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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

2001: Uma Odisséia no Espaço

Stanley Kubrick não foi um diretor convencional e nem tampouco um diretor de fácil digestão. Ele não estava nem um pouco interessado em fazer um cinema que fosse acessível a todos os tipos de públicos. Pelo contrário, Stanley Kubrick fazia cinema para ele mesmo e para um seleto grupo de admiradores de seu estilo. Para muitos essa ficção foi sua maior obra prima. O filme pelo qual ele sempre será lembrado. E de fato não era algo fácil a transposição para o cinema do famoso livro de Arthur C. Clarke. Kubrick fez uma bela adaptação para a sétima arte, entretanto é bom saber, de antecedência, que o filme parte da premissa que o espectador conheça pelo menos um pouco o livro original, leu alguns capítulos. Caso contrário a coisa começa a parecer sem muito sentido realmente.

Outro ponto é que o roteiro também espera que aquele que vai assistir ao filme saiba, nem que seja um pouquinho, sobre astronomia e astrofísica. Conceitos como espaço x tempo, buracos negros, viagem na velocidade da luz, múltiplas dimensões, tudo isso é jogado na tela. Outra discussão muito interessante se refere ao tema da inteligência artificial. Até que ponto dotar uma máquina da capacidade de pensar por si mesma seria seguro para a humanidade? Bom, pelos exemplos dados já deu para ter uma ideia da complexidade desse filme. É sem dúvida uma das maiores ficções da história do cinema. E esse título não foi lhe dado em vão, pelo contrário, temos aqui grande cinema de fato.

2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, Estados Unidos, 1968) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, baseado na obra de Arthur C. Clarke / Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester / Sinopse: Depois de descobrir um misterioso artefato enterrado sob a superfície lunar, a humanidade parte em uma busca para encontrar suas origens com a ajuda do supercomputador inteligente denominado H.A.L. 9000.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

2001 - Uma Odisséia no Espaço

Título no Brasil: 2001 - Uma Odisséia no Espaço
Título Original: 2001: A Space Odyssey
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, baseado na obra de Arthur C. Clarke
Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester, Daniel Richter

Sinopse:
Durante uma missão espacial rumo ao planeta Júpiter, dois astronautas entram em confronto com o computador HAL 9000 que controla todo o sistema operacional da espaçonave, colocando em lados opostos o pensamento humano contra a lógica e racionalidade da máquina. Filme indicado aos Oscars de Melhor Direção (Stanley Kubrick), Roteiro e Direção de Arte. Vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Fotografia e Direção de Arte. Indicado ainda nas categorias de Melhor Filme e Direção. 

Comentários:
Para muitos esse seria o maior clássico da ficção científica de todos os tempos. Esse título por si só já daria ao filme o status de obra imortal, porém como se trata do gênio Stanley Kubrick temos que elevar ainda mais sua importância. Na verdade além de ser uma ficção clássica, o filme "2001: A Space Odyssey" também pode ser encarado como um drama sobre a fragilidade do sentimento humano e sua luta para superar a racionalidade técnica e científica (aqui incorporada pelo personagem HAL 9000, que com argumentação impecável, mostra como o ser humano é uma entidade frágil, incoerente e primitiva, isso analisando-se tudo sob uma ótica puramente lógica e racional). Além do duelo homem versus máquina o roteiro primoroso de Kubrick também abre margem para um intenso debate de fundo filosófico e metafísico sobre as barreiras dimensionais que existem dentro do universo. O final, que segue incompreendido por muitos até hoje, é um reflexo dessa pretensão de Kubrick em ir muito além do simples convencional. Não existiram barreiras para o que ele desejava transmitir com sua mensagem. O diretor não aceitou abrir concessões ao seu projeto original e indo contra as próprias orientações da MGM resolveu levar até as últimas consequências sua visão muito particular sobre esse tema. Por essa razão não é uma obra fácil e acessível a todos os públicos. Kubrick exige do espectador um certo background cultural e científico para conseguir entender todas as nuances que expõe e desfila na tela. O resultado de tanto empenho é de fato uma produção que segue sendo discutida até os dias atuais. Uma prova cabal da importância da sétima arte dentro do pensamento humano. É a obra prima definitiva do mestre Kubrick.

Pablo Aluísio.