Dee Bishop (Dean Martin) é o líder de um bando de assaltantes de bancos no velho oeste. Após uma tentativa frustrada de assalto, todos são presos pelo xerife July Johnson (George Kennedy). Julgados e condenados à forca, não parece mais haver esperanças para os criminosos até o dia em que chega na cidade o carrasco que vai executar o enforcamento. Homem educado, de gestos gentis, ele logo ganha a simpatia de todos. O único problema é que ele na realidade não é quem afirma ser. Na verdade se trata de Mace Bishop (James Stewart) que tentará de todas as formas evitar que seu querido irmão seja enforcado na cidade.
Excelente western com um elenco maravilhoso, além de James Stewart e Dean Martin, a ótima produção conta com as presenças da linda Raquel Welch (no auge de sua beleza) e Andrew Prine. A primeira coisa que chama a atenção é o próprio personagem de James Stewart. Ele é um ladrão, tal como seu irmão, assalta bancos e mente o tempo todo, mas mesmo assim não deixa de ser charmoso e fascinante para os moradores da região. James Stewart geralmente interpretava papéis de homens virtuosos, íntegros, éticos e esse Mace Bishop é uma exceção nessa linha. Aqui ele é um vilão disfarçado. Um sujeito que se faz de homem honesto para esconder seus objetivos nefastos. Sua atuação é mais uma vez muito digna e marcante. Sem dúvida, um de seus mais interessantes personagens no cinema.
Ao seu lado no elenco, o cantor Dean Martin mais uma vez não compromete. É curioso porque muitos decretaram o final de sua carreira no cinema após se separar de Jerry Lewis. Ledo engano. Martin conseguiu superar essa separação e ao longo dos anos construiu uma sólida filmografia própria, solo, com alguns filmes realmente maravilhosos. Aqui ele interpreta o irmão caçula Bishop. No fundo tudo o que deseja é escapar das garras da lei para ter um novo recomeço em algum lugar onde possa finalmente ter paz e tranqüilidade. Martin surpreende mesmo com sua boa atuação. E pensar que ele foi por anos após uma "escada" para Jerry Lewis em seus filmes de comédia.
O termo “bandolero”, do título original, se refere a um vasto território hostil localizado além do Rio Grande, marco geográfico que separa o México dos EUA, que era nos tempos do velho oeste uma terra de ninguém, dominado por saqueadores e ladrões mexicanos. Não havia lei naquela região. É justamente nesse local onde se passará os eventos mais dramáticos de todo o filme. Em conclusão “O Preço de um Covarde” é mais um momento marcante na rica carreira do saudoso James Stewart, um ator diferenciado que aqui surge em cena em um papel incomum. Simplesmente imperdível.
O Preço de um Covarde (Bandolero!, Estados Unidos, 1968) Direção: Andrew V. McLaglen / Roteiro: James Lee Barrett, Stanley Hough / Elenco: James Stewart, Dean Martin, Raquel Welch, George Kennedy, Andrew Prine / Sinopse: Dois irmãos tentam fugir das garras da lei na fronteira entre EUA e México. Após atravessarem o Rio Grande são incansavelmente perseguidos pelo zerife Johnson. O problema é que o vasto território é um covil de ladrões e assassinos mexicanos. Quem conseguirá sobreviver a esse lugar tão hostil?
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de março de 2006
sábado, 18 de março de 2006
Amor Feito de Ódio
Título no Brasil: Amor Feito de Ódio
Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb, Jack Warden, George Hamilton, Bo Hopkins
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Marilyn Durham, o filme conta a história do pistoleiro e ladrão de trens Jay Grobart (Burt Reynolds). Durante um de seus assaltos ele decide raptar a jovem Catherine Crocker (Sarah Miles) e se apaixona por ela.
Comentários:
Não se enganem, durante os anos 70 o ator Burt Reynolds foi um dos maiores astros de Hollywood. Seus filmes faziam muito sucesso e ele era considerado um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. Tanto que ele acabou passeando por praticamente todos os gêneros cinematográficos. Um de seus momentos mais interessantes na carreira aconteceu nesse western romântico. Isso mesmo, o roteiro passeava pelo faroeste mais tradicional, porém com fartas doses de romantismo. Até porque o material original, o romance que deu origem ao roteiro, havia sido escrito por uma mulher, Marilyn Durham. Nada mais curioso do que ver o velho oeste, com seus foras-da-lei e pistoleiros, tudo recriado pela imaginação de uma talentosa escritora. E o filme é até muito bom. Alguns se incomodaram um pouco com o romance do casal central, até pela forma como ele começou, mas penso diferente. Acredito que dentro da mitologia do velho oeste tudo seria cabível, até mesmo a história de amor de um bandoleiro e uma dama raptada. Assim deixo o convite para assistir a esse faroeste diferente, criado a partir do ponto de vista puramente feminino.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb, Jack Warden, George Hamilton, Bo Hopkins
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Marilyn Durham, o filme conta a história do pistoleiro e ladrão de trens Jay Grobart (Burt Reynolds). Durante um de seus assaltos ele decide raptar a jovem Catherine Crocker (Sarah Miles) e se apaixona por ela.
Comentários:
Não se enganem, durante os anos 70 o ator Burt Reynolds foi um dos maiores astros de Hollywood. Seus filmes faziam muito sucesso e ele era considerado um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. Tanto que ele acabou passeando por praticamente todos os gêneros cinematográficos. Um de seus momentos mais interessantes na carreira aconteceu nesse western romântico. Isso mesmo, o roteiro passeava pelo faroeste mais tradicional, porém com fartas doses de romantismo. Até porque o material original, o romance que deu origem ao roteiro, havia sido escrito por uma mulher, Marilyn Durham. Nada mais curioso do que ver o velho oeste, com seus foras-da-lei e pistoleiros, tudo recriado pela imaginação de uma talentosa escritora. E o filme é até muito bom. Alguns se incomodaram um pouco com o romance do casal central, até pela forma como ele começou, mas penso diferente. Acredito que dentro da mitologia do velho oeste tudo seria cabível, até mesmo a história de amor de um bandoleiro e uma dama raptada. Assim deixo o convite para assistir a esse faroeste diferente, criado a partir do ponto de vista puramente feminino.
Pablo Aluísio.
O Tesouro dos Renegados
Título no Brasil: O Tesouro dos Renegados
Título Original: Der Schatz im Silbersee
Ano de Produção: 1962
País: Alemanha
Estúdio: Rialto Film Preben-Philipsen
Direção: Harald Reinl
Roteiro: Harald G. Petersson
Elenco: Pierre Brice, Lex Barker, Herbert Lom, Karin Dor, Marianne Hoppe, Eddi Arent
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Karl May, o filme "O Tesouro dos Renegados" conta a história do caçador Old Shatterhand (Lex Barker) que se une ao chefe apache Winnetou (Pierre Brice) para localizar o lugar onde foi enterrado um tesouro com moedas de prata.
Comentários:
Você já assistiu a um faroeste alemão? Pois é, esse gênero cinematográfico sempre foi associado ao cinema americano (onde tem suas origens) e ao cinema italiano (com o surgimento do chamado Western Spaghetti durante os anos 1960 e 1970). O curioso é que apesar de ser produzido na Alemanha esse filme até que é muito bom, inclusive com uma produção que surpreende ao público mais acostumado com faroestes. Esse personagem apache chamado Winnetou inclusive fez muito sucesso na época, dando origem a outros filmes, quadrinhos e até mesmo brinquedos para as crianças alemãs. No geral é um bom filme, porém mais direcionado para um público juvenil, já que a intenção do roteiro é mesmo divertir aos jovens, inclusive pegando elementos de clássicos da literatura juvenil, como o próprio romance "A Ilha do Tesouro". Mesmo assim, com tantos elementos misturados, o filme certamente ainda agrada, principalmente se o cinéfilo estiver em busca de curiosidades sobre o cinema europeu dos anos 1960.
Pablo Aluísio.
Título Original: Der Schatz im Silbersee
Ano de Produção: 1962
País: Alemanha
Estúdio: Rialto Film Preben-Philipsen
Direção: Harald Reinl
Roteiro: Harald G. Petersson
Elenco: Pierre Brice, Lex Barker, Herbert Lom, Karin Dor, Marianne Hoppe, Eddi Arent
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Karl May, o filme "O Tesouro dos Renegados" conta a história do caçador Old Shatterhand (Lex Barker) que se une ao chefe apache Winnetou (Pierre Brice) para localizar o lugar onde foi enterrado um tesouro com moedas de prata.
Comentários:
Você já assistiu a um faroeste alemão? Pois é, esse gênero cinematográfico sempre foi associado ao cinema americano (onde tem suas origens) e ao cinema italiano (com o surgimento do chamado Western Spaghetti durante os anos 1960 e 1970). O curioso é que apesar de ser produzido na Alemanha esse filme até que é muito bom, inclusive com uma produção que surpreende ao público mais acostumado com faroestes. Esse personagem apache chamado Winnetou inclusive fez muito sucesso na época, dando origem a outros filmes, quadrinhos e até mesmo brinquedos para as crianças alemãs. No geral é um bom filme, porém mais direcionado para um público juvenil, já que a intenção do roteiro é mesmo divertir aos jovens, inclusive pegando elementos de clássicos da literatura juvenil, como o próprio romance "A Ilha do Tesouro". Mesmo assim, com tantos elementos misturados, o filme certamente ainda agrada, principalmente se o cinéfilo estiver em busca de curiosidades sobre o cinema europeu dos anos 1960.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de março de 2006
Um Certo Capitão Lockhart
Esse filme é considerado um dos faroestes clássicos da carreira do ótimo ator James Stewart. Ele foi um ícone da história do cinema americano e transitou muito bem no mais americano de todos os gêneros cinematográficos, o western. No filme ele interpreta um personagem chamado Will Lockhart. Esse cowboy chega a uma pequena cidade do Novo México para descarregar uma carga de mantimentos para o comércio local. Na volta resolve retirar de uma salina próxima um novo carregamento, mas é impedido de forma violenta por Dave Waggoman (Alex Nicol), filho de um rico fazendeiro da região. Isso cria uma rivalidade que vai levar os dois homens a um caminho sem volta. Essa foi, infelizmente, a última parceria entre James Stewart e o diretor Anthony Mann. Juntos eles fizeram alguns dos melhores filmes de western de sua época. Marcaram mesmo a história do gênero. E como não poderia deixar de ser esse "The Man From Laramie" também é um faroeste acima da média. O filme é uma adaptação do conto do escritor Thomas T. Flint, que publicou originalmente seu texto nas páginas do Saturday Evening Post. Nos anos 1950 era comum a publicação de textos com histórias do velho oeste nos grandes jornais americanos. O sucesso foi tão grande que eles depois começaram a publicar esses textos em forma de livros de bolso (até aqui no Brasil os livrinhos de faroeste de bolso foram extremamente populares). O roteiro também aproveita para se inspirar levemente na peça Rei Lear - o que fica evidente nas relações familiares em torno da família do rico fazendeiro Alec Waggoman (Donald Crisp). Idoso, extremamente rico e ficando cego, ele se preocupa sobre sua sucessão pois seu filho, Dave, é um mimado irresponsável que não sabe lidar com o poder que tem.
James Stewart novamente nos brinda com uma excelente interpretação. Seus personagens em faroestes sempre foram cowboys menos viris do que os interpretados pelo Duke (John Wayne) mas não eram menos éticos e virtuosos. Aqui ele faz um ex-capitão do exército americano que acaba se envolvendo em um conflito contra Dave, o herdeiro do clã Waggoman. O curioso é que o roteiro, muito bem trabalhado, traz inúmeras reviravoltas e uma sub trama muito interessante envolvendo contrabando de rifles automáticos para a tribo Apache. O filme é bem cadenciado, com preocupação de se desenvolver todos os personagens e o resultado final é muito eficiente, o que surpreende pois a duração é curta, pouco mais de 90 minutos, o que demonstra que para se contar uma boa estória, não é necessário encher a paciência do espectador com filmes longos demais.
Um Certo Capitão Lockhart (The Man From Laramie, Estados Unidos, 1955) Direção: Anthony Mann / Roteiro: Philip Yordan, Frank Burt, Thomas T. Flynn / Elenco: James Stewart, Arthur Kennedy e Donald Crisp / Sinopse: Um cowboy, ex-capitão do exército americano, acaba entrando em conflito contra um rapaz, herdeiro de um poderoso fazendeiro da região. E isso nos tempos do velho oeste americano significava um duelo de vida ou morte.
Pablo Aluúsio.
James Stewart novamente nos brinda com uma excelente interpretação. Seus personagens em faroestes sempre foram cowboys menos viris do que os interpretados pelo Duke (John Wayne) mas não eram menos éticos e virtuosos. Aqui ele faz um ex-capitão do exército americano que acaba se envolvendo em um conflito contra Dave, o herdeiro do clã Waggoman. O curioso é que o roteiro, muito bem trabalhado, traz inúmeras reviravoltas e uma sub trama muito interessante envolvendo contrabando de rifles automáticos para a tribo Apache. O filme é bem cadenciado, com preocupação de se desenvolver todos os personagens e o resultado final é muito eficiente, o que surpreende pois a duração é curta, pouco mais de 90 minutos, o que demonstra que para se contar uma boa estória, não é necessário encher a paciência do espectador com filmes longos demais.
Um Certo Capitão Lockhart (The Man From Laramie, Estados Unidos, 1955) Direção: Anthony Mann / Roteiro: Philip Yordan, Frank Burt, Thomas T. Flynn / Elenco: James Stewart, Arthur Kennedy e Donald Crisp / Sinopse: Um cowboy, ex-capitão do exército americano, acaba entrando em conflito contra um rapaz, herdeiro de um poderoso fazendeiro da região. E isso nos tempos do velho oeste americano significava um duelo de vida ou morte.
Pablo Aluúsio.
O Último Tiro
No mesmo ano em que Henry Fonda estrelou o clássico “Era uma Vez no Oeste”, ele realizou ao lado do amigo James Stewart esse “Firecreek” (No Brasil o filme recebeu o título de "O Último Tiro". Esse é um de seus melhores filmes de western. Infelizmente não é de seus trabalhos mais conhecidos hoje em dia, o que é uma injustiça. Muito subestimada, a fita tem um excelente roteiro, um argumento excepcional e é muito bem produzida. Na estória acompanhamos a chegada do bando de Bob Larkin (Henry Fonda) na pequenina cidadela de Firecreek. Essa é uma comunidade extremamente pacífica cuja população é formada basicamente por humildes comerciantes e pequenos proprietários rurais, entre eles Johnny Cobb (James Stewart), cuja esposa está em trabalho de parto em seu rancho. Ao visitar a cidade para comprar mantimentos acaba encontrando Larkin e seus facínoras no local. O problema maior para Cobb é que apesar de não ter treinamento e nem experiência com armas, responde pela segurança da cidade, servindo no posto de xerife interino enquanto não é nomeado um oficial da lei pelo Estado. Obviamente Larkin e sua quadrilha não deixarão os moradores em paz após descobrir que o homem responsável pela lei no lugar não é páreo para eles, pistoleiros profissionais. Assim são colocados em lados extremos o pistoleiro rápido no gatilho, com várias mortes nas costas e um simples e pacato cidadão que apenas quer que a lei e a ordem continue reinando na cidadezinha. É a antiga metáfora do cordeiro contra o lobo, que se sacrificará se for necessário para proteger os que lhe são queridos e caros.
Assistir um filme com Henry Fonda e James Stewart no mesmo elenco já é um prazer para qualquer cinéfilo, agora imaginem ver esses dois grandes astros duelando pelo que é certo e justo numa cidade perdida do velho oeste americano! Não existe melhor representatividade da mitologia do velho oeste do que essa. Henry Fonda era um ator extremamente expressivo que conseguia transmitir tudo apenas com um olhar. Seu personagem Bob Larkin é um envelhecido pistoleiro tentando manter a autoridade entre seu grupo de bandidos. Já James Stewart explora muito bem sua imagem de homem trabalhador, ético, honesto, devotado à sua família e íntegro, algo que aliás era parte de sua personalidade real e não apenas um jogo de imagem ou marketing dos estúdios de cinema.
Esse é o melhor filme do diretor Vincent McEveety um veterano da TV que dirigiu entre outros os grandes ícones televisivos, como a série clássica "Jornada nas Estrelas". Também dirigiu episódios de séries policiais populares da época como "Os Intocáveis" e "Columbo". Sua direção aqui é segura e centrada, tudo resultando em um faroeste realmente excepcional, bem acima da média. Em conclusão podemos classificar “O Último Tiro” como um belo momento do cinema western, resultado de mais uma feliz união profissional entre James Stewart e Henry Fonda. É um filme de faroeste puro sangue que agradará em cheio os fãs e puristas admiradores desse gênero cinematográfico.
O Último Tiro (Firecreek, Estados Unidos, 1968) Direção: Vincent McEveety / Roteiro: Calvin Clement Sr / Elenco: James Stewart, Henry Fonda, Inger Stevens, Gary Lockwood, Dean Jagger, Ed Begley / Sinopse: Após participar de um tiroteiro, Bob Larkin (Henry Fonda) procura por abrigo na pequena cidade de Firecreek com seu bando de pistoleiros. No local acaba entrando em confronto com Johnny Cobb (James Stewart) um simples rancheiro nomeado xerife honorário do local.
Pablo Aluísio.
Assistir um filme com Henry Fonda e James Stewart no mesmo elenco já é um prazer para qualquer cinéfilo, agora imaginem ver esses dois grandes astros duelando pelo que é certo e justo numa cidade perdida do velho oeste americano! Não existe melhor representatividade da mitologia do velho oeste do que essa. Henry Fonda era um ator extremamente expressivo que conseguia transmitir tudo apenas com um olhar. Seu personagem Bob Larkin é um envelhecido pistoleiro tentando manter a autoridade entre seu grupo de bandidos. Já James Stewart explora muito bem sua imagem de homem trabalhador, ético, honesto, devotado à sua família e íntegro, algo que aliás era parte de sua personalidade real e não apenas um jogo de imagem ou marketing dos estúdios de cinema.
Esse é o melhor filme do diretor Vincent McEveety um veterano da TV que dirigiu entre outros os grandes ícones televisivos, como a série clássica "Jornada nas Estrelas". Também dirigiu episódios de séries policiais populares da época como "Os Intocáveis" e "Columbo". Sua direção aqui é segura e centrada, tudo resultando em um faroeste realmente excepcional, bem acima da média. Em conclusão podemos classificar “O Último Tiro” como um belo momento do cinema western, resultado de mais uma feliz união profissional entre James Stewart e Henry Fonda. É um filme de faroeste puro sangue que agradará em cheio os fãs e puristas admiradores desse gênero cinematográfico.
O Último Tiro (Firecreek, Estados Unidos, 1968) Direção: Vincent McEveety / Roteiro: Calvin Clement Sr / Elenco: James Stewart, Henry Fonda, Inger Stevens, Gary Lockwood, Dean Jagger, Ed Begley / Sinopse: Após participar de um tiroteiro, Bob Larkin (Henry Fonda) procura por abrigo na pequena cidade de Firecreek com seu bando de pistoleiros. No local acaba entrando em confronto com Johnny Cobb (James Stewart) um simples rancheiro nomeado xerife honorário do local.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de março de 2006
Winchester '73
Lendo a autobiografia do ator Rock Hudson nos deparamos com um capítulo onde ele relembra o lançamento desse western. De como viajou ao lado de James Stewart para promover o filme nas cidades. Na época ele era apenas um coadjuvante de luxo nesse faroeste que tem um ótimo roteiro. E é justamente o roteiro que se destaca nessa produção. Posso afirmar, sem parecer exagerado, que temos aqui um roteiro muito bem escrito, algo bem inovador mesmo. Várias histórias vão sendo mostradas e aos poucos todas convergem para o mesmo local. O roteiro na verdade segue o rifle Winchester 73 que vai passando de mão em mão ao longo do filme. A arma é uma espécie de prêmio que o personagem de James Stewart ganha em um concurso na cidade de Dodge City. Nessa cena temos direito até mesmo a uma aparição do famoso homem da lei Wyatt Earp. O rifle acaba sendo roubado depois, indo parar nas mãos de um grupo Sioux. Depois ele vai parar nas mãos de militares da cavalaria, vira objeto de ostentação de um covarde etc. O fio condutor de todo o enredo então passa a ser justamente esse rifle. E assim várias histórias do velho oeste vão sendo contadas.
Além do bom roteiro, o filme se destaca também pelo excelente elenco. Astros de Hollywood da sua era de ouro estão aqui. O ator James Stewart repete seu tradicional papel de homem íntegro e honesto. Para falar a verdade ele não precisava de muito mais do que isso. Sempre carismático e correto, Stewart liderou um elenco acima da média. O mais curioso é a presença de dois jovens atores que iriam virar grandes astros nos anos que viriam: Rock Hudson e Tony Curtis. O primeiro está quase irreconhecível como um chefe Sioux. Ele atuou no filme de peruca e pintado nas cores tradicionais dos nativos americanos, algo bem fora dos padrões de sua carreira. Já Tony Curtis, muito, muito jovem, faz um soldado da cavalaria no meio de um cerco indígena. Ambos estavam em começo de carreira, tentando um lugar ao sol em Hollywood.
Na época os dois eram contratados da Universal Pictures, que tinha um quadro de treinamento de novos atores. A Universal era conhecida por realizar vários faroestes B, mas aqui caprichou um pouco mais na produção. Isso porque contava com o astro James Stewart como estrela do filme. Assim o estúdio decidiu produzir um faroeste classe A para fazer jus a ele. A empresa cinematográfica sabia do potencial das bilheterias com sua presença. E tudo isso resultou numa produção caprichada. A direção também foi entregue a um cineasta experiente. Anthony Mann foi para James Stewart o que John Ford foi para John Wayne, ou seja, uma bela parceria se firmou entre ambos ao longo dos anos. Aqui a sintonia da dupla funciona novamente. Mann, com mão firme, não deixa o filme em nenhum momento cair na banalidade. Excelente trabalho de direção. Em suma, esse é um daqueles grandes filmes de western da história de Hollywood. Um filme para se ter na coleção.
Winchester '73 (Winchester '73, Estados Unidos, 1950) Direção: Anthony Mann / Roteiro: Robert L. Richards, Borden Chase / Elenco: James Stewart, Rock Hudson, Tony Curtis, Shelley Winters, Dan Duryea / Sinopse: Lin McAdam (James Stewart) vence uma competição de tiro cujo prêmio é um rifle Winchester 73, a melhor arma da época. Após perder sua posse a arma cai nas mãos de várias pessoas ao longo do tempo. Filme indicado ao Writers Guild of America.
Pablo Aluísio.
Além do bom roteiro, o filme se destaca também pelo excelente elenco. Astros de Hollywood da sua era de ouro estão aqui. O ator James Stewart repete seu tradicional papel de homem íntegro e honesto. Para falar a verdade ele não precisava de muito mais do que isso. Sempre carismático e correto, Stewart liderou um elenco acima da média. O mais curioso é a presença de dois jovens atores que iriam virar grandes astros nos anos que viriam: Rock Hudson e Tony Curtis. O primeiro está quase irreconhecível como um chefe Sioux. Ele atuou no filme de peruca e pintado nas cores tradicionais dos nativos americanos, algo bem fora dos padrões de sua carreira. Já Tony Curtis, muito, muito jovem, faz um soldado da cavalaria no meio de um cerco indígena. Ambos estavam em começo de carreira, tentando um lugar ao sol em Hollywood.
Na época os dois eram contratados da Universal Pictures, que tinha um quadro de treinamento de novos atores. A Universal era conhecida por realizar vários faroestes B, mas aqui caprichou um pouco mais na produção. Isso porque contava com o astro James Stewart como estrela do filme. Assim o estúdio decidiu produzir um faroeste classe A para fazer jus a ele. A empresa cinematográfica sabia do potencial das bilheterias com sua presença. E tudo isso resultou numa produção caprichada. A direção também foi entregue a um cineasta experiente. Anthony Mann foi para James Stewart o que John Ford foi para John Wayne, ou seja, uma bela parceria se firmou entre ambos ao longo dos anos. Aqui a sintonia da dupla funciona novamente. Mann, com mão firme, não deixa o filme em nenhum momento cair na banalidade. Excelente trabalho de direção. Em suma, esse é um daqueles grandes filmes de western da história de Hollywood. Um filme para se ter na coleção.
Winchester '73 (Winchester '73, Estados Unidos, 1950) Direção: Anthony Mann / Roteiro: Robert L. Richards, Borden Chase / Elenco: James Stewart, Rock Hudson, Tony Curtis, Shelley Winters, Dan Duryea / Sinopse: Lin McAdam (James Stewart) vence uma competição de tiro cujo prêmio é um rifle Winchester 73, a melhor arma da época. Após perder sua posse a arma cai nas mãos de várias pessoas ao longo do tempo. Filme indicado ao Writers Guild of America.
Pablo Aluísio.
Cine Western - Bob Custer
Cine Western - Bob Custer
Ator popular de filmes mudos de faroeste produzidos entre as décadas de 1920 e 1930. Morreu na década de 1970.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de março de 2006
Os Três Sargentos
O cantor Frank Sinatra reuniu sua turma de amigos, contratou o diretor John Sturges e rodou esse faroeste em 1962. O resultado não ficou tão bom. O roteiro apresentou problemas, não se posicionou entre ser uma comédia ou um filme sério de western. Na indecisão o espectador acabou perdendo parte de seu interesse. Outra coisa que faz falta é a ausência de uma trilha sonora. Afinal ter dois dos maiores cantores da história em um filme e não explorar esse talento soa absurdo. Frank Sinatra e Dean martin estão lá, mas não cantam. Apenas tentam fazer cenas divertidas. Não deu muito certo. O filme começa como comédia pastelão. Os três protagonistas estão em um bar. Após uma briga ao estilo dos antigos filmes do trio "Os Três Patetas", o espectador é levado a pensar que o roteiro vai seguir essa linha, mas não é bem isso que acontece depois. Inexplicavelmente o tom do filme muda e assume uma postura séria, baseada em longos tiroteios e batalhas com os índios das montanhas. Frank Sinatra não se esforça e nem parece muito interessado no filme. Na verdade ele apenas passeia entre as cenas. Aliás seu personagem nem sempre aparece nas cenas mais importantes. Melhores são as participações de Dean Martin e Sammy Davis Jr, que em dupla proporcionam bons momentos.
De resto pouca coisa convence. A cena final é praticamente toda passada dentro de uma caverna nitidamente recriada em estúdio. O filme como um todo não é mal feito, mas o cenário, nessa cena em particular, não parece nada realista. O diretor John Sturges foi contratado pessoalmente por Sinatra após o sucesso de "Sete Homens e Um Destino", mas o deixou em rédeas curtas. E isso atrapalhou o filme. Sinatra nem sempre tinha as melhores ideias, mas sem um diretor com autoridade, elas acabaram entrando no filme. Então é isso. Um faroeste que muito provavelmente não exisitiria sem Frank Sinatra, mas que acabou sendo prejudicado justamente por ele.
Os Três Sargentos (Sergeants 3, Estados Unidos, 1962) Direção: John Sturges / Rotero: W.R. Burnett / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford e Joey Bishop / Sinopse: Três sargentos de um forte do exército americano localizado no deserto, entram em conflito com uma tribo de índios com uma estranha religião que prega o fanatismo e a guerra total contra o homem branco.
Pablo Aluísio.
De resto pouca coisa convence. A cena final é praticamente toda passada dentro de uma caverna nitidamente recriada em estúdio. O filme como um todo não é mal feito, mas o cenário, nessa cena em particular, não parece nada realista. O diretor John Sturges foi contratado pessoalmente por Sinatra após o sucesso de "Sete Homens e Um Destino", mas o deixou em rédeas curtas. E isso atrapalhou o filme. Sinatra nem sempre tinha as melhores ideias, mas sem um diretor com autoridade, elas acabaram entrando no filme. Então é isso. Um faroeste que muito provavelmente não exisitiria sem Frank Sinatra, mas que acabou sendo prejudicado justamente por ele.
Os Três Sargentos (Sergeants 3, Estados Unidos, 1962) Direção: John Sturges / Rotero: W.R. Burnett / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford e Joey Bishop / Sinopse: Três sargentos de um forte do exército americano localizado no deserto, entram em conflito com uma tribo de índios com uma estranha religião que prega o fanatismo e a guerra total contra o homem branco.
Pablo Aluísio.
O Homem Que Matou o Facínora
“Quando a lenda se torna mais interessante do que o fato, que se publique a lenda”. Essa frase colocada na boca de um dos personagens de “O Homem que Matou o Facínora” resume muito bem esse maravilhoso western, um dos grandes clássicos da história do cinema americano. John Ford, um mestre em extrair grandes lições de histórias aparentemente simples, aqui tem um dos momentos mais inspirados de toda a sua carreira. E diante da obra cinematográfica que ele produziu ao longo da vida isso definitivamente não é pouca coisa! No filme acompanhamos a chegada do senador Ransom Stoddard (James Stewart) na pequenina cidade onde começou sua carreira política muitos anos antes. Ele vem para o enterro de um velho conhecido, Tom Doniphon (John Wayne). Mas quem seria Tom Doniphon na realidade? Através de flashback somos apresentados aos acontecimentos do passado onde Tom e Ranson tomaram parte em eventos que ficariam na história da região – e que em consequência levaria Ranson a ter uma extremamente bem sucedida carreira política nos anos que viriam. O enredo, como se pode perceber, tem uma inteligente linha narrativa.
John Ford, ao lado da equipe de roteiristas, trabalhou maravilhosamente bem o roteiro, com vários leituras sublimares que apenas um ótimo texto poderia explorar bem. Um dessas mensagens nas entrelinhas é o papel desempenhado pelo próprio personagem de John Wayne. Embora tenha sido creditado como o ator principal do filme (fruto de seu status de grande astro na época) o fato é que seu personagem é meramente coadjuvante na trama, mesmo que não seja um papel secundário qualquer.
Na realidade esse filme é uma parábola da capacidade de se doar pela felicidade de quem se ama. Tom é um rústico cowboy do interior, mas sua paixão pela jovem Hallie (Vera Miles) é tão profunda e sincera que ele deixa de lado até mesmo seus interesses pessoais para proteger Ranson (Stewart) pois é óbvio que Hallie o tem em grande consideração. Embora durão no exterior, Tom (Wayne) é na verdade uma pessoa extremamente altruísta, solidária e leal a ponto de ficar em segundo plano, abrindo mão de seus próprios sonhos pela felicidade da mulher que ama. Falar mais sobre a trama seria tirar parte de seu impacto.
Outro ponto excelente da produção é seu elenco excepcional. Como se não bastasse termos dois mitos em cena, James Stewart e John Wayne, o filme também apresenta um elenco de apoio de respeito, igualmente formado por grandes atores de sua época, a começar pelos que interpretam os bandidos do filme. Liberty Valance, o facínora do título nacional, é interpretado com brilhantismo por Lee Marvin, um ícone dos filmes de western. Ao seu lado, formando o bando de criminosos, está o famoso Lee Van Cleef que estrelaria uma longa série de faroestes nos anos seguintes, com destaque para as produções que rodou na Itália. Em suma, "O Homem Que Matou o Facínora" é um desses faroestes que podemos qualificar, sem medo de exageros, como monumental. É um western que privilegia o lado mais humano de seus personagens. É um exemplo de que mesmo dentro do gênero faroeste seria possível emplacar grandes dramas humanos. Um grande momento nas carreiras de John Wayne, James Stewart e John Ford. Impecável em todos os sentidos. Obra-prima da sétima arte.
O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance, Estados Unidos, 1962) Direção: John Ford / Roteiro: James Warner Bellah, Willis Goldbeck baseados na história de Dorothy M. Johnson / Elenco: John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Lee Marvin, Lee Van Cleef, Edmond O'Brien, Andy Devine / Sinopse: Ransom Stoddard (James Stewart) é um jovem e idealista advogado recém formado que vai até uma distante cidadezinha do oeste para iniciar sua carreira jurídica. Durante a viagem é assaltado e espancado pelo fora-da-lei Liberty Valance (Lee Marvin). Jurando colocá-lo na cadeia, usando de meios legais, Ransom inicia uma luta pessoal pela implantação da lei e ordem naquela região selvagem. Para isso conta com o apoio da jovem Hallie (Vera Miles) e do durão Tom Doniphon (John Wayne). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Edith Head).
Pablo Aluísio.
John Ford, ao lado da equipe de roteiristas, trabalhou maravilhosamente bem o roteiro, com vários leituras sublimares que apenas um ótimo texto poderia explorar bem. Um dessas mensagens nas entrelinhas é o papel desempenhado pelo próprio personagem de John Wayne. Embora tenha sido creditado como o ator principal do filme (fruto de seu status de grande astro na época) o fato é que seu personagem é meramente coadjuvante na trama, mesmo que não seja um papel secundário qualquer.
Na realidade esse filme é uma parábola da capacidade de se doar pela felicidade de quem se ama. Tom é um rústico cowboy do interior, mas sua paixão pela jovem Hallie (Vera Miles) é tão profunda e sincera que ele deixa de lado até mesmo seus interesses pessoais para proteger Ranson (Stewart) pois é óbvio que Hallie o tem em grande consideração. Embora durão no exterior, Tom (Wayne) é na verdade uma pessoa extremamente altruísta, solidária e leal a ponto de ficar em segundo plano, abrindo mão de seus próprios sonhos pela felicidade da mulher que ama. Falar mais sobre a trama seria tirar parte de seu impacto.
Outro ponto excelente da produção é seu elenco excepcional. Como se não bastasse termos dois mitos em cena, James Stewart e John Wayne, o filme também apresenta um elenco de apoio de respeito, igualmente formado por grandes atores de sua época, a começar pelos que interpretam os bandidos do filme. Liberty Valance, o facínora do título nacional, é interpretado com brilhantismo por Lee Marvin, um ícone dos filmes de western. Ao seu lado, formando o bando de criminosos, está o famoso Lee Van Cleef que estrelaria uma longa série de faroestes nos anos seguintes, com destaque para as produções que rodou na Itália. Em suma, "O Homem Que Matou o Facínora" é um desses faroestes que podemos qualificar, sem medo de exageros, como monumental. É um western que privilegia o lado mais humano de seus personagens. É um exemplo de que mesmo dentro do gênero faroeste seria possível emplacar grandes dramas humanos. Um grande momento nas carreiras de John Wayne, James Stewart e John Ford. Impecável em todos os sentidos. Obra-prima da sétima arte.
O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance, Estados Unidos, 1962) Direção: John Ford / Roteiro: James Warner Bellah, Willis Goldbeck baseados na história de Dorothy M. Johnson / Elenco: John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Lee Marvin, Lee Van Cleef, Edmond O'Brien, Andy Devine / Sinopse: Ransom Stoddard (James Stewart) é um jovem e idealista advogado recém formado que vai até uma distante cidadezinha do oeste para iniciar sua carreira jurídica. Durante a viagem é assaltado e espancado pelo fora-da-lei Liberty Valance (Lee Marvin). Jurando colocá-lo na cadeia, usando de meios legais, Ransom inicia uma luta pessoal pela implantação da lei e ordem naquela região selvagem. Para isso conta com o apoio da jovem Hallie (Vera Miles) e do durão Tom Doniphon (John Wayne). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Edith Head).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de março de 2006
Calibre 45
Mais um bom faroeste estrelado por Randolph Scott. No filme ele interpreta Steve Farrell, um vendedor de armas da fábrica Colt que é roubado em pleno escritório do xerife por um bandido perigoso chamado Jason Brett (Zachary Scott). Em posse dessas armas roubadas, o criminoso forma um bando que fica conhecido como a "Quadrilha do Colt" e começa a assaltar diligências, bancos e moradores da região. O que ninguém poderia desconfiar é que Steve Farrell não era apenas um vendedor de armas no velho oeste, mas também um ás do gatilho, que está disposto a recuperar todos os armamentos que lhe afinal de contas lhe pertence. Esse western foi produzido pela companhia cinematográfica Warner Bros. O filme foi estrelado por Randolph Scott em pleno auge de sua popularidade. O filme é o que se pode chamar de Western B, pois o roteiro realmente foca na ação e nos tiroteios, na pura diversão das matinês, sem se preocupar muito em se tornar uma obra prima ou algo parecido. A fita é curtinha (72 minutos) e foi feita assim visando aumentar as exibições nas sessões dos cinemas dos anos 50. O roteiro é bem simples e vai direto ao ponto, sem firulas.
O elenco de Colt .45 chama atenção por causa da presença de Lloyde Bridges (o pai de Beau e Jeff Bridges). Seu papel é um tanto secundário, mas ele se esforça para ser notado. Como sua esposa a estrelinha Ruth Roman, amiga pessoal de Randolph Scott que apesar da extensa filmografia (mais de cem filmes!) nunca conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza. O diretor Edwin L. Marin era muito produtivo, mas morreu pouco tempo depois da realização desse filme. Era um diretor de estúdio e fazia o que lhe era pedido pelos produtores. Realizador competente, conseguiu bons resultados mesmo em produções B como essa. Já Randolph Scott mais uma vez assina a produção, já que ele percebeu que ganharia muito mais produzindo seus próprios filmes do que trabalhando para outros produtores. Acabou ficando muito rico com essa ideia, até porque na época nenhum gênero cinematográfico era mais popular e lucrativo do que o faroeste. Enfim, temos aqui um western bem no estilo bangue-bangue. É uma fita muito boa, eficiente e divertida. Vale a pena assistir. Para os nostálgicos então, é programa praticamente obrigatório.
Calibre 45 (Colt .45, Estados Unidos, 1950) Estúdio: Warner Bros / Direção: Edwin L. Marin / Roteiro: Thomas W. Blackburn / Elenco: Randolph Scott, Ruth Roman, Lloyde Bridges, Zachary Scott, Alan Hale, Ian MacDonald / Sinopse: Vendedor de armas da marca Colt é assaltado no escritório de um xerife do velho oeste. Agora ele vai precisar recuperar todas as armas, mesmo que para isso tenha que enfrentar uma perigosa quadrilha de bandidos.
Pablo Aluísio.
O elenco de Colt .45 chama atenção por causa da presença de Lloyde Bridges (o pai de Beau e Jeff Bridges). Seu papel é um tanto secundário, mas ele se esforça para ser notado. Como sua esposa a estrelinha Ruth Roman, amiga pessoal de Randolph Scott que apesar da extensa filmografia (mais de cem filmes!) nunca conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza. O diretor Edwin L. Marin era muito produtivo, mas morreu pouco tempo depois da realização desse filme. Era um diretor de estúdio e fazia o que lhe era pedido pelos produtores. Realizador competente, conseguiu bons resultados mesmo em produções B como essa. Já Randolph Scott mais uma vez assina a produção, já que ele percebeu que ganharia muito mais produzindo seus próprios filmes do que trabalhando para outros produtores. Acabou ficando muito rico com essa ideia, até porque na época nenhum gênero cinematográfico era mais popular e lucrativo do que o faroeste. Enfim, temos aqui um western bem no estilo bangue-bangue. É uma fita muito boa, eficiente e divertida. Vale a pena assistir. Para os nostálgicos então, é programa praticamente obrigatório.
Calibre 45 (Colt .45, Estados Unidos, 1950) Estúdio: Warner Bros / Direção: Edwin L. Marin / Roteiro: Thomas W. Blackburn / Elenco: Randolph Scott, Ruth Roman, Lloyde Bridges, Zachary Scott, Alan Hale, Ian MacDonald / Sinopse: Vendedor de armas da marca Colt é assaltado no escritório de um xerife do velho oeste. Agora ele vai precisar recuperar todas as armas, mesmo que para isso tenha que enfrentar uma perigosa quadrilha de bandidos.
Pablo Aluísio.
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