terça-feira, 28 de agosto de 2012
Hannah e Suas Irmãs
O humor do Woody Allen como todos sabem é um humor mais intelectualizado mas isso não vem ao caso já que ele obviamente rouba todas as cenas. A sua tentativa de conversão ao catolicismo rende boas risadas e seus momentos no médico também são pequenas pérolas de humor refinado, muito embora sejam bem pontuais e cirurgicamente colocadas no decorrer de todo o filme. Parece até um jogo: quando o filme vai ficando melodramático demais, Allen entra em cena para aliviar tudo. Achei ótima essa idéia porque afinal o filme fica leve sem perder sua carga dramática. A Academia também parece ter gostado bastante do resultado final e o filme foi vencedor de 3 Oscars: Melhor Ator Coadjuvante (Michael Caine), Melhor Atriz Coadjuvante (Dianne Wiest) e Melhor Roteiro Original (Woody Allen). Ele obviamente não apareceu na premiação para receber seu prêmio. Preferiu passar a noite tocando jazz em um clube de Nova Iorque. Mais Woody Allen do que isso impossível. Enfim, "Hannah e Suas Irmãs" é divertido e inteligente na medida certa. Não deixe de assistir.
Hannah e Suas Irmãs (Hannah and her Sisters, Estados Unidos, 1986) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Barbara Hershey, Carrie Fisher, Michael Caine, Mia Farrow, Dianne Wiest, Maureen O'Sullivan, Lloyd Nolan, Max von Sydow, Lewis Black / Sinopse: A estória gira em torno da vida, dos romances e dos problemas cotidianos de Hannah (Mia Farrow) e suas duas irmãs, Holly (Dianne Wiest) e Lee (Barbara Hershey). Na Nova Iorque da década de 1980 elas tentam encontrar o equilíbrio e a felicidade em suas vidas.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de abril de 2012
O Exorcista
Outro fato digno de nota é que mesmo após tantos anos o filme, mesmo visto atualmente, não envelheceu tanto. Claro que em termos narrativos há alguns aspectos que soam datados, mas a força da trama não sofreu o pesar dos anos. Nem suas péssimas continuações atrapalharam nesse quesito. Filmes marcantes assim costumam ser tão imitados que acabam perdendo sua força original. Com "The Exorcist" não sentimos tanto essa perda. O filme continua muito bom, muito impactante e provocando medo aos que o assistem (o que no final das contas é o objetivo de todo filme de terror bom que se preze). Em conclusão "O Exorcista" realmente merece a fama e o status que tem. É um excelente momento do cinema de terror da década de 70 que se mantém firme até os dias de hoje.
O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, 1973) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty baseado em seu próprio livro / Elenco: Linda Blair, Max Von Sydow, Ellen Burstyn, Lee J Cobb, Jason Miller, Kitty Winn, Jack MacGowran / Sinopse: Jovem garota (Linda Blair) começa a manifestar sinais de possessão demoníaca. Para ajudá-la a Igreja envia dois padres exorcistas para combater o mal.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Solomon Kane
Mais um filme baseado em um personagem inspirado na chamada literatura pulp fiction (que depois viraria Graphic Novel). Solomon Kane foi criado pelo mesmo autor de Conan, Robert E. Howard. Embora tenha seus admiradores nunca conseguiu igualar a popularidade do famoso bárbaro. Assim como acontece com Conan, Solomon vive em um mundo onde magia e violência convivem simultaneamente. Se você for fã de quadrinhos muito provavelmente vai gostar. Solomon Kane é um ex-mercenário arrependido que vendeu a alma ao diabo em troca de fortuna e sucesso em suas campanhas militares. Quando o próprio Satã vem pedir a recompensa ele vai para um convento tentar escapar do diabo. Depois é expulso de lá e assim começa a aventura do filme...
A produção em si é modesta mas bem feita. Não há uso exagerado de efeitos digitais, só na cena final temos uma maior presença de efeitos (quem curte monstros digitalmente produzidos provavelmente vai gostar do visual do enviado de satã). Em contrapartida o filme é bem fotografado e durante toda a projeção demonstra ter uma razoável mas eficaz direção de arte. Não há grandes astros no elenco, o mais conhecido é Max Von Sydow que só aparece em duas cenas, embora sejam vitais para a trama do filme. Como divertimento ligeiro, se você não tiver nada para fazer em um domingão sonolento, até cai bem. Em essência é um capa e espada com toques sobrenaturais, misturada com bastante fantasia religiosa. Não é uma maravilha de filme mas os fãs de HQs não reclamarão, pelo menos assim acredito.
Solomon Kane (Solomon Kane, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael J. Bassett / Roteiro: Michael J. Bassett baseado no personagem "Solomon Kane" criado por Robert E. Howard / Elenco: James Purefoy, Max Von Sydow, Lucas Stone / Sinopse: Solomon Kane é um ex-mercenário arrependido que vendeu a alma ao diabo em troca de fortuna e sucesso em suas campanhas militares. Quando o próprio Satã vem pedir a recompensa ele vai para um convento tentar escapar do diabo. Depois é expulso de lá e assim começa a aventura do filme.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Tão Forte e Tão Perto
Uma das maiores curiosidades de "Tão Forte e Tão Perto" é o elenco de apoio formado por grandes nomes. Tom Hanks faz o paizão bonachão. Espero que ele na vida real não esteja tão gordo como mostrado no filme. Sua participação é pequena mas essencial. Já a mãe é interpretada por uma envelhecida Sandra Bullock que também não aparece muito mas que mantém o bom nível quando surge em cena. Já o terceiro grande nome do elenco é justamente aquele que literalmente rouba todo o filme: Max Von Sydon. Sem dizer uma única palavra o ator apresenta uma de suas grandes performances. Sem diálogos a dizer ele tem que expressar todas as emoções apenas com um olhar, um gesto. Só grandes atores passam por isso de forma grandiosa como Sydon. O filme é dele e tudo indica que foi feito para ele. Quando surge em cena o enredo que vai devagar cresce em interesse e qualidade. Só isso já basta para indicar "Tão Forte e Tão Perto" um filme bem humano e belo que vale a pena ser assistido.
Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close, Estados Unidos, 2011) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: Eric Roth / Elenco: Tom Hanks, Sandra Bullock, Thomas Horn, Max von Sydow, John Goodman, James Gandolfini e Viola Davis / Sinopse : Oskar é um garoto de 9 anos que perdeu o pai no trágico 11 de setembro e vive tentando entender sua dor e seus sentimentos. O garoto encontra em meio às coisas do pai uma chave em um envelope com um nome: Black. A curiosidade e seus instintos naturais o levam a uma busca pela fechadura da misteriosa chave.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de janeiro de 2010
Conan, o Bárbaro
Conan aliás pode ser considerado o primeiro grande filme (em termos de popularidade) da carreira de Arnold Schwarzenegger, que na época era apenas um monte de músculos esforçado. Fica óbvio em cada cena que ele não sabia atuar mas seus pequenos dotes dramáticos são compensados pelas presenças de dois outros atores de peso na área: Max von Sydow (infelizmente muito pouco aproveitado) e James Earl Jones (no papel de um líder messiânico, meio homem e meio serpente). Claro que após tantos anos (o filme vai completar 30 anos de sua realização no ano que vem) os efeitos ficaram datados mas para falar a verdade ainda funcionam nos dias de hoje (principalmente o uso das pitons em cena). Enfim, foi bacana rever "Conan, o Bárbaro" para relembrar da infância. Bons tempos que não voltam mais.
Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian, Estados Unidos, 1982) Direção: John Milius / Roteiro: John Milius, Oliver Stone baseado na obra de Robert E. Howard / Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max von Sydow / Sinopse: Conan (Arnold Schwarzenegger) é criado como escravo. Cresce em meio a um ambiente selvagem e brutal. Depois de adulto se envolve em inúmeras aventuras.
Pablo Aluísio.