"Here Comes Santa Claus" já era uma música bem antiga quando Elvis resolveu gravar essa sua nova versão. Essa canção na realidade era bem recorrente entre artistas do circuito country. E as pessoas esquecem que foi nesse mesmo circuito que Elvis realizou suas primeiras apresentações. Eu sempre gostei dessa canção. Ela chegou a ser usada em um clip de Natal nos anos 80 pela extinta Rede Manchete. Todo Natal ela entrava na programação, por essa razão eu criei um certo vínculo emocional e sentimental com ela. Muito pueril, mas igualmente muito carismática.
"Santa Bring My Baby Back (To Me)" novamente traz em sua letra um pedido para o Papai Noel. Para quem anda esquecido das aulinhas de inglês, ele é conhecido nos Estados Unidos como Santa Claus, por isso o nome Santa em seu título. E o pedido dessa vez era para trazer a garota do autor da letra de volta. Se já não bastassem os milhares de presentes para as crianças que o Papai Noel tinha que distribuir na noite natalina, ainda tinha que dar uma de cupido também! Acho que confundiram as funções dos dois personagens!
"O Little Town of Bethlehem" é muitas vezes creditada como uma música gospel em sua essência. Embora haja diferenças sutis, eu penso que ela seria melhor enquadrada como uma música natalina mesmo. As referências da letra evocam justamente o nascimento de Jesus, que ninguém sabe ao certo em que data se deu, mas que foi convencionada pela Igreja Católica em seus primórdios como tendo sido em dezembro. Historiadores acreditam que ele nasceu mesmo em março, por causa de pequenos detalhes colocados no evangelho. Então agora estaríamos em plena época do Natal! Mas enfim, essa é uma questão que não nos interessa nesse texto. O que vale salientar aqui é a boa performance de Elvis, embora muitos critiquem a canção por ser excessivamente melancólica.
"Take My Hand, Precious Lord" faz parte do pacote "Peace in The Valley", ou seja, foi lançada originalmente naquele compacto duplo (EP) que chegou às lojas americanas nos anos 50. Esse foi, não deixo de lembrar, o primeiro trabalho exclusivamente religioso da discografia de Elvis. E isso causou uma certa perplexidade nos jovens e na sociedade da época. Afinal o que estaria fazendo aquele roqueiro rebolativo e com cabelos cheios de brilhantina ao cantar esse tipo de material? Seria alguma gozação com os cristãos da época, os mesmos que o estavam acusando de corromper os bons costumes da juventude? Claro que nao, Elvis era mesmo uma pessoa religiosa, mas nem todo mundo entendeu isso perfeitamente. Nao faltaram acusações infundadas contra o cantor.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley
ResponderExcluirElvis' Christmas Album - Parte 4
Pablo Aluísio.
"Elvis era mesmo uma pessoa religiosa, mas nem todo mundo entendeu isso perfeitamente."
ResponderExcluirA bem da verdade, o Elvis era um enorme paradoxo.
Paradoxal mesmo, tanto que andava entre os rebeldes sem causa, mas já preparava o terreno para conquistar os conservadores com esse tipo de música. No final conquistou eles mesmo.
ResponderExcluirElvis queria agradar a parte quadrada da sociedade ianque. Afinal era comércio e eles eram vistos como consumidores. Certo demais.
ResponderExcluirO negócio do Coronel Parker era vender o produto Elvis. Isso aí. As pessoas esquecem disso o tempo todo.
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