Visto sob o olhar de um espectador de cinema dos dias de hoje essa comédia dos anos 60 pode até mesmo soar como muito ingênua e de certo modo com um tipo de humor que estaria completamente ultrapassado. Não julgo quem pensa dessa maneira. Entretanto o fato é que o filme acabou se tornando o maior sucesso comercial da carreira do ator e comediante Peter Sellers. Acabou se tornando ora uma maravilha para ele, ora uma maldição. O sucesso o deixou preso a uma linha de filmes que não apresentavam muita ousadia. E ele, por pressões comerciais, acabou fazendo várias continuações. Até mesmo depois de morto o estúdio ainda recuperou algumas cenas deletadas, fizeram edições capengas e lançaram tudo como se fossem novos filmes!
O enredo é dos mais simplórios, mostrando um detetive chamado Jacques Clouseau que a despeito de ser um completo idiota acaba resolvendo todos os casos, muitas vezes por pura sorte ou então por causa da burrice dos vilões. E o roteiro também se sustenta pela série de gags, algumas bem boladas, realmente engraçadas e outras nem tanto. De uma maneira ou outra o público na época adorou, transformando o filme em um campeão de bilheteria. Quem poderia imaginar?
A Pantera Cor-de-Rosa (The Pink Panther, Estados Unidos, 1963) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Maurice Richlin, Blake Edwards / Elenco: Peter Sellers, David Niven, Robert Wagner / Sinopse: Um inspetor mais do que atrapalhado se envolve em casos misteriosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original (Henry Mancini).
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
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