente presenteado com um grande filme, uma produção essencial para entender aqueles anos em que o homem tencionou vencer seus próprios limites ao se lançar rumo ao espaço em busca do desconhecido.
Pablo Aluísio.
Uma Nova Chance Para Amar
Título no Brasil: Uma Nova Chance Para Amar
Título Original: The Face of Love
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Mockingbird Pictures, IFC Films
Direção: Arie Posin
Roteiro: Matthew McDuffie, Arie Posin
Elenco: Annette Bening, Ed Harris, Robin Williams, Jess Weixler
Sinopse:
Nikki Lostrom (Annette Bening) e Garret Mathis (Ed Harris) estão casados há muitos anos, mas ainda continuam tão apaixonados como no dia em que se conheceram. Sua única filha Summer (Jess Weixler) já deixou o ninho e agora eles pretendem viajar e curtir a velhice juntos até que uma tragédia ocorre e Garret morre em um trágico incidente. Sozinha, deprimida, Nikki tentará recuperar sua alegria de viver. Cinco anos após a morte do marido ela finalmente parece reencontrar uma nova chance para amar.
Comentários:
Pequeno filme independente com ótimo elenco que tenta mostrar uma viúva tentando reencontrar o caminho da felicidade. Annette Bening dá um colorido todo especial com sua interpretação. Sua personagem é o pilar de todo o enredo. Tentando buscar alguma motivaçâo ela acaba voltando aos velhos hábitos, como visitar museus e galerias de arte. E é justamente numa dessas visitas que ela acaba encontrando casualmente Tom Young (também interpretado por Ed Harris), um professor de arte que tem uma incrível semelhança com seu marido falecido. A partir daí ela tentará se apaixonar novamente para viver um amor outonal ao lado do novo namorado. Um dos pontos positivos desse filme é explorar um relacionamento adulto entre duas pessoas que estão vivendo momentos semelhantes em sua vida. Nikki, tentando superar a morte do marido de longos anos e Tom, saindo de um casamento complicado. Tudo é realizado com muita elegância e bom gosto, onde os personagens principais desfilam na tela aspectos e detalhes de sua vida pessoal. Annette Bening e Ed Harris estão excelentes. Harris inclusive adota características de um personagem anterior que lhe trouxe muito reconhecimento em "Pollock", a do artista que deseja viver de sua arte. E como brinde ainda temos um dos últimos trabalhos da carreira de Robin Williams, aqui interpretando um vizinho tímido que nutre sentimentos pela personagem de Annette Bening. Em suma, uma produção requintada para todos os que não desistem de amar, independentemente da idade ou situação social.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Face of Love
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Mockingbird Pictures, IFC Films
Direção: Arie Posin
Roteiro: Matthew McDuffie, Arie Posin
Elenco: Annette Bening, Ed Harris, Robin Williams, Jess Weixler
Sinopse:
Nikki Lostrom (Annette Bening) e Garret Mathis (Ed Harris) estão casados há muitos anos, mas ainda continuam tão apaixonados como no dia em que se conheceram. Sua única filha Summer (Jess Weixler) já deixou o ninho e agora eles pretendem viajar e curtir a velhice juntos até que uma tragédia ocorre e Garret morre em um trágico incidente. Sozinha, deprimida, Nikki tentará recuperar sua alegria de viver. Cinco anos após a morte do marido ela finalmente parece reencontrar uma nova chance para amar.
Comentários:
Pequeno filme independente com ótimo elenco que tenta mostrar uma viúva tentando reencontrar o caminho da felicidade. Annette Bening dá um colorido todo especial com sua interpretação. Sua personagem é o pilar de todo o enredo. Tentando buscar alguma motivaçâo ela acaba voltando aos velhos hábitos, como visitar museus e galerias de arte. E é justamente numa dessas visitas que ela acaba encontrando casualmente Tom Young (também interpretado por Ed Harris), um professor de arte que tem uma incrível semelhança com seu marido falecido. A partir daí ela tentará se apaixonar novamente para viver um amor outonal ao lado do novo namorado. Um dos pontos positivos desse filme é explorar um relacionamento adulto entre duas pessoas que estão vivendo momentos semelhantes em sua vida. Nikki, tentando superar a morte do marido de longos anos e Tom, saindo de um casamento complicado. Tudo é realizado com muita elegância e bom gosto, onde os personagens principais desfilam na tela aspectos e detalhes de sua vida pessoal. Annette Bening e Ed Harris estão excelentes. Harris inclusive adota características de um personagem anterior que lhe trouxe muito reconhecimento em "Pollock", a do artista que deseja viver de sua arte. E como brinde ainda temos um dos últimos trabalhos da carreira de Robin Williams, aqui interpretando um vizinho tímido que nutre sentimentos pela personagem de Annette Bening. Em suma, uma produção requintada para todos os que não desistem de amar, independentemente da idade ou situação social.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
O Maravilhoso Agora
Título no Brasil: O Maravilhoso Agora
Título Original: The Spectacular Now
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: James Ponsoldt
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Elenco: Miles Teller, Shailene Woodley, Kyle Chandler, Jennifer Jason Leigh
Sinopse:
Aimee (Shailene Woodley) está no último ano do ensino médio. Nessa fase de sua vida escolar ela acaba se aproximando de Sutter (Miles Teller), um adolescente como ela, mas que tem vários problemas pessoais. Além de beber além da conta, ele se sente inseguro sobre seu futuro, já que sua mãe não abre o jogo sobre a verdade envolvendo seu pai, há muito desaparecido. Para piorar Sutter não parece se importar muito em entrar numa faculdade, uma decisão que poderá custar caro a ele nos anos que virão. Mesmo com tantas questões em aberto os dois acabam se apaixonando. Filme premiado no Sundance Film Festival.
Comentários:
Olha que boa surpresa! Fazia bastante tempo que não via um bom filme adolescente. Na verdade o gênero que teve seu auge nos anos 80 está em franca decadência, mas eis que finalmente temos uma produção que vale a pena assistir e sair plenamente satisfeito do cinema. Estrelado pela estrelinha Shailene Woodley de "A Culpa é das Estrelas" esse surpreendente "The Spectacular Now" tem um roteiro muito bem escrito, um elenco cativante e uma estória que prende a atenção do começo ao fim, não ofendendo a inteligência dos espectadores em nenhum momento. O foco se concentra na vida de um jovem americano comum, naquele momento decisivo de sua vida em que o ensino médio chega ao fim e é hora de escolher qual rumo se tomará na vida. A antiga namorada se foi, seu novo relacionamento é muito bom e terno, mas ele não o leva muito à sério. Além disso surge pela primeira vez em sua vida a possibilidade de conhecer finalmente seu pai ausente, que ele mal conhece. Tudo vai se misturando e a vida do garoto começa a mostrar que é chegada a hora de se decidir, de escolher um caminho para seguir em frente. Em tempos de tantos filmes para jovens que são completamente idiotas, esse aqui se mostra acima da média, arrisco até mesmo a dizer que ele é no final das contas bem mais interessante do que o sucesso "A Culpa é das Estrelas", simplesmente porque procura andar pelas próprias pernas, sem apelar para clichês do gênero. E não podemos esquecer o mais importante de tudo: o romance entre dois jovens naquela altura de suas vidas onde tudo parece promissor e desafiador, com toda a vida pela frente. Uma pequena obra prima que aquece o coração, principalmente se você também for um jovem vivendo esse mesmo momento em sua vida.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Spectacular Now
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: James Ponsoldt
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Elenco: Miles Teller, Shailene Woodley, Kyle Chandler, Jennifer Jason Leigh
Sinopse:
Aimee (Shailene Woodley) está no último ano do ensino médio. Nessa fase de sua vida escolar ela acaba se aproximando de Sutter (Miles Teller), um adolescente como ela, mas que tem vários problemas pessoais. Além de beber além da conta, ele se sente inseguro sobre seu futuro, já que sua mãe não abre o jogo sobre a verdade envolvendo seu pai, há muito desaparecido. Para piorar Sutter não parece se importar muito em entrar numa faculdade, uma decisão que poderá custar caro a ele nos anos que virão. Mesmo com tantas questões em aberto os dois acabam se apaixonando. Filme premiado no Sundance Film Festival.
Comentários:
Olha que boa surpresa! Fazia bastante tempo que não via um bom filme adolescente. Na verdade o gênero que teve seu auge nos anos 80 está em franca decadência, mas eis que finalmente temos uma produção que vale a pena assistir e sair plenamente satisfeito do cinema. Estrelado pela estrelinha Shailene Woodley de "A Culpa é das Estrelas" esse surpreendente "The Spectacular Now" tem um roteiro muito bem escrito, um elenco cativante e uma estória que prende a atenção do começo ao fim, não ofendendo a inteligência dos espectadores em nenhum momento. O foco se concentra na vida de um jovem americano comum, naquele momento decisivo de sua vida em que o ensino médio chega ao fim e é hora de escolher qual rumo se tomará na vida. A antiga namorada se foi, seu novo relacionamento é muito bom e terno, mas ele não o leva muito à sério. Além disso surge pela primeira vez em sua vida a possibilidade de conhecer finalmente seu pai ausente, que ele mal conhece. Tudo vai se misturando e a vida do garoto começa a mostrar que é chegada a hora de se decidir, de escolher um caminho para seguir em frente. Em tempos de tantos filmes para jovens que são completamente idiotas, esse aqui se mostra acima da média, arrisco até mesmo a dizer que ele é no final das contas bem mais interessante do que o sucesso "A Culpa é das Estrelas", simplesmente porque procura andar pelas próprias pernas, sem apelar para clichês do gênero. E não podemos esquecer o mais importante de tudo: o romance entre dois jovens naquela altura de suas vidas onde tudo parece promissor e desafiador, com toda a vida pela frente. Uma pequena obra prima que aquece o coração, principalmente se você também for um jovem vivendo esse mesmo momento em sua vida.
Pablo Aluísio.
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