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terça-feira, 5 de setembro de 2023

O Pistoleiro do Wyoming

Título no Brasil: O Pistoleiro do Wyoming
Título Original: Wyoming Outlaw
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Jack Natteford, Betty Burbridge
Elenco: John Wayne, Don 'Red' Barry, Ray Corrigan, Raymond Hatton

Sinopse:
Will Parker (Don 'Red' Barry) é um rancheiro do Wyoming que devido ao hostil clima da região acaba perdendo toda a sua safra. Desesperado para alimentar seus familiares ele se une a um bando de ladrões de gado. Após um confronto é capturado e preso mas ele não se dá por vencido e foge da prisão, começando uma verdadeira caçada para capturá-lo. Roteiro levemente inspirado em fatos reais.

Comentários:
Filme da Republic Pictures que conta em seu elenco com o famoso John Wayne. Infelizmente os fãs do Duke não precisam ficar muito eufóricos pois o filme não gira em torno do mais famoso cowboy da sétima arte. Na verdade seu personagem, Stony Brooke, é bem secundário. Quem for assistir a esse filme pensando em Wayne certamente se decepcionará por essa razão. No geral é um filme B, feito especialmente para matinês, muito curtinho e rápido que vai direto ao ponto. É um bangue-bangue tradicional, sem maiores surpresas. O roteiro ainda ensaia um pouco mais de capricho no que diz respeito ao personagem principal, um rancheiro que entra para o mundo do crime por necessidade, mas não vai muito adiante em relação a isso. Wayne surge com um figurino que lembra bastante o ídolo Tom Mix, com um enorme chapéu branco, além de roupas claras, impecáveis para quem vive no velho oeste americano. Enfim, coisas de Hollywood da época. Em suma, um faroeste da velha escola que mesmo sendo de rotina segue sendo lembrado por causa da presença do imortal John Wayne.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de maio de 2023

Daniel Boone - A Conquista do Kentucky

Título no Brasil: Daniel Boone - A Conquista do Kentucky
Título Original: Daniel Boone: Frontier Trail Rider
Ano de Lançamento: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: George Sherman
Roteiro: D.D. Beauchamp, Jack Guss
Elenco: Fess Parker, Ed Ames, Patricia Blair, Armando Silvestre, Dal McKennon, Jacqueline Evans

Sinopse:
O colonizador e pioneiro Daniel Boone (Fess Parker) lidera um grupo de colonos em direção ao território selvagem do Kentucky para fundar a cidade de Boonesborough. Ao longo do caminho, ele conhece e se apaixona por uma adorável mulher chamada Rebecca. Só que a chegada naquelas terras não vai ser apenas romântica. Muitos desafios terão que ser superados. 

Comentários:
Daniel Boone foi um nome um nome importante da história da conquista do oeste nos Estados Unidos. Nos anos 60 foi produzida uma série de TV que se tornou um grande sucesso de audiência, inclusive conquistando muitos fãs até mesmo no Brasil. Então os produtores decidiram que um longa-metragem a ser lançado nos cinemas poderia ser uma boa ideia. Para isso contrataram o especialista em filmes de faroeste George Sherman. E ele definitivamente fez um bom trabalho. Montou uma equipe de roteiristas e se lançou no projeto de fazer o filme sobre esse personagem para ser lançado nos cinemas. O resultado ficou muito bom. Inova em certos aspectos, tem melhor produção, mas ao mesmo tempo mantém as características e o estilo que fizeram da série de TV todo aquele sucesso. Um filme que realmente fez a alegria dos fãs do faroeste e em especial dos que curtiam as aventuras de Daniel Boone nos anos da colonização. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

O Tesouro de Pancho Villa

Título no Brasil: O Tesouro de Pancho Villa
Título Original: The Treasure of Pancho Villa
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Niven Busch
Elenco: Rory Calhoun, Shelley Winters, Gilbert Roland, Joseph Calleia, Fanny Schiller, Pascual García Peña

Sinopse:
México, 1915. O ladrão de bancos americano Tom Bryan (Rory Calhoun) vai ao México para ajudar Pancho Villa na entrega de um valioso carregamento de ouro. O bando de leais apoiadores de Villa precisa do tesouro para colocar seu líder no poder. Não vai ser nada fácil enfrentar todos os seus inimigos.

Comentários:
O ator Rory Calhoun teve uma longa carreira em Hollywood, atuando em mais de 120 filmes ao longo de sua trajetória. Infelizmente, quando estava se tornando um astro, principalmente ao estrelar filmes de faroeste, ele foi alvo de boatos maldosos, afirmando que era gay. Para a sociedade preconceituosa da época, isso significava o fim de uma promissora carreira no cinema. De qualquer maneira, os filmes de western em que atuou são muito bons de forma em geral. Esse aqui foi dirigido pelo ótimo diretor George Sherman, que tinha nome de herói da guerra civil americana. Ele, em determinada época de sua carreira, se especializou em filmes de faroeste. E dirigiu algumas dos melhores produções desse gênero cinematográfico. Esse filme aqui se notabilizou por fazer mais sucesso no exterior do que dentro dos Estados Unidos. No México foi um grande sucesso de bilheteria, o que era se esperar. Afinal, o roteiro tratava da história daquele país.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O Levante dos Apaches

Título no Brasil: O Levante dos Apaches
Título Original: The Battle at Apache Pass
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: John Lund, Jeff Chandler, Susan Cabot, Bruce Cowling, Beverly Tyler, Richard Egan

Sinopse:
Os líderes guerreiros nativos Cochise (Jeff Chandler) e Gerônimo (Jay Silverheels) resolvem unir forças pela última e decisiva vez contra a ocupação branca de suas terras. Atacam um destacamento da cavalaria do exército dos Estados Unidos que está sob o comando do Major Jim Colton (John Lund) que segue viagem por territórios Apaches. O combate, sangrento e feroz, decidirá os rumos que as guerras indígenas tomarão dali em diante. Roteiro baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Eu sempre achei muito curioso ver atores brancos como Jeff Chandler pintados de vermelho, se fazendo passar por Apache em filmes americanos da década de 1950 (até galãs como Rock Hudson tiveram que passar por isso!). Muitos hoje em dia consideram isso um verdadeiro absurdo histórico, mas não consigo culpar Hollywood por esse tipo de caracterização. O fato é que na época não existia ainda essa mentalidade atual nas produções de grandes estúdios. Os verdadeiros nativos geralmente eram usados como meros figurantes, uma vez que a velha perícia de andar a cavalo e coisas semelhantes realmente seguia como uma tradição ainda viva, que passava de pai para filho. O enredo de "The Battle at Apache Pass" pode até ser considerado trivial pois é de fato um típico filme de cavalaria versus índios. Novamente traz o corriqueiro chefe guerreiro Gerônimo, um líder tribal que só se entregou mesmo em seus últimos dias. Por ter sido um dos últimos guerreiros a baixar as armas, acabou ganhando fama nos jornais da época, tornando seu nome realmente inesquecível ao longo de todos esses anos. No geral é sim um bom western, com boas cenas de ação, todas filmadas praticamente no deserto de Utah, uma região bonita, mas igualmente selvagem e inóspita.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Com o Dedo no Gatilho

Clay (Audie Murphy) é um negociador de cavalos que no meio de uma viagem pelo deserto encontra um homem perdido, sedento, e prestes a morrer. Prontamente o ajuda a sobreviver mas é apunhalado pelo estranho que na verdade é um pistoleiro em fuga após matar uma família numa cidadezinha próxima. Seu nome é Travers (Jan Merlin). Após a agressão o bandido rouba o cavalo de Clay e foge deserto adentro. Com muito esforço finalmente Clay consegue chegar na cidade mais próxima mas para seu azar o povo local o confunde com o pistoleiro Travers, o capturando e o enviando ao xerife que tenciona o levar a um tribunal em Denver para ser julgado e enforcado. Acusado injustamente de um crime que não cometeu e confundido com o verdadeiro assassino, nada mais resta a Clay do que tentar escapar para provar sua verdadeira identidade e sua inocência em todas as acusações. Homem errado no lugar errado - essa é a premissa que norteia o roteiro de "Com o Dedo no Gatilho", bom western estrelado por Audie Murphy no começo da década de 60.

Um dos aspectos positivos dessa produção é a locação onde parte do filme foi rodado, em Alabama Hills, uma região muito bonita e singular pois se trata de uma serra de rochedos bem no meio do deserto americano. Sem dúvida o local acrescentou bastante ao visual e à fotografia desse faroeste, principalmente quando o xerife local persegue os personagens principais. Outro ponto forte é o bom elenco de apoio. Entre os destaques poderia citar o bom trabalho do ator Robert Middleton como o ladrão Ambrose. Ele chega tarde da noite na taverna onde o personagem de Audie Murphy se esconde do xerife e dá um show de interpretação. Sangrando, levemente embriagado, ele incorpora aquele sujeito sem valores nenhum de forma brilhante. No mais, "Com o Dedo no Gatilho" segue o padrão dos chamados faroestes B da Universal. Não que fossem filmes ruins mas sim com orçamentos mais modestos e enredos mais diretos e eficazes, o que no final das contas acabava satisfazendo bastante aos fãs do gênero.

Com o Dedo no Gatilho (Hell Bent for Leather, EUA,1960) Direção: George Sherman / Roteiro: Christopher Knopf / Elenco: Audie Murphy, Felicia Farr, Stephen McNally / Sinopse: Comerciante de cavalos é confundido com perigoso pistoleiro e assassino procurado pelo xerife na região. Agora terá que lutar para provar sua verdadeira identidade e sua inocência nos crimes cometidos pelo bandido procurado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Jake Grandão

John Wayne morreu em 1979. Esse filme foi produzido em 1971, ou seja, no começo da última década de vida do veterano ator. Com os filmes de faroeste em baixa, já que o gênero teve mesmo seu auge durante os anos 40, 50 e 60, o velho astro procurava se manter em cartaz. Esse "Jake Grandão" contou com o dinheiro do próprio ator que praticamente foi o produtor executivo da fita. Para compor elenco e equipe técnica, Wayne reuniu velhos companheiros do cinema (como a atriz Maureen O'Hara) com uma geração jovem, muitos deles filhos de grandes astros do passado que agora tentavam uma chance dentro da indústria cinematográfica. Isso demonstrou acima de tudo o bom caráter de John Wayne, procurando dar oportunidades para todos que o conheciam.

A direção foi creditada a George Sherman, diretor dos bons e velhos tempos dos grandes filmes de western do passado. Só que ele passou por problemas de saúde durante as filmagens e assim o próprio John Wayne acabou dirigindo metade do filme, embora seu nome não constasse nos créditos oficiais da fita. No enredo ele interpretava um velho xerife aposentado, um homem da lei do passado, que agora procurava por paz, além de tentar uma reconciliação com um dos seus amores de um tempo distante. Sua tranquilidade porém seria rompida com o sequestro de seu neto. A partir daí caberia a ele pegar o velho rifle, montar seu cavalo e ir atrás dos criminosos. Bom filme, digno, da fase final da filmografia de um dos grandes mitos da história do cinema americano.

Jake Grandão (Big Jake, Estados Unidos, 1971) Direção: George Sherman, John Wayne / Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink / Elenco: John Wayne, Richard Boone, Maureen O'Hara, Virginia Capers / Sinopse: Jacob McCandles (John Wayne) é um velho xerife aposentado que precisa voltar à ativa, após ter seu neto sequestrado por um bando de criminosos perigosos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Coração Selvagem

A história desse filme se passa em 1886, no território Sioux. A primeira cena já mostra uma tentativa de se assinar um tratado de paz com os indígenas. Infelizmente o cacique descobre que o homem branco já construiu um forte militar em terras Sioux e tudo vai por água abaixo. Os índios se retiram das negociações. Em pé de guerra tudo o que se precisa para se começar uma grande batalha é a morte de algum membro da tribo. Durante uma viagem o arrogante tenente Rob Dancy (Alex Nicol) acaba matando um jovem Sioux, dando começo a uma guerra violenta entre soldados da cavalaria e os nativos da região. O protagonista desse roteiro é um caçador de peles chamado John Bridger (Van Heflin). Durante anos ele viveu nas terras da nação Sioux, tendo se integrado completamente com os índios. Ele chegou a inclusive formar uma família com uma jovem Cheyenne. Só que tudo foi destruído após um ataque da cavalaria, liderada pelo mesmo tenente Dancy, que agora ele reencontra. Afinal todos perguntam: De que lado ele está? Do lado do homem branco, da cavalaria americana, ou do lado dos guerreiros Sioux, a quem tem muito respeito e amizade?

Esse é um faroeste B da Universal Pictures que traz algumas curiosidades interessantes. Uma delas é o fato de tentar mostrar o outro lado das guerras indígenas. Ao invés do mostrar a figura do nativo americano como apenas a do inimigo, do vilão, o roteiro procura mostrar as razões e as injustiças do homem branco que fizeram com que os chefes tribais entrassem em guerra. Além disso procura explorar um protagonista que viveu ao lado dos índios e que tem suas razões para odiar a política de ataques e mortes da cavalaria. Outro ponto que chama a atenção é a presença do ator Rock Hudson, ainda em começo de carreira, interpretando o cabo Hannah. Ele tem poucas cenas, mas duas são particularmente boas: Quando sai com uma tropa de soldados e é atacado pelos Sioux e quando é encurralado pelos guerreiros, perto de um riacho, onde todos acabam morrendo (numa óbvia referência ao que aconteceu com a sétima cavalaria do general Custer). Com boa produção (ergueram um forte de verdade no Arizona) e bom roteiro, esse "Coração Selvagem" é uma boa dica para se ter em sua coleção de filmes de western.

Coração Selvagem (Tomahawk, Estados Unidos,1951) Direção: George Sherman / Roteiro:Silvia Richards, Maurice Geraghty  / Elenco: Van Heflin, Yvonne De Carlo, Alex Nicol, Rock Hudson / Sinopse: Cavalaria americana decide construir um forte bem no meio do território da nação Sioux, criando uma grande tensão e clima de guerra com os nativos. No meio do conflito que está prestes a explodir, um caçador de peles que viveu muitos anos ao lado dos indígenas tenta costurar um tratado de paz entre os militares brancos e os guerreiros Sioux.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de maio de 2007

Taberna dos Proscritos

Título no Brasil: Taberna dos Proscritos
Título Original: Border River
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: William Sackheim
Elenco: Joel McCrea, Yvonne De Carlo, Pedro Armendáriz, Alfonso Bedoya, Howard Petrie, George J. Lewis

Sinopse:
Durante a guerra civil nos Estados Unidos, um grupo de confederados, do exército cinza sulista, decide ir até o México para comprar armas e munições. A intenção seria reforçar as tropas confederadas no front. Para evitar que isso aconteça é enviado um major do exército da União, dos ianques.

Comentários:
Assistindo a um filme como esse chego na conclusão de que a era de ouro do cinema americano no gênero western se deu mesmo na década de 1950. Os melhores diretores, roteiristas e atores estavam na ativa e os filmes, mesmo os que eram considerados de segundo escalão, eram muito bem produzidos e dirigidos. Veja o caso desse "Taberna dos Proscritos". Todos os elementos estão em seus lugares certos. O roteiro explora ação, aventura, mas também há espaço para o romance, para preciosas aulas de história. O ator  Joel McCrea foi o melhor astro de faroeste B dos anos 50. Além disso o filme contava ainda com o sangue latino de  Yvonne De Carlo, uma bela e sensual mulher. Tudo sob direção do mestre George Sherman, que era tão associado ao faroeste que tinha até mesmo nome de general americano da guerra civil. Enfim, ótimo filme, tudo valorizado pelo bom gosto das produções da Universal da época. Diversão garantida.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de janeiro de 2007

O Vale da Redenção

Título no Brasil: O Vale da Redenção
Título Original: Count Three and Pray
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Herb Meadow
Elenco: Van Heflin, Joanne Woodward, Philip Carey

Sinopse:
Um pastor com um passado sombrio se muda para uma cidade rural logo após a Guerra Civil. Ele tentará evangelizar o lugar, até como uma forma de superar os traumas do passado mas isso logo se revelará bem mais complicado do que ele pensa. Afinal seu passado poderá voltar para lhe perturbar a paz e sua missão evangelizadora.

Comentários:
Esse seria o primeiro filme da atriz Joanne Woodward, que anos depois se tornaria a esposa de Paul Newman. Ela começou sua carreira na TV, em séries como "Tales of Tomorrow" e "Goodyear Television Playhouse". Apenas três anos depois de fazer muitos episódios de seriados e que ela finalmente foi contratada para estrelar um filme na Columbia Pictures. "Count Three and Pray" é uma produção bem bucólica, com um roteiro cheio de boas intenções, que tentava mostrar as dificuldades de um pastor numa pequena cidade rural do interior dos Estados Unidos. Joanne Woodward interpreta a personagem Lissy, que inclusive é bem marcante na trama, o que não deixa de ser uma surpresa pois esse era apenas o seu primeiro filme na tela grande. No saldo geral um bom filme que se não é marcante pelo menos se revela uma boa diversão. De uma forma ou outra fica a curiosidade de ver a esposa de Paul Newman em sua primeira atuação na sétima arte.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2006

Bandido Apaixonado

Um pistoleiro decide ir para a Califórnia. A região passa por um momento histórico que seria conhecido como a "corrida do ouro". O valioso metal foi encontrado nas montanhas, o que levou milhares de pessoas a imigrarem até lá em busca da tão esperada fortuna. Entretanto muitos só encontram problemas, crimes e morte. O velho fora-da-lei decide tentar a sorte e faz a viagem ao lado de dois amigos de longa data. Na Califórnia encontram uma linda mulher, dançarina em um saloon.

A atriz Yvonne De Carlo foi uma dessas mulheres de presença e personalidade fortes. Não admitia ser contrariada e tinha o controle de sua carreira em suas mãos. Sua imagem até hoje impressiona, com seu rosto bem característico, com longas sobrancelhas que ela usava como arma, instrumento de cena, em suas atuações. Esse filme assim acabou sendo protagonizado por ela. Imagine, um faroeste estrelado por uma mulher em plena década de 1940. Mais feminista do que isso, impossível!

Bandido Apaixonado (Black Bart, Estados Unidos, 1948) Direção: George Sherman / Roteiro: Luci Ward / Elenco: Yvonne De Carlo, Dan Duryea, Jeffrey Lynn, Percy Kilbride / Sinopse: O filme conta as aventuras e problemas enfrentados por um fora-de-lei que vai para a Califórnia durante a corrida do ouro. Lá acaba conhecendo uma bela e decidida bailarina de um saloon, que acaba roubando seu coração.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Na Sombra do Disfarce

Você aprecia os filmes do ator Joel McCrea? Se sua resposta foi positiva, então deixo a dica de mais um bom faroeste estrelado por ele. E qual é a história do filme? Um fazendeiro, Zachary Hallock (Joel McCrea) e seu filho Josué (Jimmy Hunt), tentam se estabelecer em um rancho perto de uma cidadezinha sem lei nos confins do oeste americano. A região não possui xerife (o último foi morto pelas costas) e por isso se tornou um porto seguro para assaltantes, assassinos e marginais de toda ordem. Mas os cidadãos de bem resolvem reagir. Os comerciantes e fazendeiros da região se unem e formam um grupo de vigilantes armados para dar seguranças aos seus negócios e suas famílias. Isso acaba transformando o local em um verdadeiro barril de pólvora pronto a explodir.

O que fazer quando não existe mais lei e as autoridades constituídas nada mais fazem para impedir a explosão da criminalidade e a violência? "The Lone Hand" mostra a solução ao colocar em cena a sociedade civil formada por homens de bem se armando para impor novamente ordem e respeito em uma terra assolada pela bandidagem. O enfoque do roteiro é muito bem construído, principalmente por mostrar a dura vida dos pioneiros que foram em direção ao oeste para começar uma nova vida.

O personagem interpretado pelo sempre ótimo Joel McCrea personifica justamente esse ideal. Ele também acaba se envolvendo com a bela e sofrida Sarah Skaggs (Barbara Hale) que embora seja uma mulher honesta, íntegra e ciente de seus deveres tem que presenciar pessoas de sua própria família integrando grupos e bandos de criminosos. O argumento sutilmente toca na questão do chamado fora-da-lei social, aquele que não encontra outro caminho de vida mas não se aprofunda sobre o tema. Ao invés disso mostra apenas o lado dos pioneiros que para continuarem sobrevivendo tiveram que pegar em armas. Um western visceral que certamente mexerá com você. Mais do recomendado.

Na Sombra do Disfarce (The Lone Hand, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: George Sherman / Roteiro: Joseph Hoffman, Irving Ravetch / Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Alex Nicol / Sinopse: Em uma região dominada pelo crime, um grupo de fazendeiros e comerciantes decidem impor sua própria lei, formando grupos de justiceiros armados.

Pablo Aluísio.

Terra Selvagem

Título no Brasil: Terra Selvagem
Título Original: Comanche Territory
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Sherman
Roteiro: Lewis Meltzer, Oscar Brodney
Elenco: Maureen O'Hara, Macdonald Carey, Will Geer, Charles Drake, Pedro de Cordoba, Ian MacDonald  

Sinopse:
Durante a conquista do oeste americano, um grupo de colonos decide romper, por conta própria, um tratado de paz firmado entre o governo e a nação comanche. Eles cobiçam a prata que pode ser encontrada no território comanche. E essa invasão de suas terras dá origem a um conflito brutal entre homens brancos e nativos.

Comentários:
O diretor George Sherman tinha nome de general ianque da guerra civil. Isso parece ter abençoado sua carreira cinematográfica pois ele, desde cedo, se especializou em filmes com histórias passadas no velho oeste. Esse faroeste aqui tem uma característica interessante, pois foi estrelado por uma mulher! Isso mesmo, a atriz Maureen O'Hara era a verdadeira protagonista no filme, interpretando uma personagem chamada Katie Howard, uma pioneira naquelas terras selvagens. Maureen O'Hara era uma das principais estrelas da Universal, assim o estúdio decidiu arriscar, produzindo um western estrelado por uma atriz de personalidade forte. A "ousadia" deu certo, o filme foi elogiado pela crítica da época e rendeu uma boa bilheteria nos cinemas. Revisto nos dias atuais é sem dúvida um bom filme de western, com todos os elementos presentes, bom roteiro, elenco empenhado e ótimas cenas de batalha. Um bom fã do estilo não teria do que reclamar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Daniel Boone

Título no Brasil: Daniel Boone
Título Original: Daniel Boone
Ano de Produção: 1964 - 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: William Wiard, Nathan Juran, George Sherman
Roteiro: D.D. Beauchamp, David Duncan, Melvin Levy
Elenco: Fess Parker, Patricia Blair, Darby Hinton

Sinopse:
Daniel Boone (Fess Parker) é um explorador e aventureiro que segue caminho rumo ao oeste, saindo das fronteiras das treze colônias da costa leste para desbravar e conhecer o rico interior do continente americano. No caminho tem que lidar com tribos hostis, principalmente os apaches que povoam as montanhas da região onde acaba chegando pela primeira vez. Foi um dos primeiros homens brancos a chegar naquela isolada e remota terra.

Comentários:
Foi uma das séries mais bem sucedidas da história da TV americana. Ao todo ficou seis anos no ar, resultando em seis temporadas e 165 episódios de grande audiência. O sucesso chegou inclusive ao Brasil onde o seriado foi exibido em várias emissoras ao longo dos anos. Tanto êxito não é tão complicado de se explicar, afinal de contas os roteiros primavam por trazer todas as semanas muitas aventuras, romances e histórias de bravura bem no começo da colonização americana. Daniel Boone inclusive foi um personagem real da história americana. Ele viveu entre os anos de 1734 a 1820. Boone foi um dos grandes pioneiros da colonização, abrindo caminhos rumo ao oeste, em especial nos territórios que se tornariam os modernos estados de Kentucky, Mississippi e Alabama. Claro que o homem real tinha pouca coisa a ver com o folclore que foi criado em cima de sua história, que daria origem inclusive a esse seriado de TV, mas nada disso ameniza sua importância dentro da história dos Estados Unidos e das treze colônias nos quais Boone viveu. Extremamente recomendado esse verdadeiro clássico do canal NBC está sendo relançado na íntegra nos EUA em uma primorosa coleção de DVDs, item de colecionador certamente. Assim deixamos a dica desse que foi muito provavelmente o mais popular seriado de faroeste da TV americana.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Comanche

Título no Brasil: Comanche
Título Original: Comanche
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: George Sherman
Roteiro: Carl Krueger
Elenco: Dana Andrews, Kent Smith, Nestor Paiva

Sinopse:
Na fronteira mais distante e inóspita do velho oeste do século XIX, um grupo de soldados americanos enviados por Washington precisa costurar um acordo de paz com a nação Comanche para evitar que ocorra um novo banho de sangue entre tropas da cavalaria e guerreiros nativos, que já se encontram com suas tradicionais pinturas de guerra. O acordo, como logo se mostra desde o começo, não será dos mais fáceis de conseguir.

Comentários:
"Comanche" mostra as dificuldades que existiam entre o governo americano, destemido em alargar as fronteiras do país rumo ao oeste selvagem e a natural resistência que nascia contra essa política de tribos nativas, entre elas a dos Comanches, que ficaram conhecidos na história como uma das nações mais guerreiras e bravas daquele período. Como se trata de um típico faroeste dos anos 50, já sabemos de antemão que tudo foi realmente produzido de forma muito romanceada, com claros objetivos de transformar os soldados americanos da cavalaria em heróis e os índios em impiedosos vilões. No meio de um clima de guerra há até espaço para namoricos e romances (até porque se não fosse assim as atrizes não teriam razão nenhuma de participar do filme). É uma visão que no fundo retrata a mentalidade da época. Colocando isso de lado sobra ao espectador muita diversão ao velho estilo bangue-bangue do cinema americano. Há várias cenas tradicionais de combate entre soldados e índios, algo que fará a alegria dos nostálgicos. Como diferencial o diretor George Sherman resolveu ele mesmo e sua equipe atravessar a fronteira filmando tudo no México, perto da cidade de Durango. Isso trouxe algo de novo ao filme em si, pois aquela terra deserta como o inferno, se torna um componente importante na condução do enredo. No saldo final temos um western muito interessante e divertido, acima de tudo.

Pablo Aluísio.