domingo, 7 de julho de 2013
A Guerra dos Mundos
Pois é justamente isso que temos aqui. Dirigido por Steven Spielberg o filme era a aposta de Cruise para voltar ao topo das maiores bilheterias. O fato é que remakes que ousam mexer com filmes consagrados do passado sempre correm o risco de se darem mal. A crítica torceu o nariz para a produção mas a união de Spielberg, Cruise e efeitos especiais de última geração se mostraram imbatíveis nas bilheterias. O filme se tornou um grande sucesso, chegando quase aos 600 milhões de dólares em faturamento. Mesmo com todo esse êxito comercial a produção ainda não consegue, mesmo nos dias de hoje, agradar aos especialistas no gênero que a consideram megalomaníaca e desprovida de alma. De qualquer forma como puro e simples entretenimento o novo “Guerra dos Mundos” cumpre o que promete. Se no primeiro filme o medo dos visitantes era uma metáfora da guerra fria, agora Spielberg manipula os acontecimentos em favor da mais simplória diversão pipoca. Se é isso que você procura então não deixe de conferir a essa nova visão do antigo clássico de ficção.
A Guerra dos Mundos (War of the Worlds, Estados Unidos, 2005) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Josh Friedman, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Miranda Otto, Tim Robbins / Sinopse: O planeta Terra é invadido por terríveis seres espaciais que desejam se apoderar dos recursos naturais do ecossistema, destruindo a humanidade nesse processo.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de julho de 2013
Redenção
A partir desse ponto sua vida começa a mudar para melhor. Ele começa a se vestir bem, cuidar de sua aparência e acaba arranjando emprego como motorista de um membro da máfia chinesa em Londres. Também não esquece das pessoas que lhe ajudaram quando estava na sarjeta, entre elas uma freira católica e uma jovem que também era moradora de rua como ele. Quando essa é brutalmente morta ele resolve procurar por seu assassino, o que o traz de volta psicologicamente para seus dias de combate no Afeganistão. Temos aqui um bom filme, realmente acima da média das produções estreladas por Jason Statham. Não se trata apenas de mais um filme de pura ação e pancadaria do ator. De forma surpreendente no roteiro há toda uma preocupação em desenvolver bem os personagens principais. No geral é um filme que provavelmente agradará tanto aos fãs dos filmes do estilo mais brucutu de Statham quanto dos que querem apenas assistir a uma película com uma boa estória. Se trata de mais um ponto positivo na filmografia de Jason Statham, que vem desempenhando muito bem o papel de legitimo herdeiro dos antigos astros de filmes de ação da década de 80.
Redenção (Redemption / Hummingbird, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Steven Knight / Roteiro: Steven Knight / Elenco: Jason Statham, Agata Buzek, Vicky McClure / Sinopse: Joey (Statham) é um veterano de guerra que para fugir da corte marcial vai parar nas ruas de Londres, vivendo como sem-teto. Após ser brutalmente espancado resolve mudar os rumos de sua vida. Entra para a máfia chinesa e procura ajudar uma jovem freira católica em seus atos de caridade com os mais pobres. No fundo ele busca por algum tipo de redenção pelos crimes que cometeu.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Sinais
O chefe da família é o Reverendo Graham Hess (Mel Gibson). Ele passa por uma séria crise de fé após a morte de sua esposa. Ao seu lado moram seus filhos e seu irmão. A rotina pacata da família começa a mudar quando Graham percebe vários desenhos em seu campo de cultivo. Sem maiores explicações ele tenta compreender do que se trata tudo aquilo até o dia em que entende que no fundo os tais desenhos são na verdade mapas de sinalização para localização de naves extraterrestres. Fantasioso demais para você? Achou parecido com filmes de ficção da década de 50? De certa forma sim, M. Night Shyamalan tentou recriar de alguma maneira o charme daquelas antigas produções sci-fi mas com um diferencial: ele também investiu bastante em criar um clima de tensão e medo ao estilo Hitchcock. Outro aspecto positivo é a maneira como o diretor tenta mostrar a suposta invasão alienígena. Ele parte do ponto de vista da família, a forma como seria vista esse tipo de situação sob o olhar de um grupo familiar comum e não de forma estrondosa e espetacular como em filmes como “Independence Day”. Mel Gibson, um ator complicado de se dirigir está bem e o restante do elenco não compromete. Da safra mais bem sucedida de M. Night Shyamalan “Sinais” é certamente um dos mais criativos e imaginativos filmes de sua autoria. Para quem gosta do estilo do cineasta realmente é um prato cheio.
Sinais (Signs, Estados Unidos, 2002) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: Mel Gibson, Joaquin Phoenix, Rory Culkin / Sinopse: uma típica família do interior dos Estados Unidos é surpreendida por uma iminente invasão extraterrestre.
Pablo Aluísio.
New York, New York
Assim com tantos marinheiros de primeira viagem em filmes musicais sobra para Liza Minnelli a complicada tarefa de salvar musicalmente o filme, coisa que faz com raro brilhantismo. Não é de se estranhar já que Liza é um talento nato, que descende de uma linhagem de grandes cantoras. Ela se destaca pois tem talento musical para dar e emprestar ao resto do elenco. Apesar disso o filme não foi bem nem de bilheteria e nem de critica, que não comprou a idéia de Scorsese. Anos depois De Niro reconheceu os problemas do filme afirmando que já sabia que não daria certo pois Scorsese não tinha experiência com esse tipo de produção. Assim “New York, New York” foi sendo gradualmente esquecido até que Frank Sinatra resolveu resgatar a canção tema do filme, a transformando em um de seus maiores sucessos na carreira. Uma canção que virou símbolo da cidade de Nova Iorque sendo sempre lembrada em inúmeros filmes e comerciais até os dias de hoje. Um ícone cultural representativo de uma das maiores metrópoles do mundo.
New York, New York (New York, New York, Estados Unidos, 1977) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Earl Mac Rauch, Mardik Martin / Elenco: Liza Minnelli, Robert De Niro, Lionel Stander / Sinopse: O filme narra as duras lutas de um casal de artistas em Nova Iorque após o fim da segunda guerra mundial.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Blue Bloods
Séries policiais sempre estiveram no ar na TV americana. É uma tradição que vem de décadas. A explicação é fácil de entender. Casos policiais podem ser renovados a cada episódio em um ciclo interminável de enredos explorando novos crimes todas as semanas. Esse “Blue Bloods” estreou em 2010 no canal CBS e desde então tem sido um dos campeões de audiência por lá, sendo exibida em horário nobre. O elenco é liderado pelo ator Tom Selleck. Para quem é muito jovem é bom saber que ele estrelou uma das séries mais populares da TV americana, “Magnum”, onde interpretava um detetive no Havaí. Fez tanto sucesso que chegou a ser exibida por anos a fio pela Rede Globo em nosso país. Aqui Selleck volta ao mundo da telinha após passar uma temporada tentando emplacar uma carreira no cinema (que não resultou em nada muito memorável).
O enredo mostra uma família de policiais de Nova Iorque. São três gerações de tiras, desde o avô Reagan, até seu filho, Frank Reagan (Tom Selleck), atual comissário do NYPD (Departamento de Polícia de Nova Iorque). Na trama ele tem três filhos: Danny Reagan (Donnie Wahlberg), um detetive linha durão e brigão que ganha a vida descobrindo e resolvendo casos pelas ruas da grande cidade; Erin Reagan-Boyle (Bridget Moynahan), uma promotora de justiça que tem uma filha adolescente e finalmente seu irmão mais jovem, Jamie Reagan (Will Estes), que resolve largar uma tradicional universidade de direito para ser um policial de rua tal como seu pai e seu avô. Os episódios focam no dia a dia desses policiais, ora se concentrado em Selleck, ora se concentrado em seus filhos. “Blue Bloods” já está chegando em 70 episódios e segue em frente, sem sinal de cancelamento. Como se trata de um dos carros chefes de audiência da CBS não vemos aqui nada de muito ousado ou desafiador em termos de roteiro ou argumento mas mesmo assim se trata de uma boa série que vale a pena ser acompanhada.
Blue Bloods (Idem, Estados Unidos, 2010 - 2013) Criado por Mitchell Burgess, Robin Green / Elenco: Tom Selleck, Donnie Wahlberg, Bridget Moynahan, Will Estes / Sinopse: A série acompanha a saga de uma família de policiais de Nova Iorque. Exibido nos EUA no canal CBS.
Pablo Aluísio.
O Guarda-Costas
“O Guarda-Costas” fez um grande sucesso de bilheteria apesar de suas falhas de roteiro, atuação (Whitney Houston não era de fato uma boa atriz) e principalmente direção (o diretor Mick Jackson parece negligente com o filme, do começo ao fim). Mesmo com tudo isso contra caiu no gosto popular. Mas afinal qual foi o segredo de seu grande êxito comercial? Muito simples, o filme foi salvo pela musicalidade de Whitney Houston que emplacou um grande hit na época, "I Will Always Love You", canção que transformou a trilha sonora em um recordista de vendas, com 10 milhões de cópias vendidas apenas no mercado americano. A canção ficou por 14 semanas em primeiro lugar na Billboard e obviamente ajudou a promover o filme para o grande público. As demais canções da trilha sonora também alcançaram boa repercussão nas paradas, principalmente "I'm Every Woman" e "I Have Nothing". Como se vê musicalmente temos algumas canções que marcaram época. Já do ponto de vista exclusivamente cinematográfico não há como negar, é realmente um filme fraco que deixa bastante a desejar em vários aspectos.
O Guarda-Costas (The Bodyguard, Estados Unidos, 1992) Direção: Mick Jackson / Roteiro: Lawrence Kasdan / Elenco: Kevin Costner, Whitney Houston, Gary Kemp / Sinopse: Atriz e cantora famosa se apaixona por seu Guarda-Costas, que é contratado para lhe proteger de várias ameças enviadas a ela através de cartas anônimas.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Superman – O Homem de Aço
Esse novo filme também tem outros problemas: o enredo não é satisfatoriamente desenvolvido, o próprio Clark Kent é pouco trabalhado, surgindo do nada, sem mostrar qualquer traço mais marcante de personalidade. O ator que o interpreta, Henry Cavill, também deixa a desejar e só consegue criar saudades de Christopher Reeve. A direção de arte é pesada, escura, sombria, o que não condiz com esse personagem (afinal ele não é o Batman!). O próprio uniforme do herói é azul escuro, feio, com cores em tonalidades obscuras demais, dando a impressão que os produtores tiveram vergonha da roupa original do Superman. Para piorar o bom mocismo que marca tanto esse personagem também foi deixado em segundo plano. O Clark Kent desse filme é um sujeito barbudo, mal encarado, mais parecendo um trabalhador braçal qualquer do que o famoso patriota e conservador Kent. Em suma, o filme falha bastante, inclusive criando coisas sem muito sentido (por exemplo, os kryptonianos nascem debaixo da água, em casulos!) e outras bobagens que vão surgindo ao longo do filme. Para piorar a metade do filme é pura pancadaria, quando Superman finalmente enfrenta o general Zod e sua trupe. A rapidez das cenas de luta e destruição nos dá a incômoda sensação de estar assistindo a um vídeo game e não a um bom filme. Enfim, não foi dessa vez que conseguiram realizar um filme melhor do que aqueles que assistimos na década de 70. O Superman está de volta mas sem o bom e velho carisma de antes.
Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.
Pablo Aluísio.
O Demolidor
Em termos de boas cenas de pancadaria e pirotecnia até que o filme se sai bem. O problema é que as piadinhas de certa forma minam o resultado final. Se “O Demolidor” tivesse adotado um tom mais sério e focado, principalmente investindo melhor no duelo dos dois principais personagens o filme teria sido bem melhor recebido pelo público e pela critica. Do jeito que está agradou apenas parcialmente o público de Stallone e em contrapartida não conseguiu trazer, por exemplo, as fãs de Sandra Bullock para as filas nas bilheterias dos cinemas. Por falar em Sandra Bullock ela recebeu mais uma de suas inúmeras indicações ao Framboesa de Ouro de pior atriz. De fato ela parece bem fora de seu ambiente nesse filme, mostrando que sua personagem, uma policial do futuro, não faz a menor falta na trama principal. Na época recordo que “O Demolidor” funcionava muito melhor no mercado de vídeo, algo que se repete atualmente. Visto como um programa descontraído e descompromissado o filme funciona razoavelmente bem. Não leve muito à sério e se divirta.
O Demolidor (Demolition Man, Estados Unidos,1993) Direção: Marco Brambilla / Roteiro: Peter M. Lenkov, Robert Reneau / Elenco: Sylvester Stallone, Wesley Snipes, Sandra Bullock / Sinopse: No futuro um perigoso criminoso do passado é trazido de volta à vida causando muitos problemas para as forças policiais daquela época.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Star Trek – Além da Escuridão
“Star Trek – Além da Escuridão” é o novo filme da franquia Jornada nas Estrelas a chegar nos cinemas. Falar sobre esse universo Star Trek é complicado e até desnecessário tamanha a sua importância dentro da cultura pop. São inúmeros os filmes, as séries, os livros, a influência e as demais vertentes dessa maravilhosa saga que nasceu na TV nos anos 60 e depois invadiu os cinemas, os quadrinhos e tudo mais a que tinha direito. A boa notícia para os fãs é que desde a retomada da franquia nos cinemas não há maiores sobressaltos. O cineasta J.J. Abrams se mostra muito preciso e talentoso ao lidar com a mitologia. Ele já tinha mostrado muito domínio em seu primeiro filme e repete o êxito aqui. O roteiro é ágil, bem escrito e se apóia em um personagem muito querido dos fãs, um vilão que surgiu ainda na série clássica e que agora retorna para resgatar sua posição dentro dessa série (cuja identidade não revelarei aqui no texto para não estragar a surpresa de quem ainda não viu o filme). Já do lado da tripulação original temos uma muito bem-vinda participação especial de Leonard Nimoy, o eterno Spock da série e dos primeiros filmes no cinema. Sua aparição é pequena, é verdade, mas seu carisma encherá de alegria os fãs mais saudosistas. Para quem gosta de efeitos especiais a produção é tecnicamente impecável, inclusive homenageando em sua direção de arte muitas das concepções que Gene Roddenberry usou nos primeiros episódios na TV. Os nativos primitivos de um planeta isolado que surgem logo na primeira cena do filme parecem ter saído de algum episodio da série clássica original. Enfim, só resta elogiar e recomendar. “Star Trek – Além da Escuridão” é realmente um excelente filme da eterna franquia Jornada nas Estrelas. Vida longa e próspera aos novos filmes.
Star Trek - Além da Escuridão (Star Trek Into Darkness, Estados Unidos, 2013) Direção: J.J. Abrams / Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman / Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Leonard Nimoy, Karl Urban / Sinopse: A Entrerprise sob o comando do capitão Kirk (Pine) é enviada a um setor distante do universo para capturar um ex-membro da frota estelar que agora está rebelado, promovendo ataques terroristas contra o alto comando da federação.
Pablo Aluísio.
Avalon High
Pois é, pelo enredo já deu para ver que dificilmente um adulto vá curtir essa estória. Como se trata de um produto Disney não espere nada de muito ousado mas em compensação também não espere por algo mal feito. A produção segue o padrão do estúdio, muito embora adaptado para o universo das TVs a cabo, o que significa um orçamento mais modesto. O elenco é praticamente desconhecido do público brasileiro, todo formado por uma garotada ao estilo Disney: belas garotas e rapazes de boa aparência. O enredo tem romance e fantasia nas doses certas para os adolescentes. Quem já sintonizou alguma vez na vida o canal Disney Channel saberá muito bem o que lhe espera. Não chega a aborrecer como alguns programas que vemos ali mas para o público teen vai soar bem mais ideal. Só não recomendo para quem tem mais de 16 anos.
Avalon High (Idem, Estados Unidos, 2011) Direção: Stuart Gillard / Roteiro: Julie Sherman Wolfe, Amy Talkington / Elenco: Britt Robertson, Gregg Sulkin, Joey Pollari, Devon Graye / Sinopse: Garota novata em escola descobre uma nova realidade em sua vida, ao mesmo tempo em que se envolve em muitas aventuras ao lado de seus novos colegas.
Pablo Aluísio.