Título no Brasil: Legião de Heróis
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft
Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.
Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de junho de 2006
sexta-feira, 2 de junho de 2006
Rastros de Ódio
Título no Brasil: Rastros de Ódio
Título Original: The Searchers
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Ford
Roteiro: Frank S. Nugent, Alan Le May
Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles, John Qualen, Ward Bond
Sinopse:
O clássico do western "Rastros de Ódio" conta a história de Ethan Edwards (John Wayne), um veterano da Guerra Civil americana que embarca em uma jornada para resgatar sua sobrinha que fora raptada por guerreiros Comanches. Achar a garota passa a se tornar a obsessão de sua vida e ele se mostra disposto a tudo para resgatá-la das mãos dos nativos.
Comentários:
O próprio John Wayne costumava dizer que esse era o melhor filme de sua carreira. Tão orgulhoso ficou de seu trabalho e de seu personagem que resolveu dar o nome de Ethan a um de seus filhos. E como se isso não bastasse dizia e repetia em entrevistas que desejava ser lembrado justamente por esse "Rastros de Ódio". Não era pouca coisa. E realmente estamos mesmo diante de um filme inesquecível que marcou época na história do cinema. O diretor John Ford aqui chegou seguramente no ponto alto de sua rica carreira de cineasta. O filme pode ser considerado sua maior obra-prima. O desenvolvimento psicológico de todos os personagens era algo raro em filmes de faroeste na década de 1950. O roteiro e a direção acentuaram isso, transformando a trajetória do protagonista não apenas em uma jornada obsessiva, mas também em uma busca de si mesmo, de seus valores mais importantes. Aclamado por publico e crítica o filme foi absurdamente injustiçado pelo Oscar, passando em brancas nuvens pela Academia. Um retrato de um certo preconceito que existia contra filmes de faroeste. Não faz mal, "Rastros de Ódio" é uma obra cinematográfica tão maravilhosa que não precisaria mesmo de prêmios como esse para marcar sua posteridade.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Searchers
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Ford
Roteiro: Frank S. Nugent, Alan Le May
Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles, John Qualen, Ward Bond
Sinopse:
O clássico do western "Rastros de Ódio" conta a história de Ethan Edwards (John Wayne), um veterano da Guerra Civil americana que embarca em uma jornada para resgatar sua sobrinha que fora raptada por guerreiros Comanches. Achar a garota passa a se tornar a obsessão de sua vida e ele se mostra disposto a tudo para resgatá-la das mãos dos nativos.
Comentários:
O próprio John Wayne costumava dizer que esse era o melhor filme de sua carreira. Tão orgulhoso ficou de seu trabalho e de seu personagem que resolveu dar o nome de Ethan a um de seus filhos. E como se isso não bastasse dizia e repetia em entrevistas que desejava ser lembrado justamente por esse "Rastros de Ódio". Não era pouca coisa. E realmente estamos mesmo diante de um filme inesquecível que marcou época na história do cinema. O diretor John Ford aqui chegou seguramente no ponto alto de sua rica carreira de cineasta. O filme pode ser considerado sua maior obra-prima. O desenvolvimento psicológico de todos os personagens era algo raro em filmes de faroeste na década de 1950. O roteiro e a direção acentuaram isso, transformando a trajetória do protagonista não apenas em uma jornada obsessiva, mas também em uma busca de si mesmo, de seus valores mais importantes. Aclamado por publico e crítica o filme foi absurdamente injustiçado pelo Oscar, passando em brancas nuvens pela Academia. Um retrato de um certo preconceito que existia contra filmes de faroeste. Não faz mal, "Rastros de Ódio" é uma obra cinematográfica tão maravilhosa que não precisaria mesmo de prêmios como esse para marcar sua posteridade.
Pablo Aluísio.
Onde Impera a Traição
Título no Brasil: Onde Impera a Traição
Título Original: The Duel at Silver Creek
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: Audie Murphy, Faith Domergue, Stephen McNally, Susan Cabot, Gerald Mohr, Eugene Iglesias
Sinopse:
O cowboy e pistoleiro Luke Cromwell (Audie Murphy), também conhecido como "The Silver Kid" resolve se unir ao xerife Lightning Tyrone (Stephen McNally) para defender uma pequena cidade do velho oeste de uma quadrilha de bandoleiros, assassinos e saqueadores violentos e cruéis.
Comentários:
Esse filme tem alguns aspectos importantes. O primeiro deles é que foi dirigido pelo ótimo cineasta Don Siegel. Nesses últimos anos ele tem sido considerado um dos melhores diretores de faroeste da história por críticos de cinema e historiadores de arte. Um verdadeiro artesão da sétima arte. Segundo, o filme foi roteirizado por Gerald Drayson Adams, que era escritor, autor de livros romanceados com histórias que se passavam justamente no velho oeste, ou seja, ele entendia bem do tema que era a base de seu roteiro. Por fim essa foi uma das produções comerciais mais bem sucedidas da carreira do astro Audie Murphy. Ele não era ator de profissão, mas sim um veterano condecorado na II Guerra Mundial. Por isso a Universal ainda tinha dúvidas se ele poderia dar certo no cinema. Acabou dando, como foi bem provado pelos números alcançados nas bilheterias da época. E ele acabou se tornando um dos cowboys mais queridos da mitologia do faroeste no cinema. Talvez por ter morrido precocemente, sua fama ficou intacta, gerando nostalgia e Alegria para o seu grande fã clube, inclusive no Brasil, onde sempre foi um ator muito querido dos fãs de filmes de western.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Duel at Silver Creek
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: Audie Murphy, Faith Domergue, Stephen McNally, Susan Cabot, Gerald Mohr, Eugene Iglesias
Sinopse:
O cowboy e pistoleiro Luke Cromwell (Audie Murphy), também conhecido como "The Silver Kid" resolve se unir ao xerife Lightning Tyrone (Stephen McNally) para defender uma pequena cidade do velho oeste de uma quadrilha de bandoleiros, assassinos e saqueadores violentos e cruéis.
Comentários:
Esse filme tem alguns aspectos importantes. O primeiro deles é que foi dirigido pelo ótimo cineasta Don Siegel. Nesses últimos anos ele tem sido considerado um dos melhores diretores de faroeste da história por críticos de cinema e historiadores de arte. Um verdadeiro artesão da sétima arte. Segundo, o filme foi roteirizado por Gerald Drayson Adams, que era escritor, autor de livros romanceados com histórias que se passavam justamente no velho oeste, ou seja, ele entendia bem do tema que era a base de seu roteiro. Por fim essa foi uma das produções comerciais mais bem sucedidas da carreira do astro Audie Murphy. Ele não era ator de profissão, mas sim um veterano condecorado na II Guerra Mundial. Por isso a Universal ainda tinha dúvidas se ele poderia dar certo no cinema. Acabou dando, como foi bem provado pelos números alcançados nas bilheterias da época. E ele acabou se tornando um dos cowboys mais queridos da mitologia do faroeste no cinema. Talvez por ter morrido precocemente, sua fama ficou intacta, gerando nostalgia e Alegria para o seu grande fã clube, inclusive no Brasil, onde sempre foi um ator muito querido dos fãs de filmes de western.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de junho de 2006
A Lei do Mais Valente
Título no Brasil: A Lei do Mais Valente
Título Original: Yellowstone Kelly
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Burt Kennedy, Heck Allen
Elenco: Clint Walker, Edd Byrnes, John Russell, Ray Danton, Claude Akins, Rhodes Reason
Sinopse:
Em 1870, no território sioux ao sul do Missouri, o caçador e batedor Luther 'Yellowstone' Kelly (Clint Walker) é contratado pelo exército em Fort Buford, para guar as tropas em território selvagem e desconhecido. Uma guerra iminente entre os nativos e a cavalaria está prestes a explodir.
Comentários:
Esse faroeste fez bastante sucesso nos anos 1950. E méritos cinematográficos não lhe faltam. O enredo mostra o momento histórico em que os nativos americanos começaram a ter consciência que não havia mais como deter o avanço do homem branco sobre suas terras. A cada dia mais tropas da cavalaria chegavam, mais índios eram mortos. Até mesmo caçadores que tinham boa relação com os guerreiros Sioux, como o protagonista do filme, chegavam na conclusão que não haveria mais volta. O passado estava morrendo, o futuro seria a forte presença do homem branco naqueles territórios selvagens. Produzido em um tempo em que o politicamente correto não existia, o roteiro abraça mesmo a causa da conquista do oeste, mesmo sabendo-se que as culturas nativas seriam destruídas nesse processo de verdadeira invasão. No quadro geral temos um bom filme, com boa produção e uma história interessante que vai despertar a atenção do espectador da primeira à última cena. Um bom western dos anos 50, enfim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Yellowstone Kelly
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Burt Kennedy, Heck Allen
Elenco: Clint Walker, Edd Byrnes, John Russell, Ray Danton, Claude Akins, Rhodes Reason
Sinopse:
Em 1870, no território sioux ao sul do Missouri, o caçador e batedor Luther 'Yellowstone' Kelly (Clint Walker) é contratado pelo exército em Fort Buford, para guar as tropas em território selvagem e desconhecido. Uma guerra iminente entre os nativos e a cavalaria está prestes a explodir.
Comentários:
Esse faroeste fez bastante sucesso nos anos 1950. E méritos cinematográficos não lhe faltam. O enredo mostra o momento histórico em que os nativos americanos começaram a ter consciência que não havia mais como deter o avanço do homem branco sobre suas terras. A cada dia mais tropas da cavalaria chegavam, mais índios eram mortos. Até mesmo caçadores que tinham boa relação com os guerreiros Sioux, como o protagonista do filme, chegavam na conclusão que não haveria mais volta. O passado estava morrendo, o futuro seria a forte presença do homem branco naqueles territórios selvagens. Produzido em um tempo em que o politicamente correto não existia, o roteiro abraça mesmo a causa da conquista do oeste, mesmo sabendo-se que as culturas nativas seriam destruídas nesse processo de verdadeira invasão. No quadro geral temos um bom filme, com boa produção e uma história interessante que vai despertar a atenção do espectador da primeira à última cena. Um bom western dos anos 50, enfim.
Pablo Aluísio.
Meu Ódio Será Sua Herança
No final da década de 1960, quando as cortinas do gênero western pareciam se fechar para sempre, uma leva de excelentes filmes foram surgindo nas telas de cinema, revitalizando o faroeste, dado por muitos como algo ultrapassado, que os grandes estúdios de Hollywood já não tinham mais interesse. Um desses novos clássicos que vieram para não deixar que algo assim acontecesse foi esse "Meu Ódio Será Sua Herança" que foi recebido, desde as primeiras exibições, como um vento de renovação no estilo. A crítica obviamente adorou e o filme chegou a concorrer em duas categorias no Oscar, melhor roteiro adaptado e melhor música, para o sempre excelente maestro Jerry Fielding. Merecia até mais indicações em categorias mais prestigiadas.
Esse filme também é um dos mais importantes e representativos da carreira do mestre Sam Peckinpah. Muito se fala até hoje em dia na questão da violência retratada nos filmes. Pois bem, Sam Peckinpah foi um mestre em mostrar cenas violentas como verdadeiras obras de arte. Até hoje ele é considerado uma espécie de criador da chamada violência estilizada, onde cada momento, cada fotograma era especialmente trabalhado para trazer o máximo em termos de impacto visual para o espectador. Assim o filme usava a violência não como apelação, mas sim como ferramenta de narrativa. Enfim, temos aqui um clássico do western, com a assinatura do grande Sam Peckinpah.
Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild Bunch, Estados Unidos, 1969) Estúdio: Warner Bros / Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Walon Green, Sam Peckinpah / Elenco: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O'Brien, Warren Oates / Sinopse: Uma quadrilha de envelhecidos criminosos, de foras-da-lei do passado. planeja um último grande roubo enquanto o tradicional oeste americano está desaparecendo ao seu redor.
Pablo Aluísio.
Esse filme também é um dos mais importantes e representativos da carreira do mestre Sam Peckinpah. Muito se fala até hoje em dia na questão da violência retratada nos filmes. Pois bem, Sam Peckinpah foi um mestre em mostrar cenas violentas como verdadeiras obras de arte. Até hoje ele é considerado uma espécie de criador da chamada violência estilizada, onde cada momento, cada fotograma era especialmente trabalhado para trazer o máximo em termos de impacto visual para o espectador. Assim o filme usava a violência não como apelação, mas sim como ferramenta de narrativa. Enfim, temos aqui um clássico do western, com a assinatura do grande Sam Peckinpah.
Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild Bunch, Estados Unidos, 1969) Estúdio: Warner Bros / Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Walon Green, Sam Peckinpah / Elenco: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O'Brien, Warren Oates / Sinopse: Uma quadrilha de envelhecidos criminosos, de foras-da-lei do passado. planeja um último grande roubo enquanto o tradicional oeste americano está desaparecendo ao seu redor.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de maio de 2006
Punidos Pelo Proprio Sangue
Richard Widmark foi um astro do cinema em sua época. Um astro diferente, pois não raro interpretava anti-heróis. Esse faroeste foi um dos sucessos comerciais de sua carreira, onde foi dirigido pelo mestre John Sturges, com roteiro baseado na novela de western escrita por Frank Gruber. Era comum esse tipo de adaptação pois a literatura de faroeste era uma das mais populares, vendendo milhares de livros todos os anos. O gênero não existia apenas no cinema, mas em novelas, livros, contos publicados em jornais de grande circulação, etc. E qual é a história contada nesse filme de western? Jim Slater (Richard Widmark) é um cowboy em busca de suas origens. Há muitos anos tenta encontrar seu pai mas em vão. Até que seguindo pistas ele chega numa velha cidade do oeste americano. Lá descobre que seu pai foi morto numa emboscada apache nas montanhas rochosas. Embora o relato seja digno de acreditar, Slater resolve ir mais a fundo e sai em busca de testemunhas do que aconteceu. Além disso há rumores que seu pai carregava uma bela quantia em ouro que havia descoberto na mina em que trabalhava. Teria sido morto mesmo por Apaches ou a cobiça dos homens brancos da região falou mais alto?
O excelente cineasta John Sturges não assinava bobagens. E quando o tema era o velho oeste a coisa ficava muito mais séria. Aqui temos um faroeste com um roteiro extremamente bem escrito e ótimas atuações. Ele se empenhou bastante na realização desse filme, dando inclusive retoques no roteiro. Queria reforçar o aspecto de mistério de seu enredo. Infelizmente o título nacional entrega a solução do mistério que ronda toda a trama, mas nada podemos fazer sobre isso - pelo visto não é de hoje que temos títulos nacionais equivocados não é mesmo?
Pois bem, o enredo se passa no Arizona em 1870 e isso significa cidadezinhas empoeiradas no meio do deserto hostil. Richard Widmark passa o tempo todo com um figuro marrom (me lembrou até do famoso pioneiro Daniel Boone) e cai de amores pela mocinha Donna Reed (jovem e bonita, de cabelos curtos). O ator interpreta um verdadeiro personagem dúbio, ora agindo como mocinho, ora como vilão. No geral é um bom faroeste, movimentado, com perseguições de diligências, tiroteios em saloons e brigas no meio da areia do deserto. A fotografia foi valorizada, pois a região onde tudo foi filmado era bem bonita, com longas encostas montanhosas. Enfim, para matar saudades de Richard Widmark e seu estilo durão, com personagens que oscilavam entre o bem e o mal.
Punidos Pelo Proprio Sangue (Backlash, Estados Unidos, 1956) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: John Sturges / Roteiro: Frank Gruber, Borden Chase / Elenco: Richard Widmark, Donna Reed, William Campbell / Sinopse: Durante o velho oeste americano um homem desconhecido chega em uma pequena cidade do interior em busca de respostas, sobre a morte de seu pai. Ele quer saber tudo o que aconteceu para se vingar do assassino cuja identidade terá que descobrir.
Pablo Aluísio.
O excelente cineasta John Sturges não assinava bobagens. E quando o tema era o velho oeste a coisa ficava muito mais séria. Aqui temos um faroeste com um roteiro extremamente bem escrito e ótimas atuações. Ele se empenhou bastante na realização desse filme, dando inclusive retoques no roteiro. Queria reforçar o aspecto de mistério de seu enredo. Infelizmente o título nacional entrega a solução do mistério que ronda toda a trama, mas nada podemos fazer sobre isso - pelo visto não é de hoje que temos títulos nacionais equivocados não é mesmo?
Pois bem, o enredo se passa no Arizona em 1870 e isso significa cidadezinhas empoeiradas no meio do deserto hostil. Richard Widmark passa o tempo todo com um figuro marrom (me lembrou até do famoso pioneiro Daniel Boone) e cai de amores pela mocinha Donna Reed (jovem e bonita, de cabelos curtos). O ator interpreta um verdadeiro personagem dúbio, ora agindo como mocinho, ora como vilão. No geral é um bom faroeste, movimentado, com perseguições de diligências, tiroteios em saloons e brigas no meio da areia do deserto. A fotografia foi valorizada, pois a região onde tudo foi filmado era bem bonita, com longas encostas montanhosas. Enfim, para matar saudades de Richard Widmark e seu estilo durão, com personagens que oscilavam entre o bem e o mal.
Punidos Pelo Proprio Sangue (Backlash, Estados Unidos, 1956) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: John Sturges / Roteiro: Frank Gruber, Borden Chase / Elenco: Richard Widmark, Donna Reed, William Campbell / Sinopse: Durante o velho oeste americano um homem desconhecido chega em uma pequena cidade do interior em busca de respostas, sobre a morte de seu pai. Ele quer saber tudo o que aconteceu para se vingar do assassino cuja identidade terá que descobrir.
Pablo Aluísio.
Na Sombra do Disfarce
Você aprecia os filmes do ator Joel McCrea? Se sua resposta foi positiva, então deixo a dica de mais um bom faroeste estrelado por ele. E qual é a história do filme? Um fazendeiro, Zachary Hallock (Joel McCrea) e seu filho Josué (Jimmy Hunt), tentam se estabelecer em um rancho perto de uma cidadezinha sem lei nos confins do oeste americano. A região não possui xerife (o último foi morto pelas costas) e por isso se tornou um porto seguro para assaltantes, assassinos e marginais de toda ordem. Mas os cidadãos de bem resolvem reagir. Os comerciantes e fazendeiros da região se unem e formam um grupo de vigilantes armados para dar seguranças aos seus negócios e suas famílias. Isso acaba transformando o local em um verdadeiro barril de pólvora pronto a explodir.
O que fazer quando não existe mais lei e as autoridades constituídas nada mais fazem para impedir a explosão da criminalidade e a violência? "The Lone Hand" mostra a solução ao colocar em cena a sociedade civil formada por homens de bem se armando para impor novamente ordem e respeito em uma terra assolada pela bandidagem. O enfoque do roteiro é muito bem construído, principalmente por mostrar a dura vida dos pioneiros que foram em direção ao oeste para começar uma nova vida.
O personagem interpretado pelo sempre ótimo Joel McCrea personifica justamente esse ideal. Ele também acaba se envolvendo com a bela e sofrida Sarah Skaggs (Barbara Hale) que embora seja uma mulher honesta, íntegra e ciente de seus deveres tem que presenciar pessoas de sua própria família integrando grupos e bandos de criminosos. O argumento sutilmente toca na questão do chamado fora-da-lei social, aquele que não encontra outro caminho de vida mas não se aprofunda sobre o tema. Ao invés disso mostra apenas o lado dos pioneiros que para continuarem sobrevivendo tiveram que pegar em armas. Um western visceral que certamente mexerá com você. Mais do recomendado.
Na Sombra do Disfarce (The Lone Hand, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: George Sherman / Roteiro: Joseph Hoffman, Irving Ravetch / Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Alex Nicol / Sinopse: Em uma região dominada pelo crime, um grupo de fazendeiros e comerciantes decidem impor sua própria lei, formando grupos de justiceiros armados.
Pablo Aluísio.
O que fazer quando não existe mais lei e as autoridades constituídas nada mais fazem para impedir a explosão da criminalidade e a violência? "The Lone Hand" mostra a solução ao colocar em cena a sociedade civil formada por homens de bem se armando para impor novamente ordem e respeito em uma terra assolada pela bandidagem. O enfoque do roteiro é muito bem construído, principalmente por mostrar a dura vida dos pioneiros que foram em direção ao oeste para começar uma nova vida.
O personagem interpretado pelo sempre ótimo Joel McCrea personifica justamente esse ideal. Ele também acaba se envolvendo com a bela e sofrida Sarah Skaggs (Barbara Hale) que embora seja uma mulher honesta, íntegra e ciente de seus deveres tem que presenciar pessoas de sua própria família integrando grupos e bandos de criminosos. O argumento sutilmente toca na questão do chamado fora-da-lei social, aquele que não encontra outro caminho de vida mas não se aprofunda sobre o tema. Ao invés disso mostra apenas o lado dos pioneiros que para continuarem sobrevivendo tiveram que pegar em armas. Um western visceral que certamente mexerá com você. Mais do recomendado.
Na Sombra do Disfarce (The Lone Hand, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: George Sherman / Roteiro: Joseph Hoffman, Irving Ravetch / Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Alex Nicol / Sinopse: Em uma região dominada pelo crime, um grupo de fazendeiros e comerciantes decidem impor sua própria lei, formando grupos de justiceiros armados.
Pablo Aluísio.
Anjo de Vingança
Título no Brasil: Anjo de Vingança
Título Original: Frenchie
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures
Direção: Louis King
Roteiro: Oscar Brodney
Elenco: Joel McCrea, Shelley Winters, Paul Kelly, Elsa Lanchester, Marie Windsor, John Russell
Sinopse:
Frenchie Fontaine (Shelley Winters) decide vender seu negócio de sucesso em Nova Orleans para ir até a fronteira do velho oeste. A razão? Ela pretende encontrar os homens que mataram seu pai, Frank Dawson. O problema é que ela só conhece a identidade de um deles, e por isso precisa encontrar o segundo assassino. Para isso pretende contar com a ajuda do xerife da cidade, o durão e homem de poucas palavras Tom Banning (Joel McCrea). A caçada vai começar...
Comentários:
Mais um faroeste estrelado pelo ator Joel McCrea (1905 - 1990). Hoje em dia ele anda um tanto esquecido mas em seu auge foi bem popular. Isso se deve ao fato de que Joel realmente parecia um cowboy do velho oeste. Não era metido a galã e nem fazia o tipo que não convencia. Usando roupas surradas, cheias de poeira, cigarro na mão e jeito de durão era simplesmente impossível não acreditar que ele não fosse um autêntico "homem de Marlboro". Seus filmes de western se caracterizavam por serem bem duros, másculos, cheios de ação e tiroteios. Nada de personagens complexos, em crises existenciais. As crises em suas produções eram sempre resolvidas da mesma maneira, com o cano quente de uma Winchester calibrada. Nada mais, nada menos do que isso. Em "Anjo de Vingança" ele interpreta o xerife Tom Banning que não dá mole para a bandidagem, que como se sabe começa a se espalhar quando não é devidamente combatida. Banning usa da velha filosofia de que "bandido bom é bandido morto" e nada mais. Faroeste muito acima da média com cenas ótimas com Joel e Winters, que tenta trazer um pouco de leveza e bom humor às fitas de McCrea, um sujeito durão que não levava desaforos para casa. Quem precisa de mais? Os fãs de western certamente vão adorar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Frenchie
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures
Direção: Louis King
Roteiro: Oscar Brodney
Elenco: Joel McCrea, Shelley Winters, Paul Kelly, Elsa Lanchester, Marie Windsor, John Russell
Sinopse:
Frenchie Fontaine (Shelley Winters) decide vender seu negócio de sucesso em Nova Orleans para ir até a fronteira do velho oeste. A razão? Ela pretende encontrar os homens que mataram seu pai, Frank Dawson. O problema é que ela só conhece a identidade de um deles, e por isso precisa encontrar o segundo assassino. Para isso pretende contar com a ajuda do xerife da cidade, o durão e homem de poucas palavras Tom Banning (Joel McCrea). A caçada vai começar...
Comentários:
Mais um faroeste estrelado pelo ator Joel McCrea (1905 - 1990). Hoje em dia ele anda um tanto esquecido mas em seu auge foi bem popular. Isso se deve ao fato de que Joel realmente parecia um cowboy do velho oeste. Não era metido a galã e nem fazia o tipo que não convencia. Usando roupas surradas, cheias de poeira, cigarro na mão e jeito de durão era simplesmente impossível não acreditar que ele não fosse um autêntico "homem de Marlboro". Seus filmes de western se caracterizavam por serem bem duros, másculos, cheios de ação e tiroteios. Nada de personagens complexos, em crises existenciais. As crises em suas produções eram sempre resolvidas da mesma maneira, com o cano quente de uma Winchester calibrada. Nada mais, nada menos do que isso. Em "Anjo de Vingança" ele interpreta o xerife Tom Banning que não dá mole para a bandidagem, que como se sabe começa a se espalhar quando não é devidamente combatida. Banning usa da velha filosofia de que "bandido bom é bandido morto" e nada mais. Faroeste muito acima da média com cenas ótimas com Joel e Winters, que tenta trazer um pouco de leveza e bom humor às fitas de McCrea, um sujeito durão que não levava desaforos para casa. Quem precisa de mais? Os fãs de western certamente vão adorar.
Pablo Aluísio.
Terra Selvagem
Título no Brasil: Terra Selvagem
Título Original: Comanche Territory
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Lewis Meltzer, Oscar Brodney
Elenco: Maureen O'Hara, Macdonald Carey, Will Geer, Charles Drake, Pedro de Cordoba, Ian MacDonald
Sinopse:
Durante a conquista do oeste americano, um grupo de colonos decide romper, por conta própria, um tratado de paz firmado entre o governo e a nação comanche. Eles cobiçam a prata que pode ser encontrada no território comanche. E essa invasão de suas terras dá origem a um conflito brutal entre homens brancos e nativos.
Comentários:
O diretor George Sherman tinha nome de general ianque da guerra civil. Isso parece ter abençoado sua carreira cinematográfica pois ele, desde cedo, se especializou em filmes com histórias passadas no velho oeste. Esse faroeste aqui tem uma característica interessante, pois foi estrelado por uma mulher! Isso mesmo, a atriz Maureen O'Hara era a verdadeira protagonista no filme, interpretando uma personagem chamada Katie Howard, uma pioneira naquelas terras selvagens. Maureen O'Hara era uma das principais estrelas da Universal, assim o estúdio decidiu arriscar, produzindo um western estrelado por uma atriz de personalidade forte. A "ousadia" deu certo, o filme foi elogiado pela crítica da época e rendeu uma boa bilheteria nos cinemas. Revisto nos dias atuais é sem dúvida um bom filme de western, com todos os elementos presentes, bom roteiro, elenco empenhado e ótimas cenas de batalha. Um bom fã do estilo não teria do que reclamar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Comanche Territory
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Lewis Meltzer, Oscar Brodney
Elenco: Maureen O'Hara, Macdonald Carey, Will Geer, Charles Drake, Pedro de Cordoba, Ian MacDonald
Sinopse:
Durante a conquista do oeste americano, um grupo de colonos decide romper, por conta própria, um tratado de paz firmado entre o governo e a nação comanche. Eles cobiçam a prata que pode ser encontrada no território comanche. E essa invasão de suas terras dá origem a um conflito brutal entre homens brancos e nativos.
Comentários:
O diretor George Sherman tinha nome de general ianque da guerra civil. Isso parece ter abençoado sua carreira cinematográfica pois ele, desde cedo, se especializou em filmes com histórias passadas no velho oeste. Esse faroeste aqui tem uma característica interessante, pois foi estrelado por uma mulher! Isso mesmo, a atriz Maureen O'Hara era a verdadeira protagonista no filme, interpretando uma personagem chamada Katie Howard, uma pioneira naquelas terras selvagens. Maureen O'Hara era uma das principais estrelas da Universal, assim o estúdio decidiu arriscar, produzindo um western estrelado por uma atriz de personalidade forte. A "ousadia" deu certo, o filme foi elogiado pela crítica da época e rendeu uma boa bilheteria nos cinemas. Revisto nos dias atuais é sem dúvida um bom filme de western, com todos os elementos presentes, bom roteiro, elenco empenhado e ótimas cenas de batalha. Um bom fã do estilo não teria do que reclamar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de maio de 2006
Comando Negro
Título no Brasil: Comando Negro
Título Original: Dark Command
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Grover Jones, Lionel Houser
Elenco: John Wayne, Claire Trevor, Walter Pidgeon, George 'Gabby' Hayes, Porter Hall, Raymond Walburn
Sinopse:
Na véspera da eclosão da guerra civil americana, o texano Bob Seton (John Wayne) chega na pequena cidadezinha de Lawrence, Kansas. Ele pensa em viver por lá, só que seus planos são ameaçados por William 'Will' Cantrell (Walter Pidgeon), um ambicioso e fanático militante da causa sulista na região. Não demora muito e ele começa a impor o terror para toda a população local.
Comentários:
Hoje em dia esse western é pouco lembrado. Entretanto foi um dos grandes sucessos da carreira de John Wayne. Tanto do ponto de vista do público, como também da crítica. Foi produzido pelo lendário produtor Sol C. Siegel, que fez fortuna e fama em Hollywood, sendo conhecido pelo extremo capricho que trazia para seus filmes. A direção também foi excelente, caindo nas mãos do mestre Raoul Walsh. Tantos talentos fizeram com que o filme fosse indicado em duas categorias do Oscar, concorrendo como melhor direção de arte (realmente o filme tem um estilo e visual belíssimo) e melhor música original (a cargo do maestro Victor Young, consagrado pelos maravilhosos temas que compôs para filmes em Hollywood). O roteiro também conseguiu mesclar com rara inspiração personagens históricos reais (como Cantrell e seu bando de renegados) com personagens de pura ficção (como no caso do ranchero interpretado por John Wayne). Em suma, um dos grandes clássicos da Republic, um estúdio que marcou época na Hollywood em sua fase de ouro.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dark Command
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Grover Jones, Lionel Houser
Elenco: John Wayne, Claire Trevor, Walter Pidgeon, George 'Gabby' Hayes, Porter Hall, Raymond Walburn
Sinopse:
Na véspera da eclosão da guerra civil americana, o texano Bob Seton (John Wayne) chega na pequena cidadezinha de Lawrence, Kansas. Ele pensa em viver por lá, só que seus planos são ameaçados por William 'Will' Cantrell (Walter Pidgeon), um ambicioso e fanático militante da causa sulista na região. Não demora muito e ele começa a impor o terror para toda a população local.
Comentários:
Hoje em dia esse western é pouco lembrado. Entretanto foi um dos grandes sucessos da carreira de John Wayne. Tanto do ponto de vista do público, como também da crítica. Foi produzido pelo lendário produtor Sol C. Siegel, que fez fortuna e fama em Hollywood, sendo conhecido pelo extremo capricho que trazia para seus filmes. A direção também foi excelente, caindo nas mãos do mestre Raoul Walsh. Tantos talentos fizeram com que o filme fosse indicado em duas categorias do Oscar, concorrendo como melhor direção de arte (realmente o filme tem um estilo e visual belíssimo) e melhor música original (a cargo do maestro Victor Young, consagrado pelos maravilhosos temas que compôs para filmes em Hollywood). O roteiro também conseguiu mesclar com rara inspiração personagens históricos reais (como Cantrell e seu bando de renegados) com personagens de pura ficção (como no caso do ranchero interpretado por John Wayne). Em suma, um dos grandes clássicos da Republic, um estúdio que marcou época na Hollywood em sua fase de ouro.
Pablo Aluísio.
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